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Harris quer colocar país "acima do partido" e de si própria em contraste com Trump
A democrata Kamala Harris quer "colocar o país acima do partido" e de si própria no final da campanha presidencial, no mesmo local onde Trump fomentou a insurreição do Capitólio, esperando que os eleitores vejam nitidamente a escolha que enfrentam.
A uma semana do dia da eleição, a vice-presidente decidiu utilizar o espaço Elipse, perto da Casa Branca, para prometer aos norte-americanos que trabalhará para melhorar as suas vidas, ao mesmo tempo que defende que o seu adversário republicano só está nisto por si próprio.
"[Trump] passou uma década a tentar manter o povo americano dividido e com medo uns dos outros: ele é assim", dirá Harris, segundo partes do discurso preparado divulgados pela sua campanha, citados pela agência Associated Press. "Mas, América, estou aqui esta noite para dizer: isto não é quem somos", contrapôs.
A candidata democrata espera destacar este contraste proferindo o seu discurso final no local onde Donald Trump, em 06 de janeiro de 2021, debitou falsidades sobre as eleições presidenciais de 2020, que inspiraram uma multidão a marchar até ao Capitólio e a tentar, sem sucesso, impedir a certificação do democrata Joe Biden.
Com o tempo a esgotar-se e a corrida renhida, Harris e Trump procuraram grandes momentos para tentar mudar o ímpeto no seu caminho.
"É um lugar que certamente acreditamos que ajuda a cristalizar a escolha nesta eleição", disse a presidente da campanha democrata, Jen O'Malley Dillon, sobre o cenário, considerando-o "uma visualização nítida de provavelmente o exemplo mais infame de Donald Trump e como usou o seu poder para o mal".
Os conselheiros de campanha sublinharam que Harris não irá debitar um tratado sobre a democracia -- um elemento básico das tentativas do próprio Presidente Joe Biden de estabelecer um contraste com Trump -- nem gastar muito tempo a concentrar-se diretamente nas imagens chocantes desse dia, mas apresentar um argumento mais amplo sobre a razão para os eleitores rejeitarem o ex-presidente.
Trump, apontará Harris, "tem uma lista de pessoas inimigas que pretende processar".
"Diz que uma das suas maiores prioridades é libertar os extremistas violentos que atacaram os agentes da autoridade em 06 de janeiro. Pessoas a quem ele chama 'o inimigo interno'. Este não é um candidato a Presidente que está a pensar em como tornar a sua vida melhor", acrescentará.
A sua campanha atraiu uma grande multidão a Washington para o evento, com grande número de pessoas sob o monumento de Washington, no National Mall.
Antes da intervenção de Harris, os oradores serão americanos comuns, em vez das celebridades nos seus eventos recentes, como Amanda Zurawski, que quase morreu de sépsis após lhe ter sido negada assistência ao abrigo da proibição rigorosa do aborto no Texas, e Craig Sicknick, irmão do polícia do Capitólio Brian Sicknick, que morreu depois do ataque de 06 de janeiro.
Ruth Chiari, de 78 anos, de Charlottesville, no estado da Virgínia, participava no comício com o marido para "apoiar a democracia", e enquanto esperava na fila para entrar no evento, sentenciou: "Ou teremos um autocrata ou teremos liberdade".
O último discurso da vice-presidente está em preparação há semanas, mas os conselheiros esperavam que a sua mensagem tenha mais impacto depois do comício de Trump, no domingo, no Madison Square Garden, em Nova Iorque, onde os oradores lançaram insultos cruéis e racistas.
Harris disse que o ex-presidente "está focado e realmente fixado nas suas queixas, em si próprio e em dividir" o país.
"Ao contrário de Donald Trump, não acredito que as pessoas que discordam de mim sejam o inimigo", afirmou Harris. "Ele quer colocá-los na prisão. Vou dar-lhes um lugar à minha mesa. E prometo ser uma Presidente para todos os americanos. Para colocar sempre o país acima do partido e acima mim própria", assegurou.
Os conselheiros de Harris, muitos dos quais também aconselharam a campanha de Biden antes de este desistir, ainda acreditam que centrar a disputa em quem é Trump e em como é diferente será a mensagem mais forte para os eleitores.
"Ela já apresentou o seu caso, apresentou as provas. Ela está a apresentar um resumo esta noite e tem fé na sabedoria do júri", disse Michael Tyler, diretor de comunicação da campanha da antiga procuradora-geral da Califórnia.
Biden disse na terça-feira que não vai comparecer ao discurso de Harris porque o evento é "para ela", mas planeava vê-lo na televisão.
Detetada crescente atividade na Darknet sobre eleições nos EUA
A Fortinet detetou um aumento de atividade na Darknet, parte oculta da Internet onde são praticadas grande parte de atividades ilegais, focada nas eleições presidenciais norte-americanas de 05 de novembro, divulgou hoje a empresa de cibersegurança.
Esquemas de 'phishing' direcionados aos eleitores, domínios maliciosos que se fazem passar por candidatos e outras ameaças destinadas a explorar vítimas desprevenidas estão a ganhar destaque à medida que se aproxima o ato eleitoral, revela o 'Relatório de Inteligência de Ameaças dos Laboratórios Fortiguard: Atores de Ameaça focados nas Eleições Presidenciais dos EUA de 2024', da Fortinet.
Este documento analisa as ameaças relacionadas com entidades nos EUA e o processo eleitoral.
Entre as várias conclusões incluem-se esquemas de 'phishing' dirigidos aos eleitores em vésperas das eleições presidenciais, com os "atores de ameaça" a vender 'kits' de 'phishing' acessíveis na 'darknet', desenvolvidos para visar eleitores e possíveis doadores, fazendo-se passar pelos próprios candidatos presidenciais e as suas campanhas, e o aumento dos registos de domínios maliciosos.
De acordo com os dados, cada 'kit' de 'phising' está a ser vendido por 1.260 dólares (cerca de 1.165 euros, à taxa de câmbio atual).
"Desde o início de 2024, foram registados mais de 1.000 novos domínios potencialmente maliciosos, que seguem padrões específicos e incorporam conteúdos relacionados com as eleições e candidatos, sugerindo que os atores de ameaça estão a aproveitar o interesse crescente em torno das eleições para atrair alvos desprevenidos e possivelmente realizar atividades de cariz malicioso", lê-se no documento.
Além disso, "milhares de milhões de registos dos EUA estão à venda em fóruns da 'darknet', incluindo números da Segurança Social, informações pessoais identificáveis (PII) e credenciais que poderiam ser usadas em campanhas de desinformação, bem como para atividades fraudulentas, esquemas de 'phishing' e roubo de contas".
Cerca de "3% das publicações em fóruns da 'darknet' envolvem bases de dados relacionadas com entidades empresariais e governamentais", adianta o relatório, que destaca também que "os investigadores dos Laboratórios FortiGuard registaram um aumento de 28% nos ataques de 'ransomware' contra o governo dos EUA, ano após ano, com base nos 'sites' observados".
"À medida que se aproxima a eleição presidencial dos EUA de 2024, torna-se fundamental reconhecer e entender quais as ciberameaças que podem afetar a integridade e a confiança neste processo eleitoral e o bem-estar dos cidadãos envolvidos", afirma o responsável sobre a estratégia de segurança ('chief secturity strategist' e VP 'of global threat intelligence) da Fortinet, citado em comunicado.
"Cibercriminosos, incluindo atores patrocinados por Estados e grupos 'hacktivistas', estão cada vez mais ativos, neste período que antecede um evento desta dimensão. Mantermo-nos alerta, identificar e analisar possíveis ciberameaças e vulnerabilidades é crucial para nos prepararmos e protegermos contra estratégias maliciosas que podem aproveitar este momento crítico para perturbar ou influenciar os resultados eleitorais", acrescenta o responsável.
Este relatório fornece uma análise das ameaças observadas de janeiro a agosto de 2024 e procura examinar o conjunto alargado de ciberameaças que podem afetar entidades sediadas nos EUA e o processo eleitoral, lê-se no comunicado.
Segurança apertada na votação de alto risco de Fulton County
O candidato republicano às eleições norte-americanas, Donald Trump, continua sem reconhecer a derrota eleitoral de 2020 e, caso a acusação de fraude eleitoral se repita este ano, o condado de Fulton, na Georgia, deverá ser invocado.
A vitória de Joe Biden na Georgia nas presidenciais de 2020 foi decisiva para a derrota de Donald Trump, mas a curta margem da mesma (perto de 12 mil votos, uma fração dos de Fulton), levou a que este rejeitasse os resultados e iniciasse um processo de contestação que foi derrotado nos tribunais, mas culminou no violento assalto ao Capitólio pelos seus apoiantes em janeiro de 2021.
Quatro anos depois, Trump continua sem reconhecer que perdeu as eleições, quando a campanha entra numa tensa reta final.
A Lusa visitou nos últimos dias três das 44 mesas de voto em Fulton, na cidade de Atlanta, onde a votação antecipada termina na sexta-feira.
Em todas, a afluência era significativa e ordeira, com grande quantidade de pessoal e segurança reforçada.
Na mesa de voto da biblioteca Buckhead Library, Regina Waller, responsável de comunicação do condado, relatou à Lusa que 325 mil pessoas já votaram antecipadamente na zona.
"A votação antecipada está a correr de maneira fenomenal", disse Waller. Na mesma altura, responsáveis da Administração Eleitoral da Georgia, cerne da disputa eleitoral que envolve a votação, efetuava uma vistoria.
Comparado com o arranque da votação em 2016, a afluência mais do que triplicou: de 15 mil no primeiro dia em 2016, para 45 mil este ano e "os números continuam a subir", segundo Waller.
Segundo dados oficiais, até ao início da semana votaram em todo o estado da Georgia perto de três milhões de eleitores, 40% do total.
Devido à contestação republicana em 2020, os votos da Geórgia para a presidência foram contados três vezes, incluindo uma vez manualmente.
Todas confirmaram a vitória do democrata Joe Biden.
Recontagens, revisões e auditorias nos outros estados decisivos também confirmaram claramente a derrota de Trump.
Embora o condado de Fulton tenha admitido a duplicação da leitura de algumas cédulas durante uma recontagem em 2020, não é certo se os erros beneficiaram qualquer dos candidatos.
Em relação a 2020, o processo de votação no estado é o mesmo: o eleitor apresenta identificação, geralmente carta de condução, e após esta ser verificada é-lhe entregue um cartão verde com um chip, com que pode dirigir-se à máquina de votação. Nesta, o eleitor faz a escolha num ecrã tátil e a máquina imprime no final um boletim que é depois levado para um "scanner", para contagem automática. Os vários registos tornam quase impossível a fraude.
Ainda assim, em agosto passado os republicanos na comissão eleitoral anunciaram a intenção de reabrir a investigação à contagem de 2020.
John Fervier, o presidente (republicano) da Administração Eleitoral da Georgia, tem sido crítico dos seus colegas de partido no organismo.
"Faço questão de falar com os observadores eleitorais e não tive uma única queixa deles, republicanos ou democratas. Todos descrevem como o processo tem sido fluído e para nós tudo tem funcionado muito bem", disse Fervier no final da vistoria à mesa de Buckhead.
A Lusa visitou ainda uma mesa num dos principais museus de arte moderna de Atlanta e outra num centro comunitário numa zona do subúrbio da cidade, em ambos os casos observando apenas avisos a alguns eleitores para que não usassem o telemóvel dentro da sala, o que é proibido.
Do lado republicano, prossegue contudo o tema da suposta fraude, explorado com intensidade.
Num comício de Donald Trump próximo da biblioteca Buckhead, na segunda-feira, diversos eleitos locais do partido alertaram para uma possível fraude nas eleições deste ano.
Num vídeo passado duas vezes antes do início do comício, como testemunhou a Lusa, o próprio ex-Presidente apelava à vigilância dos eleitores nas mesas de voto e afirmava que "a única coisa que eles [democratas] sabem fazer é aldrabar".
Confrontada pela Lusa com estas afirmações, Regina Waller evitou responder diretamente, mas assegurou que não há razões para tal.
"Não houve fraude provada da última vez. Lutamos por um processo claro e transparente. Fizemo-lo em 2020 e estamos a fazê-lo novamente este ano", afirmou à Lusa.
Geneva Jones, responsável da mesa de voto de um centro recreativo no sul do condado, também relatou afluência muito acima de outras eleições, cerca de quatro mil votos em duas semanas.
Com a retórica eleitoral bastante inflamada, têm-se registado alguns incidentes em mesas de voto, como esta semana no estado de Washington (noroeste), onde um homem incendiou mesas de voto.
Essa é uma preocupação adicional para Regina Waller, até porque no dia das eleições, 05 de novembro, as mesas de voto abertas serão 177, o quádruplo das de voto antecipado, e a afluência será ainda maior. O pessoal das mesas, relatou, tem tido treino de segurança.
Harris e Trump cruzam caminhos de campanha na Carolina do Norte
A candidata democrata à presidência norte-americana, Kamala Harris, começa hoje o dia num comício na Carolina do Norte, estado decisivo para o desfecho das eleições de 05 de novembro, onde também estará o rival republicano Donald Trump.
Trump deverá centrar o seu discurso em Rocky Mount na componente económica, num estado em que inquéritos revelam que mais de metade dos eleitores elegeu a inflação como o principal problema político para o próximo Presidente.
A campanha do republicano tem usado os tempos de propaganda televisiva com 'spots' que lembram que os habitantes da Carolina do Norte pagam cerca de mais 100 euros por mês do que o ano passado para colocar comida na mesa, acusando o Presidente democrata Joe Biden de incompetência no controlo da inflação.
As sondagens indicam que Harris e Trump estão literalmente empatados neste estado crucial - 46% contra 46% - com apenas 4% do eleitorado a mostrar-se indeciso e outros 4% a anunciar o seu voto em outros candidatos.
No Wisconsin, outro estado fulcral para o desfecho eleitoral, Harris vai aparecer mais tarde ao lado de um elenco musical diversificado, com nomes como Gracie Abrams, Remi Wolf, Mumford & Sons, e Aaron Dessner e Matt Berninger da banda The National.
Este alinhamento faz parte da estratégia de reta final da campanha democrata para tentar apelar ao voto jovem, acreditando que estes momentos musicais irão atrair essa franja de eleitorado aos comícios de Harris.
Em Madison, a candidata democrata estará em ambiente amigável, já que o comício se realiza numa área progressista do estado, onde a Universidade de Wisconsin contribui com uma parte significativa do voto no seu partido.
Harris prossegue também com a estratégia de tentar cativar o voto de republicanos moderados, que podem estar desalinhados com Trump como razão para "passar o muro" para o lado democrata.
Depois de ter aparecido ao lado de Liz Cheney - antiga secretária de Estado adjunta no Governo do Presidente republicano George W. Bush e filha mais velha do ex-vice-Presidente Dick Cheney - agora é a vez de Barbara Bush, uma das filhas deste Presidente Bush, anunciar o apoio a Kamala Harris.
A uma semana das eleições, Barbara Bush, que se define como independente, mostrou-se entusiasmada com a forma como Harris procura defender os direitos das mulheres e manifestou-lhe o seu apoio político.
Harris e Trump estão hoje ambos no estado do Nevada
Os dois candidatos às eleições presidenciais dos EUA vão estar hoje ambos no estado do Nevada, onde o republicano Donald Trump leva vantagem nas sondagens sobre a democrata Kamala Harris.
A cinco dias das eleições de 05 de novembro, a candidata democrata vai também estar no vizinho estado do Arizona, num longo dia de muitas paragens, quando a sua campanha está ocupada a tentar minimizar os danos de uma polémica declaração do Presidente Joe Biden, que classificou alguns dos apoiantes de Trump como "lixo" (em resposta a um comentário de um comediante num comício republicano, classificando Porto Rico como uma "ilha de lixo").
Trump tem cavalgado esta polémica nas últimas horas e dificilmente deixará de o fazer de novo hoje, quando chegar a Henderson, no Nevada, com uma plateia de eleitores de zonas rurais, que frequentes vezes se queixam de ser negligenciados pelo poder estabelecido em Washington.
Harris voltará a aparecer em Phoenix, Arizona, rodeada de estrelas do espetáculo, como tem feito nos últimos dias, desta vez ao lado da banda mexicana Los Tigres del Norte, antes de seguir para Las Vegas, no Nevada, para se juntar a Jennifer Lopez.
Qualquer uma destas escolhas musicais tem a ver com a preocupação da candidata democrata de chegar aos eleitores latinos indecisos, que podem ser relevantes para o desfecho final das eleições naqueles dois estados.
Para não abandonar os estados cruciais na costa leste, os democratas enviam hoje o candidato a vice Tim Walz para a Pensilvânia, antes de seguir para o Michigan na sexta-feira, com uma agenda preenchida desde a madrugada até à noite.
Os 'media' norte-americanos têm noticiado que Trump deverá intensificar o seu discurso de receio de "fraude eleitoral", apelando aos eleitores para estarem "ativos e vigilantes" nas suas comunidades, para "evitar que os democratas nos roubem a eleição".
Republicanos confiantes na vitória no estado decisivo do Arizona
No centro histórico de Yuma, Arizona, a 14 quilómetros do controlo de fronteira com o México, a sede de campanha de Donald Trump é o epicentro da ofensiva republicana numa parte crucial do estado que ele tem de ganhar para chegar à Casa Branca.
"Todos a bordo no comboio de Trump", mostra um cartaz gigantesco na montra do espaço, onde os voluntários do grupo Trump Force 47 organizam as suas ações de campanha no condado de Yuma.
"O grupo Trump Force 47 está na rua a bater às portas e à procura dos eleitores de baixa propensão, aqueles que não votaram nas últimas duas eleições", disse à Lusa Bill Regenhardt, um dos voluntários na sede do Partido Republicano do Condado de Yuma. "É uma estratégia chave para nós, de forma a ativar esses eleitores e levá-los a votar".
Regenhardt disse que o escritório do partido, localizado numa parte mais nova da cidade, tem tido um corrupio de eleitores a pedir informação, apoio e cartazes alusivos à campanha de Donald Trump. Inclusive democratas que mudaram a sua filiação para o partido republicano.
"Temos muito mais republicanos registados aqui no condado de Yuma do que democratas, o que é bom", referiu. O partido está confiante na vitória de Trump e dos republicanos nos cargos locais, mas não quer tomar nada como garantido, daí a forte aposta em campanhas de recenseamento e envolvimento com os eleitores.
Em 2020, Yuma votou em Donald Trump, mas a diferença para Joe Biden não foi gigantesca, refletindo a viragem à esquerda do Arizona nesse ano que surpreendeu o candidato republicano.
Agora, para convencer os eleitores a votarem em força no ex-presidente os conservadores apostam no impacto da crise da imigração na fronteira sul e na elevada inflação. Trump leva 1,9 pontos de vantagem sobre Harris no agregado de sondagens da plataforma FiveThirtyEight.
"Estamos muito perto da fronteira com o México, por isso a imigração é o principal tema para nós. E depois, é claro, a economia", explicou Regenhardt.
O que os eleitores de Yuma querem, disse o republicano, é tornar a fronteira mais segura. "Quando veem milhares de imigrantes ilegais a atravessarem a fronteira, as pessoas ficam preocupadas", afirmou. "Estando tão perto, a segurança é uma das preocupações".
Foi isso que disse à Lusa a eleitora republicana Sophia, de 51 anos, que pretende votar presencialmente no dia 05 de novembro e vai usar a caneta para tentar eleger todos os candidatos republicanos no boletim.
"Não quero fronteiras abertas", afirmou. "Quero que entrem legalmente", continuou a cidadã norte-americana, que no passado trabalhou como voluntária na campanha de George W. Bush.
"Gostaria que a fronteira fosse fechada e que quando alguém quer entrar seja primeiro verificado para ver se é bom", salientou, indicando que sem uma política rígida é impossível perceber se quem entra está a trazer drogas ou tem intenções nefastas.
"Sinto que isto é o momento final, ou vamos por um lado ou pelo outro", afirmou ainda, acrescentando que a questão do aborto também influencia a sua decisão de voto. "Não quero abortos e não quero nenhum estado a usar o dinheiro dos impostos para pagar abortos".
Os abortos nos estados onde ainda é legal obtê-los não têm financiamento do governo federal devido à Hyde Amendment de 1977, que proíbe o uso de fundos federais para pagar o procedimento.
Mas é a questão da fronteira que se revela mais importante, de tal forma que a candidata a senadora Kari Lake fez um evento no centro histórico de Yuma na mesma semana que o senador democrata Mark Kelly e a ex-embaixadora nas Nações Unidas Susan Rice. Yuma é um dos símbolos da forma oposta como os dois partidos encaram a questão da imigração.
"Quero ver segurança na fronteira", declarou Lake, culpando o oponente Ruben Gallego e a vice-presidente Kamala Harris por uma alegada política de "fronteiras abertas" que está a gerar problemas com a imigração ilegal.
"Quando o presidente Trump tomar posse, vamos ter segurança na fronteira", continuou. "E eu sei que as pessoas deste país estão prontas", considerou, apelando a que seja completado o muro na fronteira sul e que seja reinstaurada a política de Trump que obrigava os requerentes de asilo a permanecer no México até à data da audiência em tribunal.
Democratas tentam conter onda vermelha a formar-se no Arizona
Na última semana antes das eleições, ainda há autocarros que trazem voluntários democratas de Los Angeles para cidades estratégicas no Arizona - como Tucson, Phoenix e Yuma - para tentar convencer eleitores a votar no partido a 05 de novembro.
É uma estratégia de tudo por tudo dos democratas na tentativa de conter a onda vermelha que se espera no Arizona. As sondagens estão renhidas, mas Donald Trump tem uma das vantagens mais consistentes face a Kamala Harris neste estado do "sun belt", a faixa de estados onde se perdem e ganham as chaves para a Casa Branca.
O ex-presidente tem mais 1,9 pontos percentuais que Harris no agregado FiveThirtyEight (48,7% contra 46,8%), sendo que nenhuma sondagem recente coloca a democrata por cima.
"Acho que vai ser difícil para Harris ganhar o Arizona, mas Biden ganhou por pouco mais de 10.000 votos, o que significa por volta de seis votos em cada distrito", disse à Lusa o luso-americano Afonso Salcedo, que viajou da Califórnia para o Arizona como voluntário para ir bater às portas.
"A maior parte dos indecisos com quem falámos ainda não estavam convictos sobre o Ruben Gallego (congressista democrata), mas tinham mais certeza sobre Kamala Harris", partilhou.
Não são propriamente boas notícias, porque mesmo que não consigam impedir uma vitória de Trump, os democratas querem que pelo menos seja possível ganhar o lugar no Senado que está a ser disputado entre Kari Lake, acérrima defensora do trumpismo que perdeu as eleições para governadora em 2022, e Ruben Gallego, congressista que tem conseguido formar uma coligação de apoio muito relevante.
As sondagens dão vantagem ao democrata, 53% contra 45% da republicana, sendo que o partido não conseguirá manter o controlo do Senado sem este lugar crucial.
Na semana passada, o senador Mark Kelly e a ex-embaixadora nas Nações Unidas Susan Rice estiveram em Yuma para um evento de campanha, durante o qual frisaram a necessidade de bater às portas em todo o estado e levar mais pessoas a votar.
"Um dos problemas que afeta este condado é a fronteira e nós tivemos a oportunidade de aprovar um pacote para reforçar a segurança", disse o senador Mark Kelly, referindo que a legislação contemplava a contratação de mais agentes para a patrulha e um aumento dos vencimentos.
"Não conseguimos fazer isso porque Donald Trump disse aos republicanos que não podiam votar nesta legislação", lembrou. "Ele matou o pacote e isso afeta as pessoas no condado de Yuma".
O evento aconteceu no café Cafecito, no centro histórico de Yuma, onde o dono Travis Krizay tem tentado criar um espaço de proximidade numa comunidade dividida.
"Para muitas pessoas neste momento, a identidade política está a tornar-se na sua própria identidade", disse à Lusa Krizay, que se identifica como democrata. "Estou pronto para que isso acabe", frisou, referindo que quer continuar a partilhar espaços e a "partir pão" com os vizinhos, mesmo que não concorde com eles.
"A fronteira é um problema, é algo que vemos diariamente", indicou o empresário. "Definitivamente vimos um fluxo de pessoas, imigrantes, a chegar".
Mas, para Krizay, há mais afinidade do que diferenças entre as comunidades fronteiriças. "Sinto-me culturalmente mais ligado às pessoas que vêm do outro lado da fronteira do que com alguém do Iowa", exemplificou.
Na eleição anterior, o empresário viu "muito mais azul", cor do Partido Democrata, do que alguma vez tinha visto no Arizona. Desta vez, não tem certeza do que vai acontecer mas tem um plano para votar pessoalmente: "Quero receber o autocolante", gracejou, referindo-se ao emblema que os eleitores recebem a dizer "Eu votei" quando vão presencialmente às urnas de voto.
Para Afonso Salcedo, que vota democrata, a experiência a bater às portas no Arizona rendeu algum otimismo, ainda que as notícias em torno do estado sejam pessimistas. "É impressionante a diferença que um voto pode fazer nestas eleições".
Republicano, Arnold Schwarzenegger revela que vai votar em Kamala Harris
O ator revelou que, apesar de não concordar com as propostas atuais dos dois partidos, vai votar nos democratas.
Arnold Schwarzenegger revelou publicamente a sua intenção de voto nas presidenciais norte-americanas que acontecem no dia 5 de novembro.
"Não costumo apoiar candidatos. Não tenho problemas em partilhar a minha opinião, mas odeio política e não confio na maior parte dos políticos. Mas, também percebo que as pessoas querem ouvir a minha perspetiva porque não sou só uma celebridade, sou antigo governador republicano", começou por referir o ator numa publicação feita na sua conta da plataforma X, na quarta-feira, dia 30 de outubro.
Após explicar que não "gosta de nenhum dos partidos no momento", Schwarzenegger diz ser "sempre um americano, antes de ser republicano".
"É, por isso, que, esta semana, vou votar em Kamala Harris e Tim Walz. Estou a partilhar isto com todos vocês porque acredito que há muitos de vós que sentem o mesmo que eu. Não reconhecem o vosso país. E é legítimo sentirem-se furiosos", continua.
"[Senão] serão só mais quatro anos de mentiras, sem resultados, a não ser fazer com que estejamos cada vez mais zangados, divididos e cheios de ódio."
Harris faz paragem na Geórgia e Trump ruma a Carolina do Norte e Virgínia
A três dias das eleições, os candidatos à presidência dos Estados Unidos Kamala Harris e Donald Trump estão hoje em dois dos sete estados decisivos, onde as sondagens mostram um empate técnico e dentro da margem de erro.
A democrata Kamala Harris regressa hoje à Geórgia, um estado que Joe Biden ganhou em 2020, mas que agora favorece Donald Trump. O filho do ex-presidente, Eric Trump, também fará um evento no estado, em Douglasville, mantendo a aposta da campanha republicana num terreno crítico onde esteve diversas vezes na última semana.
O agregado de sondagens da plataforma FiveThirtyEight dá a Donald Trump uma vantagem de 1,6% na Geórgia, mas as diferenças são curtas e o resultado pode oscilar.
Há uma semana, Harris esteve em Clarkston, Geórgia, uma cidade conhecida como "a milha quadrada mais diversa da América", num comício onde foi acompanhada pelo ex-presidente Barack Obama e no qual Bruce Springsteen interpretou várias canções.
A campanha democrata tem apostado fortemente em personalidades influentes nesta reta final. Esta semana, a cantora Cardi B falou no comício em Milwaukee, Wisconsin.
Com a corrida a tornar-se mais renhida nos dias finais antes da eleição, a 05 de novembro, o candidato republicano tem hoje uma agenda cheia, com três paragens programadas: primeiro ruma à Carolina do Norte, com um comício em Gastonia. Segue depois para Salem, na Virgínia, e regressa ao final do dia à Carolina do Norte, para um evento em Greensboro.
Em paralelo, o candidato a vice-presidente J.D. Vance e o filho Donald Trump Jr. protagonizam hoje um comício em Las Vegas, Nevada, e o ex-candidato independente Robert F. Kennedy Jr. faz campanha por Trump em Rice Lake, Wisconsin.
Trump quer votos dos Amish na Pensilvânia, mas Deus não deixa
Com pacatas vendas de abóboras, leite e outros produtos à beira de estrada, o condado de Lancaster, na Pensilvânia, parece alheio às estridentes eleições presidenciais norte-americanas, mas as suas colinas suaves escondem uma luta pelos votos do povo Amish.
Por motivos religiosos, a vasta maioria dos Amish não vota e nem sequer está recenseado, mas o Partido Republicano de Donald Trump lançou uma intensa campanha para captar os seus 100 mil votos, que seriam suficientes para ter ganho as últimas eleições neste estado, o mais valioso de todos os 'swing states' (19 votos do colégio eleitoral). Nas eleições de 2020, Trump perdeu aqui para Joe Biden por 80 mil votos.
À porta de um armazém de roupas e mobílias antiquadas, David e um amigo, ambos Amish, estão sentados à sombra em cadeiras de baloiço, enquanto as mulheres fazem compras no interior. David hesita em falar com a Lusa sobre as suas intenções de voto nestas eleições, enquanto o amigo ignora a abordagem e se mantém em silêncio e de olhos no chão.
"Votar é um pouco contra a nossa religião... não sei como explicar", afirma o homem de meia idade, de barba comprida com bigode rapado, usando o chapéu de palha tradicional deste povo que vive em larga medida como os seus antepassados que chegaram aos Estados Unidos no século XVIII, fugindo a perseguições religiosas na Europa. Vivem da agricultura e muitos deslocam-se ainda em charretes puxadas a cavalo, de bicicleta ou a pé.
David afirma que não vai votar e indica que não foi abordado por angariadores de voto de qualquer dos partidos. O amigo mantém-se em silêncio até ao final da conversa.
No interior do armazém, Samuel diz à Lusa que irá votar, mas não revela por quem. Diversos outros homens Amish ignoram abordagens.
Não muito longe dali, um enorme cartaz evidencia o esforço que está em curso e cujos resultados serão visíveis na noite de 05 de novembro: diz "Rezai pela piedade de Deus pela nossa nação" e, por baixo, "Ligue para receber um formulário de recenseamento e pedido de voto por correspondência", ao lado de um número de telefone.
Ilustrado com um chapéu de palha tipicamente Amish, o anúncio indica, de acordo com as leis eleitorais locais, quem o financiou. Trata-se de uma organização chamada "Fer Die Amische" ("Pelos Amish", em dialeto local), que tem como único contacto um endereço de e-mail, amishvote2024@gmail.com.
Steven M. Nolt, um dos maiores especialistas em estudos Amish nos Estados Unidos, confirma que é o Partido Republicano no Condado de Lancaster que "tem estado ativo em tentar fazer com que os Amish locais se registem e votem".
O esforço vem de eleições anteriores, pelo menos de 2004, mas tem vindo a intensificar-se, sublinha o professor de História e Estudos Anabatistas e diretor do Young Center no Elizabethtown College.
A Pensilvânia é um estado especialmente competitivo no panorama eleitoral, sendo considerado um 'swing state' ('estado pendular' ou 'estado campo de batalha'), por tradicionalmente oscilar entre democratas e republicanos.
Condados rurais como Lancaster são solidamente republicanos, mas nas cidades mais populosas, como Philadelphia (leste) ou Pittsburgh (oeste) é o Partido Democrata que habitualmente ganha, tornando grupos como os Amish os potenciais desbloqueadores do resultado.
Estudos do Young Center identificaram que, durante a década de 1990 e o início dos anos 2000, votaram apenas entre 5 e 8% dos eleitores Amish elegíveis no condado de Lancaster. Em 2004, essa percentagem saltou para cerca de 13%, mas em 2016, primeira eleição de Donald Trump, voltaram a cair para 7%.
O aumento em 2004 refletiu o apelo do ex-presidente republicano George W. Bush e até um esforço de base de um agente republicano local para registar eleitores Amish, afirma Nolt. É esse resultado, ou mesmo acima dele, que a equipa de Trump pretende alcançar este ano.
Em 2016, 90% dos Amish registados para votar em Lancaster eram republicanos, 9% independentes e 1% eram democratas. Desde a década de 1860, os eleitores Amish parecem sempre ter estado alinhados com o Partido Republicano.
A teologia dos "dois reinos" dos Amish, de separatismo teológico, motiva-os a não votar. Os que se tornam politicamente ativos, apoiam candidatos que representam um governo mínimo, não-regulação, não-interferência do estado na vida quotidiana. "E no ambiente político de hoje, isso tende a estar ligado aos republicanos", afirma Nolt.
Mais polémica, adianta, é a figura de Trump, cujo estilo de vida luxuoso em Nova Iorque ou na Florida não poderia ser mais diferente do deles.
Os múltiplos divórcios do ex-presidente, a sua linguagem vulgar ou a sua ligação a casinos, são diametralmente opostos ao que defendem, mas o mesmo é verdade para políticos em geral.
"Ouvi comentários casuais de pessoas Amish, tanto aqueles que gostam de Trump quanto aqueles que desaprovam a sua linguagem e envolvimento com jogos de azar. A minha impressão é que os Amish que gostam de Trump respeitam a sua experiência como empresário e o veem como um insurgente, que não é político. Aqueles que não aprovam as suas ações não costumam criticá-lo publicamente devido ao ensinamento Amish de ser respeitoso com o governo", disse o historiador.
Os escritos da Igreja Amish enfatizam que os cristãos devem orar pelos governantes e ser respeitosos ao interagir com eles. Devem obedecer a todas as leis que não atentem contra a consciência cristã e pagar todos os impostos.
"Como diz uma publicação Amish, 'Se não queremos que o governo nos diga como conduzir os assuntos da nossa igreja, é melhor não lhes dizermos como administrar o governo'", adianta Nolan.
Saindo do território Amish, as vendas de abóboras e as charretes a cavalo vão dando lugar a carrinhas 'pick-up' potentes e muitos cartazes de Donald Trump - alguns profundamente desrespeitosos para os democratas e a sua candidata presidencial, Kamala Harris.
Estes "dois reinos" cruzam-se nalguns negócios, como um pronto-a-comer e padaria com produtos preparados por jovens mulheres Amish.
Recebem com simpatia, mas ao verem uma câmara fotográfica pedem que não se lhes tire o retrato. Questionada se vai votar nas próximas eleições, uma delas revela que sim, timidamente, mas abrevia a conversa e volta ao trabalho.
Kamala Harris foi ao 'Saturday Night Live' e aconselhou-se a si mesma?
Foi a primeira vez que a candidata à presidência dos Estados Unidos participou no programa norte-americano.
Kamala Harris encerrou o dia de sábado com uma participação surpresa no conhecido programa de comédia 'Saturday Night Live' (SNL). Depois de ter estado em campanha nos estados da Geórgia e da Carolina do Norte, a democrata viajou até Nova Iorque.
O momento começa com a atriz Maya Rudolph, sentada em frente a um espelho e vestida como a candidata presidencial, a dizer: "É o meu último dia de campanha na Pensilvânia, só queria poder falar com alguém que já tenha estado no meu lugar. Uma mulher negra, do sul da Ásia, que concorre à presidência, de preferência da Bay Area". É nesse momento que, do outro lado do espelho, surge a 'verdadeira' Kamala Harris que lhe garante (ou a si própria) "tu consegues".
Esta foi a primeira vez que Harris participou no programa norte-americano, tendo sido recebida com um forte aplauso pelo público.
A atriz Maya Rudolph e Kamala Harris tiveram um serão com muito humor, onde não faltaram trocadilhos com o primeiro nome da vice-presidente norte-americana.
Maya Rudolph é uma atriz e comediante norte-americana que costuma interpretar Kamala Harris em 'sketchs' no SNL. O programa tem uma grande componente de caricaturas de políticos norte-americanos.
Recorde-se que, de momento, a nível nacional, o agregado de sondagens dá a Kamala Harris uma pequena vantagem sobre Donald Trump, cerca de 1,4% segundo a plataforma FiveThirtyEight. Em termos de hipóteses de vitória, os dois estão empatados tecnicamente: Trump ganha 50 vezes em 100 e Harris 49 em 100, com uma possibilidade bastante remota (1 em 100) de empate no colégio eleitoral.
Nem Antetokounmpo escapa a Donald Trump: "Somos igualmente gregos"
Tirada do candidato à presidência dos EUA está a dar que falar.
A campanha de Donald Trump rumo às eleições para a presidência dos Estados Unidos da América chegou, na madrugada de sexta-feira para sábado, a Milwaukee, no estado do Wisconsin, e ficou marcada por um momento... caricato.
Quando falava à multidão, o antigo líder norte-americano e atual representante republicano referiu-se, diretamente, aos Milwaukee Bucks. Mais precisamente, à 'estrela da companhia', o internacional grego Giannis Antetokounmpo, com uma tirada que gerou, simultaneamente, gargalhadas e aplausos.
"A vossa equipa é muito boa. Eu diria que o grego é um jogador realmente bom, concordam? E digam-me, quem tem mais de grego dentro de si? O grego ou eu? Penso que temos, sensivelmente, o mesmo, certo? Ele é qualquer coisa", atirou.
Giannis Sina Ugo Antetokounmpo, de 29 anos de idade, é filho de pais nigerianos, mas nasceu em Atenas, na Grécia, tendo emigrado para os EUA, em 2013, para participar no 'draft' anual da NBA, onde foi selecionado pela equipa que representa até ao dia de hoje.
Da música ao cinema: Celebridades que apoiaram publicamente Kamala Harris
Taylor Swift, Leonardo DiCaprio e Jennifer Lopez são apenas alguns dos exemplos.
As eleições norte-americanas acontecem já na terça-feira, dia 5 de novembro, e várias foram as celebridades que apoiaram publicamente a candidata democrata Kamala Harris, que concorre à presidência contra o republicano Donald Trump.
Do mundo da música, do cinema, ou do entretenimento, nomes como Taylor Swift, Leonardo DiCaprio, Jennifer Lopez, Bad Bunny, John Legend, Beyoncé ou Eminem, mostraram o seu apoio, votaram de forma antecipada ou participaram em ações de campanha de Harris.
Entre elas, contam-se até celebridades que são republicanas, como é o caso do ator e ex-governador do estado da Califórnia Arnold Schwarzenegger, um dos mais recentes a expressar a sua intenção de voto.
Harris e Trump empatam em Dixville Notch, primeira localidade a votar
A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o rival republicano, Donald Trump, empataram hoje em Dixville Notch, historicamente a primeira localidade do país a votar no dia das eleições.
Os seis eleitores de Dixville Notch, no estado de New Hampshire (nordeste dos EUA), votaram à meia-noite (05h00 em Lisboa) e não demorou muito até serem conhecidos os resultados: três votos para o ex-presidente e três para a vice-Presidente.
Este empate parece corroborar as sondagens que mostram resultados muito próximos nos estados mais importantes destas eleições.
Em 2020, o Presidente democrata, Joe Biden, ganhou em Dixville Notch por cinco votos a zero.
A tradição de votar nos primeiros minutos do dia das eleições nesta zona do nordeste dos Estados Unidos remonta a 1936 e, desde então, apenas dois presidentes ganharam todos os votos dos residentes: o republicano Richard Nixon, em 1936, e Joe Biden em 2020.
As assembleias de voto no resto do país começam a abrir cedo esta manhã e a fechar ao fim da tarde (horas locais).
Último esforço da campanha leva Harris e Trump à Pensilvânia
O estado da Pensilvânia será palco do último esforço da campanha da vice-presidente Kamala Harris e do ex-presidente Donald Trump no dia da eleição, depois de também terem feito as apresentações finais aos eleitores na mesma zona.
Focado na região sudeste do estado, Trump subiu ao palco em Reading, Pensilvânia, na segunda-feira, para o último discurso antes do dia das eleições presidenciais norte-americanas, que se realizam hoje.
"Se vencermos na Pensilvânia, ganharemos isto tudo", disse o candidato republicano. "Acabou".
Uma vitória de Trump na Pensilvânia, invertendo os 19 votos no Colégio Eleitoral que nas últimas eleições ficaram do lado dos democratas, tornaria, de facto, mais difícil que Kamala Harris conseguisse obter os 270 votos necessários.
Depois de Reading, Trump seguirá para Pittsburgh, no extremo oposto do estado, antes de terminar em Grand Rapids, Michigan, onde realizará seu último comício de campanha, no mesmo local em que concluiu a corrida em 2016 e 2020.
A Pensilvânia foi também o estado escolhido pela atual vice-presidente para a véspera das eleições. Esteve em Allentown, Scranton - local de nascimento do presidente Joe Biden - e planeou uma parada em Reading antes de encerrar o dia com um comício noturno na Filadélfia, onde participaram Lady Gaga e Oprah Winfrey.
O sudeste da Pensilvânia abriga milhares de latinos, incluindo uma grande comunidade porto-riquenha.
Na passagem pela região, Harris e seus aliados atacaram Donald Trump, depois de o comediante Tony Hinchcliffe ter-se a Porto Rico, num evento dos republicanos, como uma "ilha flutuante de lixo".
"Foi um absurdo", disse German Vega, um dominicano-americano que vive em Reading e se tornou cidadão dos Estados Unidos em 2015.
"Incomodou muitas pessoas - até mesmo muitos republicanos. Não foi correto e penso que Trump deveria ter-se pedido desculpas aos latinos".
Na mesma cidade, Emilio Feliciano, 43 anos, esperou do lado de fora da Arena Santander, pela oportunidade de fotografar a comitiva de Trump.
Com família porto-riquenha, rejeitou os comentários sobre Porto Rico, e disse que votará em Trump, por preocupar-se com a economia.
Uma vitória de Donald Trump faria dele o primeiro novo presidente a ser indiciado e condenado por um crime, e dar-lhe-ia o poder de encerrar outras investigações federais pendentes contra si.
Tornar-se-ia também o segundo presidente na história dos Estados Unidos a conquistar mandatos não consecutivos na Casa Branca, depois de Grover Cleveland no final do século XIX.
Kamala Harris, por sua vez, poderá ser a primeira mulher, a primeira mulher negra e a primeira pessoa de ascendência sul-asiática a chegar à Sala Oval, quatro anos depois de quebrar as mesmas barreiras ao tornar-se vice-presidente.
A democrata entrou na corrida às presidenciais norte-americanas depois de um desempenho desastroso de Joe Biden num debate em junho, que deu início à sua retirada da disputa.
Além da mudança a meio da corrida, as eleições ficaram também marcadas pela tentativa de assassinato contra Donald Trump, num comício em Butler, Pensilvânia, e de uma segunda tentativa em setembro, enquanto Trump jogava golfe num dos seus campos na Florida.
Harris, de 60 anos, apresentou-se como uma mudança geracional em relação a Biden, de 81 anos, e Trump, de 78. Ao longo da campanha, enfatizou o apoio ao direito ao aborto e sublinhou várias vezes o papel do ex-presidente no ataque ao Capitólio.
Com o apoio de progressistas como a congressista Alexandria Ocasio-Cortez até o ex-vice-presidente republicano Dick Cheney, Kamala Harris considerou Trump uma ameaça à democracia e promete resolver problemas e procurar consensos.
No domingo, Trump insistiu nas alegações de que as eleições de hoje são fraudadas, refletiu sobre a violência contra jornalistas e disse que " não deveria ter saído" da Casa Branca em 2021 --- temas que ofuscaram outra âncora do seu argumento final: "A Kamala estragou. Eu vou arranjar".
Do mershandising à preparação das urnas, Estados Unidos preparam-se para o dia decisivo.
Os norte-americanos preparam-se para escolher o 47.º presidente dos Estados Unidos. Muitos já votaram (a votação já arrancou há algumas semanas em pelo menos 25 estados), enquanto outros preparam-se para fazê-lo nas próximas horas.
Neste último dia de campanha, os candidatos à presidência norte-americana Kamala Harris e Donald Trump escolheram fazer o 'sprint' final na Pensilvânia, o estado que neste ciclo eleitoral é considerado mais importante dos sete decisivos.
A democrata termina o dia com um comício e um concerto em Filadélfia, às portas do Philadelphia Museum of Art, ainda sem confirmação de quem estará presente.
Na agenda de Donald Trump, a mensagem final antes das eleições será inicialmente passada na Carolina do Norte, em Raleigh. O candidato republicano ruma depois a Reading, Pensilvânia, e ao final da tarde estará em Pittsburgh, tal como Harris.
Mas Trump ainda passará pelo Michigan ao final da noite, com um comício marcado para as 22h30 locais em Grand Rapids.
Segundo a lei, a eleição geral presidencial tem de ser realizada na terça-feira seguinte à primeira segunda-feira do mês de novembro.
O sucessor de Joe Biden será empossado a 20 de janeiro de 2025, numa cerimónia pública junto ao edifício do Capitólio, em Washington, diante de dezenas de milhares de pessoas.
Eleições nos EUA. Televisões com emissões especiais durante a madrugada
RTP, CNN e SIC vão hoje acompanhar as eleições nos Estados Unidos com emissões especiais que arrancam às 21h00 na RTP3, às 22h00 na CNN e às 00h00 na SIC Notícias.
Na estação pública, a emissão arranca às 21h00 na RTP3 e será conduzida por Carolina Freitas e Alexandre Brito, participando como convidados Augusto Santos Silva, Richard Zimler, Rita Figueiras, Rui Mergulhão Mendes, Pedro Norton, João Soares, Ana Drago, Diogo Feio, António Costa Pinto, Miguel Szymanski, Marcos Faria Ferreira e José Manuel Fernandes.
A partir da 01h00 da manhã, num simultâneo RTP1 e RTP3, serão José Rodrigues dos Santos, Maria Nobre e Vítor Gonçalves a coordenar uma emissão que contará, para ajudar à leitura dos resultados da eleição, com um painel de convidados constituído por Bernardo Pires de Lima, Ana Santos Pinto, José Gomes André, Paulo Almeida Sande, Henrique Burnay, Pedro Brinca, Liliana Reis, Pedro Delgado Alves, Raquel Varela, Rodrigo Moita de Deus, João António e Felipe Pathé Duarte.
Ao longo desta emissão entrarão ainda, em direto dos Estados Unidos, a correspondente da RTP naquele país, Cândida Pinto, e o enviado especial João Ricardo Vasconcelos, que vão estar nas sedes de campanha dos candidatos em Washington.
Será também a partir da capital dos Estados Unidos que Nuno Santos liderará a emissão eleitoral especial da CNN Portugal, em coordenação com os pivôs João Póvoa Marinheiro e Alexandre Évora, nos estúdios em Lisboa, e Sara Melo Rocha a partir da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.
Junto a Nuno Santos, nos Estados Unidos, estará o comentador Mário Crespo e, também em Washington, o correspondente Luís Costa Ribas estará no estúdio panorâmico da CNN norte-americana.
A CNN Portugal estará ainda em direto em mais dois pontos dos Estados Unidos: Pedro Benevides estará com a comitiva do partido democrata na Howard University, em Washington, perto de Kamala Harris; e Pedro Bello Moraes acompanhará o centro do partido republicano, em West Palm Beach, na Florida, onde se encontra Donald Trump.
A emissão especial da CNN arranca às 22h00 e acompanhará a divulgação dos resultados ao longo da noite e madrugada.
Através de uma parceria com a CNN internacional, a CNN Portugal irá disponibilizar "dados em tempo real a por estado, quer para a eleição do presidente, quer do senado e da câmara de representantes, com especial enfoque para os estados decisivos".
"Além da presença nos EUA e da forte operação no digital, a emissão televisiva contará com a 'Magic Wall' de resultados e com diversos painéis de análise e de especialistas", refere a estação televisiva, adiantando que a noite abre com Paulo Portas e Sérgio Sousa Pinto e segue com Francisco Seixas da Costa, Diana Soller, Tiago André Lopes, Catarina Carvalho, Sónia Sénica, Ricardo Ferreira Reis, Rui Calafate, Jorge Botelho Moniz, Alexandra Leitão e Jaime Nogueira Pinto.
Já a SIC Notícias está desde as 10h00 de hoje a emitir com a etiqueta "edição especial", focada em "acompanhar minuto a minuto o que se vai passando nas eleições americanas".
Segundo fonte da estação, esta noite, até às 00h00, a emissão será conduzida pelos pivôs habituais: Ana Patrícia Carvalho na "Grande Edição" com e Nelma Serpa Pinto na "Edição da Noite".
A partir da meia-noite, a SIC Notícias dá início a "uma grande operação para acompanhar minuto a minuto tudo o que se vai passando", denominada "Decisão América: Kamala ou Trump?" e que, com moderação dos pivôs Teresa Dimas e Diogo Martins, contará com a presença em estúdio dos comentadores habituais de internacional e política da estação.
No terreno estão já há alguns dias os jornalistas Ricardo Costa, Rodrigo Pratas e a correspondente nos EUA, Marta Moreira.
A escolha do futuro Presidente dos Estados Unidos -- a democrata Kamala Harris ou o antigo Presidente republicano Donald Trump - decorrerá em ambiente de grande tensão e incerteza e com a forte probabilidade de não haver um resultado final nas próximas horas.
Com as sondagens a indicarem diferenças marginais (dentro da margem de erro) entre os dois principais candidatos, ninguém espera conhecer um desfecho na noite de hoje, podendo acontecer que o processo se arraste durante dias ou até semanas.
Nas eleições de hoje, os norte-americanos também vão eleger 34 senadores (em 100) e todos os 435 membros da Câmara de Representantes, além de disputas para governador em 11 dos estados e dois territórios (Porto Rico e Samoa Americana).
Trump ou Harris? Os melhores sites para acompanhar as eleições norte-americanas
As eleições são americanas, mas os seus efeitos sentem-se de forma global. Se quer seguir a par e passo tudo o que vai acontecendo no dia da escolha entre Trump e Kamala, veja algumas das plataformas online que lhe sugerimos. Para estar sempre informado.
Eleições nos Estados Unidos da América: onde seguir ao minuto?
As eleições norte-americanas são um dos eventos políticos mais seguidos e debatidos em todo o mundo.
Quer se trate das eleições presidenciais, das intercalares (midterms) ou das eleições para o Congresso, as escolhas feitas pelos eleitores nos Estados Unidos têm impacto a nível global.
Para quem quer acompanhar os resultados em tempo real, entender as tendências e aprofundar-se nos detalhes das eleições, existem várias plataformas digitais e websites que oferecem uma cobertura abrangente, rigorosa e atualizada.
The New York Times (NYT): O The New York Times é um dos jornais mais respeitados do mundo, e a sua cobertura eleitoral é extensa e detalhada. Durante as eleições, o NYT disponibiliza uma secção especial onde apresenta gráficos, mapas interativos e análises em tempo real. Uma das grandes vantagens do NYT é a sua capacidade de apresentar os dados de forma visual e intuitiva, permitindo que os utilizadores compreendam rapidamente a situação em cada estado e condado.
Além disso, o site também oferece análises de especialistas, artigos de opinião e cobertura ao vivo com atualizações minuto a minuto. Os assinantes do jornal têm acesso a conteúdos exclusivos e a funcionalidades adicionais, mas muitos dos dados essenciais sobre as eleições estão disponíveis para o público em geral.
CNN Politics: A CNN é outra fonte de confiança para quem quer seguir as eleições nos Estados Unidos. A secção CNN Politics oferece atualizações constantes e gráficos detalhados com os resultados eleitorais em tempo real. Além disso, a CNN tem uma equipa de analistas e correspondentes políticos que acompanham de perto as campanhas e interpretam os resultados à medida que vão sendo apurados.
Durante o período eleitoral, a CNN também oferece transmissões ao vivo e debates que contextualizam os resultados e ajudam os espetadores a entender o impacto de cada eleição. Para quem está fora dos Estados Unidos, é possível aceder aos conteúdos através do site, e algumas transmissões ao vivo também estão disponíveis em plataformas de streaming.
FiveThirtyEight: O FiveThirtyEight é uma plataforma especializada em análise de dados e previsões eleitorais. Fundado por Nate Silver, o site ganhou popularidade ao prever com precisão os resultados de várias eleições e tem vindo a crescer em influência e audiência. A cobertura eleitoral é única, pois combina jornalismo político com análise estatística e modelos de previsão.
Durante as eleições, o FiveThirtyEight apresenta gráficos detalhados, previsões, e uma análise de probabilidades baseada em sondagens e em dados históricos. Embora o site não ofereça resultados em tempo real como outras plataformas, é uma excelente fonte para quem quer entender as probabilidades de cada candidato, os fatores que influenciam as votações e as tendências em cada estado.
Politico: O Politico é um site focado em política e é amplamente reconhecido pela sua cobertura detalhada das eleições nos Estados Unidos. Durante os períodos eleitorais, oferece uma página dedicada aos resultados, com gráficos, mapas interativos e uma análise detalhada por estado. A plataforma também fornece artigos e reportagens que ajudam a entender o contexto de cada eleição e os principais temas que estão em jogo.
Além disso, o Politico disponibiliza newsletters e atualizações que permitem aos leitores acompanhar a par e passo todas as novidades eleitorais, desde os preparativos das campanhas até à contagem final dos votos. É uma excelente opção para quem quer uma visão mais aprofundada dos bastidores políticos.
Associated Press (AP): A Associated Press (AP) é uma agência de notícias internacional de referência, e a sua cobertura eleitoral é confiável e precisa. A AP é conhecida pelo rigor com que apura e verifica os dados, sendo uma das principais fontes de informação para outros meios de comunicação. Durante as eleições, a AP disponibiliza mapas e gráficos com resultados em tempo real e projeta os vencedores em cada estado com base em análises detalhadas dos dados de votação.
A vantagem de seguir a AP é a sua neutralidade e precisão, pois a agência evita especulações e baseia-se exclusivamente nos dados oficiais. É uma das fontes preferidas para quem procura resultados imparciais e uma cobertura objetiva.
RealClearPolitics: RealClearPolitics é outro site importante para quem quer acompanhar as eleições norte-americanas. A plataforma compila sondagens e dados de várias fontes, oferecendo uma média que ajuda a entender as tendências de cada eleição. Durante as eleições, apresenta gráficos e mapas com os resultados em tempo real, assim como análises das principais corridas eleitorais.
Uma das funcionalidades mais populares do site é o “RealClearPolitics Average”, uma média das principais sondagens que permite ter uma visão mais clara das tendências em cada estado. Além disso, a plataforma inclui artigos de opinião e análises de vários comentadores, o que oferece uma perspetiva mais abrangente.
Indecisão até ao fim
Ao acompanhar as eleições norte-americanas, é importante escolher fontes confiáveis e diversas. A variedade de perspetivas permite ter uma visão mais completa dos resultados e das suas implicações. Além disso, sites como o NYT, CNN e FiveThirtyEight oferecem uma cobertura em tempo real, essencial para quem quer acompanhar os desenvolvimentos à medida que acontecem.
Por fim, ter atenção ao fuso horário dos Estados Unidos é fundamental. Com vários fusos a cobrir um vasto território, os resultados vão sendo divulgados gradualmente, de acordo com o encerramento das urnas em cada estado. Assim, o pico das atualizações acontece normalmente durante a madrugada em Portugal.
Como é sabido, as eleições nos Estados Unidos têm impacto global, e acompanhar os seus resultados é fundamental para entender o futuro da política mundial. Estas plataformas são opções de excelência para acompanhar as eleições norte-americanas, oferecendo dados em tempo real, análises detalhadas e previsões baseadas em dados estatísticos.
Trump garante que aceitará derrota se eleição for justa
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, garantiu hoje que aceitará a sua derrota contra a rival democrata Kamala Harris "se a eleição for justa".
"Se perder uma eleição, e se a eleição for justa, serei o primeiro a reconhecê-lo. Até agora, parece que está a ser justa", disse Trump, quando votava hoje num recinto eleitoral de Palm Beach, Florida, onde tem residência, mostrando-se confiante de que "esta noite vai ser uma grande festa".
O ex-presidente republicano, que por diversas ocasiões tem levantado a possibilidade de uma fraude eleitoral, votou ao lado da sua mulher, Melania Trump, no Mandel Recreation Center, em Palm Beach.
"Estamos muito bem na Georgia e em todo o lado", disse Trump aos meios de comunicação social.
O candidato do Partido Republicano mostrou-se "muito confiante" na sua vitória, antecipando que não será por uma margem muito estreita, comentando que esta foi a melhor das três campanhas eleitorais que realizou.
No entanto, Trump queixou-se da provável demora e espera na contagem dos resultados eleitorais, deixando algumas críticas ao modelo de urnas eletrónicas.
As sondagens refletem uma corrida particularmente apertada entre Harris e o republicano Donald Trump. A nível nacional, Harris tem uma vantagem de pouco mais de um ponto percentual, com 48% de apoio contra 46,8% do antigo presidente, de acordo com a média das sondagens do site 'FiveThirtyEight'.
Cerca de 240 milhões de pessoas estão aptas a votar nas eleições de hoje nos EUA, que vão determinar quem será o 47.º Presidente da história norte-americana.
Mais de 82 milhões de eleitores já votaram antecipadamente e todos os olhares estão concentrados em sete "swing states" (chamados assim porque as respetivas intenções de voto variam de eleição para eleição): Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Apesar de os eleitores irem às urnas, o Presidente é escolhido por voto indireto, uma vez que o voto dos norte-americanos vai para um Colégio Eleitoral, constituído por 538 "grandes eleitores" representativos dos 50 estados norte-americanos. O vencedor das presidenciais norte-americanas terá de conseguir, no mínimo, 270 "grandes eleitores".
Kamala Harris insta norte-americanos a "saírem para ir votar"
A candidata presidencial norte-americana democrata, Kamala Harris, instou hoje os norte-americanos a "saírem para ir votar", neste dia de eleições presidenciais nos Estados Unidos, numa emissão de uma rádio local na Georgia, um estado fundamental.
"Encorajo todos a saírem para ir votar", declarou a atual vice-presidente norte-americana, cujo adversário republicano na corrida presidencial é o ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
Harris sublinhou que este ato eleitoral é um "ponto de viragem", insistindo no facto de haver duas "visões muito diferentes do futuro da nação" propostas.
As eleições de hoje decidem quem sucederá ao democrata Joe Biden na presidência, o controlo das duas câmaras do Congresso norte-americano, além de postos de governadores estaduais e cargos a nível estadual e local.
Numa corrida à Casa Branca excecionalmente renhida, todos os olhares estão concentrados em sete "swing states" (chamados assim porque as respetivas intenções de voto variam de eleição para eleição): Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Mais de 82 milhões de 240 milhões de eleitores norte-americanos votaram antecipadamente.
Biden pede que se "faça história" dando vitória a Harris
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu hoje para que se "faça história" no país, com a eleição da candidata democrata Kamala Harris como futura inquilina da Casa Branca, num apelo de última hora em dia eleitoral.
"Vão votar", apelou o governante dos Estados Unidos da América (EUA) numa mensagem publicada nas suas redes sociais, nas quais também partilhou uma página da Internet com informações detalhadas sobre os centros de votação habilitados.
Biden iniciou a campanha para as presidenciais norte-americanas como candidato à reeleição pelo Partido Democrata, mas uma sucessão de erros e de lapsos reavivou o debate sobre a sua idade avançada, levando-o a renunciar à sua candidatura presidencial em julho passado.
A sua atual vice-presidente, Kamala Harris, assumiu então as rédeas da candidatura democrata, sem ter passado pelas primárias do partido.
O atual Presidente, de 81 anos, vai deixar o cargo a 20 de janeiro, após um único mandato.
Nestes últimos dias de campanha, Biden optou por não aparecer em grandes eventos e vai acompanhar a noite eleitoral na Casa Branca, segundo a estação televisiva CNN.
As eleições de hoje decidem quem sucederá a Joe Biden na presidência, o controlo das duas câmaras do Congresso, além de postos de governadores estaduais e cargos a nível estadual e local.
Numa corrida à Casa Branca excecionalmente renhida, a escolha será disputada entre a atual vice-presidente Kamala Harris (democrata) e o antigo presidente Donald Trump (republicano).
Republicanos fazem a festa junto à Trump Tower de Nova Iorque
Ainda a contagem dos votos nos 'swing states' ia a meio e já três dezenas de eleitores republicanos enchiam o passeio em frente à Trump Tower, em Nova Iorque, cantando vitória antecipada nas presidenciais norte-americanas.
O ponto de concentração destes apoiantes do ex-Presidente e candidato republicano, Donald Trump, foi a Trump Tower, um famoso arranha-céus em Manhattan construído pelo magnata.
"Tentaram matá-lo, mas não conseguiram. Porque ele é o escolhido. Nós somos o povo e nós escolhemos Donald Trump. O 'Estado profundo' tem de acabar", gritava uma mulher enquanto erguia uma bandeira com o 'slogan' de campanha do republicano: 'Make America Great Again' (Engrandecer de Novo a América).
A polícia estava presente no local e várias grades de proteção foram montadas ao redor do recinto.
À Lusa, um eleitor exaltado dizia que Donald Trump tem de "começar a deportação em massa dos imigrantes ilegais o mais rápido possível".
"Fechem a fronteira, isto tem de acabar. Isto não é terra de ninguém", disse o homem, que se identificou à Lusa como Sergey, misturando palavras em inglês com espanhol.
"Vou sempre apoiar Donald Trump, porque ele tem sido atacado pela imprensa de esquerda. Ele é um 'outsider' que tem desafiado o sistema, os democratas, o Congresso e até os próprios republicanos. Todos esses são falsos e ele é verdadeiro. Por isso é que gosto dele", acrescentou.
Divididos em pequenos grupos, esses apoiantes iam acompanhando a contagem dos votos com otimismo: "Ele vai ganhar. Se a Pensilvânia for nossa, está ganho", afirmou um outro eleitor.
Horas mais tarde, o candidato republicano viria mesmo a ser declarado vencedor no estado-chave da Pensilvânia.
A alguns metros de distância, no Rockefeller Center, onde foram montadas telas gigantes para transmitir a contagem dos votos, o ambiente era completamente oposto, com eleitores democratas desiludidos com a prestação da vice-Presidente, Kamala Harris.
Numa noite de vento forte em Nova Iorque, foram muitos os nova-iorquinos que começaram a desmobilizar assim que Donald Trump começou a conquistar vários estados consecutivamente.
No público, vários democratas rezavam e outros levavam as mãos à cabeça de cada vez que Trump conquistava mais votos do colégio eleitoral. Em contrapartida, cada vez que Kamala Harris conseguia subir na contagem, ouviam-se aplausos.
Em Nova Iorque, foi Kamala Harris quem venceu as eleições presidenciais. No entanto, a nível nacional, Donald Trump acabou a noite a declarar vitória, quando as projeções dos media norte-americanos o colocavam a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para regressar à Casa Branca.
"É uma vitória política nunca antes vista no nosso país", afirmou o magnata nova-iorquino a milhares dos seus apoiantes reunidos no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu 'resort' em Mar-a-Lago.
O candidato republicano às presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou hoje vitória, quando as projeções dos media norte-americanos o colocam a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para regressar à Casa Branca.
"Éuma vitória política nunca antes vista no nosso país", afirmou o magnata nova-iorquino a milhares dos seus apoiantes reunidos no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida, depois de ter acompanhado a noite eleitoral no seu 'resort' em Mar-a-Lago.
Falando junto da mulher, Melania Trump, que já apresentou como "primeira-dama", do candidato a vice-Presidente, J.D. Vance, e do presidente da Câmara dos Representantes, o candidato republicano disse que, com esta vitória, irá "ajudar o país a curar-se".
Trump vence também na Pensilvânia, terceiro estado-chave
O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi declarado vencedor na Pensilvânia, o terceiro dos sete estados considerados decisivos na corrida eleitoral de terça-feira à Casa Branca, segundo projeções de media norte-americanos.
O antigo Presidente dos EUA (2016-2020) já tinha vencido outros dois 'swing states' (assim chamados porque o sentido de voto não é rígido e pode mudar de eleição para eleição) -- Geórgia e Carolina do Norte -- e soma agora os 19 votos eleitorais que a Pensilvânia representa, segundo projeções das televisões CNN e Fox News.
No total, Donald Trump soma 267 votos dos chamados 'grande eleitores' do Colégio Eleitoral, apenas a três votos de distância da vitória (270).
A candidata democrata e vice-presidente, Kamala Harris, tem 214 votos.
O Colégio Eleitoral é constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos.
Tal como a Geórgia, a Pensilvânia deu a vitória ao candidato democrata, Joe Biden, em 2020.
Os 'swing states' nestas eleições são Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan, Nevada, Geórgia e Carolina do Norte.
FBI divulga plano do Irão para matar Trump antes das eleições nos EUA
O Departamento de Justiça dos EUA avançou hoje com acusações criminais numa conspiração iraniana frustrada para matar o Presidente eleito, Donald Trump, antes das eleições desta semana.
Uma queixa criminal apresentada no tribunal federal de Manhattan alega que um funcionário não identificado da Guarda Revolucionária do Irão instruiu um membro, em setembro passado, num plano para vigiar e, em última instância, matar Trump.
Se o homem, identificado como Farjad Shakeri, não conseguisse criar um plano antes das eleições, de acordo com a denúncia, o Irão iria suspender o seu plano por algum tempo, já que se acreditava que Trump iria perder as eleições presidenciais, tornando-se um alvo mais fácil de abater.
Shakeri disse ao FBI que não planeava propor um plano para assassinar Trump dentro dos sete dias solicitados pelo funcionário, de acordo com a queixa.
O enredo - cujas acusações foram reveladas poucos dias após a vitória de Trump sobre a democrata Kamala Harris - reflete o que as autoridades federais descreveram como esforços contínuos do Irão para atingir funcionários do Governo norte-americano, bem como outras figuras políticas, incluindo Trump, em solo norte-americano.
O republicano Donald Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.
Trump segue também à frente da adversária democrata no voto popular, com 50,7% contra os 47,7% de Kamala Harris.
O Partido Republicano recuperou ainda o Senado (câmara alta da Congresso) ao ultrapassar a fasquia de 51 eleitos, enquanto na Câmara dos Representantes (câmara baixa) os últimos dados indicam que se encontra igualmente na frente no apuramento, com 211 mandatos, a apenas sete da maioria.