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Menina britânica desaparece no Algarve

migel

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Casal McCann nega ter sedado os filhos

Caso Madeleine
Casal McCann nega ter sedado os filhos
Por Margarida Davim
Os pais de Madeleine McCann negam que alguma vez tenham dado aos filhos medicamentos para dormir, manifestando-se incomodados com o que dizem ser a «renovada especulação da imprensa portuguesa»



Kate e Gerry McCann afirmam «categoricamente» nunca ter dado sedativos a Madeleine e aos seus dois irmãos gémeos, Sean e Amelie, contrariando declarações feitas em Setembro por Brian Healy, avô de Maddie, que admitiu publicamente que os netos tomavam Colpol Night (um anti-inflamatório para crianças, que induz o sono).

Num comunicado emitido esta quarta-feira, o casal McCann desvaloriza as últimas notícias sobre o caso, classificando-as como «especulação» e atacando a imprensa portuguesa.

No documento enviado às redacções, Kate e Gerry avisam que os seus advogados irão «monitorizar» a cobertura dada em Inglaterra a estas notícias e que «não hesitarão em agir nas instâncias competentes se necessário».

Os pais de Maddie dizem ser «tão despropositadas como ofensivas» as notícias – veiculadas esta quarta-feira pelo 24Horas e pelo Correio da Manhã – que dão conta de que os resultados de toxicologia efectuados pelo Laboratório de Birmingham revelam que Madeleine McCann teria ingerido drogas para dormir na noite do seu desaparecimento, a 3 de Maio.

margarida.davim@sol.pt
 

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Maddie: todas as linhas de investigação estão em aberto - PJ

Maddie: todas as linhas de investigação estão em aberto - PJ

O director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Alípio Ribeiro, assegurou esta quarta-feira que todas as linhas de investigação no processo Madeleine McCann continuam em aberto e disse que ainda não está na posse de todos os dados laboratoriais sobre o caso.

Falando aos jornalistas na Directoria de Faro, após uma reunião com o director distrital, Guilhermino Encarnação, e o novo responsável do Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Portimão, Paulo Rebelo, o director nacional da PJ manifestou-se esperançado em que os resultados laboratoriais cheguem em breve.

«Ainda não estamos na posse de todos os resultados. Esperamos tê-los proximamente, mas são factores que não controlamos na Polícia Judiciária», afirmou, em referência aos exames que estão a ser feitos num laboratório de Birmingham, Reino Unido.

Respondendo a uma pergunta sobre a alegada possibilidade de culpa dos pais, afirmou que «todas as linhas de investigação continuam e continuarão em aberto até à conclusão da investigação».

«Qualquer conclusão que se tire seria especulação e nós na Polícia Judiciária não queremos alimentar a especulação», disse.

Reconhecendo que a investigação «não é fácil», Alípio Ribeiro reafirmou que a Polícia que dirige está empenhada «em fazê-la com serenidade».

Adiantou ainda que o novo coordenador do Departamento de Investigação de Portimão da PJ, Paulo Rebelo, reportará à Directoria de Faro e não directamente à Direcção Nacional.

Na curta declaração inicial aos jornalistas, a que se seguiu a resposta a três questões, o director nacional da PJ disse esperar do novo coordenador do caso Maddie «o mesmo rigor, empenho e determinação» seguidos até ao momento.

Paulo Rebelo, que não quis prestar hoje declarações aos jornalistas, é o substituto de Gonçalo Amaral, afastado da coordenação do Departamento de Investigação Criminal de Portimão, que investiga o caso Maddie.

Paulo Rebelo, com carreira no combate à droga na Directoria de Lisboa, ocupava as funções de director nacional adjunto.

O novo responsável pelo DIC de Portimão da PJ fez carreira na Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) e esteve à frente da Directoria de Lisboa durante a investigação de pedofilia que resultou no processo Casa Pia.

Paulo Rebelo esteve também na condução do inquérito à fuga de informação relativa ao caso Freeport, de Alcochete.

Gonçalo Amaral foi afastado no dia 02 de Outubro das funções de coordenador do DIC da PJ de Portimão depois de declarações feitas ao Diário de Notícias em que acusava a Polícia inglesa de favorecer o casal McCann nas investigações sobre o desaparecimento da sua filha Madeleine.

Madeleine McCann desapareceu de um apartamento da Praia da Luz, no Algarve, onde passava férias com os pais e os irmãos a 03 de Maio.

Depois de a PJ ter investigado a tese de rapto, os pais da menina, Kate e Gerry McCann, foram constituídos arguidos a 07 de Setembro, tendo abandonado o país dois dias depois.

Kate e Gerry McCann são, segundo os seus porta-vozes, suspeitos de homicídio involuntário e de ocultação de cadáver.

No entanto, os McCann não deixam de clamar a sua inocência e apelam à continuação das buscas para tentar encontrar a sua filha, hoje com quatro anos.

Diário Digital / Lusa

10-10-2007 20:04:00
 
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Amigos do casal ouvidos

A Polícia Judiciária tem as cartas rogatórias prontas e vão seguir para Inglaterra a qualquer momento – via Eurojust ou Procuradoria-Geral da República. O objectivo é inquirir os amigos que estiveram com o casal McCann na Praia da Luz e apreender objectos, como o diário que Kate guarda em casa.

O casal só deverá ser interrogado depois de a PJ receber os resultados finais do laboratório de Birmingham, ao que tudo indica amanhã – e também em função das respostas dos amigos.

O envio das cartas está decidido desde o início de Setembro, altura em que os pais de Madeleine foram constituídos arguidos e partiram para Inglaterra. Neste momento estão prontas, apurou o CM, e têm como principal objectivo a inquirição das três famílias que acompanhavam o casal de férias – o tipo e sequência das perguntas foram delineados nos últimos dias. Têm carácter de urgência nesta fase da investigação e a PJ pede ao mesmo tempo que alguns objectos sejam aprendidos a Kate e Gerry, na casal de Rothley, Leicester, entre os quais o diário da mãe de Maddie.

Quanto aos resultados oficiais das últimas análises feitas no laboratório de Birmingham, há grande “expectativa” que cheguem amanhã ao Algarve, mas a PJ já tem informações que permitem ligar o casal McCann ao crime, conforme o CM adiantou ontem. Para já pedem à polícia inglesa que ouça os amigos e depois, em função das respostas e dos resultados a testes de ADN realizados sobre vestígios recolhidos no apartamento do Ocean Club e no carro alugado pelos McCann, será decidido o tipo de interrogatório e medidas a tomar em relação aos suspeitos pela morte da filha de quatro anos.

Os três casais serão ouvidos na qualidade de testemunhas – não pudendo assim recusar resposta a qualquer pergunta. A PJ pretende aprofundar versões actuais com as contradições detectadas nas primeiras vezes em que foram inquiridos, ainda em Portimão, no que diz respeito à ordem e intervalo de tempo com que dizem ter visitado os filhos nos quartos na noite do crime.

Quanto aos McCann, os prováveis interrogatórios serão sempre feitos na qualidade de suspeitos e podem assim remeter-se ao silêncio, sempre na presença dos advogados.

Todos os dados que até agora chegaram a Portugal apontam para que os vestígios recolhidos entre o carro e o apartamento sejam de Maddie – mas dois meses depois de a PJ ter enviado dezenas de vestígios para o Forensic Science Service a expectativa para uma confirmação final é grande.

Os pormenores pendentes dizem respeito a cabelos recolhidos no monovolume e dentro do apartamento da Praia da Luz e se caíram da cabeça da criança, antes ou depois da morte. Caso sejam de Maddie, conforme o CM também já avançou, só a partir destes pode ser determinada, ou não, a presença de soporíferos.

Todos estes dados serão decisivos para a investigação e, através de fugas de informação na polícia britânica e no próprio laboratório, a imprensa britânica está agora rendida ao trabalho da Judiciária.

PJ VOLTA A ADMITIR TODAS AS HIPÓTESES

“Todas as linhas de investigação continuam e continuarão em aberto”, afirmou ontem em conferência de imprensa Alípio Ribeiro, director nacional da Polícia Judiciária. Isto quando questionado sobre se a linha de investigação continuava a ser a morte da menina e a suspeita sobre os pais, agora que foi apresentado o novo coordenador do Departamento de Investigação Criminal de Portimão (DIC), Paulo Rebelo, que também irá coordenar a investigação ao desaparecimento da menina inglesa.

“As conclusões só se tiram no fim. Qualquer conclusão que se tire agora seria especular e nenhum de nós quer provocar a especulação porque seria prejudicial na investigação”, acrescentou Alípio Ribeiro, reforçando a ideia de que o caso está em aberto. “É uma investigação que não é fácil.”

A conferência de imprensa foi feita após reunião entre Alípio Ribeiro, Paulo Rebelo e o director nacional adjunto de Faro, Guilhermino Encarnação. Reunião que, segundo o director nacional da PJ, serviu para marcar “o início das novas funções do doutor Paulo Rebelo”. O novo coordenador do DIC de Portimão “veio reforçar o que de muito bom tem sido feito”, referiu Alípio Ribeiro, “trará algumas ideias novas e com a colaboração de todos continuará o que tem sido feito até agora”, acrescentou.

Alípio Ribeiro deixou ainda um elogio ao anterior titular do cargo, Gonçalo Amaral. “É um excelente polícia e tem um passado ligado à polícia”, referiu o director nacional da PJ sobre o ex-coordenador da Judiciária em Portimão. “Está colocado em Faro e vai assumir as funções que o doutor Gilhermino Encarnação lhe decidir atribuir”, acrescentou, sem entrar em pormenores sobre o cargo que Gonçalo Amaral irá desempenhar.

Já sobre a estrutura da investigação no caso da criança inglesa desaparecida, Alípio Ribeiro garantiu que tudo se manterá como acontecia até agora. “O doutor Paulo Rebelo reportará ao doutor Guilhermino Encarnação e ele reportará a mim, enquanto director nacional”, explicou sem mais pormenores.


Correio da Manhã
 
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Gerry não é o pai de Maddie

A Polícia Judiciária (PJ) já sabe que Gerry McCann não é o pai de Madeleine, apurou o 24horas junto de fontes da PJ e do Instituto Nacional de Medicina Legal.
 

Nine Tails

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Mais noticias tintinnody!!Isto ta a ficar cada vez mais apaixonante!XD
 
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PJ procura Maddie em redes pedófilas

Os rostos de centenas de crianças estão desfocados em sites de pedofilia, mas os peritos da Judiciária utilizaram programas especiais na reconstituição de raparigas loiras, com idades e características semelhantes a Maddie, em mais uma despistagem na procura da menina inglesa. Foram passados a pente fino os 148 computadores apreendidos na terça-feira por todo o País – e, mais uma vez, nada foi encontrado.
 
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Computador apreendido

A Polícia Judiciária apreendeu recentemente um computador pessoal que esteve na posse de Gerry McCann e que foi alugado em Portugal. O aparelho deverá agora ser submetido a perícias informáticas, depois de o caso ser apreciado por um juiz de instrução.

As autoridades tentam desta forma encontrar novas pistas que possam consolidar a tese de envolvimento dos pais da criança britânica desaparecida em Maio deste ano, na Praia da Luz. Tentam ainda verificar os registos informáticos e o histórico daquele computador pessoal, de forma a detectar, por exemplo, o fluxo do correio electrónico e até a informação dos sites que Gerry McCann consultou durante os meses que esteve no nosso país.

Ainda segundo o CM apurou, a análise do computador terá de ser feita com autorização de um juiz, pelo facto de o correio electrónico não aberto ser semelhante, em termos jurídicos, a uma carta fechada. Isto é, o Código de Processo Penal prevê que a sua leitura tenha de ser autorizada, ou mesmo presidida, por um magistrado judicial, por estar em causa a devassa da vida privada.

Informações recolhidas pelo CM dão conta de que esta é a primeira diligência pedida pelas autoridades para a obtenção de informação relativa ao correio electrónico dos McCann. Ao contrário do que foi amplamente noticiado por alguns jornais portugueses, aquele nunca foi verificado, não tendo sido feitas, igualmente, escutas telefónicas aos pais da criança britânica.

Num momento em que a investigação deu um passo em frente – com a constituição dos pais como arguidos – as autoridades avançaram para outro tipo de diligências, em que se insere a apreensão recente do computador e o pedido, já noticiado, da apreensão do diário de Kate. Uma diligência que, à semelhança do equipamento informático, também exigiu um pedido ao juiz de instrução, por ser considerada “devassa da vida privada”. No entanto, a apreensão terá de ser feita agora pelas autoridades britânicas, pois o documento está na posse da mãe de Maddie.

Recorde-se, ainda, que o mesmo foi conhecido pela Polícia Judiciária em Agosto passado, aquando das buscas feitas à casa alugada pelos McCann. Foi na mesma altura em que as autoridades levaram os cães ingleses especialistas em detecção de cadáver e vestígios de sangue, mas o documento não foi imediatamente apreendido.

Só em Setembro e depois de terem sido recolhidos outros elementos que apontavam para o envolvimento dos pais é que as autoridades pediram a apreensão do diário, que, tal como o CM noticiou, poderá ser relevante em termos de definição do perfil da mãe da menina que dava mostras de grande cansaço psicológico na sua relação com os três filhos.

JORNAIS À ESPERA DE BUSCAS

O ‘Daily Telegraph’ assegurava ontem que, com o reforço do efectivo na PJ de Portimão, já teriam sido “ordenadas novas buscas num raio de 15 quilómetros” à volta da Praia da Luz, com o objectivo de encontrar o corpo da criança desaparecida há cinco meses. O mesmo jornal, citado na generalidade da imprensa britânica, dizia ainda que “são também esperadas buscas na Barragem da Bravura”, por ordens do novo coordenador da investigação, Paulo Rebelo. Nenhuma destas operações é confirmada ao CM por fontes policiais, mas toda a investigação continua a centrar-se na tese de morte da criança, apesar de os 148 computadores apreendidos na operação Predador, de combate à pedofilia em todo o País, terem sido passados a pente fino na procura da criança inglesa, conforme o nosso jornal adiantou ontem.

Correio da Manhã
 
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Kate diz que é perseguida porque não tem ar maternal

Kate McCann acredita que está a ser vítima de uma perseguição e que isso acontece porque "não parece suficientemente maternal", devido ao seu bom aspecto. Estas declarações foram feitas, ontem, por Susan Healy, mãe de Kate.

Citada pelo jornal Daily Mail, Kate disse à mãe que "se eu fosse mais gorda, tivesse mais peito e um ar mais maternal, as pessoas seriam mais simpáticas". Ainda segundo o Daily Mail, Susan Healy afirma que "é terrível que ela pense desta forma". "Ela sente-se perseguida, não pelo público em geral, que tem dado muito apoio, mas por alguma comunicação social", acrescentando: "Apenas acho importante deixar as pessoas saberem que ela não é aquela pessoa controlada o tempo todo." A mãe de Kate admitiu ainda que "ela e Gerry foram a um restaurante que ficava apenas a alguns metros do apartamento. Foi um erro terrível, mas eles foram ingénuos", citou o Daily Mirror.

Numa entrevista dada ao jornal local The Liverpool Post, Susan e o marido, Brian, falaram sobre os temas que mais tinta têm feito correr na imprensa: o facto de Gerry não ser o pai de Madeleine, a possibilidade de os McCann teram dado calmantes aos filhos ou mesmo o possível homicídio por neglicência por parte do casal. Os pais de Kate assumem-se preocupados com o estado emocional da filha, que sente que o simples facto de Sean e Amélie chorarem em público 'mostra' que é uma má mãe.|

Diário de Noticias
 
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Madeleine: Pai admite possibilidade de criança estar morta

Madeleine: Pai admite possibilidade de criança estar morta, mas rejeita que seja provável

Londres, 17 Out (Lusa) - O pai de Madeleine McCann, Gerry McCann, admite a "possibilidade" de a filha estar morta, mas nega que tal seja "provável", clarificou na página electrónia da campanha para encontrar a filha, contrariando vários jornais.

"Ao contrário de algumas notícias, Kate [mãe de Madeleine] e eu NÃO aceitamos que Madeleine esteja 'provavelmente' morta", escreveu na terça-feira na página www.findmadeleine.com.

"Sabemos que é uma possibilidade, mas o facto de não existirem provas de que a Madeleine foi seriamente maltratada dá-nos a esperança de que ela seja encontrada viva", frisa.

O comentário de Gerry seguiu-se às declarações do porta-voz do casal, Clarence Mitchell, que afirmou que os pais de Madeleine viam esse cenário como "provável".

"Kate e Gerry são realistas o suficiente para saber que existe a probabilidade de ela estar morta", anuiu, em declarações aos jornalistas.

"Eles não abandonaram a esperança de que ela possa estar viva e a ser cuidada algures. Mas a natureza humana é tal que se teme sempre o pior e eles precisam de saber o que se passou, enfatizou.

Também Susan Healey, mãe de Kate McCann, aludiu ao facto de ter falado com a filha sobre a hipótese de a menina britânica desaparecida a 03 de Maio no Algarve estar morta.

"Kate e eu falámos sobre isso a noite passada, falámos sobre o que era pior e a Kate disse-me que se a Madeleine já está morta, então temos de saber", revelou Susan Healey, numa entrevista divulgada terça-feira.

Vários jornais portugueses e britânicos noticiaram também nos últimos dias a apreensão pela Polícia Judiciária portuguesa de um computador de Gerry McCann, o que foi desvalorizado pelo porta-voz da família na terça-feira.

"Não há nada nele que incrimine porque não há nada incriminatório para encontrar", garantiu Clarence Mitchell à imprensa.

O responsável explicou que o computador, que tinha sido oferecido, só foi utilizado para imprimir as declarações públicas que o casal faria à imprensa.

"No fim, desistimos da coisa e aquilo ficou num canto a apanhar pó", acrescentou.

Madeleine McCann, actualmente com quatro anos, desapareceu de um apartamento da Praia da Luz, no Algarve, onde passava férias com os pais e os irmãos, a 03 de Maio.

Depois de a PJ ter investigado a tese de rapto, os pais da menina, Kate e Gerry McCann, foram constituídos arguidos a 07 de Setembro, tendo abandonado o país dois dias depois apara voltar a Rothley, no centro de Inglaterra.

Kate e Gerry McCann são, segundo os seus porta-vozes, suspeitos de homicídio involuntário e de ocultação de cadáver.

No entanto, os McCann não deixam de clamar a sua inocência e apelam à continuação das buscas para tentar encontrar a sua filha.

BM.

Lusa/fim
 
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Sócrates discute Maddie com Gordon Brown

Os chefes do governo de Portugal e do Reino Unido, José Sócrates e Gordon Brown, reuniram-se ontem à noite em Lisboa para discutir o caso Madeleine McCann, a menina inglesa de 4 anos que desapareceu na Praia da Luz, Algarve, a 3 de Maio passado. A revelação de que o polémico assunto, que já obrigou a conversações políticas e diplomáticas entre responsáveis dos dois países nestes seis meses, foi feita pelo próprio Gordon Brown, em declarações aos jornalistas, a meio da tarde de ontem.

Durante um encontro com os órgãos de comunicação social na sala do Reino Unido no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde decorre a Cimeira Europeia, e no meio de muitas questões sobre matérias europeias, houve um jornalista (inglês) que perguntou ao chefe do governo britânico se iria falar do assunto com o seu homólogo português. Brown respondeu de pronto, dizendo que já abordou por "diversas vezes" a questão com Sócrates. E que tinha a intenção de o voltar a fazer ontem à noite. "Vamos falar sobre vários assuntos, entre os quais esse", afirmou Gordon Brown.

A conversa entre os dois não se tratou de uma reunião formal, mas antes de um encontro informal, havendo vários espaços no local da Cimeira preparados para este tipo de encontros entre chefes de governo e líderes políticos.

O caso Maddie tem gerado vários conflitos entre os dois países, nomeadamente entre responsáveis da polícia dos dois lados, envolvendo a forma como a investigação tem sido conduzida.

Recorde-se ainda que ao longo destes meses surgiram nos media várias notícias, nunca confirmadas, sobre uma alegada proximidade entre Gordon Brown e Gerry McCann, o pai de Madeleine. Chegando mesmo a dizer-se que este estaria prestes a avançar para um cargo político, indicado pelos Trabalhistas. Tanto Gerry como Kate, a mãe de Madeleine, são arguidos no caso do desaparecimento da sua filha, tendo regressado a Inglaterra depois de vários meses no Algarve.

Diário de Notícias
 
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Amigos dos Mc Cann interrogados

Alípio Ribeiro garante que não é pressionado pela Polícia britânica


O director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Alípio Ribeiro, afirmou que a comissão que vai interrogar as pessoas que se encontravam com os McCann no dia do desaparecimento de Madeleine está pronta e dentro de dias viajará para Inglaterra.

"Sim, está preparada e dentro de uns dias viajará com uma equipa de polícias e com o delegado do Ministério Público de Portimão", afirmou o director nacional da PJ em entrevista ao jornal espanhol "El País", publicada ontem, em que admite que a "hipótese de Madeleine estar morta é a que tem mais força."

Esta equipa vai interrogar, de novo, os amigos do casal McCann que se encontravam num bar com Kate e Gerry na altura em que Madeleine desapareceu do apartamento em que dormia com os dois irmãos na Praia da Luz, em Lagos, no passado dia 13 de Maio.

Ressalvando que todas as hipóteses para o desaparecimento da menina estão em aberto, Alípio Ribeiro admite, no entanto, que a tese de que Madeleine esteja morta ganhou alguma veracidade e tem mais força. "Mas não excluímos nada", admitiu, reconhecendo que, na primeira fase, a investigação dirigiu-se quase exclusivamente para a tese de rapto.

Questionado sobre se faltou discernimento para investigar os pais da menina desde o primeiro momento, tendo em conta os depoimentos confusos e que foram os últimos a ver Madeleine, Alípio Ribeiro respondeu "Isso é fácil de dizer agora".

Alípio Ribeiro considera que os resultados das análises de ADN podem ajudar muito na investigação, mas adianta que não há elementos que por si só resolvam um caso.

Quanto à relação com a Polícia britânica, refere que "sempre foi leal e respeitosa", salientando que "a Polícia britânica nunca interferiu", até porque não "o podia fazer".

A Polícia Judiciária até ao momento só constituiu três arguidos o primeiro, o inglês Robert Murat, a residir na Praia da Luz, e, no passado dia 7 de Setembro, constituiu os pais de Madeleine, Gerry e Kate McCann.


Críticas aos jornalistas

Alípio Ribeiro admitiu que a investigação do 'caso Madeleine' foi alvo de uma pressão mediática sem precedentes. Isso, salientou, levou à existência de algumas fugas de informação, mas menos do que parece. "A imaginação dos jornalistas também trabalhou intensamente", criticou.



Julgamento em Portugal

"Estou convencido de que mais cedo ou mais tarde irá haver um resultado", afirmou o director da PJ, que não disse, porém, quando isso irá ocorrer. Ainda falando sobre o futuro do caso, considera que o julgamento dos McCann deveria ocorrer em Portugal, se se chegar a essa fase do processo.

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McCann investem milhares em imagem

Os McCann consultaram uma agência de comunicação de Lisboa e admitiram pagar uma quantia de 50 mil euros por mês para que a sua imagem fosse tratada na comunicação social portuguesa.

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Murat vive situação muito difícil

Robert Murat, suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, confessou na sexta-feira à televisão britânica BBC que está numa situação “muito muito difícil”, depois de as suas economias terem terminado e não ver a sua filha há mais de cinco meses.

“Já passaram cinco meses, as minhas poupanças esgotaram-se, a minha mãe está a fazer o que pode e está a ser muito muito difícil”, revelou Murat nos noticiários da BBC sexta-feira à noite.

Desde que foi constituído arguido no caso, em Maio passado, que Robert Murat está há vários meses limitado ao convívio com a família que vive no Algarve. Desde essa altura que o suspeito se remeteu ao silêncio e deixou de falar com os media portugueses, respeitando a legislação portuguesa..

“Infelizmente, há muitas coisas de que não podemos falar e é muito frustante”; desabafou Murat à BBC, acrescentando que, “mas é esta a lei deste País e é isto que temos de cumprir”.

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Processo pode ser público dentro de três semanas

Seis meses depois de o Ministério Público ter constituído Robert Murat arguido, suspeito de envolvimento no rapto de Madeleine, tanto a defesa do luso-britânico como de Kate e Gerry McCann podem consultar o processo.

O inquérito poderá tornar-se público já no dia 14 de Novembro e o advogado do luso-britânico, Francisco Pagarete, adiantou ontem ao CM que, nesse dia, espera “ser notificado do arquivamento dos autos” que dizem respeito ao seu cliente.

Esta possibilidade foi aberta pela entrada em vigor do novo Código de Processo Penal, cujo espírito é agora o da publicidade e não o do segredo. Todos os processos são públicos sob pena de nulidade e o MP tem de requerer, caso a caso, para quais pretende que vigore o segredo de justiça.

Se os prazos não forem cumpridos, o segredo não pode ser prorrogado. Apenas para os crimes puníveis com mais de oito anos de cadeia ou para os que se revelem de especial complexidade. “Não sei qual é o crime de que o meu cliente foi indiciado, mas só me disseram que ele era suspeito de envolvimento no desaparecimento de uma criança”, assegura Francisco Pagarete, que não vê argumentos para que o segredo de justiça seja prorrogado neste caso.

A mesma falta de tipificação do crime aconteceu com Kate e Gerry McCann. Não lhes foi dada informação nos interrogatórios, mas o CM sabe que a PJ entendeu só haver indícios para ocultação de cadáver e homicídio negligente. Os crimes não previam possibilidade de prisão preventiva e também não deverão permitir aumentar os prazos do inquérito. A não ser que, até lá, a PJ tipifique o caso de outra forma.

PGR FAZ CASAL TER MEDO DAS ESCUTAS

As declarações de Pinto Monteiro estão a ter repercussões em Inglaterra.

Depois de o procurador-geral da República ter admitido ao semanário ‘Sol’ não ter controlo sobre o recurso exagerado a escutas telefónicas em Portugal, a edição on-line do ‘Daily Mail’ citava ontem fontes próximas do casal a garantir que os McCann “têm medo de os seus telefones estarem sob escuta desde os primeiros dias no Algarve e que assim continuem já depois do regresso ao Reino Unido”.

As mesmas fontes adiantam agora ao jornal que o casal está convencido de que “as perguntas (pela Polícia Judiciária) nos interrogatórios lhes foram feitas com base em informações recolhidas das suas conversas privadas” – e Kate e Gerry já terão avisado os membros da família “para terem muito cuidado com aquilo que dizem ao telefone, pois há grandes possibilidades de estarem a ser gravados”.

O facto de Pinto Monteiro ter dito em entrevista publicada no sábado que duvida se o seu próprio telemóvel não está sob escuta também é aproveitado pela imprensa britânica.

E o ‘Daily Mail’ diz que o PGR lançou “um extraordinário ataque ao próprio Ministério Público e aos investigadores do caso Maddie”.

À MARGEM

NOVA CARREIRA

Kate McCann já não quer voltar a exercer medicina, adiantam os jornais britânicos de ontem. “Depois do que aconteceu à filha, pretende agora um emprego onde possa ajudar outras crianças”, terão dito amigos do casal.

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PJ à espera de análises

A casa foi revistada e todo o jardim que envolve a vivenda de Robert Murat foi, por três vezes, escavado até à exaustão e passado a pente fino pela Judiciária. Primeiro a 14 de Maio, com os cães da GNR, depois com dois cocker spaniel e na presença de três polícias ingleses, a 4 e 5 de Agosto.

As análises a vestígios recolhidos ainda não chegaram de Inglaterra mas o envolvimento de Murat no crime foi praticamente descartado.

Durante as buscas, foram recolhidas amostras do vasto terreno que circunda a casa – que foram enviados para o laboratório de Birmingham, tal como fluidos encontrados no carro dos McCann e outros vestígios. Mas não chegaram a Portimão resultados que incriminem o luso-britânico – ao contrário do casal, em que as primeiras amostras apontam para a presença de um corpo com ADN semelhante ao de Maddie na Renault Scénic alugada.

Os cães britânicos sentiram odor a cadáver no apartamento e marcaram a morte da criança no local, além de se mostrarem nervosos na presença da roupa de Kate e do peluche de Maddie – mas não tiveram qualquer reacção nas várias horas que passaram em casa de Murat.

Depois de levantar suspeitas pelo “excesso de voluntarismo” nos primeiros dias, em que serviu de tradutor da PJ , Murat “pagou por estar no sítio errado à hora errada”, diz ao CM o advogado. Francisco Pagarete está convencido de “que os inspectores sabem que o Robert não teve qualquer envolvimento no crime”.

A recolha de vestígios é natural em qualquer investigação, mas o advogado assistiu às buscas e acredita que nada foi encontrado. “Nunca me confrontaram com vestígios recolhidos, sejam cabelos, fluidos ou outros.” E assegura que Murat, até àquela noite, “nunca tinha visto sequer o casal ou a menina”.

Murat foi constituído arguido em 14 de Maio, voltou a ser ouvido em Junho e foi contactado a última vez em Agosto – para uma busca de dois dias. Todos os indícios passaram a apontar para o casal McCann.

INGLESES FORÇAM TESE DE RAPTO

As polémicas declarações do procurador-geral da República ao semanário ‘Sol’ continuam a ser aproveitadas pela imprensa britânica. Depois de terem aparecido amigos dos McCann a temer que o descontrolo das escutas telefónicas em Portugal chegasse à investigação ao casal – por Pinto Monteiro ter dito que nem ele próprio sabia se o seu telemóvel estava sob escuta –, o ‘Daily Mail’ de ontem pegava em afirmações do PGR para reforçar a tese de rapto de Maddie: “Pinto Monteiro disse que a polícia portuguesa não tem experiência na investigação de casos de abuso sexual de crianças e que ele não pode garantir que os inspectores estejam a agir segundo a lei”, traduz o tablóide. Estas declarações são interpretadas pela imprensa como o assumir de uma má condução ao processo, por parte da PJ – e que a tese de rapto da menina de quatro anos continua a ser a mais credível, depois de o PGR ter dito que “nenhuma pista deve ser abandonada”. E ao assumir que se exagera no recurso a escutas em Portugal, os McCann terão dito a amigos que já desconfiavam estar sob escuta muito antes de deixarem o Algarve.

JUDICIÁRIA NÃO CEDE A PRESSÕES

Alípio Ribeiro, director nacional da PJ, disse ontem que as relações internacionais da instituição com as polícias dos outros países são óptimas. Sem se referir directamente ao caso Maddie, o número um da Polícia Judiciária deixou vários recados à chuva de críticas que têm vindo de Inglaterra. Garantiu que a PJ “não cederá a insinuações torpes e ruídos parasitários”, acrescentando que não “abdicarão da ética”.

Alípio Ribeiro, que falava no aniversário da Polícia Judiciária, assinalado no Porto, lembrou que o reconhecimento internacional da PJ é antigo e que não será afectado por nenhum processo concreto. Enalteceu o trabalho dos investigadores, lembrando que a Judiciária vive um momento de viragem, com a entrada da nova lei orgânica, e que tem taxas elevadas na resolução dos crimes.

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Detectives controlam os McCann

Recusaram os programas mundialmente famosos de Oprah Winfrey ou Barbara Walters e decidiram-se ontem por Espanha, para dar a primeira entrevista televisiva desde que são formalmente suspeitos pela morte de Maddie.

Kate e Gerry querem manter as atenções “entre a Península Ibérica e o Norte de África” – seguindo o conselho dos seus detectives privados, que a Polícia Judiciária já avisou não permitir que investiguem em Portugal.

A contratação de investigadores privados é assumida com a criação de uma linha de atendimento 24 horas – dez operadores recebem as chamadas e os detectives britânicos trabalham as informações sobre novos avistamentos da criança. “Apelamos a todas as pessoas em Espanha, Portugal e Norte de África que nos ajudem com informações sobre a Madeleine para o número 0034 902 300 213. De certeza que alguém sabe alguma coisa e ela precisa da nossa ajuda e de regressar à família”, disse Kate no canal espanhol Antena 3.

Esta investigação também passará obrigatoriamente pelo Algarve mas a PJ não a vai admitir – qualquer detective britânico a trabalhar por conta própria em Portugal arrisca-se mesmo a ser detido, conforme o CM já adiantou (ver caixa).

O casal McCann foi também avisado sobre o segredo de justiça português. Na entrevista de 30 minutos, Gerry comentou a investigação. “Nenhum teste de ADN [amostras recolhidas no carro alugado pelo casal e no apartamento] vai seguramente provar alguma coisa que não seja a nossa completa inocência”, garante.

O pai de Maddie diz que “a polícia não tem quaisquer provas” de que o casal tenha dado sedativos aos filhos e descreve ainda a última vez em que viu a filha, pelas 21h05 de 3 de Maio, antes de seguir para o jantar no Tapas. “Fui eu o último a vê-la. Olhei para ela e pensei em como ela era bonita e na sorte que tinha por ser pai de três crianças”.

Kate McCann desvaloriza as suspeitas “disparatadas” de crime que recaem sobre eles e diz que “isso é secundário. Nada se compara ao que temos passado pelo desaparecimento da nossa filha – resistimos a tudo e estamos absolutamente determinados em ajudar nas buscas para encontrar a Madeleine”.

Kate diz estar “cem por cento segura” de que a alteração na liderança da PJ de Portimão foi boa para a investigação e Gerry está “optimista” com a troca de Paulo Rebelo por Gonçalo Amaral. “Tenho a certeza de que Madeleine estava bem na última vez que a vi. Era muito feliz com a sua vida. É uma menina especial”, conclui Gerry.

"SINTO-ME TRISTE E SOZINHA"

A entrevista à Antena 3, na casa de Manchester do milionário Brian Kennedy, teve de ser interrompida para Kate se recompor, depois de a mãe de Maddie ter chorado compulsivamente mais do que uma vez ao longo de meia hora. “Estou triste e sinto-me sozinha. A nossa vida não é feliz sem a Madeleine. Talvez ela esteja agora em casa de alguém, sinto que está, mas não percebo como podem estar a fazer isto a uma menina tão bonita como ela. Bonita por dentro”. E o pior, diz Kate McCann, é “quando os gémeos perguntam pela irmã, quando regressa a casa? Madeleine era uma parte muito importante na vida deles. Não estão preocupados por ainda não terem noção do que se passa, mas a Amelie diz: ‘A Madeleine vai voltar para a nossa linda casa e eu vou partilhar todos os meus brinquedos com ela’. Gerry confirma que a parte mais difícil é quando os dois gémeos perguntam por Maddie, quando volta para casa. E os pais têm de responder: “Ainda não sabemos, mas toda a gente está à procura dela”.

REGRAS MAIS APERTADAS

A possibilidade de detectives privados contratados por Gerry e por Kate estarem em Portugal não é vista com bons olhos pelos investigadores, que garantem ser ilegal a existência de uma investigação paralela, onde sejam omitidos dados relevantes ao processo. Fontes policiais contactadas pelo CM garantem mesmo que aqueles detectives podem cometer o crime de obstrução à justiça, se tentarem interrogar as mesmas testemunhas e guardarem para si dados importantes.


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Kate chora como uma jogadora de póquer

"A chave do mistério está “seguramente em Kate, mulher muito especial e com distúrbios”, garante ao CM José Cabrera Fornero, psiquiatra forense que acompanha o caso desde o início. O espanhol assistiu, atento, “à entrevista encenada” que o casal concedeu à Antena 3 e o objectivo era “terem o povo espanhol com eles”. Mas 70 por cento dos ouvintes que ligaram para o canal acredita que os McCann estão a mentir e o psiquiatra acompanha-os –“ao chorar sem mexer um músculo Kate mais parecia um jogador de póquer”.

Especialista em expressão facial, Cabrera diz que “o rosto de Kate é sempre o mesmo, salvo pela lágrimas – as primeiras nos últimos cinco meses e curiosamente só depois de ter sido criticada por não chorar”. Agora fê-lo mas a sua cara “não expressa qualquer emoção ou sentimento. Quando se chora mexem-se os músculos da cara e ela não mexeu um único músculo, tal como os jogadores de póquer. Isso é muito significativo”, assegura o psiquiatra espanhol, e “traz-nos a certeza de que está a esconder algo”.

Cabrera diz que os 30 minutos de conversa foram afinal “uma entrevista não espontânea, perfeitamente encomendada em relação a todas as perguntas feitas pelo jornalista. E dá-nos a impressão que toda aquela postura foi encenada pelo casal”.

O espanhol recorda a última frase de Gerry e considera-a mesmo “genial: “Não fales enquanto não te tirarem o microfone”. Isto só vem provar que afinal tudo aquilo não passava de um grande teatro, toda uma entrevista encenada. Isso ficou claro”.

José Cabrera reparou em “meia hora de entrevista em que ele só se preocupou em controlá-la. É extraordinário. Sempre que ela abria a boca para falar ele apertava-lhe a mão – e tudo porque a chave deste mistério está seguramente nela, é uma mulher muito especial...”

Kate McCann “há muito que tinha problemas psiquiátricos”, garante o especialista, e “agora agravaram-se”. Cabrera reteve uma entrevista que os avós de Maddie deram recentemente à televisão espanhola: “Estes, na sua inocência, contaram inclusive que a filha Kate lhes confessara tempos antes do desaparecimento que a menina estava a ficar cada vez mais parecida com ela, o que do ponto de vistas psiquiátrico quer dizer muito...”.

Para o espanhol poderá estar aí a origem de uma má relação entre mãe e filha – com reflexos nos desabafos que Kate terá escrito sobre Madeleine no seu diário pessoal – “o que é bastante significativo” para todos os especialistas que têm acompanhado este caso desde os primeiros dias de Maio”.

A grande preocupação de Gerry tem sido “controlar os impulsos da mulher em público – e isso ficou mais uma vez bem demonstrado ao longo desta entrevista”, diz José Cabrera Fornero. “É ele que domina toda a situação, está a par de tudo e sabe que tem de a controlar e à sua personalidade problemática, para que ela não se exceda à frente das câmaras e fale demais...”.

Todos os gestos e expressões faciais “tornam-se fatais para quem tem algo a esconder” – é o que dita toda a experiência acumulada ao longo de anos por este especialista em psiquiatria forense. “E quanto a isso não há qualquer volta a dar.”

Nada move José Cabrera “contra este casal”, que não conhece, mas defendeu a culpa os McCann no programa ‘Prós e Contras’ da RTP, quando a Polícia Judiciária confirmou as suspeitas sobre o casal – e reforçou ontem a sua tese ao CM, um dia depois de Kate e Gerry terem escolhido Espanha para a primeira entrevista televisiva desde que foram constituídos arguidos.

A própria imprensa inglesa confirmou ontem que “70 por cento dos ouvintes que ligaram para a Antena 3 acredita que os McCann estão a mentir”, adiantava a edição on-line do ‘Daily Mail’.

José Cabrera não ficou surpreendido: “Qualquer inglês é frio, mas ela tem algo mais – a sua personalidade não é normal. E ele impressiona por só se preocupar com as respostas dela...”

PERFIL

José Cabrera Fornero, de 50 anos, formou-se no Hospital Central de Madrid em psiquiatria forense. Trabalhou seis anos nos Cuidados Centrais de Madrid e entre várias penitenciárias da zona de Madrid e Toledo. Exerce actualmente num consultório privado e tem acompanhado todo o caso Maddie desde os primeiros dias de Maio.

A ANÁLISE DO PSIQUIATRA FORENSE À EXPRESSÃO FACIAL DE KATE

CONTROLADA

Gerry manteve a mão direita sobre Kate durante toda a entrevista. Segundo o psiquiatra espanhol José Cabrera, o pai de Maddie tentou dessa forma manter a mulher sob controlo. Tinha medo das respostas de Kate – “a chave de todo o mistério”.

ENCENAÇÃO

O psiquiatra espanhol diz que toda a entrevista foi uma encenação da extensa máquina mediática que acompanha o casal. “Nota-se que é uma entrevista não espontânea, foi tudo perfeitamente encomendado em relação a todas as perguntas feitas.

ELOGIOS

Moita Flores garante já saber por antecedência que Gerry iria fazer elogios à Polícia Judiciária – faria parte da estratégia montada. Mostrou-se sempre mais seguro do que a mulher e garantiu que os testes de ADN nunca irão incriminar o casal.

OS MÚSCULOS

José Cabrera é especialista em expressão facial e diz que, “quando alguém normal chora, mexe os músculos da cara – ao contrário de Kate, que não move um único músculo, como um jogador de Póquer. E isso mostra que está a esconder algo”.

FRIA

Apesar das lágrimas, o psiquiatra forense caracteriza Kate como uma pessoa fria. “Qualquer inglês é frio, mas ele tem seguramente algo mais – a sua personalidade não é normal. Tem problemas psiquiátricos que foram agravados. É uma mulher muito especial”.

AVISO

Gerry avisou Kate para não dizer nada enquanto não lhe tirassem o microfone, o que para o psiquiatra Cabrera “é genial. E só prova que aquilo era um teatro, encenado ao longo de toda a entrevista. O objectivo era terem o povo espanhol do lado deles”.

MISTÉRIO

Entre o casal “há um mistério por desvendar”, acredita o especialista espanhol. Kate está a “esconder algo” mas “não controla a sua personalidade”, por isso tem de estar constantemente controlada pelo marido. Moita Flores diz que já sabia que Kate iria chorar.

MCCANN DIVULGAM RETRATO

Kate e Gerry McCann revelaram ontem publicamente um retrato-robot do potencial raptor de Maddie, feito por um artista e com base na descrição que a amiga do casal, Janne Tanner, fez de um homem do Sul da Europa ou mediterrânico que diz ter visto passar, na noite de 3 de Maio, com uma criança embrulhada num cobertor. Este homem teria entre 35 e 40 anos e cerca de 1,70 m, segundo Jane, e a criança usaria um pijama parecido ao de Maddie. Mitchell, o porta-voz do casal, diz que a PJ aprovou a divulgação desta imagem.

"A ENTREVISTA FOI UM NÚMERO DE CIRCO": Moita Flores, criminologista, considera que a entrevista foi mais uma encenação dos McCann

Correio da Manhã – Que opinião tem sobre a prestação dos McCann na entrevista que deram à televisão espanhola?

Moita Flores – Tudo aquilo me pareceu um número de circo, em que o casal repetiu os lugares comuns do costume, conseguindo mais uma vez fugir ao essencial. E mais uma vez revelaram que têm muito para contar, só não o estão a querer fazer...

– Nesta entrevista à Antena 3 Kate mostra-se muito mais emotiva do que era habitual.

– Mas o mais curioso é que antes de esta entrevista ser concedida já se sabia que a senhora ia chorar, o que veio a acontecer. E até acabou por conseguir desempenhar bem o papel...

– Acredita que houve encenação de imagem em toda esta entrevista?

– Repare que também já se sabia que o casal iria desta vez aproveitar para elogiar a polícia portuguesa, o que se veio a confirmar...

– Gerry parece seguro de que os testes de ADN não os podem incriminar.

– Quando ele falou dos testes, foi uma resposta tonta a um jornalista dócil. Toda a gente sabe que os testes de ADN servem para identificar pessoas e não mentem. Mas por si só não condenam ninguém. Foi miserável.

– Como se podem definir as declarações do casal?

– Foi uma encenação em que ninguém acredita. Depois da tese de rapto, agora insistem na inocência. E quem é inocente não precisa disto...

NOTAS

CARTAS ROGATÓRIAS

Ontem, fonte oficial da PGR garantiu que as cartas rogatórias não estam prontas

EXAMES DE ADN ATRASADOS

Os exames de ADN estão atrasados. A PGR garante que ainda não recebeu o relatório final

PROCURADOR TAMBÉM VAI

O procurador do MP também seguirá para Inglaterra, com os inspectores de Portimão

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McCann divulgam retrato robot de possível raptor de Maddie

Os McCann divulgaram um desenho do homem que acreditam ser o raptor da filha Madeleine, que desapareceu da Praia da Luz, a 3 de Maio do corrente ano.

As imagens terão sido elaboradas por um especialista em investigação forense do FBI com base no testemunho de Jane Turner, uma das amigas dos McCann que jantaram com o casal na noite em que a criança de quatro anos desapareceu.

O esboço retrata um homem do Sul da Europa a caminhar com uma criança de pijama nos braços, não se conseguindo perceber as feições do mesmo.

De acordo com o desenho, o alegado raptor terá cerca de 35 a 40 anos, à volta de 1,70 metros e será moreno.

O porta-voz do casal, Clarence Mitchell, garantiu que a divulgação da imagem mereceu a "aprovação tácita" da polícia portuguesa.
 

Matapitosboss

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Resultados não servem para acusar Mc Cann

Os resultados das análises forenses efectuadas no laboratório de Birmingham, esperados ansiosamente pela Polícia Judiciária há mais de um mês para clarificar o caso do desaparecimento de Madeleine McCann, não são conclusivos para determinar a morte da criança e acusar os pais de homicídio, revelaram fontes ligadas àqueles serviços à imprensa britânica. Uma situação que o próprio director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, já admitira quando foi a Faro, no dia 10, apresentar o novo coordenador do processo, Paulo Rebelo. Na altura, o responsável afirmou que "nada há de conclusivo neste momento".

Na ocasião, Alípio Ribeiro referiu também esperar que o relatório final das análises efectuadas a vestígios de sangue, cabelos e fluidos corporais recolhidos no apartamento de onde Maddie desapareceu, a 3 de Maio, na Praia da Luz, e no carro alugado três semanas depois pelos pais, chegasse "em breve".

Contudo, 17 dias depois, a PJ ainda não está na posse de todos os resultados, o que está a deixar os investigadores à beira de um ataque de nervos. A agravar a situação, estão as formalidades inerentes à deslocação de uma equipa da PJ a Inglaterra para interrogar de novo os McCann, os quais, segundo os investigadores, não têm ajudado no processo. Ainda na sexta-feira, em declarações ao DN, o presidente da ASFIC, Carlos Anjos, afirmava que "se os McCann quisessem ajudar alguma coisa, deveriam vir a Portugal responder às perguntas que os meus colegas de Portimão têm para lhes fazer".

A polícia portuguesa, que tem estado desde o início do processo na mira dos ataques da imprensa britânica, voltou ontem a ser posta em causa num artigo publicado pelo diário News of tke World, da autoria de Lord Stevens, um dos mais prestigiados polícias do Reino Unido, que foi detective de topo durante mais de 30 anos.

Depois de ter analisado as provas conhecidas do caso Maddie, Lord Stevens afirma peremptoriamente que os pais da criança "estão inocentes", base-ando a sua teoria no facto de "não haver evidências fortes no processo".|


Fonte Inf.-DN Online


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