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Imigrantes portugueses sem documentos receiam nova era Trump
O regresso à Casa Branca de Donald Trump, prometendo deportações em massa de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos está a assustar portugueses que deixaram expirar os vistos na Califórnia.
"A volta deste Presidente está a mexer com o estado psicológico não só meu, mas de muita gente que está na mesma situação que eu como imigrante", disse à Lusa o português Emanuel Carvalho (nome fictício), que está em Los Angeles há nove anos e ficou em situação ilegal quando o visto expirou.
"As promessas que este novo governo fez vão afetar diretamente todos os imigrantes, incluindo eu. Não vou mentir, não consigo dormir desde que este Presidente ganhou", adiantou o português.
Carvalho, que rumou aos Estados Unidos "em busca de uma estabilidade maior" para si e para os filhos, disse que a vida de imigrante sem documentação é muito difícil e cheia de altos e baixos. Agora, receia que a situação piore de forma considerável.
"Estou com muito receio do futuro, não sei o que vai acontecer. Tenho pessoas que dependem de mim também", referiu. O imigrante montou uma empresa e paga impostos, mas não consegue modificar o seu estatuto depois de o visto expirar. "Os próximos quatro anos vão ser um inferno para mim".
Também Maria do Carmo (nome fictício) está receosa do que vai acontecer com a nova administração Trump. Tem uma família mista em termos legais, com documentos e sem documentos, e pode ser alvo da separação familiar que caracterizou a anterior administração republicana.
"A minha filha acabou de entregar os seus papéis para receber a autorização de residência e está com medo", disse à Lusa. "Também eu e o meu marido, porque não estamos legais ainda".
Maria do Carmo explicou que muitos dos seus amigos votaram em Donald Trump e isso gerou discussões durante a campanha, devido às posições anti-imigração do agora Presidente-eleito.
"Eu digo aos meus amigos se acham bem votar num corrupto", afirmou. "Um homem que quer deportar muita gente e muitos deles são imigrantes ou filhos de imigrantes", indicou. "Mas quem acredita diz que ele vai mudar a América e o mundo e os preços da gasolina vão baixar".
A família portuguesa, que estabeleceu posições sólidas na sua comunidade na Califórnia, não tem outra opção senão "viver dia a dia e passar despercebidos", afirmou.
Carmo lamentou a retórica e disse que, se as deportações em massa acontecerem, duvida que os norte-americanos queiram trabalhar "onde muitos imigrantes trabalham".
Para Emanuel Carvalho, que se diz "sem uma esperança" neste momento, o elemento positivo é estar na Califórnia, um estado com muitos imigrantes e cuja liderança já se comprometeu a dificultar os planos de Trump.
"Agradeço muito estar neste estado da Califórnia onde pude arranjar um trabalho, alugar uma casa, ajudar os meus filhos e a minha família", afirmou. Ainda assim, aponta os obstáculos.
"É difícil estar aqui devido à falta de documentação, porque nos privam de muita coisa. Uma pessoa não consegue ter cartão de crédito, tem de ter sempre dinheiro para pagar tudo em débito, e é difícil arranjar trabalhos".
O presidente-eleito Donald Trump nomeou Tom Homan para liderar a nova política relativa à fronteira e planear as deportações em massa.
Homan foi o arquiteto da estratégia da anterior administração de retirar bebés e crianças aos migrantes em busca de asilo e colocá-los em estruturas que foram comparadas a jaulas, de forma a desencorajar famílias a tentar entrar nos Estados Unidos.
A política causou muita controvérsia e foi rescindida a 20 de junho de 2018, sendo que ainda há cerca de 1.400 crianças que não conseguiram ser devolvidas aos pais seis anos depois. São dados de uma 'task force' criada por Joe Biden para reunificar as 5.000 crianças retiradas aos pais que pediam asilo legalmente.
Várias organizações de defesa de imigrantes em Los Angeles já se pronunciaram sobre o resultado das eleições e prometeram reforçar o trabalho para proteger os mais vulneráveis.
Angélica Salas, diretora executiva da CHIRLA -- Coalition for Humane Immigrant Rights, partilhou um vídeo no qual apelou a que as pessoas ajudem a organização com contribuições e voluntariado, devido à ameaça do regresso de Trump.
"O que isto significa para organizações como a CHIRLA é que agora temos uma agenda de deportações em massa e separação de famílias e um ataque às comunidades imigrantes", afirmou. "Levamo-lo muito a sério".
Salas disse que os defensores dos imigrantes são resilientes e vão tomar uma posição forte. "Vamos defender indivíduos que só procuram proteção neste país, que trabalham diariamente para garantir que não só as suas famílias conseguem avançar, mas que todo este país se move em frente".
Também a diretora da Esperanza Immigrant Rights, Kimberley Plotnik, disse estar cheia de "pavor e tristeza" com a eleição.
"As políticas anti-imigrantes defendidas pela campanha de Trump, e as que foram executadas durante a sua anterior administração, eram e continuam a ser devastadoras, desumanas e injustas", considerou a responsável do programa, organizado por uma coligação de associações católicas em Los Angeles.
"Na Esperanza, assistimos ao impacto destas políticas em primeira mão e muitos de vocês, os nossos apoiantes dedicados, também viram os seus malefícios".
Imigração foi pilar da campanha de Trump. Quais as propostas?
O Presidente-eleito norte-americano Donald Trump elegeu a imigração como um dos pilares da sua campanha eleitoral e apresentou uma série de propostas para limitar a entrada de estrangeiros e deportar aqueles que não estão legais no país.
O próximo presidente dos Estados Unidos prometeu a maior deportação em massa da história do país e o encerramento das fronteiras, tendo nomeado para "czar da fronteira" o anterior chefe interino da agência de imigração (ICE), Tom Homan.
Analistas e especialistas em imigração apontam que uma deportação em massa terá efeitos devastadores na economia norte-americana. Eis alguns pontos essenciais sobre um dos temas mais críticos no país:
Propostas imediatas após a posse
Donald Trump disse que irá rescindir as políticas de imigração da atual administração de Joe Biden imediatamente após tomar posse como Presidente, a 20 de janeiro de 2025.
Isto inclui cancelar o estatuto legal temporário de cerca de um milhão de imigrantes que fugiram de 17 países em guerra ou colapso generalizado, incluindo Venezuela e Haiti. O TPS -- Temporary Protected Status -- permite a migrantes trabalharem legalmente no país se um regresso aos países de origem for considerado demasiado perigoso.
O novo Presidente também deverá reinstaurar a política "Remain in Mexico", que obriga os requerentes de entrada nos Estados Unidos a permanecerem em território mexicano em vez de se entregarem à patrulha de fronteira norte-americana.
Como funcionará a deportação em massa
O número de imigrantes em situação ilegal tem sido estável nas últimas duas décadas. Calcula-se que haja 11,7 milhões de imigrantes sem documentação nos Estados Unidos, o que é ligeiramente inferior ao pico de 12,2 milhões em 2007.
A proposta de Donald Trump é iniciar "a maior deportação em massa" da história do país, ultrapassando o recorde de Barack Obama, o Presidente que mais deportou imigrantes até hoje (1,18 milhões de pessoas).
Tal como Obama, Trump pretende começar pelos imigrantes que cometeram algum tipo de crime e depois alargar para outros, incluindo aqueles que estão no país legalmente com TPS.
O atual chefe da agência ICE, Patrick J. Lechleitner, avisou que um plano desta magnitude apresenta desafios logísticos e financeiros muito elevados.
Tom Homan, que será o próximo "czar" da fronteira, disse que não será necessário construir campos de detenção para levar a cabo a deportação em massa e que as agências envolvidas vão identificar os alvos de forma precisa.
O custo de deportar um imigrante em situação ilegal é de cerca de 11 dólares, pelo que o custo do programa de deportação em massa será de milhares de milhões. Trump disse que o plano não tem limite de preço e será levado em frente independentemente disso.
Economistas avisam para o choque económico de deportar 11 milhões de pessoas que trabalham em áreas como agricultura, pecuária e serviços, a maioria das quais paga impostos.
Política de separação de famílias
Tom Homan foi o arquiteto da política de separação de famílias da primeira administração Trump, que retirou bebés e crianças aos pais que chegaram à fronteira para pedir asilo. A controvérsia levou a medida a ser rescindida em junho de 2018.
O plano da nova administração de deportar imigrantes sem documentos que estão casados com residentes e têm filhos que são cidadãos poderá levar novamente à separação de famílias, uma vez que há 4,5 milhões de lares em que um dos adultos está em situação ilegal.
A alternativa será cidadãos norte-americanos saírem do país juntamente com os seus familiares deportados.
Limites à imigração legal
Stephen Miller, conselheiro de Trump para a imigração e seu novo chefe de gabinete para políticas, disse na semana anterior à eleição que "a América é para os americanos apenas" e defendeu um plano alargado para restringir a imigração legal.
A proposta é restringir o número de vistos de trabalho, como o H-1B, à semelhança do que aconteceu durante a primeira administração Trump, que entre 2018 e 2019 emitiu menos 1,2 milhões de vistos.
"Provas suficientes". Trump seria condenado caso não tivesse sido eleito
O procurador "defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento".
Um relatório do procurador especial Jack Smith, publicado hoje pelos 'media' norte-americanos, indica que Donald Trump teria sido condenado pela alegada tentativa de anular o resultado eleitoral de 2020 caso não tivesse vencido agora.
No relatório é dito que o procurador "defendia que as provas eram suficientes para obter e sustentar uma condenação em julgamento".
O relatório de Smith foi enviado esta madrugada ao Congresso pelo Departamento de Justiça, depois de a juíza Aileen Cannon ter dado luz verde à divulgação do documento.
Smith afirmou no relatório que ele e os colaboradores atuaram sempre segundo a lei e concluíram que Trump, presidente entre 2016 a 2021, levou a cabo "uma série de esforços criminosos para manter o poder" depois de ser derrotado pelo atual presidente, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020.
O procurador especial Jack Smith demitiu-se do Departamento de Justiça na sexta-feira, três dias depois de entregar o relatório ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland.
A demissão de Jack Smith não é surpreendente, uma vez que Trump tinha dito que uma das primeiras coisas que faria quando regressasse à Casa Branca seria afastar o procurador especial.
O presidente eleito reagiu à demissão acusando Jack Smith de empreender "uma caça às bruxas com fins políticos", que também atribuiu à justiça norte-americana.
Trump entra na Casa Branca em 20 de janeiro como o primeiro presidente norte-americano a ser condenado num processo criminal, após ter sido condenado, sem punições, por pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz pornográfica 'Stormy Daniels', com quem terá mantido uma relação extraconjugal.
Há 25 mortos e 23 desaparecidos em Los Angeles com três fogos por conter
Quase uma semana depois do início dos incêndios em Los Angeles, há 25 mortos confirmados e 23 desaparecidos e uma situação que permanece volátil, com ameaça de agravamento do vento e três fogos por controlar.
O maior incêndio, em Pacific Palisades, está com um nível de contenção de apenas 14%, sendo o maior e mais destrutivo no condado, onde morreram oito pessoas.
O fogo de Eaton, em Altadena (perto de Pasadena) está 33% contido numa altura em que já estão confirmadas 17 mortes. Em Sylmar, o fogo de Hurst é o que está mais próximo de ser controlado, com a contenção em 95%.
Há pelo menos 2.500 operacionais a combater os fogos em Los Angeles, o que inclui Guarda Nacional e bombeiros vindos do México e Canadá. Depois de alguma acalmia nos ventos de Santa Ana que fizeram deflagrar estes fogos, o condado está novamente sob aviso vermelho durante os próximos dois dias.
"Condições climáticas críticas elevadas para incêndio continuarão até quarta-feira", avisou o chefe do Corpo de Bombeiros do Condado de Los Angeles, Anthony C. Marrone. "Esses ventos, combinados com baixa humidade, manterão a ameaça de incêndio em todo o Condado de Los Angeles muito alta."
A chefe do Corpo de Bombeiros da cidade de Los Angeles, Kristin Crowley, garantiu que o departamento está focado em "conter os incêndios, salvar vidas e proteger propriedades".
O centro de operações de emergência anunciou que a cidade de Los Angeles está a trabalhar com a agência federal FEMA para abrir centros de recuperação de desastre que auxiliem os residentes afetados pelos fogos. Pelo menos 180 mil pessoas tiveram de se evacuar e muitas perderam as casas, estimando-se que 12.000 edifícios tenham ardido nos principais incêndios.
O primeiro centro de recuperação vai abrir na quarta-feira, 15 de janeiro, no parque de investigação da Universidade UCLA.
As estimativas apontam agora para prejuízos na ordem dos 250 mil milhões de dólares, podendo este tornar-se o pior incêndio da história da Califórnia em termos de número de estruturas ardidas e perdas económicas, segundo o meteorologista chefe da AccuWeather, Jonathan Porter.
O líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes, Mike Johnson, disse que as ajudas federais à Califórnia no rescaldo deste desastre vão depender de certas condições, algo que é incomum no Congresso, que habitualmente aprova ajuda de emergência sem condições aos estados afetados.
Eleições? Justiça admite divulgar relatório sobre interferência de Trump
Uma juíza federal norte-americana levantou hoje a restrição à divulgação pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos do relatório de investigação sobre o caso de interferência eleitoral do Presidente eleito, Donald Trump, em 2020.
No entanto, um procedimento temporário que impede a divulgação imediata do relatório permanece em vigor até terça-feira, e é improvável que a ordem da juíza distrital dos EUA Aileen Cannon seja a última palavra sobre o assunto. Os advogados de defesa podem tentar contestá-la até ao Supremo Tribunal.
Cannon, que foi nomeada para o cargo por Trump, tinha anteriormente bloqueado temporariamente o departamento de divulgar todo o relatório sobre as investigações do procurador especial, Jack Smith, sobre Trump, que levaram a dois processos criminais separados.
A mais recente ordem de Cannon, hoje, abriu caminho para a divulgação do volume detalhando o caso de Smith contra Trump, um republicano, por conspirar para anular a sua derrota nas eleições de 2020 para Joe Biden, um democrata.
A poucos dias da posse de Trump para um segundo mandato na Casa Branca, a juíza marcou para sexta-feira uma audiência para decidir se o departamento pode libertar para os legisladores o volume do caso de documentos confidenciais de Trump
Jack Smith, que se demitiu na semana passada, depois de entregar o seu relatório, processou o antigo presidente em dois casos que o Departamento de Justiça abandonou em novembro.
O departamento disse que não divulgará publicamente esse volume enquanto estiver pendente o processo criminal contra dois dos co-arguidos de Trump - o arrumador de carros Walt Nauta e o administrador da propriedade de Mar-a-Lago, o português Carlos de Oliveira.
O relatório de dois volumes detalha decisões sobre possíveis acusações nas duas investigações lideradas por Smith: uma relacionada com a retenção de documentos confidenciais na residência de Trump em Mar-a-Lago e outra sobre as tentativas do ex-presidente de reverter os resultados das eleições de 2020, que culminaram com a invasão do Capitólio, a 06 de janeiro de 2021.
Cannon arquivou o caso dos documentos confidenciais em julho, decidindo que a nomeação de Smith era ilegal. Mais tarde, o Departamento de Justiça abandonou ambos os casos, que geraram acusações, após a vitória presidencial de Trump em novembro, citando a política do departamento que proíbe os processos federais de presidentes em exercício.
A decisão de hoje, se for mantida, pode abrir a porta para que o público conheça detalhes adicionais nos próximos dias sobre o esforço frenético, mas em última análise fracassado, de Trump para se agarrar ao poder no período que antecedeu a insurreição mortal de 06 de janeiro de 2021 no Capitólio.
O procurador especial Jack Smith demitiu-se do Departamento de Justiça na sexta-feira, três dias depois de entregar o relatório ao procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, que tem o poder de decidir se publica ou não o documento.
A demissão de Jack Smith não é surpreendente, uma vez que Trump tinha dito que uma das primeiras coisas que faria quando regressasse à Casa Branca seria afastar o procurador especial.
O Presidente eleito reagiu à demissão acusando Jack Smith de empreender "uma caça às bruxas com fins políticos", que também atribuiu à justiça norte-americana.
Trump entrará na Casa Branca em 20 de janeiro como o primeiro Presidente norte-americano a ser condenado num processo criminal, após ter sido condenado, sem punições, por pagamentos ilegais para comprar o silêncio da atriz pornográfica 'Stormy Daniels', com quem terá mantido uma relação extraconjugal.
Donald Trump pode ter plano para adiar a suspensão do TikTok
A ideia é estender o prazo de forma a dar à empresa mais tempo para vender a app.
Será no próximo domingo, dia 19, que o TikTok deverá ser banido nos EUA, com a empresa a planear (alegadamente) um autêntico ’apagão’ que tornará a app inutilizável até para quem já a tenha instalada no telemóvel.
Diz agora o The Washington Post que o presidente eleito Donald Trump, que terá a sua tomada de posse na segunda-feira, dia 20, está a planear uma ordem executiva que adiará o prazo dado ao TikTok para concretizar uma venda da app de forma a continuar a operar nos EUA.
A iniciativa espelha uma proposta que já havia sido partilhada por um senador democrata, que também havia apontado uma extensão do prazo para permitir que o TikTok continue disponível para os cerca de 170 milhões de utilizadores da app no país.
Trump toma hoje posse rodeado pela extrema-direita (e sem UE)
Donald Trump toma hoje posse como o 47.º presidente norte-americano, numa cerimónia em Washington marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com escassos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia (UE).
O momento marcará o regresso à Casa Branca do político republicano, que venceu a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, nas eleições presidenciais norte-americanas de 05 de novembro, depois de um primeiro mandato (2017-2021) e de ter falhado a reeleição, face à vitória de Joe Biden.
Tradicionalmente vista como uma forma de sinalizar relações diplomáticas, a lista de convidados de Trump baseia-se mais em convites diretos a aliados próximos, incluindo vários políticos mundiais de extrema-direita e populistas.
São os casos do Presidente da Argentina, Javier Milei, que já confirmou a presença, ou do ex-chefe de Estado brasileiro Jair Bolsonaro, que foi convidado, mas não pode viajar para os Estados Unidos por ter o seu passaporte retido pela justiça brasileira, no âmbito da investigação sobre o alegado plano de golpe de Estado para impedir a posse do seu sucessor, Lula da Silva.
Entre os convidados estão o Presidente da China, Xi Jinping -- que se fará representar por altos responsáveis do seu executivo -, de El Salvador, Nayib Bukele, e do Equador, Daniel Noboa, bem como os chefes da diplomacia da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, e do Japão, Takeshi Iwaya.
Da UE, nenhum dos altos representantes das instituições recebeu convite para a cerimónia, incluindo os presidentes do Conselho Europeu, António Costa, da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, confirmaram à Lusa fontes comunitárias. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, será a única líder dos 27 Estados-membros da UE presente.
Os 27 do bloco comunitário serão representados pela embaixadora da UE para os Estados Unidos, Jovita Neliupsien.
Da extrema-direita europeia, haverá uma delegação dos Patriotas pela Europa, encabeçada pelo líder da terceira maior força política do Parlamento Europeu, Santiago Abascal (Vox espanhol) e que integra o presidente do Chega, André Ventura.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, também foi convidada, bem como Alice Weidel, a líder do partido de extrema-direita alemão, Alternativa para a Alemanha (AfD), mas será representada pelo co-presidente do partido, Tino Chrupalla.
Os líderes da extrema-direita francesa, Marine Le Pen e Jordan Bardella, não receberam convites, ao contrário do político anti-imigração Éric Zemmour. Do Reino Unido, estará o líder do partido Reform UK, Nigel Farage, defensor do 'Brexit' (processo da saída britânica da UE).
O reconhecido aliado de Trump na Europa, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, não foi convidado, com a sua equipa a justificar que a futura administração dos Estados Unidos não convidou chefes de Estado ou de Governo estrangeiros.
À semelhança de vários países europeus e como é habitual nas cerimónias de inauguração norte-americanas, Portugal será representado ao nível do embaixador, Francisco Duarte Lopes.
Empresários e multimilionários também marcarão presença: o aliado de Trump Elon Musk, dono da rede social X, da Tesla e da SpaceX; o presidente da Meta, Mark Zuckerberg, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos.
Antecessores de Trump também estarão na cerimónia: Joe Biden, Barack Obama -- que não estará acompanhado da mulher, Michelle -, Bill Clinton e George W. Bush.
O momento da posse está marcado para pouco antes das 12:00 locais (17:00 em Lisboa) no Capitólio, sede do poder legislativo, em Washington, estando previstos discursos do vice-presidente, J.D. Vance, e do Presidente, Donald Trump.
Os ultra-ricos das 'Big Tech' que não faltarão à tomada de posse de Trump
Os três homens mais ricos do mundo vão estar juntos durante a cerimónia.
A tomada de posse de Donald Trump como novo presidente dos EUA acontece em Washington, D.C. esta segunda-feira, dia 20, e, além de políticos de extrema-direita, também marcarão presença muitos milionários e multimilionários - entre eles da área da tecnologia.
Entre eles estarão aqueles que são atualmente os três homens mais ricos do mundo, nomeadamente o dono da Tesla, da SpaceX e do X, Elon Musk (com uma riqueza avaliada em 449 mil milhões de dólares); o fundador da Amazon e da Blue Origin, Jeff Bezos (245 mil milhões de dólares) e também o cofundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg (217 mil milhões de dólares).
Além deste (poderoso) trio, conta a Forbes que o cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, também deverá estar presente. Dado que também marcou presença em outros eventos relacionados com a tomada de posse de Trump, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, deverá estar entre os convidados.
De resto, diz a Bloomberg e a Reuters (respetivamente) que o CEO da Apple, Tim Cook, e o CEO da Alphabet (Google), Sundar Pichai, planeiam dirigir-se a Washington, D.C. para o evento. Por fim, adianta o New York Times que o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, também estará na tomada de posse.
"Boa consciência". Biden concede "indulto preventivo" a críticos de Trump
Entre os indultados está o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, e o responsável pelo combate à Covid-19, Anthony Fauci, além de membros do Congresso e funcionários que integraram uma comissão de investigação sobre o ataque ao Capitólio, ocorrido a 6 de janeiro de 2021.
O ainda presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu "indultos preventivos" a críticos de Donald Trump, que toma posse esta segunda-feira como 47.º presidente do país. O objetivo, de acordo com um comunicado, é evitar "processos injustificados e politicamente motivados".
Nos EUA é tradição um presidente conceder clemência no final do seu mandato, mas estes atos de misericórdia são geralmente oferecidos a cidadãos comuns que foram condenados por crimes.
Contudo, Biden usou este poder da forma mais ampla e recorreu a uma formulação inédita: para perdoar aqueles que ainda nem sequer foram investigados.
Entre os indultados está o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, e o responsável pelo combate à Covid-19, Anthony Fauci, além de membros do Congresso e funcionários que integraram uma comissão de investigação sobre o ataque ao Capitólio, ocorrido a 6 de janeiro de 2021.
"A nossa nação depende todos os dias de funcionários públicos dedicados e altruístas. Eles são a força vital da nossa democracia. No entanto, de forma alarmante, os funcionários públicos têm sido objeto de ameaças e intimidações constantes por cumprirem fielmente os seus deveres", escreveu Joe Biden num comunicado divulgado esta segunda-feira.
Lembrando que os indultados foram "ameaçados com processos criminais", Biden destacou que os mesmos "não merecem ser alvo de processos injustificados e politicamente motivados".
Apesar de acreditar no "Estado de direito" e que a "força das instituições jurídicas acabará por prevalecer sobre a política", o presidente norte-americano considerou que "estas são circunstâncias excecionais" e, por isso, não pode, "em boa consciência, não fazer nada".
Anthony Fauci, recorde-se, foi diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde durante quase 40 anos e foi o principal conselheiro médico de Biden, até à sua reforma em 2022.
O médico ajudou a coordenar a resposta à pandemia de Covid-19 e irritou Trump quando se recusou a apoiar as alegações infundadas sobre a doença do então presidente durante o seu primeiro mandato (2017-2021), tendo sido alvo de críticas pelos setores conservadores do Partido Republicano.
Já Mark Milley foi chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e chamou fascista a Trump, mostrando-se chocado com a forma como este colaborou com a invasão do Capitólio (sede do Congresso norte-americano) em 2021
Biden também perdoou membros e funcionários do comité da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) que investigou a invasão do Capitólio, incluindo os ex-congressistas Liz Cheney e Adam Kinzinger, ambos republicanos, bem como os agentes da polícia do Capitólio dos EUA e da área metropolitana de Washington D.C. que testemunharam perante o comité.
Sublinhe-se que Donald Trump toma posse esta segunda-feira como 47.º presidente dos Estados Unidos, após ter vencido as eleições de 5 de novembro. A cerimónia realiza-se em Washington D.C. e contará com a presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita.
Putin destaca "atitude" de Trump e felicita-o por tomada de posse
O presidente russo sublinhou o facto de Trump ter falado sobre "restabelecer os contactos diretos com a Rússia" e querer evitar uma "terceira guerra mundial".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, congratulou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pela tomada de posse, que decorre, esta segunda-feira, em Washington DC.
"Vimos a declaração do recém-eleito presidente dos Estados Unidos e de membros da sua equipa sobre o desejo de restabelecer os contactos diretos com a Rússia, interrompidos sem termos culpa pela administração cessante", afirmou Putin numa reunião com o Conselho de Segurança, citado pela agência estatal russa TASS, acrescentando saber também das suas declarações "sobre a necessidade de fazer tudo o que for possível para evitar uma terceira guerra mundial".
"Naturalmente, congratulamo-nos com esta atitude e felicitamos o presidente eleito dos Estados Unidos pela sua tomada de posse", frisou.
"Nunca recusámos o diálogo, sempre estivemos prontos a manter relações harmoniosas e de cooperação com qualquer administração americana", disse Putin, exigindo um "respeito mútuo".
"Partimos do princípio de que o diálogo deve basear-se na igualdade e no respeito mútuo, tendo em conta o papel significativo desempenhado pelos nossos países numa série de questões fundamentais da agenda global, incluindo o reforço da estabilidade e da segurança estratégica", insistiu.
Em particular, sublinhou que Moscovo está "aberto" ao diálogo com a nova administração dos EUA sobre a resolução do conflito ucraniano.
"O mais importante aqui é erradicar as causas profundas da crise", disse, aludindo à aproximação da infraestrutura militar da NATO às fronteiras da Rússia.
Além disso, o chefe de Estado russo sublinhou que o objetivo da resolução do conflito na Ucrânia "não deve ser uma trégua curta, nem uma pausa para reagrupar ou rearmar para continuar o conflito, mas uma paz duradoura com base no respeito pelos interesses legítimos de todas as pessoas, de todos os povos que vivem nesta região".
Putin acrescentou que, aconteça o que acontecer, a Rússia continuará a lutar pelos interesses do seu povo no que diz respeito à "operação militar especial", como se refere à invasão da Ucrânia, que lançou em fevereiro de 2022.
Durante a reunião, o chefe do Kremlin (presidência russa) ouviu o relatório do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, sobre as relações com os Estados Unidos.
O Kremlin espera que o próprio Trump tome a iniciativa de telefonar ao seu homólogo russo.
"Não quero dar a impressão de que Moscovo está de braços cruzados à espera de um telefonema de Washington. Não, estamos calmamente à espera quando a equipa de Trump tomar posse e ele entrar na Sala Oval. Depois disso, veremos", disse Yuri Ushakov, conselheiro presidencial para os assuntos internacionais, há alguns dias.
Donald Trump toma hoje posse como o 47.º Presidente norte-americano numa cerimónia, em Washington, marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com escassos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia (UE).
Trump vai reformular políticas de imigração por ordem executiva
O novo Presidente norte-americano, Donald Trump, vai emitir esta segunda-feira, no primeiro dia de mandato, ordens executivas para reformular as políticas de imigração dos EUA, pondo fim ao acesso ao asilo e à cidadania por direito de nascimento.
Fontes da nova equipa governativa confirmaram esta informação, mas não esclareceram como o Governo executará algumas das ordens executivas que Trump vai hoje assinar, incluindo o fim da cidadania automática para todos os nascidos no país, havendo outras que deverão ser de imediato contestadas nos tribunais.
As comunidades de imigrantes já estão a preparar-se para a repressão que Trump vinha prometendo durante toda a sua campanha, e que reiterou num comício no domingo, pouco antes da sua tomada de posse.
General Mark Milley declara-se "sossegado" após perdão de Biden
O general aposentado Mark Milley mostrou-se "sossegado" por o Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, ter emitido um perdão para o proteger de uma possível vingança da nova administração de Donald Trump, que toma posse esta segunda-feira.
"Não desejo gastar o tempo restante que o Senhor me concede a lutar contra aqueles que procuram injustamente retribuição por alegadas ofensas", disse Milley, antigo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas norte-americanas, numa declaração.
Milley chamou Donald Trump de fascista e denunciou como inaceitável a conduta do agora Presidente eleito ao incentivar os seus apoiantes a invadirem o Capitólio (sede do Congresso norte-americano), em 06 de janeiro de 2021, para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral de Biden.
Mark Milley disse estar "profundamente grato pela ação do Presidente", depois de Biden ter hoje concedido vários perdões preventivos a várias figuras críticas de Trump, incluindo ao conselheiro médico Anthony Fauci e a membros da comissão do Congresso que investigou a invasão do Capitólio, nas últimas horas do seu mandato.
A decisão de Biden surge depois de o Presidente eleito, Donald Trump, que hoje toma posse em Washington, ter lançado ameaças a um conjunto de personalidades que o contrariaram politicamente ou tentaram responsabilizá-lo pela sua tentativa de reverter a sua derrota eleitoral de 2020 e pelo seu papel na invasão do Capitólio.
"A emissão destes perdões não deve ser confundida com um reconhecimento de que qualquer indivíduo se envolveu em qualquer delito, nem a aceitação deve ser mal interpretada como uma admissão de culpa por qualquer delito", explicou Biden em comunicado, ao justificar a sua decisão.
"A nossa nação tem uma dívida de gratidão para com estes servidores públicos pelo seu incansável compromisso com o nosso país", frisou ainda o Presidente cessante.
Nos Estados Unidos é tradição um Presidente conceder clemência no final do seu mandato, mas estes atos de misericórdia são geralmente oferecidos a cidadãos comuns que foram condenados por crimes.
Donald Trump vai enviar Exército para patrulhar fronteira com o México
O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, vai declarar emergência nacional na fronteira com o México e usar o Exército para a patrulhar, informou esta segunda-feira uma alta autoridade governamental.
Horas antes da tomada de posse de Trump como 47º Presidente, esta fonte explicou que o estado de emergência nacional permite enviar as Forças Armadas para a fronteira.
Os militares vão dar prioridade "à soberania, à integridade territorial e à segurança dos Estados Unidos, repelindo formas de invasão, incluindo a migração ilegal em massa", acrescentou a fonte.
Trump vai emitir hoje, no primeiro dia de mandato, ordens executivas para reformular as políticas de imigração dos EUA, que também incluem o fim ao acesso ao asilo e à cidadania por direito de nascimento.
O direito de primogenitura, que confere a qualquer pessoa nascida em solo americano o direito de obter um passaporte americano, está consagrado na Constituição dos EUA.
Donald Trump vai assinar uma ordem executiva que obriga a sua administração a "reconhecer" apenas "dois sexos", afirmaram esta segunda-feira futuros responsáveis da Casa Branca, pouco antes da posse do republicano, que prometeu "acabar com a ilusão dos transgéneros".
A ordem executiva visa "defender as mulheres do extremismo ideológico de género e restaurar a verdade biológica no Governo federal", disse um funcionário aos jornalistas sob condição de anonimato, acrescentando que a identidade sexual dos indivíduos passaria a ser definida exclusivamente pelos gâmetas que produzem.
"O que estamos a fazer hoje é afirmar que a política dos Estados Unidos é reconhecer dois sexos: masculino e feminino", disse a mesma fonte, citada pelas agências internacionais.
Durante a sua campanha para as eleições presidenciais de novembro passado, Donald Trump prometeu várias vezes acabar com a "ilusão dos transgéneros".
O Presidente eleito dos Estados Unidos da América (EUA) quer também abolir as ajudas federais aos programas de apoio à diversidade na administração, disseram hoje os mesmos responsáveis da sua futura equipa.
"Vamos pôr fim a este tipo de financiamento, vamos pôr fim a estes programas", explicou uma das fontes, apontando para a formação antirracismo e diversidade.
O político republicano considera que a América está ameaçada por uma "invasão" de ideias progressistas, que qualifica de ideologia "woke".
Donald Trump toma hoje posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos, regressando à Casa Branca após um primeiro mandato entre 2017 e 2021.
Trump empossado como 47.º Presidente dos Estados Unidos.
O político republicano Donald Trump foi esta segunda-feira empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
O juramento do novo líder norte-americano foi realizado logo após a posse do seu futuro vice-Presidente, JD Vance, com o qual liderou a nomeação do Partido Republicano, que, em 05 de novembro, venceu as eleições presidenciais contra a candidatura democrata encabeçada por Kamala Harris.
A cerimónia em Washington é marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com escassos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia (UE), à exceção da primeira-ministra italiana, Georgia Meloni.
Donald Trump inicia a partir de hoje um segundo mandato na presidência dos Estados Unidos, após a sua liderança na Casa Branca entre 2017 e 2021, ano em que perdeu a reeleição para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi a única líder dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) presente na tomada de posse, onde também estiveram nomes como o presidente da Argentina, Javier Milei, uma delegação dos Patriotas pela Europa, encabeçada pelo líder da terceira maior força política do Parlamento Europeu, Santiago Abascal (Vox espanhol), e altos responsáveis do executivo do presidente chinês, Xi Jinping. Empresários e multimilionários também não perderam a cerimónia, nomeadamente o dono da rede social X (Twitter), da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, o presidente da Meta, Mark Zuckerberg, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos.
Os antecessores de Trump, Joe Biden e Barack Obama - que não esteve acompanhado pela mulher, Michelle -, Bill Clinton e George W. Bush não faltaram.
Os momentos altos
Tentativa de beijo torna-se viral
A cartola alongada desenhada por Eric Javits e envergada por Melania Trump está a correr o mundo. Além de lhe ter tapado metade do rosto e de ter dado azo a ‘memes’, o acessório foi o grande protagonista do momento em que Trump e a esposa se ‘beijam no ar’, mantendo o casal à distância.
Melania, de 54 anos, foi ainda comparada a desenhos animados e a personagens de filmes, como o astuto vilão da McDonald's, o Hamburglar, Spy vs. Spye ou Stanley Ipkiss. Mas há mais: houve até quem dissesse que se vestiu adequadamente "para o funeral da América".
Musk acusado de fazer saudação nazi (por duas vezes)
Elon Musk, que liderará o Departamento de Eficiência Governamental, criado pelo governo de Donald Trump, foi acusado de fazer a saudação nazi durante o seu discurso, que se seguiu à tomada de posse do 47.º presidente dos Estados Unidos.
O bilionário, que agradecia aos presentes, bateu com a mão direita no peito, que ergueu, com o braço estendido - assemelhando-se ao gesto popularizado por Adolf Hitler. Repetiu, depois, a saudação, ao virar-se. O momento ficou eternizado em vídeo, que poderá ver aqui.
Trump presta juramento sem colocar a mão sobre a Bíblia
Donald Trump não colocou a mão sobre a Bíblia quando prestou juramento durante a sua tomada de posse. Ao invés, Melania Trump segurava a Bíblia pessoal do marido, que lhe foi oferecida pela mãe, e a Bíblia que o presidente Abraham Lincoln usou para prestar juramento, em 1861.
Saliente-se, contudo, que não há qualquer exigência legal para que o presidente coloque a mão sobre a Bíblia, apesar de ser uma prática usual.
De qualquer modo, o magnata não deixou de agradecer a um poder divino, ao ter considerado que foi “salvo por Deus para tornar a América grande de novo”.
“O caminho para recuperar a nossa república não tem sido fácil, isso posso dizer-vos. Aqueles que desejam travar a nossa causa tentaram tirar-me a liberdade e, na verdade, tirar-me a vida. Há apenas alguns meses, num belo campo da Pensilvânia, uma bala assassina atravessou a minha orelha, mas eu senti, nessa altura, e acredito, ainda mais agora, que a minha vida foi salva por uma razão”, reforçou.
Os indultos, as promessas e as ordens executivas
Novo presidente perdoa 1.500 atacantes do Capitólio...
O decreto surgiu pouco depois de o republicano ter anunciado que exerceria o seu poder de indulto logo no primeiro dia em funções, tal como tinha prometido durante a campanha eleitoral.
"Isto é para 6 de janeiro, para os reféns, cerca de 1.500 pessoas que serão completamente perdoadas", disse.
...e assina ordem executiva para retirar os Estados Unidos da OMS
Trump assinou também uma ordem executiva para retirar os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde (OMS), um organismo que tinha criticado duramente pela forma como lidou com a pandemia.
"A OMS defraudou-nos", acusou, na segunda-feira, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização.
No texto, Trump pediu que as agências federais "suspendam a futura transferência de quaisquer fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS" e orientou-as para "identificar parceiros norte-americanos e internacionais de confiança" capazes de "assumir as atividades anteriormente realizadas pela OMS".
Sublinhe-se que a saída dos Estados Unidos poderá obrigar a OMS uma grande reestruturação e prejudicar os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos.
Estados Unidos voltarão a sair do Acordo de Paris sobre o Clima
Trump fez este anúncio no seu discurso de tomada de posse, no Capitólio, no qual também prometeu aumentar a produção de petróleo dos Estados Unidos e eliminar os subsídios criados pelo seu antecessor, o democrata Joe Biden, para a compra de veículos elétricos.
Trump restitui pena de morte a nível federal
Entre as ordens executivas que Trump assinou, há uma que restabelece a pena de morte a nível federal, ainda que Biden tenha comutado as sentenças de morte de todos os prisioneiros que se encontravam no corredor da morte, à exceção de três. A ordem de Trump também obriga à aplicação da pena de morte em qualquer caso em que alguém seja condenado por assassinar um agente da autoridade ou se um migrante sem documentos for condenado por um crime elegível para essa punição.
"Estamos a considerar [tarifas] na ordem dos 25% sobre o México e o Canadá, porque eles deixam muita gente (...) entrar [nos Estados Unidos], e muito fentanil também", disse, poucas horas depois da sua tomada de posse.
O republicano anunciou durante a campanha a intenção de introduzir rapidamente direitos aduaneiros de 25% sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá, se estes países não travassem o fluxo de droga e de imigrantes ilegais para os Estados Unidos.
Trump promete (novamente) controlar Canal do Panamá e rebatizar Golfo do México...
No seu discurso na cerimónia de tomada de posse, Donald Trump sublinhou que o objetivo do acordo e o espírito do tratado em relação ao Canal do Panamá "foram totalmente violados", prometendo assumir controlo desta infraestrutura marítima vital para o comércio global.
"E o mais importante, a China opera o Canal do Panamá, e nós não o demos à China, demos ao Panamá. E vamos tomá-lo de volta", justificou.
Noutra intenção já anteriormente expressada, Trump confirmou também que, em breve, vai mudar o nome do Golfo do México para "Golfo da América".
… E expulsar "milhões e milhões" de imigrantes ilegais
"Todas as entradas ilegais serão imediatamente bloqueadas e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos para onde vieram", acrescentou.
Entretanto, a nova equipa da Casa Branca já anunciou que Trump vai terminar com o mecanismo CBP One - uma aplicação móvel da era Biden que permitiu dar entrada legal a quase um milhão de imigrantes através de entrevistas 'online', autorizando os solicitantes de asilo e outros migrantes a agendar horários para se apresentarem em pontos de entrada na fronteira entre o México e os Estados Unidos.
O novo presidente também anunciou que designará os cartéis de tráfico de droga como "organizações terroristas estrangeiras", invocando uma lei de 1798 contra Inimigos Estrangeiros, dando "poder total" às agências federais para "eliminar a presença de todos os gangues estrangeiros e redes criminosas que trazem o crime devastador para solo dos Estados Unidos".
"Perseguiremos o nosso destino manifesto nas estrelas, lançando astronautas americanos para plantar 'as estrelas e as listas' [da bandeira dos Estados Unidos] no planeta Marte", declarou, sem fornecer detalhes.
Trump reconhecerá apenas "dois géneros"
O presidente assinou uma ordem executiva que obriga a sua administração a "reconhecer" apenas "dois géneros", prometendo "acabar com a ilusão dos transgéneros".
A ordem executiva visa "defender as mulheres do extremismo ideológico de género e restaurar a verdade biológica no Governo federal", disse um funcionário aos jornalistas sob condição de anonimato, acrescentando que a identidade sexual dos indivíduos passaria a ser definida exclusivamente pelos gâmetas que produzem.
"O que estamos a fazer hoje é afirmar que a política dos Estados Unidos é reconhecer dois géneros: masculino e feminino", disse a mesma fonte, citada pelas agências internacionais.
O responsável pretende também abolir as ajudas federais aos programas de apoio à diversidade na administração, por considerar que os Estados Unidos estão ameaçados por uma "invasão" de ideias progressistas.
E quanto às guerras?
Trump revoga sanções contra colonos israelitas na Cisjordânia...
Mal tomou posse na segunda-feira, o Presidente republicano anulou o texto adotado em fevereiro de 2024, que tinha sido a condição prévia para a aplicação de sanções financeiras a vários colonos, incluindo um indivíduo acusado de instigar um motim na cidade palestiniana de Huwara, a sul de Nablus, que levou à morte de um civil palestiniano.
Na altura, Joe Biden denunciou como intolerável a violência dos colonos israelitas, que descreveu como uma "séria ameaça à paz, à segurança e à estabilidade" na região.
...e pressiona Putin a negociar acordo de paz com a Ucrânia
Trump convocou pela primeira vez Vladimir Putin para encontrar um acordo de paz com a Ucrânia, sob pena de a Rússia correr o risco de ser destruída. Antes, ao felicitar o 47.º Presidente dos Estados Unidos, o líder russo também prometeu procurar uma "paz duradoura" com Kyiv.
Ao regressar à Sala Oval para assinar uma série de ordens executivas, Donald Trump reafirmou que "tinha de falar com o presidente Putin (...), que ficará muito feliz por pôr fim a esta guerra".
Pela primeira vez, no entanto, Trump pressionou claramente Putin a encontrar uma solução para a guerra, ao considerar que a Rússia estará a caminhar para o desastre se se recusar a negociar e a selar um cessar-fogo ou um acordo de paz com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Zelensky quer fazer um acordo. Não sei se Putin o quer, se calhar não quer. [Mas] devia. Acho que ele está a destruir a Rússia ao não encontrar um acordo", disse.