José Ramos: "Com estes azares e a polémica dos 'handicaps' foi impossível vencer"
A segunda corrida do Campeonato de Portugal de Circuitos hoje disputada no Circuito de Braga, não correu de feição a Patrick Cunha e José Ramos, que terminaram os sessenta minutos de prova na terceira posição da geral, alcançando o segundo lugar entre os carros da categoria GT3, ainda que o Lamborghini Gallardo da Veloso Motorsport, tenha assumido a liderança repartida do campeonato.
Com um início de corrida a papel químico da corrida do dia anterior , foi de novo Patrick Cunha a ter a responsabilidade de fazer o primeiro turno de condução. Uma partida menos conseguida, relegou o piloto de Vieira do Minho para a segunda posição, lugar que ocuparia durante as primeiras voltas da corrida, antes de assumir a liderança da prova à 13ª volta. Foi nessa posição e depois de efectuar a volta mais rápida da corrida que Cunha entraria nas boxes para trocar de posição com José Ramos.
Seria neste processo de troca de pilotos que iria surgir a polémica relacionada com o tempo de paragem obrigatória dos principais adversários do Lamborghini da Veloso Motorsport, os homens da Vodafone Wedo Samsung Team, do Aston Martin de José Pedro Fontes e Diogo Castro Santos, que, segundo referem os homens da Veloso Motorsport, não terão efectuado a sua paragem obrigatória respeitando o tempo indicado para o respectivo 'handicap'.
Para piorar a situação, em pista, a dupla Cunha /Ramos viria ainda a fazer um pião, já que devido ao tempo quente que se fez sentir ontem em Braga, Ramos deparar-se-ia com um carro muito difícil de conduzir, dado o já elevado desgaste dos pneus. Essa terá sido mesmo a principal razão para o pião que o piloto portuense efectuou numa das curvas mais lentas do circuito e que iria revelar-se fatal para as aspirações da equipa em termos de posição na corrida.
O carro da Veloso Motorsport manteria ainda assim a segunda posição que ocupava após a troca de pilotos, perdendo no entanto mais um lugar, devido a um problema com a caixa de velocidades, que bloqueou momentaneamente e por duas vezes na mesma volta, facto que impediu a defesa da posição.
"Tal como no início da corrida de sábado, o carro esteve ontem também muito complicado de conduzir, devido a estar com a caixa de velocidades, pneus e travões ainda frios, mas depois das primeiras voltas ficou melhor e pude então atacar a liderança. Tentei a ultrapassagem na travagem para a chicane, mas acabei por ser tocado e não consegui passar para a frente. Com a entrada do meu adversário nas boxes, assumi o comando e tentei ganhar o máximo de vantagem possível, o que consegui. Depois entreguei o carro ao José Ramos, julgava eu que na primeira posição, mas tal não se viria estranhamente a verificar. Foi pena porque acho que tínhamos muitas hipóteses de repetir o triunfo de ontem." disse Patrick Cunha.
"No meu turno de condução, os pneus já estavam muito degradados e por isso tive muitos problemas para manter o carro em pista. Acabei por fazer um pião na chamada "curva do gatilho", perdi muito tempo e em consequência as hipóteses de ainda tentar chegar à liderança da prova. Entretanto comecei a ser pressionado pelo concorrente que seguia na terceira posição, acabando por ter de ceder o lugar devido a ter ficado duas vezes com a caixa momentaneamente encravada. Foi pena, porque esperávamos conseguir vencer de novo e com estes azares e a polémica dos 'handicaps', tal tornou-se impossível." Disse por sua vez José Ramos, visivelmente agastado com a situação.
Classificação Final - Corrida 2:
1º José P. Fontes / Diogo Santos - Aston Martin DBRS9, 42 voltas em 1h00:40s606
2º António Nogueira / António Coimbra - Porsche 911 GT2, a 1s993
3º Patrick Cunha / José Ramos - Lamborghini Gallardo GT3, a 9s161 ...
Classificação no Campeonato Absoluto:
1º José P. Fontes / Diogo Santos - 18 pontos
1º Patrick Cunha / José Ramos - 18 pontos
3º António Nogueira / António Coimbra - 10 pontos