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Kamala Harris mantém vantagem mas perde terreno nas sondagens


A candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, mantém uma ligeira vantagem sobre o adversário republicano, Donald Trump, mas tem vindo a perder terreno nas sondagens, que mantêm todos os cenários de vitória em aberto.



Kamala Harris mantém vantagem mas perde terreno nas sondagens






A nível nacional, Harris terminou a semana com uma vantagem de 48,4% contra 46% das intenções de voto, de acordo com as contas do 'site' Fivethirtyeight, que usa a média de várias sondagens nos Estados Unidos.



Contudo, esta vantagem tem vindo a diminuir nos últimos dias, depois de se ter cifrado numa diferença de mais de três pontos percentuais no final de setembro.



Os analistas, nos 'media' norte-americanos, desvalorizam estas ligeiras flutuações, atribuindo-as a movimentações do eleitorado indeciso, que apenas deverá tomar decisões de voto nas vésperas das eleições, marcadas para 05 de novembro.



Por outro lado, esses analistas recordam que, mais importante do que as sondagens de resultados nacionais, é estar atento aos resultados nos estados flutuantes ('swing states'), que podem ser determinantes para o desfecho final da corrida à Casa Branca: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.



Nestes estados considerados decisivos, Kamala Harris leva vantagem sobre Donald Trump em quatro -- Pensilvânia, Wisconsin, Michigan e Nevada -- enquanto o candidato republicano está à frente da vice-Presidente apenas na Carolina do Norte e na Geórgia.



Ainda assim, em qualquer um destes seis estados, apenas um ponto percentual (por vezes, menos do que isso) separa os dois candidatos, revelando que estas eleições poderão ser decididas por uma estreita margem e que os resultados facilmente poderão ser contestados para reavaliação por qualquer uma das candidaturas.



Elementos da candidatura democrata mostraram-se esta semana preocupados com a queda de popularidade de Harris no Wisconsin, onde a vantagem é agora de apenas 0,4 pontos percentuais, depois de ter estado acima de dois pontos percentuais no final de setembro.



Por outro lado, os democratas começam também a revelar algum nervosismo sobre os resultados das eleições para o Congresso, que decorrem a par das eleições presidenciais, em particular perante o cenário de perderem a escassa maioria de que dispõem no Senado (51 lugares contra 49).



Nas médias de sondagens do Fivethirtyeight, na corrida para o Senado, nos seis estados flutuantes, os republicanos levam vantagem em estados que tradicionalmente votavam nos democratas, como é o caso de West Virgínia, onde o popular senador Joe Manchin se vai reformar, deixando espaço para o crescimento dos conservadores.



Neste cenário, basta que os republicanos consigam apenas mais uma vitória -- e existem vários estados onde essa possibilidade tem vindo a crescer, como no Nevada e no Montana -- para que o Senado fique também sob controlo dos conservadores, desta vez com uma longa série de nomes de figuras próximas de Donald Trump, representando fações mais radicais dos conservadores.




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Trump dança, balança e… preocupa. "Espero que esteja bem", diz Harris


Ao longo de nove músicas, Trump dançou, deu apertos de mão, balançou-se e apontou para a multidão que, aos poucos, ia abandonando o 'town hall'.


Trump dança, balança e… preocupa. Espero que esteja bem, diz Harris






O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a chamar à atenção depois de, na noite de segunda-feira, ter interrompido um comício na Pensilvânia para dançar e balançar ao som de artistas como Luciano Pavarotti, Elvis Presley ou Village People, durante cerca de 39 minutos. A vice-presidente norte-americana e candidata às eleições presidenciais, Kamala Harris, voltou, por isso, a questionar o estado de saúde do republicano, tendo afirmado esperar que esteja “bem”.



Ao longo de nove músicas, Trump dançou, deu apertos de mão, balançou-se e apontou para a multidão que, aos poucos, ia abandonando o 'town hall' - uma sessão pública de perguntas e respostas aos eleitores - organizado em Oaks.




"Porque não fazemos um festival de música? [...] Vamos parar de fazer perguntas e ouvir música", questionou, cerca de meia hora depois do início do evento.



Antes, duas pessoas desmaiaram, aparentemente devido à má climatização da sala, o que levou à intervenção de socorristas.



"Mais alguém quer desmaiar? Por favor, levantem a mão", ironizou Trump, que solicitou que tocassem ‘Ave Maria’, de Luciano Pavarotti, enquanto aguardava por aval para prosseguir.



they're now playing an opera version of "It's A Man's Man's Man's World" while Trump continues to bob around on stage. words fail. pic.twitter.com/KbpNlVVslp
— Aaron Rupar (@atrupar) October 15, 2024



Contudo, o magnata de 78 anos, que se mostrou despreocupado com os olhares confusos da multidão, não retomou a sessão.



"Quem é que quer ouvir perguntas mesmo?", questionou.



O público foi brindado com temas como ‘Con Te Partiro’, de Andrea Bocelli e Sarah Brightman, ‘Hallelujah’, de Rufus Wainwright, ‘Nothing Compares 2 U’, de Sinéad O'Connor, ‘An American Trilogy’, de Elvis Presley, ‘Rich Men North of Richmond’, de Oliver Anthony, ‘November Rain’, dos Guns N' Roses, e até mesmo ‘YMCA’, dos Village People - um êxito que se tornou um dos pontos de referência dos seus comícios.



Através da sua rede social, a Truth Social, Trump deu conta de que “as perguntas e respostas estavam quase a terminar quando as pessoas começaram a desmaiar devido à excitação e ao calor”.



“Ontem à noite tive um ‘town hall’ na Pensilvânia. Foi espetacular! As perguntas e respostas estavam quase a terminar quando as pessoas começaram a desmaiar devido à excitação e ao calor. Começámos a tocar música enquanto esperávamos e continuámos a tocar. Foi muito diferente, mas acabou por ser uma GRANDE NOITE!”, escreveu.



Já Kamala Harris, que tem vindo a acusar o republicano de ser mentalmente "instável", repartilhou as imagens na rede social X (Twitter), tendo afirmado esperar que o candidato republicano “esteja bem”.



Hope he's okay. https://t.co/WGhGteFpjm
— Kamala Harris (@KamalaHarris) October 15, 2024



"Trump parecia perdido, confuso e congelado no palco", comentou a equipa de campanha da democrata, na mesma rede social.



O magnata, por seu turno, assegurou ter obtido resultados "excecionais" em dois testes cognitivos distintos, estando "de muito melhor saúde do que Clinton, Bush, Obama, Biden e, acima de tudo, Kamala".



“O relatório médico de Kamala é muito mau. Com todos os problemas que ela tem, há a verdadeira questão de saber se ela deve ou não candidatar-se à presidência! O MEU RELATÓRIO É PERFEITO - SEM PROBLEMAS!!!”, complementou.



Recorde-se que a Pensilvânia tornou-se uma paragem de rotina para as campanhas de Donald Trump e Kamala Harris, uma vez que deverá ser um estado decisivo nas presidenciais, com cerca de sete milhões de votos a serem disputados.



Um levantamento feito pelo jornal New York Times indicou que os dois candidatos estão a investir mais verbas, tempo e energia na Pensilvânia do que em qualquer outro lugar, travando uma guerra publicitária enquanto cruzam o estado até ao sufrágio de 5 de novembro.



Na Pensilvânia, Trump derrotou a antiga candidata presidencial democrata Hillary Clinton por mais de 40 mil votos em 2016, mas o atual presidente, Joe Biden, nascido neste mesmo estado, derrotou Trump por cerca de 80 mil votos há quatro anos.




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Inflação, juros e défice vão ser maiores com Trump do que com Harris


A maioria dos economistas dos EUA prevê que a inflação, as taxas de juro e os défices seriam maiores com as políticas do candidato presidencial republicano Donald Trump do que com as da democrata Kamala Harris.


Inflação, juros e défice vão ser maiores com Trump do que com Harris






Esta antecipação é indicada por uma sondagem publicada hoje pelo Wall Street Journal, realizada entre 04 e 08 de outubro.




"Dos 50 economistas que responderam as perguntas sobre inflação, 68% disse que os preços subiriam mais rapidamente com Trump do que com Harris", segundo o inquérito.



Dan Hamilton, diretor do centro de investigação e previsão económica da Universidade Luterana de Califórnia, comentou o resultado a dizer que "é evidente, desde julho, que Trump é ainda mais contrário ao comércio livre do que Harris".



Neste mês, o republicano prometeu uma subida generalizada dos direitos alfandegários entre 10% a 20% sobre as importações, percentagem que atinge os 60% no caso das importações procedentes desde China, uma das principais propostas económicas de Trump destacadas no inquérito.



"Se as tarifas alfandegárias funcionarem como os economistas creem que funcionam, acredito que as pessoas vão ter uma surpresa muito desagradável", disse Philip Marey, um dirigente do Rabobank nos EUA.



São ainda mencionadas algumas propostas de Trump, como eliminar alguns impostos ou a sua promessa de intensificar as deportações, que podem reduzir o número de trabalhadores e de pessoas que pagam impostos no país.




Quanto à evolução da economia, a diferença é menor, com 45% dos inquiridos a esperar que a economia cresça mais rapidamente com Harris, contra 37% que aposta em Trump e 18% que não vê diferença entre os candidatos.



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Trump sugere taxas às importações acima de 50% para salvar empregos


O ex-presidente norte-americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, insistiu hoje na necessidade de impor taxas às importações e sugeriu que estas devem ser superiores a 50%, para salvar empregos nos Estados Unidos.



Trump sugere taxas às importações acima de 50% para salvar empregos






"Para mim, a palavra mais bonita do dicionário é taxa", frisou o republicano, em entrevista no Economic Club of Chicago com o editor-chefe da agência Bloomberg, John Micklethwait.



Trump prometeu nesta campanha eleitoral impor tarifas entre 10 e 20% sobre todos os produtos importados e 60% para os provenientes da China.



O republicano afirmou hoje que 10% é insuficiente para conseguir a deslocalização de empresas nos Estados Unidos e sugeriu que as tarifas deveriam ser de 50% se o objetivo for salvar empregos.



"Quanto mais elevadas forem as tarifas, maior será a probabilidade de a empresa vir para os Estados Unidos e construir aqui uma fábrica para não ter de pagar", frisou.




O ex-presidente refutou os economistas que sustentam que a imposição de tarifas acaba por ter impacto nos consumidores sob a forma de preços mais elevados e defendeu que apenas aumentam os custos para as empresas e países estrangeiros.




Trump negou ainda que pretenda dar ordens à Reserva Federal (Fed) sobre as taxas de juro, mas defendeu que lhe deveria ser permitido ter uma palavra a dizer sobre o assunto.



O republicano evitou responder se manteria Jerome Powell à frente da Fed, que o próprio nomeou e que o Presidente Joe Biden manteve em funções.



Trump defronta nas eleições presidenciais de 05 de novembro a vice-presidente norte-americana e candidata democrata, Kamala Harris



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Kamala 'brilha' em entrevista tensa. "Problema de americanos é com Trump"


Kamala concedeu uma entrevista à Fox News, onde foi confrontada com os alegados problemas de saúde de Joe Biden, políticas de imigração e as seguranças nas fronteiras. Em quase todas as respostas, o nome de Trump foi mencionado.



Kamala 'brilha' em entrevista tensa. Problema de americanos é com Trump






A candidata às eleições presidenciais dos EUA, Kamala Harris, foi entrevistada esta quarta-feira na antena da Fox News, aquele que é o canal privilegiado pelos republicanos.



Durante esta entrevista, a candidata democrata tentou reforçar que a sua liderança será diferente da de Joe Biden e, ao ser confrontada com o estado de saúde do ainda presidente dos EUA, Kamala Harris traçou uma linha clara, mas optou também por apontar baterias ao seu opositor republicano.



"Deixem-me ser bem clara. A minha presidência não será uma continuação da presidência do Joe Biden e tal como qualquer novo presidente que entre no gabinete, vou trazer as minhas experiencias de vida, profissionais e ideias novas e frescas", começou por afirmar depois de no início da semana ter sido criticada por numa outra entrevista ter dito que iria dar continuidade ao trabalho de Biden.



Já quando questionada sobre à saúde de Joe Biden e a sua desistência da corrida, Kamala Harris garantiu que o chefe de Estado norte-americano tomou as decisões certas.



"O estado de saúde de Biden não vos deixou preocupados?", questionou o jornalista, editor de política do canal, Bret Baier.



"Penso que os americanos têm um problema, mas é com Donald Trump. É por isso que as pessoas que o conhecem melhor, incluindo líderes da nossa comunidade de segurança nacional já falaram, até pessoas que tralharam com ele na Sala Oval, e na Sala de Comando, todos disseram que ele não se adequa e é perigoso e que nunca deveria ser presidente dos Estados Unidos outra vez, incluindo o seu ex-vice-presidente", respondeu a candidata.



Um dos momentos mais comentados após o frente a frente - e que muitos dizem ser o melhor momento da campanha de Kamala Harris - acontece quando o jornalista questiona Kamala sobre as alegadas ameaças de que Trump tem sido alvo, mostrando até um vídeo do republicano a alegar que está a se ameaçado pelas suas ideias



"[O que ele tem dito] não é o que vocês mostraram aqui", começa por notar, Kamala, lembrando que Trump tem ameaçado "colocar os militares contra os americanos, ir atrás das pessoas que andam em protestos sobre a paz e ameaçado prender aqueles que o criticam".



"Isto é uma democracia. Numa democracia o presidente dos EUA, nos EUA, deve conseguir lidar com as críticas sem dizer que vai prender as pessoas por fazê-lo", defendeu a democrata.



Segundo o Washington Post, desde o primeiro minuto da entrevista que o jornalista da Fox News tentou colocar Kamala numa posição desconfortável, apresentando uma postura agressiva e questionando-a sobre questões sobre a administração Biden e as políticas de imigração.




Esta entrevista constitui um momento único na atribulada campanha norte-americana, sugere a mesma publicação, por a candidata democrata ter aceitado ser entrevistada por um canal que é conhecido por assumidamente atacar democratas e defender causas conservadoras.



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EUA? Para muitos homens, uma mulher "não parece presidente"


A campanha para as eleições presidenciais norte-americanas de 5 de novembro é marcada por uma "enorme clivagem" entre géneros, com muitos homens a estranharem uma Presidente mulher, afirma a politóloga Anne-Marie Slaughter.

EUA? Para muitos homens, uma mulher não parece presidente






Todos os 45 Presidentes eleitos na história dos Estados Unidos eram homens - incluindo o rival de Harris nestas eleições, o republicano Donald Trump - pelo que, para muitos homens, uma mulher "não parece Presidente", o que poderá ter um impacto nas suas escolhas no dia das eleições, disse Slaughter em entrevista à Lusa, em Lisboa.



Para a cientista política, isto deve-se em parte ao facto de "os homens sentirem que foram postos de lado, ou deixados para trás, ou que ninguém tem nada de bom a dizer sobre eles", questão que afeta homens em todas as comunidades.




Esta profunda questão de género é uma "reação a uma mudança muito rápida", pois "já ninguém se surpreende" ao ver uma mulher em qualquer lugar, seja no mundo do desporto ou no mundo dos negócios, pelo que "o mundo em que os homens pensavam estar, o mundo que pensavam ter herdado, o mundo que muitos deles pensam merecer não é o mundo que veem à sua volta e não gostam".




"Não é preciso pensar: 'Não quero uma mulher'", basta existir um sentimento de desconforto para que a "alavanca" seja puxada "para a pessoa com quem nos sentimos mais confortáveis", afirma Slaughter.



Anne-Marie Slaughter, que esteve em Portugal a convite da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, é uma cientista política, atualmente diretora-geral do "centro de investigação e ação" New America e foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora de Planeamento de Políticas no Departamento de Estado dos EUA, nomeada pela secretária de Estado Hillary Clinton, em 2009.



Slaughter foi ainda professora de Direito Internacional, Estrangeiro e Comparado de J. Sinclair Armstrong na Faculdade de Direito de Harvard e Presidente da Sociedade Americana de Direito Internacional.




Numa corrida em que as preocupações dos eleitores se espelham nas suas intenções de voto, uma sondagem publicada este mês pelo centro de estudos Pew Research Center aponta que 51% dos eleitores registados do sexo masculino apoiam Trump e 43% apoiam Harris, enquanto entre as eleitoras registadas a tendência é inversa: 52% das eleitoras registadas apoiam Harris e 43% apoiam Trump.




Para Slaughter, a principal preocupação das mulheres nestas eleições diz respeito ao aborto, num contexto de crescentes restrições.




"As mulheres estão muito conscientes do que podem perder, sendo o medo de perder algo muitas vezes mais motivador do que pensar que se pode ganhar algo", afirmou a cientista política.




A decisão do Supremo Tribunal norte-americano no caso Roe v. Wade (1973), declarando a constitucionalidade do direito ao aborto e anulando várias leis sobre a questão, nunca foi bem aceite pelos setores mais conservadores da sociedade e desencadeou um debate prolongado e intenso sobre a legalidade da interrupção voluntária da gravidez no país e quem deve ter o poder de decidir a sua legalidade.



Quase meio século após a decisão, o Supremo Tribunal anulou Roe v. Wade em 2022, pondo fim ao direito constitucional ao aborto, após a nomeação de juízes nos anos anteriores pelo então Presidente Donald Trump, agora candidato pelo Partido Republicano, que formaram uma maioria conservadora na mais alta instância judicial do país.



Atualmente, os Estados podem impor qualquer regulamentação sobre o aborto, desde que não entre em conflito com alguma lei federal.




"A revogação de Roe v. Wade convenceu muitas mulheres de que podíamos, de facto, regredir de uma forma em que penso que muitas mulheres não acreditavam, especialmente as mais jovens", frisou Slaughter.



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Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter vota por correio em Kamala Harris


O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que completou 100 anos no início deste mês, votou hoje por correio na candidata presidencial democrata e atual vice-presidente do país, Kamala Harris, assim cumprindo um dos seus últimos desejos.



Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter vota por correio em Kamala Harris






A informação foi confirmada por um porta-voz do Centro Carter, organização sem fins lucrativos para a observação internacional criada pelo ex-presidente e pela sua falecida mulher, Rosalynn, em 1982, pouco depois de ele deixar a Casa Branca, após um único mandato (1977-1981).



Já no dia anterior, a família de Carter tinha estado a acompanhar o ex-presidente na fila para votar antecipadamente nas eleições presidenciais de 05 de novembro.



A última vez que o antigo chefe de Estado norte-americano tinha sido visto em público foi no dia do seu aniversário, 01 de outubro, confinado a uma cadeira de rodas e rodeado da família.



James Earl Carter padece de cancro há quase uma década e recebe cuidados paliativos desde fevereiro de 2023.




Em agosto passado, Jason Carter, um dos netos do antigo presidente, afirmou que o avô lhe dissera que desejava permanecer vivo o tempo suficiente para poder votar em Harris nas próximas eleições, em que esta enfrenta o ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021).



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Elon Musk doou 75 milhões de dólares a grupo pró-Trump


Magnata tornou-se num dos maiores doadores do candidato republicano.



Elon Musk doou 75 milhões de dólares a grupo pró-Trump






Elon Musk, dono da SpaceX, da Tesla e da rede social X, doou um total de 75 milhões de dólares (cerca de 69 milhões de euros) ao grupo America PAC, que apoia a candidatura do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump às eleições de novembro deste ano, e que foi fundado por Musk.



O dinheiro foi doado ao longo de três meses, revelam documentos federais consultados pelo jornal The Guardian, tornando-se Musk num dos maiores doadores da campanha republicana para as eleições presidenciais deste ano, em que Trump enfrentará a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris.




O The Guardian diz que o America PAC gastou cerca de 72 milhões de dólares (cerca de 66 milhões de euros) entre julho e setembro, procurando atrair eleitores em estados onde a luta está mais renhida, o que faz dele o grupo mais 'gastador' neste setor.




Segundo a agência de notícias Reuters, Musk foi, aliás, o único doador ligado a este grupo durante este período temporal.




A campanha de Trump depende amplamente de grupos externos para angariar eleitores, entre os quais se destaca este, fortemente financiado por Musk, que já expressou em repetidas ocasiões o seu apoio à candidatura do antigo presidente.



"O America PAC visa apenas o senso comum e os valores centristas", disse o fundador da Space X e da Tesla na terça-feira na sua plataforma X.



Os super PAC, como o America PAC de Musk, podem angariar e gastar somas ilimitadas de dinheiro, mas normalmente são proibidos de coordenar os seus esforços com os candidatos que apoiam.



Um parecer recente da Comissão Eleitoral Federal, que regula as campanhas políticas federais, permitiu que os candidatos e estes grupos trabalhassem em conjunto em ações no terreno, particularmente no contacto porta a porta.



Enquanto os candidatos e os partidos políticos tradicionalmente organizam e pagam essas ações, a campanha de Trump tem tido dificuldades em angariar fundos diretos e recorreu a parceiros externos, como o America PAC, de Musk.



Grande parte do dinheiro do America PAC foi pago a um grupo de empresas de consultoria, incluindo algumas ligadas a Phil Cox, antigo assessor da campanha presidencial falhada de Ron DeSantis, governador da Florida.




Embora Musk seja o principal doador do America PAC, não é o único. O super PAC também recolheu cerca de 8,75 milhões de dólares (8,4 milhões de euros) de um grupo de doadores ricos, incluindo os gémeos Winklevoss, Tyler e Cameron, cocriadores do Facebook.




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Eleições EUA. "Vença quem vencer, haverá contestação de resultados"


O professor de Direito Nuno Garoupa acredita que haverá contestação dos resultados eleitorais nos Estados Unidos (EUA) independentemente do vencedor, mas afasta um cenário de violência como o do ataque ao Capitólio em 2021.


Eleições EUA. Vença quem vencer, haverá contestação de resultados






Nos últimos meses, a ala e o eleitorado mais radical do Partido Republicano têm ecoado ameaças de "guerra civil" em caso de derrota do seu candidato, o ex-presidente Donald Trump.



Em entrevista à agência Lusa e à SIC em Filadélfia, no estado da Pensilvânia, onde vive atualmente, Nuno Garoupa disse não acreditar nessa possibilidade, até porque este ano Donald Trump não tem os mesmos meios que tinha há quatro anos para tentar travar uma certificação de resultados eleitorais.



Além disso, o docente, que leciona na Universidade norte-americana George Mason, recorda que "quem contestar as eleições da forma violenta, como contestou em 2020, está sujeito a pena de prisão a sério".



"Não acho que haja essa possibilidade, porque acho que no cenário de Kamala [Harris, candidata democrata] ganhar, Trump contestará o resultado. Mas acho que também se Trump ganhar, o lado democrata desta vez contestará o resultado, algo que não fez em 2016 e valeu muitas críticas a Hillary Clinton [ex-candidata democrata]. Mas acho que essa contestação vai ser fundamentalmente nos tribunais, jurídica e política", afirmou.




Tendo em conta que há milhões de armas nas casas norte-americanas, Garoupa, que tem especialização em Ciência Política, não descarta completamente algum episódio de violência no país, mas frisa que "não será igual a 2020", quando uma multidão composta por apoiantes de Donald Trump invadiu o Capitólio para tentar travar a certificação da vitória eleitoral do atual Presidente, Joe Biden, fazendo cinco mortes e ferindo cerca de 140 polícias.




Aproximadamente 1.500 pessoas foram acusadas de crimes relacionados com os distúrbios no Capitólio. Quase 900 foram condenados, tendo cerca de dois terços recebido penas de prisão que variam entre alguns dias e 22 anos.




"Não será igual a 2020 por uma simples razão: porque Trump não é o incumbente, portanto, ele não tem acesso aos poderes do Estado que tinha em 2020. Portanto, ele não pode fazer exatamente o que fez em 2020. É simplesmente um candidato derrotado, fora do sistema, e que está a contestar as eleições", observou.




"Por outro lado, nós sabemos agora que, juridicamente, quem contestar as eleições da forma violenta, como contestou em 2020, está sujeito a 'criminal prosecution' [acusação criminal], a ser preso e a fazer pena de prisão a sério. Eu não acho que haja tanta gente disponível desta vez, pelo menos ao nível dos advogados, das posições mais altas do partido, a entrar nesse jogo, sabendo que a probabilidade de pena de prisão é bastante alta", acrescentou.




Dois dos processos criminais enfrentados por Donald Trump estão relacionados com as eleições de 2020: o da Geórgia, pela sua alegada interferência nos resultados eleitorais, e o de Washington DC, pela sua possível participação nos incidentes de 06 de janeiro de 2021, que originaram o ataque ao Capitólio.




Nas suas últimas entrevistas, Trump mostrou alguma ambiguidade e afirmou que só aceitará o resultado das presidenciais de 2024 se os mesmos forem "justos e livres".




Neste momento, as sondagens mostram que Trump e Kamala estão praticamente empatados na corrida pela Casa Branca, com a eleição a ser possivelmente decidida em alguns estados-chave.



A vice-presidente, que vinha liderando ligeiramente as sondagens de intenção de voto, tem vindo a perder terreno nas últimas semanas para Donald Trump, com todos os cenários de vitória em aberto.



Questionado sobre se acredita que o entusiasmo inicial em torno de Kamala Harris esteja a perder-se, Nuno Garoupa avalia que a candidata democrata conseguiu ultrapassar os desafios que a desistência abrupta de Joe Biden causou na corrida democrata e "é por isso que ela está empatada com Donald Trump nas sondagens".



"Eu acho que a questão é que Kamala Harris tinha que unir o seu partido e esse entusiasmo inicial foi simplesmente transformar aquilo que era uma vice-presidente bastante impopular e muito criticada na CNN e no New York Times - porque as pessoas já se esqueceram disso, que a comunicação social mais de esquerda passou três anos a dizer mal dela - e havia que transformar isso numa mensagem positiva. Eu acho que isso foi feito e é por isso que ela está empatada com Donald Trump nas sondagens", disse o professor de Direito.




"Ela faz o pleno daquilo que é a base eleitoral do Partido Democrata e havia medo de que não fizesse. Agora, a partir daí, estamos a falar das franjas, como em 2016 e como em 2020, e nós sabemos que essas franjas podem ser mobilizáveis, mas de maneira diferente. 2016 deu uma vitória a Trump, 2020 a Biden, vamos ver o que é que acontece desta vez", concluiu.



As eleições estão marcadas para 05 de novembro e vários estados já iniciaram o processo de voto antecipado e por correspondência.





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Harris ou Trump não fará diferença para o Irão, diz embaixador em Lisboa


O embaixador do Irão em Portugal defendeu hoje ser "indiferente" para Teerão quem ganhar as eleições presidenciais norte-americanas de 05 de novembro, considerando que os Estados Unidos "estão a perder crédito" internacional.


Harris ou Trump não fará diferença para o Irão, diz embaixador em Lisboa






Numa conferência de imprensa na embaixada iraniana em Lisboa, Majid Tafreshi disse acreditar que os Estados Unidos "estão a perder crédito [internacional] de dia para dia", embora possam ser uma superpotência "muito mais bem sucedida".



"Mas, com o envolvimento em guerras desnecessárias... sabe, o envolvimento... Como [Donald] Trump referiu uma vez, [os EUA) perderam 7.000 milhões de dólares só no conflito do Médio Oriente. Para quê? Mostrem-me uma fotografia em que cinco pessoas estejam (...) em caixões dos soldados norte-americanos, a dizer 'obrigado, Deus vos abençoe'", argumentou.




"Não se consegue encontrar uma fotografia destas em todo o mundo, porque as pessoas compreenderam que se tratava de uma invasão. O que estão a fazer no meu país? Se Trump ou [Kamala] Harris ignorarem este tipo de políticas más, nenhuma delas terá mais sucesso", sublinhou Tafreshi.



Para o diplomata iraniano, há 16 meses em Lisboa, os Estados Unidos precisam de se transformar em "avô, mas um avô a sério".



"Eles precisam de ser um avô, um avô a sério. Mas parece que são um padrasto para muitos países e estão a tentar abusar do poder contra outros. Esta será a sua escrita, a sua política, e os outros novos atores surgirão em breve", sustentou.



Tafreshi associou também os Estados Unidos a muitos problemas com que o Irão se confronta, como as sanções económicas "ilegais", que privam o país de muitos recursos, "que torturam todas as pessoas no Irão, provocando muitas mortes silenciosas".



"Algumas pessoas estão a morrer no hospital devido à falta de medicamentos suficientes. (...) Não podem falar sobre o 'hijab' [véu islâmico]", disse.



A obrigatoriedade do 'hijab', e em particular a morte da jovem Mahsa Amini sob custódia policial após detenção por alegadas infrações relacionadas com o seu uso, motivou protestos em todo o país em 2022, duramente reprimidos pelas autoridades.



O diplomata, confrontado com relatórios recentes de organizações de direitos humanos que denunciam a repressão em relação às mulheres e ao excesso de execuções, desdramatizou as duas questões, admitindo, porém, que, de vez em quando, há excesso de zelo da polícia dos costumes, "situação que é exagerada pela comunicação social".



"A polícia dos costumes está apenas a aconselhar verbalmente e, por vezes, a pedir-lhes que venham à esquadra para lhes explicarem o uso do 'hijab'. Isto baseia-se totalmente numa atitude de respeito. Não permitimos que a nossa polícia empurre, bata ou algo do género. Se isso acontecer, é ilegal. Não estou a dizer que, se alguns polícias forem menos tolerantes, ou se acontecer alguma coisa, isso talvez seja um caso de isenção, mas não é, não se pode expandir esta entidade", concluiu.



"O 'hijab' é um traje legal que já se baseia nos valores islâmicos reconhecidos na nossa Constituição. E em 1980, no referendo, 98,2 % mencionaram que queríamos ter esta Constituição. O povo votou também que os valores islâmicos devem ser respeitados e um deles é o 'hijab', que não é uma limitação, que não pesa cinco quilogramas na cabeça. É um lenço de cinco ou dez gramas, com um belo vestido, que as mulheres usam atualmente no Irão", argumentou.



Devido às "sanções ilegais", afirmou o diplomata, o sistema de controlo do programa nuclear iraniano "está sob pressão", mas mesmo com elas o país não se detém.



"Com todas estas sanções, o alfabetismo no Irão saltou de 50% para 95%. A Universidade do Irão é 10 vezes maior. Os estudantes são mais. O direito à compreensão, à liberdade, de escrever no Irão. Quantos milhares de livros são publicados por ano no Irão? Quantos filmes são produzidos no Irão? Estas são as realidades de que somos o país mais vivo do mundo", argumentou.



O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla inglesa) sobre o programa nuclear iraniano, assinado em 2015, limitava as atividades atómicas do Irão em troca do levantamento das sanções internacionais. Mas, atualmente, o pacto está suspenso desde a retirada unilateral dos Estados Unidos, decidida em 2018 pelo então Presidente norte-americano Donald Trump.



As discussões para o relançamento do JCPOA, que envolvem Teerão e os Estados Partes (China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha), com a participação indireta dos Estados Unidos, estão paralisadas desde o verão de 2022.



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Harris mantém vantagem mas Trump ganha popularidade nas sondagens


A democrata Kamala Harris mantém uma ligeira vantagem sobre Donald Trump nas sondagens para as presidenciais de novembro, mas o candidato republicano está a ter mais opiniões favoráveis.

Harris mantém vantagem mas Trump ganha popularidade nas sondagens






A média de sondagens para as eleições presidenciais norte-americanas -- elaborada pelo 'site' Fivethirtyeight -- indica que Kamala Harris continua com cerca de dois pontos de vantagem sobre Trump (48,4% contra 46,3%), no final desta semana.



Contudo, quando se pergunta aos eleitores sobre a opinião que têm da candidata democrata, são já mais os que assumem uma perspetiva desfavorável (47,2%) do que favorável (46,5%).



Em junho, Harris tinha uma posição de opinião favorável em 53,6% dos eleitores contra 36,8% de opinião desfavorável.



Em contramão, Trump tem vindo a subir positivamente na perceção dos eleitores, embora ainda continue com uma maioria de opiniões desfavoráveis (52,7%) contra as opiniões favoráveis (43,1%).



Um outro dado que está a preocupar o Partido Democrata é que as sondagens indicam que, nas eleições para a Câmara de Representantes e para o Senado, no Congresso dos Estados Unidos, os republicanos ameaçam poder vir a controlar ambas as câmaras.



A média de sondagens nacionais mostram os democratas a perder a vantagem confortável que tinham em setembro, estando agora apenas um ponto à frente dos republicanos (46,9% contra 45,9%).



Os analistas consideram que a campanha democrata está a perder uma parte importante da carga de entusiasmo que obteve quando o Presidente Joe Biden anunciou que abandonava a corrida presidencial em favor de Kamala Harris.



Por outro lado, os republicanos parecem beneficiar de uma correção na estratégia da caravana de Donald Trump, que está a apostar fortemente nos estados-chave, que podem vir a decidir o resultado final das eleições, gastando todos os cêntimos do seu orçamento de campanha em iniciativas de angariação de votos junto das minorias, que podem vir a ser decisivas.




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Capitólio. Publicados milhares de documentos de acusação contra Trump


Um tribunal federal de Washington divulgou hoje milhares de documentos sobre a investigação do procurador especial sobre o papel do ex-presidente e recandidato republicano Donald Trump no assalto ao Capitólio.



Capitólio. Publicados milhares de documentos de acusação contra Trump






Numa decisão emitida na noite de quinta-feira, a juíza Tanya Chutkan negou um pedido da equipa jurídica da defesa para manter em segredo os documentos do procurador Jack Smith até depois das eleições de 05 de novembro, em que Trump pretende ser eleito presidente pela segunda vez.



As cerca de 2.000 páginas, a maioria dos quais com elementos censurados, incluem publicações de Trump na rede social X, bem como documentos escritos pelo advogado do ex-presidente e antigo conselheiro John Eastman.




Incluem também entrevistas com colaboradores de Trump realizadas pela comissão do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.



Nesse dia, cerca de 10 000 pessoas - na sua maioria apoiantes de Trump - marcharam no Capitólio e oito centenas invadiram o edifício quando a vitória de Joe Biden nas eleições estava a ser certificada.



No total, acredita-se que cinco pessoas tenham sido mortas e cerca de 140 agentes tenham sido feridos no âmbito do ataque.



O antigo presidente está a ser investigado por conspirar para obstruir a vitória de Biden após as eleições de 2020.




Os documentos fazem parte da tentativa de Smith de retomar o caso depois de o Supremo Tribunal, com maioria de juízes nomeados por executivos republicanos, ter decidido que Trump goza de imunidade parcial por crimes que possa ter cometido enquanto presidente.



Na sequência da decisão de julho do Supremo Tribunal foi ordenada a revisão do processo.



Smith apresentou uma nova acusação a 27 de agosto, mantendo as quatro acusações anteriores contra ele, incluindo conspiração para obstruir um processo oficial, mas restringindo as alegações de modo a cumprir a decisão.



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Musk promete dar um milhão por dia a quem assinar a sua petição


A petição apoia a liberdade de expressão e o direito ao porte de armas. O milionário promete dar em cada dia um milhão de dólares a quem a assinar.


Musk promete dar um milhão por dia a quem assinar a sua petição






Elon Musk prometeu dar um milhão de dólares por dia, mais de 919 mil euros, até às eleições presidenciais norte-americanas, agendadas para 5 de novembro, a quem assinar a sua petição online. A petição em questão apoia a Primeira e Segunda emendas da Constituição dos Estados Unidos, ou seja, a liberdade de expressão e o direito ao porte de armas.



De realçar que o dono da Tesla está a apoiar o America PAC, um grupo de ação política que o próprio fundou para apoiar a candidatura de Donald Trump à Casa Branca. Recentemente, doou mais de 70 milhões de dólares ao grupo, ajudando a mobilizar e a registar os eleitores nos estados onde a luta está mais renhida.



O primeiro milhão, aparentemente, já foi atribuído a um homem chamado John Dreher durante um evento de Musk em Harrisburg, na Pensilvânia, no sábado, para apresentar a eleição de novembro.



O homem levantou os braços em sinal de satisfação ao tomar conhecimento do prémio.



"O John não fazia ideia. De qualquer forma, não tem de quê", disse o magnata.



O evento de Musk em Harrisburg foi o seu terceiro na Pensilvânia nos últimos dias.



A petição, que teve de ser assinada pelos participantes do comício, permitindo assim à America PAC obter os seus dados de contacto com o objetivo de os levar a votar a 5 de novembro, refere: "A Primeira e a Segunda Emendas garantem a liberdade de expressão e o direito de portar armas. Ao assinar abaixo, comprometo-me a apoiar a Primeira e a Segunda Emendas."



Note-se que Trump já disse que, caso seja eleito presidente, nomeará Musk para chefiar uma comissão de eficiência governamental.



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Prometeu e cumpriu. Trump trabalhou no McDonald's e há (muitas) imagens


Como já era esperado, Trump deslocou-se a um dos restaurantes da cadeia de 'fast food' e 'colocou as mãos nas batatas fritas'.


Prometeu e cumpriu. Trump trabalhou no McDonald's e há (muitas) imagens







O ex-presidente norte-americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, prometeu e cumpriu: este domingo trabalhou na cozinha de um McDonald's, na Pensilvânia.




Depois de ter levantado dúvidas sobre o anterior emprego de Kamala Harris na cadeia de 'fast food', Trump, que dedicou o dia a fazer campanha naquele estado norte-americano, decisivo para as eleições de 5 de novembro, 'colocou as mãos nas batatas fritas' e cumpriu uma promessa que já havia feito em setembro.



Assim, visitou um McDonald's em Feasterville-Trevose e desempenhou algumas das tarefas daqueles que trabalham nestes restaurantes, desde servir batatas a fritas a atender os clientes no McDrive (pode ver as imagens na fotogaleria acima).



De realçar que, ao longo da campanha presidencial, Trump tem questionado se Kamala Harris, candidata democrata, trabalhou mesmo no McDonald's enquanto tirava a sua licenciatura nos anos 1980.



"Não queremos ouvir promessas falsas, nem mesmo algo como se ela tivesse trabalhado longas e duras horas a comer batatas fritas no McDonalds", disse Trump, no final de setembro, na Carolina do Norte. "Ela nunca trabalhou no McDonald's. É uma história falsa", acusou.



Nessa altura, disse que passaria por um McDonald's em outubro e acrescentaria cozinheiro ao seu currículo.



"Acho que vou a um McDonald's daqui a duas semanas e vou trabalhar nas batatas fritas, porque terei trabalhado mais tempo e mais arduamente no McDonald's do que ela, se o fizer nem que seja durante meia hora", disse.



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Kamala Harris já angariou mais de mil milhões de euros em contribuições


A candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, Kamala Harris, arrecadou 633 milhões de dólares (cerca de 580 milhões de euros) no terceiro trimestre, elevando o total para mais de mil milhões, bem mais do que os republicanos.



Kamala Harris já angariou mais de mil milhões de euros em contribuições






A campanha da atual vice-presidente angariou mais de 359 milhões de dólares (cerca de 330 milhões de euros) só em setembro, entrando em outubro com 346 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de euros) nos cofres, de acordo com os registos federais hoje citados pelas agências internacionais.



A campanha do candidato presidencial republicano, o ex-presidente Donald Trump, reportou ter angariado 160 milhões de dólares (cerca de 145 milhões de euros) em setembro, acima dos 130 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) que foram contabilizados em agosto.




A candidatura republicana iniciou o mês de outubro com 283 milhões de dólares (cerca de 260 milhões de euros) nos cofres.



Na noite de domingo, a campanha de Harris informou que 95% das suas doações no terceiro trimestre foram inferiores a 200 dólares (cerca de 180 euros).




Cerca de seis milhões de doadores fizeram mais de 13,1 milhões de contribuições para Harris, incluindo 4,3 milhões de pessoas que doaram pela primeira vez neste ciclo eleitoral, disse a campanha democrata.



A equipa da atual vice-presidente disse ter arrecadado 55 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) num único fim de semana, no final de setembro, quando participou numa campanha de angariação de fundos na Califórnia.




Harris também arrecadou 28 milhões de dólares (cerca de 25 milhões de euros) num evento em Los Angeles que contou com um grupo de personalidades do mundo do espetáculo, incluindo Jessica Alba, Lily Tomlin e Stevie Wonder.



A democrata também arrecadou 27 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) durante um evento em São Francisco, que contou com a presença da ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso (câmara baixa), Nancy Pelosi.



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Latinos apoiam Harris em estados decisivos e valorizam plano económico


Cerca de 64% dos eleitores latinos em seis estados decisivos apoiam a vice-presidente norte-americana e candidata democrata, Kamala Harris, e 62% consideram que o seu plano para melhorar a economia supera o do rival, o republicano Donald Trump.


Latinos apoiam Harris em estados decisivos e valorizam plano económico






Os dados resultam de uma sondagem da Voto Latino divulgada hoje, realizada pela empresa GQR no Arizona, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin, e indica que, numa disputa presidencial entre cinco candidatos, Harris obteria 64% de apoio dos latinos nestes estados, em comparação com os 31% que Trump (2027-2021) obteria.



A candidata democrata melhora nos resultados em relação aos 60% que obteve na sondagem realizada pela Voto Latino em agosto, e tem um resultado melhor do que os 48% da sondagem realizada em abril, quando o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden ainda estava na corrida eleitoral pelos democratas.



Ameer Patel, responsável de sondagens da Voto Latino, destacou em conferência de imprensa que o progresso de Harris desde agosto ocorre no momento em que o apoio a um terceiro movimento diminuiu e o de Trump se manteve praticamente estável.



Para Patel, isto significa que o aumento em direção a Harris pode ser atribuído em grande parte ao facto de ela ter conquistado o apoio dos eleitores que no passado disseram que não votariam nos candidatos dos partidos Democrata e Republicano.



Quando foi pedido aos inquiridos que decidissem apenas entre Harris e Trump, 66% apoiaram a campanha de Harris.



Estes dados superam os 63% de latinos que votaram no Presidente Biden em 2020, segundo as estimativas do Catalist.




Harris está a superar significativamente a campanha de Biden em 2020 na Pensilvânia (onde tem 77% de apoio, em comparação com 69% para a candidatura de 2020) e na Carolina do Norte, 67% este mês, em comparação com 57% há quatro anos, sublinhou Patel.



No geral, a campanha de Harris está em linha com a corrida democrata para o Congresso. Entre os latinos nestes estados-chave: O apoio ao Partido Democrata para o Congresso foi de 65-34 entre Democratas e Republicanos neste grupo demográfico.



Quando questionados sobre os assuntos mais importantes para os eleitores latinos, os inquiridos preferiram Harris mais do que Trump, por uma larga margem.



Em particular, 62% afirmaram confiar mais na vice-presidente para gerir e melhorar a economia e 62% afirmaram também confiar mais nela do que em Trump para reduzir a inflação e o custo de vida.



As quatro principais questões para os eleitores latinos nos principais estados permaneceram inalteradas em comparação com a sondagem da Voto Latino de Agosto passado: inflação e custo de vida (55%), economia e empregos (33%), direitos ao aborto (30%) e proteção da democracia ( 24%).



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Homens conhecidos como 'Central Park Five' processam Trump por difamação


Os cinco homens falsamente acusados de espancar e violar uma mulher no Central Park de Nova Iorque quando eram jovens, no final dos anos 80, apresentaram um processo por difamação contra o candidato presidencial republicano Donald Trump.



Homens conhecidos como 'Central Park Five' processam Trump por difamação






A duas semanas das eleições, os homens conhecidos como 'Central Park Five' acusaram o ex-presidente de fazer "declarações falsas e difamatórias" sobre eles durante o debate presidencial do mês passado com a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris, foi hoje divulgado.



O grupo pede um julgamento com júri para determinar os danos compensatórios e punitivos.



"O arguido Trump afirmou falsamente que os queixosos mataram um indivíduo e declararam-se culpados do crime. Estas declarações são comprovadamente falsas", escreveu o grupo na acusação federal citada hoje pela agência Associated Press (AP).



Estes homens avançaram para tribunal porque Trump "os difamou perante 67 milhões de pessoas, o que os levou a tentar limpar os seus nomes novamente", destacou o co-advogado Shanin Specter à AP.



Spectre não fez comentários quando questionado se havia preocupações de que alguns considerassem o processo como puramente político por causa do apoio do grupo a Harris.



"Estamos a procurar compensação nos tribunais", frisou Specter.



O porta-voz de Trump, Steven Cheung, classificou a acusação como "apenas mais um processo frívolo de interferência eleitoral, movido por ativistas de esquerda desesperados, numa tentativa de distrair o povo norte-americano da agenda perigosamente liberal e da campanha falhada de Kamala Harris" .



Yusef Salaam, Antron McCray, Kevin Richardson, Raymond Santana e Korey Wise eram adolescentes quando foram acusados de violação e espancamento, em 1989, de uma corredora branca no Central Park de Nova Iorque.



Os cinco, negros e latinos, disseram que confessaram os crimes sob coação. Mais tarde, retrataram-se, declarando-se inocentes em tribunal e foram posteriormente condenados após julgamentos com júri.



As suas condenações foram anuladas em 2002, depois de outra pessoa ter confessado o crime.



Após o crime, Trump comprou um anúncio de página inteira no New York Times, apelando à execução dos adolescentes.



O caso foi a primeira incursão de Trump numa política dura contra o crime, que antecedeu a sua personalidade política populista.



No debate de 10 de setembro, Trump distorceu factos importantes do caso quando Harris levantou o assunto.



"Eles admitiram, disseram que se declararam culpados e eu disse, 'bem, se se declararam culpados, magoaram gravemente uma pessoa, mataram uma pessoa no final... E declararam-se culpados, depois declararam-se inocentes'", destacou Trump, durante o debate.



Estes homens, agora conhecidos como os "Exonerated Five" ["Os Cinco Exonerados"] têm feito campanha por Harris e alguns discursaram na Convenção Nacional Democrata, em agosto, criticando Trump por nunca ter pedido desculpa pelo anúncio no jornal.



Juntaram-se também ao líder dos direitos civis, Al Sharpton, para um passeio de autocarro para conseguir votos.



Processos anteriores por difamação envolvendo Trump levaram a consideráveis quantias atribuídas aos queixosos.



Em janeiro, um júri atribuiu 83,3 milhões de dólares à colunista E. Jean Carroll, devido aos contínuos ataques de Trump nas redes sociais contra as suas alegações de que a tinha agredido sexualmente numa loja de Manhattan em 1996.



Em maio de 2023, um júri considerou Trump responsável por abusar sexualmente da escritora.



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Apesar de receber Trump, McDonald's diz que não apoia nenhum candidato


O candidato republicano Donald Trump 'trabalhou' num dos restaurantes da cadeia de fast food durante o fim de semana.



Apesar de receber Trump, McDonald's diz que não apoia nenhum candidato






A McDonald's Corporation garantiu, esta segunda-feira, que, apesar de ter recebido o candidato republicano Donald Trump num dos seus restaurantes na Pensilvânia, não apoia nenhum candidato às eleições presidenciais dos Estados Unidos.



Numa mensagem enviada aos seus colaboradores, a que a agência de notícias The Associated Press (AP) teve acesso, a empresa explicou que o gerente do restaurante em causa, localizado nos subúrbios de Filadélfia, entrou em contacto após saber da intenção de Trump em visitar e trabalhar num dos estabelecimentos - pedido a que a McDonald's acedeu.



"Ao tomar conhecimento do pedido do antigo presidente, abordámo-lo à margem de um dos nossos valores fundamentais: abrimos as nossas portas a toda a gente", afirmou a empresa.



"A McDonald's não apoia os candidatos eleitorais e isso continua a ser verdade nesta corrida para o próximo presidente. Não somos vermelhos ou azuis - somos dourados", acrescentou.



A gigante norte-americana disse ainda que convidou a candidata democrata Kamala Harris e o candidato a vice-presidente Tim Walz a visitar um dos seus restaurantes.



O candidato republicano prometeu, em setembro, trabalhar num McDonald's após ter duvidado que Kamala Harris tinha trabalhado num restaurante da cadeia de fast food enquanto tirava a sua licenciatura.



"Acho que vou a um McDonald's daqui a duas semanas e vou trabalhar nas batatas fritas, porque terei trabalhado mais tempo e mais arduamente no McDonald's do que ela, se o fizer nem que seja durante meia hora", disse Trump, no final de setembro, na Carolina do Norte, acusando Kamala Harris de ter criado uma "história falsa".



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Harris junta-se a republicanos para alertar contra perfil de Trump


A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, juntou-se hoje à ex-congressista republicana Liz Cheney para fazer um apelo aos eleitores conservadores preocupados com o perfil do candidato Donald Trump.


Harris junta-se a republicanos para alertar contra perfil de Trump






A também vice-Presidente disse, num evento nos subúrbios de Filadélfia, que Trump "tem usado o poder da presidência para rebaixar e dividir" e que "as pessoas estão cansadas disso".




Liz Cheney, uma ex-congressista republicana do Wyoming, disse que a sua formação como conservadora a obriga a dar prioridade à Constituição sobre o seu partido político, e que está preocupada em permitir que Trump -- um político "totalmente errático e completamente instável" - administre a política externa dos Estados Unidos.



Trump tem retratado Harris como uma liberal radical, mas a candidata democrata adotou um tom moderado durante a sua aparição ao lado de Cheney.



Harris prometeu "acolher as boas ideias de onde quer que venham" e assegurou que vai "eliminar a burocracia" da vida dos norte-americanos, defendendo que "deve haver um sistema bipartidário saudável" no país.



Harris teve mais dois eventos com Cheney no dia de hoje, todos os três em condados ganhos por Nikki Haley, a ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora dos EUA nas Nações Unidas que concorreu contra Trump pela nomeação republicana.



A pouco mais de duas semanas da eleição presidencial e com a corrida empatada, a candidata democrata procura o apoio de todos os eleitores possíveis.



A sua campanha espera persuadir aqueles que ainda não se decidiram, mobilizar quaisquer democratas que considerem ficar de fora e conquistar eleitores em áreas onde o apoio a Trump pode estar a diminuir.



Cheney diz que, apesar de ser uma republicana, apoia Harris por causa das suas preocupações com Trump.



Cheney perdeu o seu lugar na Câmara de Representantes depois de co-presidir a uma comissão do Congresso que investigou a invasão do Capitólio de 06 de janeiro de 2021, quando apoiantes de Trump procuraram impedir a certificação da vitória presidencial de Biden, em 2020.



Hoje, sabendo deste apoio a Harris, Trump atacou Cheney nas redes sociais, dizendo que ela é "burra como uma pedra".



Cheney, contudo, não é o único membro do seu partido a apoiar Harris.



Mais de 100 antigos e atuais membros do Partido Republicano juntaram-se a Harris na semana passada em Washington Crossing, Pensilvânia.



Num comício ali realizado, Cheney disse aos eleitores republicanos que a escolha patriótica era votar nos democratas.



À medida que as eleições se aproximam, a candidata democrata tem-se concentrado cada vez mais em tentar desmascarar as mentiras de Trump sobre as eleições de 2020, acusando-o de ser "instável" e "perturbado".



"Acredito que Donald Trump é um homem pouco sério", disse Harris em vários comícios, argumentando que "as consequências do seu regresso à Casa Branca são brutalmente graves".




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Retórica anti-media de Trump prejudica trabalho de jornalistas


A retórica anti-imprensa do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, está a prejudicar diariamente jornalistas que cobrem a campanha eleitoral, através de ameaças, obstrução e até tentativas de ataques por parte dos seus apoiantes.



Retórica anti-media de Trump prejudica trabalho de jornalistas






Na semana passada, em evento de campanha de J.D. Vance - o companheiro de corrida eleitoral de Trump - na cidade de Reading, no estado da Pensilvânia, a agência Lusa foi recebida com hostilidade ao tentar falar com vários apoiantes sobre as expectativas para o sufrágio de 05 de novembro: "É jornalista, não fales com ela", "não falo com jornalistas" ou "é tudo mentira o que a imprensa escreve".



Dois dias mais tarde, no insólito comício de campanha na Pensilvânia em que Trump passou cerca de 45 minutos em palco apenas a ouvir música, o ex-presidente voltou a atacar os órgãos de comunicação, especialmente a rede CNN International, levando os seus apoiantes a direcionarem-se para o local da imprensa e a vaiar e fazer gestos obscenos contra os jornalistas.



"Os 'mainstream media' são responsáveis por esconder as verdades do país e distorcer a imagem de Donald Trump", disse à Lusa nesse mesmo evento um apoiante do magnata republicano.



O ex-presidente demoniza com frequência os jornalistas e encoraja os seus apoiantes a troçarem dos repórteres que cobrem os seus eventos de campanha, minando a confiança do público na imprensa.



Em agosto, num comício igualmente na Pensilvânia, Trump classificou os jornalistas como "inimigos do povo". Menos de 10 minutos depois, um homem presente no evento tentou invadir a secção da imprensa, tendo sido travado pela polícia.



Em julho, momentos após Trump ser alvo de uma tentativa de assassínio durante um comício, os apoiantes do candidato rapidamente responsabilizaram a imprensa pelo ocorrido.



Sophia Cai, repórter do portal Axios que estava no local, relatou ter ouvido apoiantes de Trump gritar: "Notícias falsas! A culpa é vossa!(...) Vocês são os próximos! A vossa hora está a chegar". Também ali se registou uma tentativa de invadir a área da imprensa.



Os ataques contínuos de Trump à imprensa e à liberdade jornalística em plena campanha são uma continuação de uma retórica incendiária que se registou até mesmo durante os anos em que foi Presidente.



Desde que anunciou a sua primeira candidatura presidencial, em 2015, até deixar a Presidência, no início de 2021, Trump publicou comentários negativos sobre a imprensa mais de 2.490 vezes no antigo Twitter, de acordo com a base de dados US Press Freedom Tracker.



Nos quatro anos em que liderou o país, Trump pediu boicotes a organizações de notícias, tentou negar credenciais de imprensa a repórteres e meios cujos artigos não eram do seu agrado, entre outras tentativas de obstrução à liberdade de imprensa.



De acordo com a organização não-governamental (ONG) Repórteres sem Fronteiras (RSF), "a carreira política do ex-presidente Donald Trump foi em parte definida pela sua propensão a espalhar falsidades", tendo feito, ao longo de seu primeiro mandato, "mais de 30.000 declarações falsas ou enganosas, um volume de imprecisão sem igual na história americana", incluindo a negação consistente dos resultados eleitorais de 2020.



Numa demonstração de como a desinformação pode levar à violência, a RSF destacou o ataque ao Capitólio de 06 de Janeiro de 2021, que resultou em várias mortes, após Trump ter repetido as falsas alegações de que a eleição lhe tinha sido roubada e instando os seus apoiantes a agir.



Durante o motim, os apoiantes do magnata destruíram equipamentos jornalísticos e ameaçaram os profissionais de comunicação com mensagens como "Assassinem a media!".



Segundo estudos recentes, o nível de desconfiança em torno da imprensa não tem precedentes nos Estados Unidos.



"Há um padrão preocupante de assédio, intimidação e agressão a jornalistas no terreno", frisou a RSF



No mês passado, um canal de notícias 'online' voltado para a comunidade haitiana-americana, o The Haitian Times, recebeu ameaças anónimas e a sua editora, Macollvie Neel, viu a polícia a entrar em sua casa após um falso relato de um crime na sua residência.



Esse episódio foi apenas um exemplo de uma série de ameaças e ataques que Neel e os seus colegas enfrentaram desde que Trump e Vance amplificaram teorias de conspiração sobre imigrantes haitianos no estado do Ohio, mesmo após as autoridades terem negado a veracidade das mesmas.



Após as falsas alegações terem sido desmascaradas, JD Vance admitiu estar disposto a "criar histórias para que os media realmente prestem atenção".



No ano passado, Donald Trump anunciou que investigará veículos de comunicação como a NBC News e MSNBC se for reeleito para a Casa Branca.



"Eu digo, aberta e orgulhosamente, que quando eu ganhar a Presidência, eles e outros dos 'LameStream Media' ('Media de Massas Mancos')serão minuciosamente examinados pela sua cobertura conscientemente desonesta e corrupta de pessoas, coisas e eventos", escreveu Trump na Truth Social, a sua rede social.



A organização sem fins lucrativos Committee to Protect Journalists (CPJ), que promove a liberdade de imprensa em todo o mundo, frisou que a retórica de Trump durante a campanha eleitoral de 2024 tem resultado num ambiente de segurança cada vez mais precário para os repórteres, que enfrentam um risco maior de violência, detenção, assédio 'online e offline' e batalhas legais.



"Politizar e denegrir jornalistas, em vez de respeitar o seu papel de 'vigilância' como 'Quarto Poder', tem um impacto profundo nas instituições democráticas e restringe a capacidade do público de se manter informado através de fontes credíveis. O resultado da eleição de novembro determinará, em grande medida, a saúde do ambiente dos media globalmente nas próximas décadas", avaliou a CPJ.




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