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Osteoporose
Ossos Partem-se por efeito de uma doença silenciosa que atinge cerca de 750 mil pessoas em Portugal, sobretudo mulheres, já na menopausa, e idosos. A alimentação e o exercício físico previnem a perda de massa óssea que está na origem de muitas fracturas, incluindo vertebrais, do colo do fémur e do úmero. Reduza os factores de risco da osteoporose e saiba também como a pode tratar A osteoporose «é uma doença que provoca uma diminuição da resistência dos ossos que assim ficam mais frágeis e partem com mais facilidade, ou seja, em consequência de traumatismos mínimos que, em princípio, não partiriam um osso normal», explica Viviana Tavares, reumatologista e presidente da Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS).
As mulheres que se encontram na fase posterior à menopausa e os idosos são o principal grupo de risco. Nos cinco ou dez anos após a menopausa, devido à diminuição da produção de estrogénios, há uma perda considerável e rápida de densidade óssea nas mulheres. Segundo afirma Viviana Tavares, as mulheres que entram cedo na menopausa (antes dos quarenta anos) «apresentam um risco superior de virem a ter osteoporose». A osteoporose não manifesta sintomas, daí que as pessoas apenas se apercebam de que têm a doença quando sofrem uma fractura, momento em que surgem as dores. Um dos problemas é que, frequentemente, a fractura vertebral ocorre sem os doentes notarem. Nas fracturas dos ossos longos, há um período de dor mais intensa mas, após quatro a seis semanas, a consolidação da fractura está feita sem problemas. Já a fractura da anca, que atinge mais os idosos, é a mais grave por aumentar a morbilidade e a mortalidade.
De acordo com a especialista, as fracturas são mais frequentes nos ossos do punho, nas vértebras, na anca (colo do fémur) e no ombro (colo do úmero), embora qualquer osso possa partir como consequência da osteoporose. Geralmente, ocorrem devido a uma queda ou traumatismo mínimo, mas as fracturas vertebrais podem ocorrer mesmo sem qualquer traumatismo directo.
Dos sinais ao diagnóstico
A existência de fracturas derivadas de traumatismos – mesmo que sejam mínimos – facilita o diagnóstico, embora este deva ser realizado antes da sua ocorrência. Para Jaime Branco, reumatologista e presidente da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a densitometria óssea é o meio que permite elaborar o diagnóstico operacional: «Trata-se de um método standard que mede a massa óssea ao nível do fémur proximal e da coluna lombar (entre as vértebras 2 e 4).»
O especialista ressalva, no entanto, que aquele «não é um exame de rastreio para todas as mulheres que entram na menopausa». Deve ser realizado apenas quando estão presentes factores de risco, embora seja o meio auxiliar de diagnóstico aconselhado para despiste da osteoporose em mulheres com mais de 65 anos e em homens com mais de setenta.
Consolidação óssea
O período da adolescência é fundamental na construção do esqueleto, já que corresponde à etapa em que se adquire a maioria da densidade óssea. «Quer para raparigas quer para rapazes, a fase entre os 13 e os 15 anos é crucial. Depois de parar o crescimento em altura, o osso continua a ganhar espessura, como se fosse uma árvore, até aos trinta anos, idade em que se atinge o pico de massa óssea», explica Viviana Tavares.
A educação dos jovens é decisiva, devendo os pais preocuparem-se em incentivar os seus filhos a seguirem uma dieta saudável e a praticarem exercício físico. Assim, assegura Nuno Nunes, da direcção da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), a prevenção e o tratamento da osteoporose passam pela ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D. «O leite e derivados (queijo e iogurtes) são os que mais contribuem para a manutenção e fortalecimento da massa óssea, mas existem outros, como o espinafre, a couve-galega e a rama de nabo, as sardinhas em conserva.» Já fixação do cálcio nos ossos é facilitada pela ingestão de alimentos compostos por vitamina D que, diz o nutricionista, abunda no «óleo de fígado de bacalhau, na gema de ovo, na manteiga e nos peixes gordos (sardinha, atum, salmão, cavala...)».
Cumprir a terapêutica
Os doentes que apresentam um risco de fractura de grau elevado devem seguir uma terapêutica. Sugere-se ainda que esclareçam com o seu médico as dúvidas face ao tratamento da doença e que se informem sobre a necessidade de fazer uma medição da massa óssea (densitometria) para calcular o seu risco de fractura. E caso seja necessário deve «ser medicado», refere Viviana Tavares. A dirigente da APOROS também aconselha que «o doente faça um suplemento de cálcio e de vitamina D se tiver uma alimentação que não cubra as necessidades do organismo». A especialista adianta ainda que o facto de a doença não apresentar sintomas é um entrave à adesão ao tratamento: «Contribui para que mais de metade das mulheres parem a terapêutica antes do tempo, o que potencia ainda mais a doença e os riscos de fractura que lhe estão associados. ||
risco acrescido
Homens ou mulheres, não importa o género, há factores de risco que são incontornáveis. O historial de doença na família é um deles, o principal. Mas importa conhecer os outros, os que se podem e/ou devem evitar: uma dieta pobre em cálcio, o sedentarismo e o tabagismo. O consumo de medicamentos que interferem na massa óssea, por exemplo a cortisona, e doenças como a artrite reumatóide, a espondilite e doenças intestinais inflamatórias também aumentam o risco de osteoporose.||
Fonte:Açoriano Oriental
Ossos Partem-se por efeito de uma doença silenciosa que atinge cerca de 750 mil pessoas em Portugal, sobretudo mulheres, já na menopausa, e idosos. A alimentação e o exercício físico previnem a perda de massa óssea que está na origem de muitas fracturas, incluindo vertebrais, do colo do fémur e do úmero. Reduza os factores de risco da osteoporose e saiba também como a pode tratar A osteoporose «é uma doença que provoca uma diminuição da resistência dos ossos que assim ficam mais frágeis e partem com mais facilidade, ou seja, em consequência de traumatismos mínimos que, em princípio, não partiriam um osso normal», explica Viviana Tavares, reumatologista e presidente da Associação Nacional contra a Osteoporose (APOROS).
As mulheres que se encontram na fase posterior à menopausa e os idosos são o principal grupo de risco. Nos cinco ou dez anos após a menopausa, devido à diminuição da produção de estrogénios, há uma perda considerável e rápida de densidade óssea nas mulheres. Segundo afirma Viviana Tavares, as mulheres que entram cedo na menopausa (antes dos quarenta anos) «apresentam um risco superior de virem a ter osteoporose». A osteoporose não manifesta sintomas, daí que as pessoas apenas se apercebam de que têm a doença quando sofrem uma fractura, momento em que surgem as dores. Um dos problemas é que, frequentemente, a fractura vertebral ocorre sem os doentes notarem. Nas fracturas dos ossos longos, há um período de dor mais intensa mas, após quatro a seis semanas, a consolidação da fractura está feita sem problemas. Já a fractura da anca, que atinge mais os idosos, é a mais grave por aumentar a morbilidade e a mortalidade.
De acordo com a especialista, as fracturas são mais frequentes nos ossos do punho, nas vértebras, na anca (colo do fémur) e no ombro (colo do úmero), embora qualquer osso possa partir como consequência da osteoporose. Geralmente, ocorrem devido a uma queda ou traumatismo mínimo, mas as fracturas vertebrais podem ocorrer mesmo sem qualquer traumatismo directo.
Dos sinais ao diagnóstico
A existência de fracturas derivadas de traumatismos – mesmo que sejam mínimos – facilita o diagnóstico, embora este deva ser realizado antes da sua ocorrência. Para Jaime Branco, reumatologista e presidente da Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), a densitometria óssea é o meio que permite elaborar o diagnóstico operacional: «Trata-se de um método standard que mede a massa óssea ao nível do fémur proximal e da coluna lombar (entre as vértebras 2 e 4).»
O especialista ressalva, no entanto, que aquele «não é um exame de rastreio para todas as mulheres que entram na menopausa». Deve ser realizado apenas quando estão presentes factores de risco, embora seja o meio auxiliar de diagnóstico aconselhado para despiste da osteoporose em mulheres com mais de 65 anos e em homens com mais de setenta.
Consolidação óssea
O período da adolescência é fundamental na construção do esqueleto, já que corresponde à etapa em que se adquire a maioria da densidade óssea. «Quer para raparigas quer para rapazes, a fase entre os 13 e os 15 anos é crucial. Depois de parar o crescimento em altura, o osso continua a ganhar espessura, como se fosse uma árvore, até aos trinta anos, idade em que se atinge o pico de massa óssea», explica Viviana Tavares.
A educação dos jovens é decisiva, devendo os pais preocuparem-se em incentivar os seus filhos a seguirem uma dieta saudável e a praticarem exercício físico. Assim, assegura Nuno Nunes, da direcção da Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), a prevenção e o tratamento da osteoporose passam pela ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D. «O leite e derivados (queijo e iogurtes) são os que mais contribuem para a manutenção e fortalecimento da massa óssea, mas existem outros, como o espinafre, a couve-galega e a rama de nabo, as sardinhas em conserva.» Já fixação do cálcio nos ossos é facilitada pela ingestão de alimentos compostos por vitamina D que, diz o nutricionista, abunda no «óleo de fígado de bacalhau, na gema de ovo, na manteiga e nos peixes gordos (sardinha, atum, salmão, cavala...)».
Cumprir a terapêutica
Os doentes que apresentam um risco de fractura de grau elevado devem seguir uma terapêutica. Sugere-se ainda que esclareçam com o seu médico as dúvidas face ao tratamento da doença e que se informem sobre a necessidade de fazer uma medição da massa óssea (densitometria) para calcular o seu risco de fractura. E caso seja necessário deve «ser medicado», refere Viviana Tavares. A dirigente da APOROS também aconselha que «o doente faça um suplemento de cálcio e de vitamina D se tiver uma alimentação que não cubra as necessidades do organismo». A especialista adianta ainda que o facto de a doença não apresentar sintomas é um entrave à adesão ao tratamento: «Contribui para que mais de metade das mulheres parem a terapêutica antes do tempo, o que potencia ainda mais a doença e os riscos de fractura que lhe estão associados. ||
risco acrescido
Homens ou mulheres, não importa o género, há factores de risco que são incontornáveis. O historial de doença na família é um deles, o principal. Mas importa conhecer os outros, os que se podem e/ou devem evitar: uma dieta pobre em cálcio, o sedentarismo e o tabagismo. O consumo de medicamentos que interferem na massa óssea, por exemplo a cortisona, e doenças como a artrite reumatóide, a espondilite e doenças intestinais inflamatórias também aumentam o risco de osteoporose.||
Fonte:Açoriano Oriental