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Eleições nos EUA. Obama e Musk juntam-se a campanhas a um mês do sufrágio
O ex-presidente norte-americano Barack Obama junta-se na próxima semana à campanha presidencial de Kamala Harris, enquanto o empresário Elon Musk estará com Donald Trump no sábado num comício em Butler, palco do atentado contra o candidato republicano.
A campanha da vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, indicou que Obama viajará pelo país nos últimos 27 dias antes da eleição, começando já na próxima quinta-feira em Pittsburgh, na Pensilvânia.
Barack Obama e Kamala Harris têm uma amizade de 20 anos, que remonta a quando o ex-presidente concorreu ao Senado.
Obama - juntamente com outros nomes democratas de relevo fez parte da pressão de bastidores sobre o atual Presidente, Joe Biden, para que este abandonasse a corrida presidencial, e a sua presença na campanha de Kamala Harris será um contraste com as relativamente poucas participações de Biden na campanha da candidata democrata.
No discurso de Obama na Convenção Nacional Democrata, em agosto, o antigo chefe de Estado defendeu que Harris "não nasceu privilegiada" e que "teve que trabalhar pelo que tem."
"E ela realmente importa-se com o que outras pessoas estão a passar", frisou o ex-presidente.
Kamala Harris foi uma das primeiras apoiantes da candidatura presidencial de Obama em 2008 e bateu de porta em porta para apoiá-lo no Iowa antes da convenção que deu início à votação nas primárias democratas.
No outro lado do espetro político, o empresário Elon Musk irá juntar-se ao ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, no seu comício no sábado em Butler, cidade da Pensilvânia onde o magnata sobreviveu a um atentado em julho.
"Estarei lá para apoiar!" escreveu hoje Musk na sua plataforma social, X, ao partilhar uma publicação do próprio Trump referente ao evento de campanha.
O CEO da SpaceX e da Tesla estará entre os convidados presentes, confirmou hoje a campanha de Trump.
O evento marcará a primeira vez que o empresário bilionário aparecerá publicamente num evento de campanha do ex-presidente desde que o apoiou publicamente.
O apoio expressado em julho veio logo após a tentativa de assassínio, com Musk a escrever no X: "Eu apoio totalmente o Presidente Trump e espero pela sua rápida recuperação".
Musk aumentou o seu apoio a Trump nos últimos meses e tem estado mais envolvido em política --- até mesmo concordando em liderar uma comissão de eficiência governamental se Trump vencer a reeleição.
O comício de sábado acontecerá na mesma propriedade onde as balas de um atirador furtivo atingiram de raspão a orelha direita de Trump e mataram um dos seus apoiantes, Corey Comperatore. O tiroteio deixou outros feridos.
Vários membros da família de Comperatore, assim como outros participantes e socorristas que estiveram presentes no comício de julho, juntar-se-ão a Trump no sábado, de acordo com a campanha do republicano.
Também estarão presentes com o ex-presidente o seu companheiro de corrida eleitoral, o senador republicano de Ohio JD Vance, o seu filho Eric Trump, a sua nora e copresidente do Comité Nacional Republicano, Lara Trump, e vários legisladores e xerifes da Pensilvânia, indicou ainda a campanha.
As eleições estão marcadas para 5 de novembro e vários estados já iniciaram o processo de voto antecipado e por correspondência.
"Veremos". Trump diz que Israel deve atacar instalações nucleares do Irão
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump disse que Israel deve atacar as instalações nucleares do Irão, em retaliação contra o lançamento de cerca de 200 mísseis contra solo israelita.
Falando na Carolina do Norte (sudeste), na sexta-feira, Trump referiu uma questão colocada ao Presidente Joe Biden, na quarta-feira, sobre a possibilidade de Israel ter como alvo as instalações nucleares iranianas.
"Fizeram-lhe esta pergunta, a resposta deveria ter sido 'atacar primeiro a energia nuclear e preocupar-se com o resto depois'", disse Trump.
"Mas veremos quais são os seus planos", acrescentou o antigo presidente republicano.
"É o maior risco que temos, as armas nucleares, o poder das armas nucleares e o poder das armas", por isso, "temos de estar total e absolutamente preparados", afirmou Trump.
Na quarta-feira, o líder dos EUA afirmou opor-se a ataques israelitas contra instalações nucleares iranianas.
"A resposta é não", disse à comunicação social Joe Biden, inquirido sobre se apoiaria uma ação desse tipo por parte de Israel.
"Estamos de acordo os sete que os israelitas têm o direito de retaliar, mas devem responder de forma proporcional", acrescentou Biden, referindo-se aos outros líderes do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto, além dos Estados Unidos, por Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada.
Na sexta-feira, o Presidente afirmou que Israel deveria também "considerar outras opções" que não atacar instalações petrolíferas no Irão.
"Se eu estivesse no lugar deles, consideraria outras opções além de atacar os campos petrolíferos" no Irão, declarou.
A Guarda Revolucionária do Irão avisou na sexta-feira que atacará a indústria energética israelita se Israel visar o setor petrolífero iraniano.
"Se o regime sionista cometer um erro, atacaremos todas as suas fontes de energia, estações, refinarias e campos de gás", disse o vice-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, brigadeiro-general Ali Fadavi.
"O regime sionista tem apenas três centrais elétricas e algumas refinarias, mas o Irão é um país enorme", disse Fadavi em declarações divulgadas por meios de comunicação social iranianos, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
As ameaças do Irão surgem no meio de especulações de que Israel poderá retaliar contra o Irão, sendo o setor petrolífero um dos possíveis alvos devido aos prejuízos económicos que causaria, de acordo com meios de comunicação israelitas.
O Irão lançou na noite de terça-feira 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Casa Branca ataca "mentiras" de Trump sobre migrantes e furacão Helene
A Casa Branca atacou esta noite as "mentiras" proferidas pelo ex-Presidente Donald Trump, que acusou o governo federal de não estar a ajudar os afetados pelo furacão Helene porque gastou os fundos com os migrantes que chegam aos EUA.
Em comunicado, Andrew Bates, um dos porta-vozes da Casa Branca, criticou "alguns líderes republicanos" que estão a usar a devastação causada por Helene, que provocou mais de 215 mortes, para "mentir" e "dividir" o país, a um mês das eleições presidenciais.
Sem mencionar o nome de Trump, o porta-voz referiu os comentários que o magnata republicano fez num comício no Michigan: "As pessoas estão a morrer na Carolina do Norte. Estão a morrer em todo o lado, em cinco ou seis estados. Estão a morrer e não estão a receber ajuda do nosso governo federal porque não têm dinheiro, porque o dinheiro deles tem sido gasto em pessoas que não deveriam estar no nosso país".
Trump já tinha aproveitado uma visita à Geórgia na segunda-feira, um dos estados atingidos pelo furacão, para afirmar que o executivo de Biden não estava a responder à destruição causada, uma acusação que as autoridades locais - algumas do seu próprio partido - negaram.
Estas declarações têm sido repetidas nas redes sociais pelos seus seguidores, como o bilionário Elon Musk, dono da rede social X.
A Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) dispõe, no entanto, de fundos para apoiar as vítimas dos furacões, uma vez que o Congresso aprovou recentemente um projeto de lei que concedeu 20 mil milhões de dólares a essa agência para responder a catástrofes.
Além disso, Trump parece associar esta alegação de que a FEMA não tem fundos para migrantes a um programa específico desta agência: o Programa de Abrigos e Serviços da FEMA, que fornece subsídios a governos locais e organizações sem fins lucrativos para apoiar migrantes indocumentados.
O Congresso aumentou o orçamento para este programa de 360 milhões de dólares no ano fiscal de 2023 para 650 milhões de dólares no ano fiscal de 2024.
De qualquer modo, não há provas de que o dinheiro da FEMA para catástrofes naturais tenha sido utilizado para ajudar os migrantes, noticiou a agência Efe.
"Isto é falso. Nenhum fundo de ajuda humanitária foi utilizado para apoiar habitação e serviços para migrantes. Nenhum. Absolutamente não", salientou Bates, no comunicado.
Trump, que chegou à Casa Branca em 2016 com a promessa de construir um muro na fronteira com o México, endureceu a sua retórica xenófoba, dizendo que os migrantes "envenenam" o sangue dos Estados Unidos e recentemente acusou até os haitianos de uma cidade do Ohio de comerem os animais de estimação dos vizinhos, acusações refutada pelas autoridades locais.
O candidato republicano prometeu ainda que se derrotar a atual vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris, em novembro, realizará a maior deportação da história dos Estados Unidos, onde mais de onze milhões de pessoas vivem em situação irregular, e construirá centros gigantescos na fronteira para deter migrantes indocumentados.
Kamala Harris defende reforço dos sindicatos e apoia negociação coletiva
A candidata presidencial democrata, a vice-presidente Kamala Harris, defendeu hoje o reforço dos sindicatos e apoiou a negociação coletiva para melhorar as condições laborais dos trabalhadores.
"Vimos ontem outro exemplo do poder da negociação coletiva, quando os estivadores e a Aliança Marítima dos EUA puseram fim à greve e chegaram a um acordo salarial recorde, um salário recorde", disse, durante um comício em Detroit, no Estado do Michigan.
Harris referia-se ao acordo alcançado entre os estivadores em greve desde terça-feira, os principais portos da Costa Leste e do Golfo de México, e a entidade patronal para aumentar os salários em 62% nos próximos seis anos.
Na altura acusou o seu rival, o republicano Donald Trump, de "ter sido anti-sindicalista durante toda a sua vida".
Harris deve seguir para Flint, também no Michigan, onde deve acusar Trump de ser um perigo para a indústria automóvel dos EUA.
O líder do sindicato United Auto Workers (UAW), Shawn Fain, também vai estar no evento de Flint.
Também em Flint, Harris vai reunir com líderes da numerosa comunidade árabe de Michigan, cujo apoio é vital neste Estado chave nas eleições.
No último ano, a comunidade árabe do Michigan e de outras partes do país tem mostrado o seu desagrado com o governo de Joe Biden e Kamala Harris, pelo apoio a Israel.
Trump "desrespeitou abertamente as instituições democráticas"
A jornalista e historiadora Anne Applebaum defende que Donald Trump tornou-se "um modelo para os líderes iliberais" do mundo e que a sua reeleição como Presidente poria em causa a liderança norte-americana entre as democracias.
Donald Trump "é alguém que desrespeitou abertamente as instituições democráticas nos Estados Unidos e tentou alterar ilegalmente o resultado das eleições de 2020", disse a jornalista norte-americana em entrevista à Lusa a partir de Nova Iorque.
Applebaum alerta que as próximas eleições presidenciais, no dia 05 de novembro, irão ser decisivas para determinar "se os EUA continuam a ser um líder no mundo democrático", se "continuam a fazer parte da NATO" e se "são capazes de liderar uma coligação para enfrentar a cleptocracia".
Autora do novo livro 'Autocracia, Inc. - Os ditadores que querem governar o mundo', Anne Applebaum é historiadora e jornalista norte-americana, vencedora do Prémio Pulitzer em 2004.
Applebaum é ainda redatora da equipa do The Atlantic e membro sénior do Agora Institute da Universidade Johns Hopkins, onde co-dirige um projeto sobre a desinformação do século XXI.
Para a autora, os candidatos às eleições norte-americanas - o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris - apresentam "diferenças acentuadas" face ao papel dos Estados Unidos em dissuadir o branqueamento de capitais, contra a emergência da violência e ainda o papel das instituições europeias.
"Existe um candidato que despreza abertamente a Europa, que não gosta dos aliados e das alianças europeias e que pensa que a Europa é um fardo para os Estados Unidos; e outro, Kamala Harris, que ainda quer que os Estados Unidos sejam um líder na Europa e no mundo democrático" reiterou.
As eleições estão marcadas para 5 de novembro e vários estados já iniciaram o processo de voto antecipado e por correspondência.
O agregado das sondagens da plataforma FiveThirtyEight dá a vice-presidente Kamala Harris como líder, com 2,7 pontos percentuais de vantagem sobre Trump a nível nacional.
A relação próxima do ex-presidente americano com a Rússia e o atual mundo autocrático advém, adiantou Applebaum, de uma "relação financeira muito longa", nomeadamente no imobiliário, sendo mantidos em segredo os nomes dos compradores de imóveis pelos quais Trump encaixa milhões de dólares.
A autora afirmou ainda que a principal fonte de rendimento do candidato republicano, associada ao seu modelo de negócios, passa pela venda dos seus condomínios nesses países, "de maneiras que indicam que podem estar ligados ao branqueamento de capitais".
"Não há dúvida nenhuma de que ele tem uma dívida para com esse mundo e não parece ter qualquer interesse em contradizê-lo, por isso não é alguém que vá dizer que é altura de acabar com as empresas de fachada ou que é altura de acabar com o dinheiro 'offshore' e com os paraísos fiscais 'offshore'", reiterou.
Sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, num contexto "em que se sabe que a Rússia está a construir campos de concentração na Ucrânia, tortura e prende ucranianos e raptou cerca de 20.000 crianças ucranianas", a autora salienta que a indiferença de Trump é "indicativa de uma forte atração".
No que diz respeito à interferência estrangeira no domínio da desinformação durante o período de campanha, a autora refere que não se trata apenas da difusão de informações que manipulem os americanos, mas sim o facto de os russos trabalharem "diretamente com a extrema-direita americana".
Esta operação concretiza-se no financiamento direto russo a grupos de 'YouTubers' e influenciadores com centenas de milhares de seguidores, cujas plataformas são utilizadas para amplificar os extremos norte-americanos.
"Os russos criaram e construíram este sistema de indignação e extremismo que encontramos especialmente nos EUA, mas penso que o podemos encontrar em todos os países europeus e que agora fazem parte do nosso sistema político", disse.
Rússia substitui embaixador nos EUA em vésperas de eleições
O Governo russo decidiu substituir o embaixador nos Estados Unidos da América, Anatoly Antonov, de 69 anos, antes das eleições no país, informaram hoje fontes diplomáticas, noticia a Efe.
Antonov, que chefiava a delegação diplomática da Rússia desde agosto de 2017, terminou o seu mandato em Washington, adiantaram as agências locais, citando fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A agência de notícias TASS pormenorizou que Antonov, especialista em segurança e desarmamento, regressará a Moscovo nas próximas horas.
Sancionado pelo Ocidente pelo seu apoio à ofensiva militar russa na Ucrânia, Antonov foi vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e número dois do Ministério da Defesa, entre 2011 e 2016.
Antonov tem criticado os Estados Unidos por terem adotado sanções contra a Rússia, negando categoricamente a interferência russa nos assuntos internos do país.
Durante os seus quase sete anos de mandato, os consulados gerais da Rússia fecharam tanto em São Francisco como em Seattle.
A identidade do substituto de Antonov na embaixada dos EUA, país para onde estão marcadas eleições presidenciais em novembro, ainda não é conhecida.
Nova sondagem aponta para vitória de Kamala Harris sobre Donald Trump
Segundo a sondagem da Reuters com a Ipsos, Kamala Harris ganharia as presidenciais a Donald Trump por 3 pontos percentuais - 46% e 43%, respetivamente.
A vice-presidente democrata Kamala Harris continua a ter vantagem sobre o republicano Donald Trump, mas por uma margem de três pontos percentuais, de acordo com a nova sondagem da Reuters em parceria com a Ipsos.
A sondagem mostra uma vitória de 46% para Kamala Harris em relação aos 43% de Donald Trump.
A sondagem tem uma margem de erro de cerca de 3 pontos percentuais.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos têm data marcada para o dia 5 de novembro e terão frente a frente o antigo presidente e candidato republicano Donald Trump e a atual vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris, que assumiu a candidatura após a desistência do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Bill Clinton entra na campanha em apoio a Kamala Harris
O ex-presidente norte-americano Bill Clinton entrará neste fim de semana na campanha eleitoral da candidata democrata, Kamala Harris, em estados-chave para as eleições de 5 de novembro, um impulso que já conta também com Barack Obama.
Segundo fontes do Partido Democrata, Clinton - que iniciará a sua viagem pela Geórgia, onde estará no próximo domingo e segunda-feira, e seguirá para a Carolina do Norte - tentará captar o voto do eleitorado rural para conseguir uma vantagem para a atual vice-presidente sobre o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump.
"A campanha de Harris soltou o 'Cão Grande'", escreveu na rede social X Ian Sams, um porta-voz da campanha da vice-presidente, que assumiu a nomeação democrata para as eleições de 2024 depois do atual Presidente, Joe Biden, ter desistido da recandidatura.
Os esforços de Clinton e Obama a favor de Harris devem-se ao facto de, segundo todas as sondagens, não haver um nítido vencedor à vista, num momento em que faltam cerca de 25 dias para as eleições.
De acordo com a média das sondagens realizadas pelo portal RealClearPolitics, Harris lidera hoje as intenções de voto com 49% de apoio, contra 47,2 de Trump, uma vantagem de apenas 1,8 pontos que se dilui tendo em conta as margens de erro das sondagens.
A estratégia de Clinton passará por afastar-se dos comícios de massas característicos das grandes campanhas, optando por falar para algumas centenas de pessoas em feiras e locais privados, informou a CNN.
Enquanto Clinton se prepara para visitar o sul do país, a corrida do ex-presidente Barack Obama para ajudar Kamala Harris começou na quinta-feira na Pensilvânia, provavelmente o estado-chave mais importante no mapa eleitoral deste ano.
O primeiro afro-americano a tornar-se Presidente dos Estados Unidos pediu aos homens negros que votem na vice-presidente, que tem raízes afro-americanas e indianas, e que poderá ser a primeira mulher Presidente do país.
Num escritório de campanha para agradecer aos voluntários, Obama disse na quinta-feira que queria "dizer algumas verdades" após ouvir relatos de falta de entusiasmo em torno de Harris e que alguns homens negros estariam a pensar em não votar este ano.
"Parte disso faz-me pensar - e estou a falar diretamente com os homens - (...) que, bem, vocês simplesmente não estão a sentir a ideia de ter uma mulher como Presidente, e estão a apresentar outras alternativas e outras razões para isso", argumentou Obama, uma das figuras mais influentes do Partido Democrata.
"Vocês estão a pensar em ficar de fora ou apoiar alguém que tem um histórico de vos denegrir, porque acham que isso é um sinal de força?
Porque é isso que é ser homem? Colocar as mulheres para baixo? Isso não é aceitável", criticou Obama, denunciando igualmente o comportamento de Donald Trump em menosprezar parte do eleitorado norte-americano.
Obama fez da Pensilvânia a primeira paragem da entrada na campanha, num momento em que a votação antecipada e por correio já está em andamento.
Falando num comício na Universidade de Pittsburgh, Obama referiu-se a Trump como alguém fora de sintonia e não a escolha certa para liderar o país, chamando-o de um bilionário "desajeitado" "que ainda não parou de choramingar sobre os seus problemas".
O ex-presidente advogou que Kamala Harris é "uma líder que passou a vida a lutar em nome de pessoas que precisam de voz e uma oportunidade" e assegurando que a vice-presidente está preparada para presidir o país.
Obama, há oito anos fora do poder, tem sido um dos representantes mais confiáveis do Partido Democrata para galvanizar eleitores.
Até ser eleito Presidente em 2020, Joe Biden também assumiu esse papel para os democratas, mas este ano, desde que encerrou a sua campanha de reeleição e apoiou Harris para liderar a corrida eleitoral, raramente se tem pronunciado em campanha.
O único ex-presidente vivo do Partido Democrata que não vai fazer campanha por Harris é Jimmy Carter, que completou 100 anos este mês e está confinado em casa a receber cuidados paliativos para os seus problemas de saúde.
No entanto, Carter, de acordo com um dos seus netos, Jason Carter, está "mental e emocionalmente envolvido no que está a acontecer ao seu redor e nas notícias", um interesse que aumentou face às próximas eleições e com a possibilidade de que, pela primeira vez, uma mulher chegue à Casa Branca.
Por sua vez, Donald Trump esteve na quinta-feira em campanha em Detroit, onde lançou críticas a essa mesma cidade, qualificando-a de inferior a cidades chinesas e "em desenvolvimento".
"O país inteiro ficará como - vocês querem saber a verdade? Será como Detroit. O nosso país inteiro acabará como Detroit se ela [Kamala Harris] for eleita Presidente", declarou o candidato republicano.
Os comentários de Trump foram feitos perante o 'Detroit Economic Club' num discurso em que apelava à indústria automobilística, um segmento-chave daquela que é a maior cidade do estado do Michigan, também um importante campo de batalha eleitoral.
Os democratas no estado foram rápidos em criticar Trump pelos seus comentários. O autarca de Detroit, Mike Duggan, elogiou a recente queda na criminalidade e o crescimento populacional da cidade.
Trump deu "explicações mutáveis" para não ser entrevistado, diz CBS
A estação televisiva CBS News revelou que a campanha eleitoral de Donald Trump apresentou "explicações mutáveis" para a sua decisão de recusar aparecer na entrevista especial aos candidatos presidenciais a divulgar no programa '60 Minutos'.
O programa acabou por ser emitido sem a presença do candidato republicano.
Um dos conhecidos 'rostos' da estação, Scott Pelley, apareceu na emissão, na noite de segunda-feira, a explicar por que razão Trump não apareceu no programa.
Kamala Harris esteve no programa, entrevistada por Bill Whitaker. No espaço que era destinado a Trump, e perante a sua ausência, o '60 Minutos' emitiu uma história sobre um dirigente do Estado do Arizona a divulgar mentiras sobre fraudes nas eleições.
Pelley adiantou que a campanha de Trump fez uma queixa: "Queixou-se de que iríamos confirmar a entrevista. Nós confirmamos sempre todas as histórias".
A equipa de Trump também exigiu um pedido de desculpas pela entrevista feita na campanha de 2020, alegando que a correspondente Lesley Stahl dissera que um computador pertencente ao filho do presidente Joe Biden, Hunter Biden, tinha vindo da Federação Russa. "Ela nunca disse isso", garantiu Pelley.
Por outro lado, acrescentou, a equipa de Trump tinha concordado com uma entrevista a fazer na casa deste em Mar-a-Lago home, com um segundo momento em Butler, onde regressou agora, depois da tentativa de assassínio em julho.
O porta-voz de Trump, Steven Cheung, disse que o '60 Minutos' tinha "mendigado por uma entrevista". Acrescentou também que a campanha tinha preocupações com os relatos da CBS sobre Hunter Biden e a insistência em editar os comentários de Trump.
"Não há nada programado ou concordado", avançou Cheung, revelando: "Já tínhamos, desde há muito, prometido uma longa e exclusiva entrevista, a fazer em Butler, a outra estação nacional, que foi a Fox News".
A entrevista de Trump com Laura Ingraham, da Fox, foi emitida uma hora antes do '60 Minutos', na noite de segunda-feira, sem qualquer referência à sua ausência no programa da CBS.
Biden exorta Trump a abandonar mentiras: "Arranja uma vida, homem!"
O Presidente norte-americano, Joe Biden, instou esta sexta-feira o seu antecessor e atual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, a abandonar a retórica de desinformação sobre a resposta do Governo aos furacões Helene e Milton.
"Arranja uma vida, homem! Ajuda essas pessoas", afirmou Biden, dirigindo-se diretamente a Trump durante uma aparição na Casa Branca.
"Deixem-me dizer isto: a todas as pessoas afetadas pelo furacão Helene e pelo furacão Milton, apesar das mentiras e da desinformação, a verdade é que estamos a fornecer os recursos necessários para resgatar, recuperar e reconstruir", acrescentou o chefe de Estado.
Biden abordou assim o problema das informações falsas e mentiras que estão a ser espalhadas quer por Trump, quer por outras figuras conservadoras e que estão a ter consequências no terreno.
"Há vidas em jogo. As pessoas estão em situações desesperadoras. Tenham a decência de lhes dizer a verdade", insistiu o Presidente.
Biden também se dirigiu aos habitantes da área atingida na noite de quarta-feira pelo furacão Milton, na Florida: "Ainda existem condições muito perigosas no estado e as pessoas devem esperar que as autoridades lhes deem luz verde antes de partirem".
"Ainda é muito cedo para saber a extensão total dos danos, embora saibamos que as medidas de resgate fizeram a diferença", afirmou.
Pelo menos 10 pessoas morreram na Florida após o impacto dos tornados e do furacão Milton, e há quase três milhões de residentes sem eletricidade.
Kamala Harris mantém vantagem mas perde terreno nas sondagens
A candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, mantém uma ligeira vantagem sobre o adversário republicano, Donald Trump, mas tem vindo a perder terreno nas sondagens, que mantêm todos os cenários de vitória em aberto.
A nível nacional, Harris terminou a semana com uma vantagem de 48,4% contra 46% das intenções de voto, de acordo com as contas do 'site' Fivethirtyeight, que usa a média de várias sondagens nos Estados Unidos.
Contudo, esta vantagem tem vindo a diminuir nos últimos dias, depois de se ter cifrado numa diferença de mais de três pontos percentuais no final de setembro.
Os analistas, nos 'media' norte-americanos, desvalorizam estas ligeiras flutuações, atribuindo-as a movimentações do eleitorado indeciso, que apenas deverá tomar decisões de voto nas vésperas das eleições, marcadas para 05 de novembro.
Por outro lado, esses analistas recordam que, mais importante do que as sondagens de resultados nacionais, é estar atento aos resultados nos estados flutuantes ('swing states'), que podem ser determinantes para o desfecho final da corrida à Casa Branca: Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Nestes estados considerados decisivos, Kamala Harris leva vantagem sobre Donald Trump em quatro -- Pensilvânia, Wisconsin, Michigan e Nevada -- enquanto o candidato republicano está à frente da vice-Presidente apenas na Carolina do Norte e na Geórgia.
Ainda assim, em qualquer um destes seis estados, apenas um ponto percentual (por vezes, menos do que isso) separa os dois candidatos, revelando que estas eleições poderão ser decididas por uma estreita margem e que os resultados facilmente poderão ser contestados para reavaliação por qualquer uma das candidaturas.
Elementos da candidatura democrata mostraram-se esta semana preocupados com a queda de popularidade de Harris no Wisconsin, onde a vantagem é agora de apenas 0,4 pontos percentuais, depois de ter estado acima de dois pontos percentuais no final de setembro.
Por outro lado, os democratas começam também a revelar algum nervosismo sobre os resultados das eleições para o Congresso, que decorrem a par das eleições presidenciais, em particular perante o cenário de perderem a escassa maioria de que dispõem no Senado (51 lugares contra 49).
Nas médias de sondagens do Fivethirtyeight, na corrida para o Senado, nos seis estados flutuantes, os republicanos levam vantagem em estados que tradicionalmente votavam nos democratas, como é o caso de West Virgínia, onde o popular senador Joe Manchin se vai reformar, deixando espaço para o crescimento dos conservadores.
Neste cenário, basta que os republicanos consigam apenas mais uma vitória -- e existem vários estados onde essa possibilidade tem vindo a crescer, como no Nevada e no Montana -- para que o Senado fique também sob controlo dos conservadores, desta vez com uma longa série de nomes de figuras próximas de Donald Trump, representando fações mais radicais dos conservadores.
Trump dança, balança e… preocupa. "Espero que esteja bem", diz Harris
Ao longo de nove músicas, Trump dançou, deu apertos de mão, balançou-se e apontou para a multidão que, aos poucos, ia abandonando o 'town hall'.
O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a chamar à atenção depois de, na noite de segunda-feira, ter interrompido um comício na Pensilvânia para dançar e balançar ao som de artistas como Luciano Pavarotti, Elvis Presley ou Village People, durante cerca de 39 minutos. A vice-presidente norte-americana e candidata às eleições presidenciais, Kamala Harris, voltou, por isso, a questionar o estado de saúde do republicano, tendo afirmado esperar que esteja “bem”.
Ao longo de nove músicas, Trump dançou, deu apertos de mão, balançou-se e apontou para a multidão que, aos poucos, ia abandonando o 'town hall' - uma sessão pública de perguntas e respostas aos eleitores - organizado em Oaks.
"Porque não fazemos um festival de música? [...] Vamos parar de fazer perguntas e ouvir música", questionou, cerca de meia hora depois do início do evento.
Antes, duas pessoas desmaiaram, aparentemente devido à má climatização da sala, o que levou à intervenção de socorristas.
"Mais alguém quer desmaiar? Por favor, levantem a mão", ironizou Trump, que solicitou que tocassem ‘Ave Maria’, de Luciano Pavarotti, enquanto aguardava por aval para prosseguir.
they're now playing an opera version of "It's A Man's Man's Man's World" while Trump continues to bob around on stage. words fail. pic.twitter.com/KbpNlVVslp
— Aaron Rupar (@atrupar) October 15, 2024
Contudo, o magnata de 78 anos, que se mostrou despreocupado com os olhares confusos da multidão, não retomou a sessão.
"Quem é que quer ouvir perguntas mesmo?", questionou.
O público foi brindado com temas como ‘Con Te Partiro’, de Andrea Bocelli e Sarah Brightman, ‘Hallelujah’, de Rufus Wainwright, ‘Nothing Compares 2 U’, de Sinéad O'Connor, ‘An American Trilogy’, de Elvis Presley, ‘Rich Men North of Richmond’, de Oliver Anthony, ‘November Rain’, dos Guns N' Roses, e até mesmo ‘YMCA’, dos Village People - um êxito que se tornou um dos pontos de referência dos seus comícios.
Através da sua rede social, a Truth Social, Trump deu conta de que “as perguntas e respostas estavam quase a terminar quando as pessoas começaram a desmaiar devido à excitação e ao calor”.
“Ontem à noite tive um ‘town hall’ na Pensilvânia. Foi espetacular! As perguntas e respostas estavam quase a terminar quando as pessoas começaram a desmaiar devido à excitação e ao calor. Começámos a tocar música enquanto esperávamos e continuámos a tocar. Foi muito diferente, mas acabou por ser uma GRANDE NOITE!”, escreveu.
Já Kamala Harris, que tem vindo a acusar o republicano de ser mentalmente "instável", repartilhou as imagens na rede social X (Twitter), tendo afirmado esperar que o candidato republicano “esteja bem”.
"Trump parecia perdido, confuso e congelado no palco", comentou a equipa de campanha da democrata, na mesma rede social.
O magnata, por seu turno, assegurou ter obtido resultados "excecionais" em dois testes cognitivos distintos, estando "de muito melhor saúde do que Clinton, Bush, Obama, Biden e, acima de tudo, Kamala".
“O relatório médico de Kamala é muito mau. Com todos os problemas que ela tem, há a verdadeira questão de saber se ela deve ou não candidatar-se à presidência! O MEU RELATÓRIO É PERFEITO - SEM PROBLEMAS!!!”, complementou.
Recorde-se que a Pensilvânia tornou-se uma paragem de rotina para as campanhas de Donald Trump e Kamala Harris, uma vez que deverá ser um estado decisivo nas presidenciais, com cerca de sete milhões de votos a serem disputados.
Um levantamento feito pelo jornal New York Times indicou que os dois candidatos estão a investir mais verbas, tempo e energia na Pensilvânia do que em qualquer outro lugar, travando uma guerra publicitária enquanto cruzam o estado até ao sufrágio de 5 de novembro.
Na Pensilvânia, Trump derrotou a antiga candidata presidencial democrata Hillary Clinton por mais de 40 mil votos em 2016, mas o atual presidente, Joe Biden, nascido neste mesmo estado, derrotou Trump por cerca de 80 mil votos há quatro anos.
Inflação, juros e défice vão ser maiores com Trump do que com Harris
A maioria dos economistas dos EUA prevê que a inflação, as taxas de juro e os défices seriam maiores com as políticas do candidato presidencial republicano Donald Trump do que com as da democrata Kamala Harris.
Esta antecipação é indicada por uma sondagem publicada hoje pelo Wall Street Journal, realizada entre 04 e 08 de outubro.
"Dos 50 economistas que responderam as perguntas sobre inflação, 68% disse que os preços subiriam mais rapidamente com Trump do que com Harris", segundo o inquérito.
Dan Hamilton, diretor do centro de investigação e previsão económica da Universidade Luterana de Califórnia, comentou o resultado a dizer que "é evidente, desde julho, que Trump é ainda mais contrário ao comércio livre do que Harris".
Neste mês, o republicano prometeu uma subida generalizada dos direitos alfandegários entre 10% a 20% sobre as importações, percentagem que atinge os 60% no caso das importações procedentes desde China, uma das principais propostas económicas de Trump destacadas no inquérito.
"Se as tarifas alfandegárias funcionarem como os economistas creem que funcionam, acredito que as pessoas vão ter uma surpresa muito desagradável", disse Philip Marey, um dirigente do Rabobank nos EUA.
São ainda mencionadas algumas propostas de Trump, como eliminar alguns impostos ou a sua promessa de intensificar as deportações, que podem reduzir o número de trabalhadores e de pessoas que pagam impostos no país.
Quanto à evolução da economia, a diferença é menor, com 45% dos inquiridos a esperar que a economia cresça mais rapidamente com Harris, contra 37% que aposta em Trump e 18% que não vê diferença entre os candidatos.
Trump sugere taxas às importações acima de 50% para salvar empregos
O ex-presidente norte-americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, insistiu hoje na necessidade de impor taxas às importações e sugeriu que estas devem ser superiores a 50%, para salvar empregos nos Estados Unidos.
"Para mim, a palavra mais bonita do dicionário é taxa", frisou o republicano, em entrevista no Economic Club of Chicago com o editor-chefe da agência Bloomberg, John Micklethwait.
Trump prometeu nesta campanha eleitoral impor tarifas entre 10 e 20% sobre todos os produtos importados e 60% para os provenientes da China.
O republicano afirmou hoje que 10% é insuficiente para conseguir a deslocalização de empresas nos Estados Unidos e sugeriu que as tarifas deveriam ser de 50% se o objetivo for salvar empregos.
"Quanto mais elevadas forem as tarifas, maior será a probabilidade de a empresa vir para os Estados Unidos e construir aqui uma fábrica para não ter de pagar", frisou.
O ex-presidente refutou os economistas que sustentam que a imposição de tarifas acaba por ter impacto nos consumidores sob a forma de preços mais elevados e defendeu que apenas aumentam os custos para as empresas e países estrangeiros.
Trump negou ainda que pretenda dar ordens à Reserva Federal (Fed) sobre as taxas de juro, mas defendeu que lhe deveria ser permitido ter uma palavra a dizer sobre o assunto.
O republicano evitou responder se manteria Jerome Powell à frente da Fed, que o próprio nomeou e que o Presidente Joe Biden manteve em funções.
Trump defronta nas eleições presidenciais de 05 de novembro a vice-presidente norte-americana e candidata democrata, Kamala Harris
Kamala 'brilha' em entrevista tensa. "Problema de americanos é com Trump"
Kamala concedeu uma entrevista à Fox News, onde foi confrontada com os alegados problemas de saúde de Joe Biden, políticas de imigração e as seguranças nas fronteiras. Em quase todas as respostas, o nome de Trump foi mencionado.
A candidata às eleições presidenciais dos EUA, Kamala Harris, foi entrevistada esta quarta-feira na antena da Fox News, aquele que é o canal privilegiado pelos republicanos.
Durante esta entrevista, a candidata democrata tentou reforçar que a sua liderança será diferente da de Joe Biden e, ao ser confrontada com o estado de saúde do ainda presidente dos EUA, Kamala Harris traçou uma linha clara, mas optou também por apontar baterias ao seu opositor republicano.
"Deixem-me ser bem clara. A minha presidência não será uma continuação da presidência do Joe Biden e tal como qualquer novo presidente que entre no gabinete, vou trazer as minhas experiencias de vida, profissionais e ideias novas e frescas", começou por afirmar depois de no início da semana ter sido criticada por numa outra entrevista ter dito que iria dar continuidade ao trabalho de Biden.
Já quando questionada sobre à saúde de Joe Biden e a sua desistência da corrida, Kamala Harris garantiu que o chefe de Estado norte-americano tomou as decisões certas.
"O estado de saúde de Biden não vos deixou preocupados?", questionou o jornalista, editor de política do canal, Bret Baier.
"Penso que os americanos têm um problema, mas é com Donald Trump. É por isso que as pessoas que o conhecem melhor, incluindo líderes da nossa comunidade de segurança nacional já falaram, até pessoas que tralharam com ele na Sala Oval, e na Sala de Comando, todos disseram que ele não se adequa e é perigoso e que nunca deveria ser presidente dos Estados Unidos outra vez, incluindo o seu ex-vice-presidente", respondeu a candidata.
Um dos momentos mais comentados após o frente a frente - e que muitos dizem ser o melhor momento da campanha de Kamala Harris - acontece quando o jornalista questiona Kamala sobre as alegadas ameaças de que Trump tem sido alvo, mostrando até um vídeo do republicano a alegar que está a se ameaçado pelas suas ideias
"[O que ele tem dito] não é o que vocês mostraram aqui", começa por notar, Kamala, lembrando que Trump tem ameaçado "colocar os militares contra os americanos, ir atrás das pessoas que andam em protestos sobre a paz e ameaçado prender aqueles que o criticam".
"Isto é uma democracia. Numa democracia o presidente dos EUA, nos EUA, deve conseguir lidar com as críticas sem dizer que vai prender as pessoas por fazê-lo", defendeu a democrata.
Segundo o Washington Post, desde o primeiro minuto da entrevista que o jornalista da Fox News tentou colocar Kamala numa posição desconfortável, apresentando uma postura agressiva e questionando-a sobre questões sobre a administração Biden e as políticas de imigração.
Esta entrevista constitui um momento único na atribulada campanha norte-americana, sugere a mesma publicação, por a candidata democrata ter aceitado ser entrevistada por um canal que é conhecido por assumidamente atacar democratas e defender causas conservadoras.
EUA? Para muitos homens, uma mulher "não parece presidente"
A campanha para as eleições presidenciais norte-americanas de 5 de novembro é marcada por uma "enorme clivagem" entre géneros, com muitos homens a estranharem uma Presidente mulher, afirma a politóloga Anne-Marie Slaughter.
Todos os 45 Presidentes eleitos na história dos Estados Unidos eram homens - incluindo o rival de Harris nestas eleições, o republicano Donald Trump - pelo que, para muitos homens, uma mulher "não parece Presidente", o que poderá ter um impacto nas suas escolhas no dia das eleições, disse Slaughter em entrevista à Lusa, em Lisboa.
Para a cientista política, isto deve-se em parte ao facto de "os homens sentirem que foram postos de lado, ou deixados para trás, ou que ninguém tem nada de bom a dizer sobre eles", questão que afeta homens em todas as comunidades.
Esta profunda questão de género é uma "reação a uma mudança muito rápida", pois "já ninguém se surpreende" ao ver uma mulher em qualquer lugar, seja no mundo do desporto ou no mundo dos negócios, pelo que "o mundo em que os homens pensavam estar, o mundo que pensavam ter herdado, o mundo que muitos deles pensam merecer não é o mundo que veem à sua volta e não gostam".
"Não é preciso pensar: 'Não quero uma mulher'", basta existir um sentimento de desconforto para que a "alavanca" seja puxada "para a pessoa com quem nos sentimos mais confortáveis", afirma Slaughter.
Anne-Marie Slaughter, que esteve em Portugal a convite da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, é uma cientista política, atualmente diretora-geral do "centro de investigação e ação" New America e foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora de Planeamento de Políticas no Departamento de Estado dos EUA, nomeada pela secretária de Estado Hillary Clinton, em 2009.
Slaughter foi ainda professora de Direito Internacional, Estrangeiro e Comparado de J. Sinclair Armstrong na Faculdade de Direito de Harvard e Presidente da Sociedade Americana de Direito Internacional.
Numa corrida em que as preocupações dos eleitores se espelham nas suas intenções de voto, uma sondagem publicada este mês pelo centro de estudos Pew Research Center aponta que 51% dos eleitores registados do sexo masculino apoiam Trump e 43% apoiam Harris, enquanto entre as eleitoras registadas a tendência é inversa: 52% das eleitoras registadas apoiam Harris e 43% apoiam Trump.
Para Slaughter, a principal preocupação das mulheres nestas eleições diz respeito ao aborto, num contexto de crescentes restrições.
"As mulheres estão muito conscientes do que podem perder, sendo o medo de perder algo muitas vezes mais motivador do que pensar que se pode ganhar algo", afirmou a cientista política.
A decisão do Supremo Tribunal norte-americano no caso Roe v. Wade (1973), declarando a constitucionalidade do direito ao aborto e anulando várias leis sobre a questão, nunca foi bem aceite pelos setores mais conservadores da sociedade e desencadeou um debate prolongado e intenso sobre a legalidade da interrupção voluntária da gravidez no país e quem deve ter o poder de decidir a sua legalidade.
Quase meio século após a decisão, o Supremo Tribunal anulou Roe v. Wade em 2022, pondo fim ao direito constitucional ao aborto, após a nomeação de juízes nos anos anteriores pelo então Presidente Donald Trump, agora candidato pelo Partido Republicano, que formaram uma maioria conservadora na mais alta instância judicial do país.
Atualmente, os Estados podem impor qualquer regulamentação sobre o aborto, desde que não entre em conflito com alguma lei federal.
"A revogação de Roe v. Wade convenceu muitas mulheres de que podíamos, de facto, regredir de uma forma em que penso que muitas mulheres não acreditavam, especialmente as mais jovens", frisou Slaughter.
Ex-presidente dos EUA Jimmy Carter vota por correio em Kamala Harris
O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que completou 100 anos no início deste mês, votou hoje por correio na candidata presidencial democrata e atual vice-presidente do país, Kamala Harris, assim cumprindo um dos seus últimos desejos.
A informação foi confirmada por um porta-voz do Centro Carter, organização sem fins lucrativos para a observação internacional criada pelo ex-presidente e pela sua falecida mulher, Rosalynn, em 1982, pouco depois de ele deixar a Casa Branca, após um único mandato (1977-1981).
Já no dia anterior, a família de Carter tinha estado a acompanhar o ex-presidente na fila para votar antecipadamente nas eleições presidenciais de 05 de novembro.
A última vez que o antigo chefe de Estado norte-americano tinha sido visto em público foi no dia do seu aniversário, 01 de outubro, confinado a uma cadeira de rodas e rodeado da família.
James Earl Carter padece de cancro há quase uma década e recebe cuidados paliativos desde fevereiro de 2023.
Em agosto passado, Jason Carter, um dos netos do antigo presidente, afirmou que o avô lhe dissera que desejava permanecer vivo o tempo suficiente para poder votar em Harris nas próximas eleições, em que esta enfrenta o ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021).
Elon Musk doou 75 milhões de dólares a grupo pró-Trump
Magnata tornou-se num dos maiores doadores do candidato republicano.
Elon Musk, dono da SpaceX, da Tesla e da rede social X, doou um total de 75 milhões de dólares (cerca de 69 milhões de euros) ao grupo America PAC, que apoia a candidatura do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump às eleições de novembro deste ano, e que foi fundado por Musk.
O dinheiro foi doado ao longo de três meses, revelam documentos federais consultados pelo jornal The Guardian, tornando-se Musk num dos maiores doadores da campanha republicana para as eleições presidenciais deste ano, em que Trump enfrentará a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris.
O The Guardian diz que o America PAC gastou cerca de 72 milhões de dólares (cerca de 66 milhões de euros) entre julho e setembro, procurando atrair eleitores em estados onde a luta está mais renhida, o que faz dele o grupo mais 'gastador' neste setor.
Segundo a agência de notícias Reuters, Musk foi, aliás, o único doador ligado a este grupo durante este período temporal.
A campanha de Trump depende amplamente de grupos externos para angariar eleitores, entre os quais se destaca este, fortemente financiado por Musk, que já expressou em repetidas ocasiões o seu apoio à candidatura do antigo presidente.
"O America PAC visa apenas o senso comum e os valores centristas", disse o fundador da Space X e da Tesla na terça-feira na sua plataforma X.
Os super PAC, como o America PAC de Musk, podem angariar e gastar somas ilimitadas de dinheiro, mas normalmente são proibidos de coordenar os seus esforços com os candidatos que apoiam.
Um parecer recente da Comissão Eleitoral Federal, que regula as campanhas políticas federais, permitiu que os candidatos e estes grupos trabalhassem em conjunto em ações no terreno, particularmente no contacto porta a porta.
Enquanto os candidatos e os partidos políticos tradicionalmente organizam e pagam essas ações, a campanha de Trump tem tido dificuldades em angariar fundos diretos e recorreu a parceiros externos, como o America PAC, de Musk.
Grande parte do dinheiro do America PAC foi pago a um grupo de empresas de consultoria, incluindo algumas ligadas a Phil Cox, antigo assessor da campanha presidencial falhada de Ron DeSantis, governador da Florida.
Embora Musk seja o principal doador do America PAC, não é o único. O super PAC também recolheu cerca de 8,75 milhões de dólares (8,4 milhões de euros) de um grupo de doadores ricos, incluindo os gémeos Winklevoss, Tyler e Cameron, cocriadores do Facebook.
Eleições EUA. "Vença quem vencer, haverá contestação de resultados"
O professor de Direito Nuno Garoupa acredita que haverá contestação dos resultados eleitorais nos Estados Unidos (EUA) independentemente do vencedor, mas afasta um cenário de violência como o do ataque ao Capitólio em 2021.
Nos últimos meses, a ala e o eleitorado mais radical do Partido Republicano têm ecoado ameaças de "guerra civil" em caso de derrota do seu candidato, o ex-presidente Donald Trump.
Em entrevista à agência Lusa e à SIC em Filadélfia, no estado da Pensilvânia, onde vive atualmente, Nuno Garoupa disse não acreditar nessa possibilidade, até porque este ano Donald Trump não tem os mesmos meios que tinha há quatro anos para tentar travar uma certificação de resultados eleitorais.
Além disso, o docente, que leciona na Universidade norte-americana George Mason, recorda que "quem contestar as eleições da forma violenta, como contestou em 2020, está sujeito a pena de prisão a sério".
"Não acho que haja essa possibilidade, porque acho que no cenário de Kamala [Harris, candidata democrata] ganhar, Trump contestará o resultado. Mas acho que também se Trump ganhar, o lado democrata desta vez contestará o resultado, algo que não fez em 2016 e valeu muitas críticas a Hillary Clinton [ex-candidata democrata]. Mas acho que essa contestação vai ser fundamentalmente nos tribunais, jurídica e política", afirmou.
Tendo em conta que há milhões de armas nas casas norte-americanas, Garoupa, que tem especialização em Ciência Política, não descarta completamente algum episódio de violência no país, mas frisa que "não será igual a 2020", quando uma multidão composta por apoiantes de Donald Trump invadiu o Capitólio para tentar travar a certificação da vitória eleitoral do atual Presidente, Joe Biden, fazendo cinco mortes e ferindo cerca de 140 polícias.
Aproximadamente 1.500 pessoas foram acusadas de crimes relacionados com os distúrbios no Capitólio. Quase 900 foram condenados, tendo cerca de dois terços recebido penas de prisão que variam entre alguns dias e 22 anos.
"Não será igual a 2020 por uma simples razão: porque Trump não é o incumbente, portanto, ele não tem acesso aos poderes do Estado que tinha em 2020. Portanto, ele não pode fazer exatamente o que fez em 2020. É simplesmente um candidato derrotado, fora do sistema, e que está a contestar as eleições", observou.
"Por outro lado, nós sabemos agora que, juridicamente, quem contestar as eleições da forma violenta, como contestou em 2020, está sujeito a 'criminal prosecution' [acusação criminal], a ser preso e a fazer pena de prisão a sério. Eu não acho que haja tanta gente disponível desta vez, pelo menos ao nível dos advogados, das posições mais altas do partido, a entrar nesse jogo, sabendo que a probabilidade de pena de prisão é bastante alta", acrescentou.
Dois dos processos criminais enfrentados por Donald Trump estão relacionados com as eleições de 2020: o da Geórgia, pela sua alegada interferência nos resultados eleitorais, e o de Washington DC, pela sua possível participação nos incidentes de 06 de janeiro de 2021, que originaram o ataque ao Capitólio.
Nas suas últimas entrevistas, Trump mostrou alguma ambiguidade e afirmou que só aceitará o resultado das presidenciais de 2024 se os mesmos forem "justos e livres".
Neste momento, as sondagens mostram que Trump e Kamala estão praticamente empatados na corrida pela Casa Branca, com a eleição a ser possivelmente decidida em alguns estados-chave.
A vice-presidente, que vinha liderando ligeiramente as sondagens de intenção de voto, tem vindo a perder terreno nas últimas semanas para Donald Trump, com todos os cenários de vitória em aberto.
Questionado sobre se acredita que o entusiasmo inicial em torno de Kamala Harris esteja a perder-se, Nuno Garoupa avalia que a candidata democrata conseguiu ultrapassar os desafios que a desistência abrupta de Joe Biden causou na corrida democrata e "é por isso que ela está empatada com Donald Trump nas sondagens".
"Eu acho que a questão é que Kamala Harris tinha que unir o seu partido e esse entusiasmo inicial foi simplesmente transformar aquilo que era uma vice-presidente bastante impopular e muito criticada na CNN e no New York Times - porque as pessoas já se esqueceram disso, que a comunicação social mais de esquerda passou três anos a dizer mal dela - e havia que transformar isso numa mensagem positiva. Eu acho que isso foi feito e é por isso que ela está empatada com Donald Trump nas sondagens", disse o professor de Direito.
"Ela faz o pleno daquilo que é a base eleitoral do Partido Democrata e havia medo de que não fizesse. Agora, a partir daí, estamos a falar das franjas, como em 2016 e como em 2020, e nós sabemos que essas franjas podem ser mobilizáveis, mas de maneira diferente. 2016 deu uma vitória a Trump, 2020 a Biden, vamos ver o que é que acontece desta vez", concluiu.
As eleições estão marcadas para 05 de novembro e vários estados já iniciaram o processo de voto antecipado e por correspondência.
Harris ou Trump não fará diferença para o Irão, diz embaixador em Lisboa
O embaixador do Irão em Portugal defendeu hoje ser "indiferente" para Teerão quem ganhar as eleições presidenciais norte-americanas de 05 de novembro, considerando que os Estados Unidos "estão a perder crédito" internacional.
Numa conferência de imprensa na embaixada iraniana em Lisboa, Majid Tafreshi disse acreditar que os Estados Unidos "estão a perder crédito [internacional] de dia para dia", embora possam ser uma superpotência "muito mais bem sucedida".
"Mas, com o envolvimento em guerras desnecessárias... sabe, o envolvimento... Como [Donald] Trump referiu uma vez, [os EUA) perderam 7.000 milhões de dólares só no conflito do Médio Oriente. Para quê? Mostrem-me uma fotografia em que cinco pessoas estejam (...) em caixões dos soldados norte-americanos, a dizer 'obrigado, Deus vos abençoe'", argumentou.
"Não se consegue encontrar uma fotografia destas em todo o mundo, porque as pessoas compreenderam que se tratava de uma invasão. O que estão a fazer no meu país? Se Trump ou [Kamala] Harris ignorarem este tipo de políticas más, nenhuma delas terá mais sucesso", sublinhou Tafreshi.
Para o diplomata iraniano, há 16 meses em Lisboa, os Estados Unidos precisam de se transformar em "avô, mas um avô a sério".
"Eles precisam de ser um avô, um avô a sério. Mas parece que são um padrasto para muitos países e estão a tentar abusar do poder contra outros. Esta será a sua escrita, a sua política, e os outros novos atores surgirão em breve", sustentou.
Tafreshi associou também os Estados Unidos a muitos problemas com que o Irão se confronta, como as sanções económicas "ilegais", que privam o país de muitos recursos, "que torturam todas as pessoas no Irão, provocando muitas mortes silenciosas".
"Algumas pessoas estão a morrer no hospital devido à falta de medicamentos suficientes. (...) Não podem falar sobre o 'hijab' [véu islâmico]", disse.
A obrigatoriedade do 'hijab', e em particular a morte da jovem Mahsa Amini sob custódia policial após detenção por alegadas infrações relacionadas com o seu uso, motivou protestos em todo o país em 2022, duramente reprimidos pelas autoridades.
O diplomata, confrontado com relatórios recentes de organizações de direitos humanos que denunciam a repressão em relação às mulheres e ao excesso de execuções, desdramatizou as duas questões, admitindo, porém, que, de vez em quando, há excesso de zelo da polícia dos costumes, "situação que é exagerada pela comunicação social".
"A polícia dos costumes está apenas a aconselhar verbalmente e, por vezes, a pedir-lhes que venham à esquadra para lhes explicarem o uso do 'hijab'. Isto baseia-se totalmente numa atitude de respeito. Não permitimos que a nossa polícia empurre, bata ou algo do género. Se isso acontecer, é ilegal. Não estou a dizer que, se alguns polícias forem menos tolerantes, ou se acontecer alguma coisa, isso talvez seja um caso de isenção, mas não é, não se pode expandir esta entidade", concluiu.
"O 'hijab' é um traje legal que já se baseia nos valores islâmicos reconhecidos na nossa Constituição. E em 1980, no referendo, 98,2 % mencionaram que queríamos ter esta Constituição. O povo votou também que os valores islâmicos devem ser respeitados e um deles é o 'hijab', que não é uma limitação, que não pesa cinco quilogramas na cabeça. É um lenço de cinco ou dez gramas, com um belo vestido, que as mulheres usam atualmente no Irão", argumentou.
Devido às "sanções ilegais", afirmou o diplomata, o sistema de controlo do programa nuclear iraniano "está sob pressão", mas mesmo com elas o país não se detém.
"Com todas estas sanções, o alfabetismo no Irão saltou de 50% para 95%. A Universidade do Irão é 10 vezes maior. Os estudantes são mais. O direito à compreensão, à liberdade, de escrever no Irão. Quantos milhares de livros são publicados por ano no Irão? Quantos filmes são produzidos no Irão? Estas são as realidades de que somos o país mais vivo do mundo", argumentou.
O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla inglesa) sobre o programa nuclear iraniano, assinado em 2015, limitava as atividades atómicas do Irão em troca do levantamento das sanções internacionais. Mas, atualmente, o pacto está suspenso desde a retirada unilateral dos Estados Unidos, decidida em 2018 pelo então Presidente norte-americano Donald Trump.
As discussões para o relançamento do JCPOA, que envolvem Teerão e os Estados Partes (China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha), com a participação indireta dos Estados Unidos, estão paralisadas desde o verão de 2022.
Harris mantém vantagem mas Trump ganha popularidade nas sondagens
A democrata Kamala Harris mantém uma ligeira vantagem sobre Donald Trump nas sondagens para as presidenciais de novembro, mas o candidato republicano está a ter mais opiniões favoráveis.
A média de sondagens para as eleições presidenciais norte-americanas -- elaborada pelo 'site' Fivethirtyeight -- indica que Kamala Harris continua com cerca de dois pontos de vantagem sobre Trump (48,4% contra 46,3%), no final desta semana.
Contudo, quando se pergunta aos eleitores sobre a opinião que têm da candidata democrata, são já mais os que assumem uma perspetiva desfavorável (47,2%) do que favorável (46,5%).
Em junho, Harris tinha uma posição de opinião favorável em 53,6% dos eleitores contra 36,8% de opinião desfavorável.
Em contramão, Trump tem vindo a subir positivamente na perceção dos eleitores, embora ainda continue com uma maioria de opiniões desfavoráveis (52,7%) contra as opiniões favoráveis (43,1%).
Um outro dado que está a preocupar o Partido Democrata é que as sondagens indicam que, nas eleições para a Câmara de Representantes e para o Senado, no Congresso dos Estados Unidos, os republicanos ameaçam poder vir a controlar ambas as câmaras.
A média de sondagens nacionais mostram os democratas a perder a vantagem confortável que tinham em setembro, estando agora apenas um ponto à frente dos republicanos (46,9% contra 45,9%).
Os analistas consideram que a campanha democrata está a perder uma parte importante da carga de entusiasmo que obteve quando o Presidente Joe Biden anunciou que abandonava a corrida presidencial em favor de Kamala Harris.
Por outro lado, os republicanos parecem beneficiar de uma correção na estratégia da caravana de Donald Trump, que está a apostar fortemente nos estados-chave, que podem vir a decidir o resultado final das eleições, gastando todos os cêntimos do seu orçamento de campanha em iniciativas de angariação de votos junto das minorias, que podem vir a ser decisivas.
Capitólio. Publicados milhares de documentos de acusação contra Trump
Um tribunal federal de Washington divulgou hoje milhares de documentos sobre a investigação do procurador especial sobre o papel do ex-presidente e recandidato republicano Donald Trump no assalto ao Capitólio.
Numa decisão emitida na noite de quinta-feira, a juíza Tanya Chutkan negou um pedido da equipa jurídica da defesa para manter em segredo os documentos do procurador Jack Smith até depois das eleições de 05 de novembro, em que Trump pretende ser eleito presidente pela segunda vez.
As cerca de 2.000 páginas, a maioria dos quais com elementos censurados, incluem publicações de Trump na rede social X, bem como documentos escritos pelo advogado do ex-presidente e antigo conselheiro John Eastman.
Incluem também entrevistas com colaboradores de Trump realizadas pela comissão do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Nesse dia, cerca de 10 000 pessoas - na sua maioria apoiantes de Trump - marcharam no Capitólio e oito centenas invadiram o edifício quando a vitória de Joe Biden nas eleições estava a ser certificada.
No total, acredita-se que cinco pessoas tenham sido mortas e cerca de 140 agentes tenham sido feridos no âmbito do ataque.
O antigo presidente está a ser investigado por conspirar para obstruir a vitória de Biden após as eleições de 2020.
Os documentos fazem parte da tentativa de Smith de retomar o caso depois de o Supremo Tribunal, com maioria de juízes nomeados por executivos republicanos, ter decidido que Trump goza de imunidade parcial por crimes que possa ter cometido enquanto presidente.
Na sequência da decisão de julho do Supremo Tribunal foi ordenada a revisão do processo.
Smith apresentou uma nova acusação a 27 de agosto, mantendo as quatro acusações anteriores contra ele, incluindo conspiração para obstruir um processo oficial, mas restringindo as alegações de modo a cumprir a decisão.
Musk promete dar um milhão por dia a quem assinar a sua petição
A petição apoia a liberdade de expressão e o direito ao porte de armas. O milionário promete dar em cada dia um milhão de dólares a quem a assinar.
Elon Musk prometeu dar um milhão de dólares por dia, mais de 919 mil euros, até às eleições presidenciais norte-americanas, agendadas para 5 de novembro, a quem assinar a sua petição online. A petição em questão apoia a Primeira e Segunda emendas da Constituição dos Estados Unidos, ou seja, a liberdade de expressão e o direito ao porte de armas.
De realçar que o dono da Tesla está a apoiar o America PAC, um grupo de ação política que o próprio fundou para apoiar a candidatura de Donald Trump à Casa Branca. Recentemente, doou mais de 70 milhões de dólares ao grupo, ajudando a mobilizar e a registar os eleitores nos estados onde a luta está mais renhida.
O primeiro milhão, aparentemente, já foi atribuído a um homem chamado John Dreher durante um evento de Musk em Harrisburg, na Pensilvânia, no sábado, para apresentar a eleição de novembro.
O homem levantou os braços em sinal de satisfação ao tomar conhecimento do prémio.
"O John não fazia ideia. De qualquer forma, não tem de quê", disse o magnata.
O evento de Musk em Harrisburg foi o seu terceiro na Pensilvânia nos últimos dias.
A petição, que teve de ser assinada pelos participantes do comício, permitindo assim à America PAC obter os seus dados de contacto com o objetivo de os levar a votar a 5 de novembro, refere: "A Primeira e a Segunda Emendas garantem a liberdade de expressão e o direito de portar armas. Ao assinar abaixo, comprometo-me a apoiar a Primeira e a Segunda Emendas."
Note-se que Trump já disse que, caso seja eleito presidente, nomeará Musk para chefiar uma comissão de eficiência governamental.
Prometeu e cumpriu. Trump trabalhou no McDonald's e há (muitas) imagens
Como já era esperado, Trump deslocou-se a um dos restaurantes da cadeia de 'fast food' e 'colocou as mãos nas batatas fritas'.
O ex-presidente norte-americano e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, prometeu e cumpriu: este domingo trabalhou na cozinha de um McDonald's, na Pensilvânia.
Depois de ter levantado dúvidas sobre o anterior emprego de Kamala Harris na cadeia de 'fast food', Trump, que dedicou o dia a fazer campanha naquele estado norte-americano, decisivo para as eleições de 5 de novembro, 'colocou as mãos nas batatas fritas' e cumpriu uma promessa que já havia feito em setembro.
Assim, visitou um McDonald's em Feasterville-Trevose e desempenhou algumas das tarefas daqueles que trabalham nestes restaurantes, desde servir batatas a fritas a atender os clientes no McDrive (pode ver as imagens na fotogaleria acima).
De realçar que, ao longo da campanha presidencial, Trump tem questionado se Kamala Harris, candidata democrata, trabalhou mesmo no McDonald's enquanto tirava a sua licenciatura nos anos 1980.
"Não queremos ouvir promessas falsas, nem mesmo algo como se ela tivesse trabalhado longas e duras horas a comer batatas fritas no McDonalds", disse Trump, no final de setembro, na Carolina do Norte. "Ela nunca trabalhou no McDonald's. É uma história falsa", acusou.
Nessa altura, disse que passaria por um McDonald's em outubro e acrescentaria cozinheiro ao seu currículo.
"Acho que vou a um McDonald's daqui a duas semanas e vou trabalhar nas batatas fritas, porque terei trabalhado mais tempo e mais arduamente no McDonald's do que ela, se o fizer nem que seja durante meia hora", disse.
Kamala Harris já angariou mais de mil milhões de euros em contribuições
A candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, Kamala Harris, arrecadou 633 milhões de dólares (cerca de 580 milhões de euros) no terceiro trimestre, elevando o total para mais de mil milhões, bem mais do que os republicanos.
A campanha da atual vice-presidente angariou mais de 359 milhões de dólares (cerca de 330 milhões de euros) só em setembro, entrando em outubro com 346 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de euros) nos cofres, de acordo com os registos federais hoje citados pelas agências internacionais.
A campanha do candidato presidencial republicano, o ex-presidente Donald Trump, reportou ter angariado 160 milhões de dólares (cerca de 145 milhões de euros) em setembro, acima dos 130 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de euros) que foram contabilizados em agosto.
A candidatura republicana iniciou o mês de outubro com 283 milhões de dólares (cerca de 260 milhões de euros) nos cofres.
Na noite de domingo, a campanha de Harris informou que 95% das suas doações no terceiro trimestre foram inferiores a 200 dólares (cerca de 180 euros).
Cerca de seis milhões de doadores fizeram mais de 13,1 milhões de contribuições para Harris, incluindo 4,3 milhões de pessoas que doaram pela primeira vez neste ciclo eleitoral, disse a campanha democrata.
A equipa da atual vice-presidente disse ter arrecadado 55 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de euros) num único fim de semana, no final de setembro, quando participou numa campanha de angariação de fundos na Califórnia.
Harris também arrecadou 28 milhões de dólares (cerca de 25 milhões de euros) num evento em Los Angeles que contou com um grupo de personalidades do mundo do espetáculo, incluindo Jessica Alba, Lily Tomlin e Stevie Wonder.
A democrata também arrecadou 27 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de euros) durante um evento em São Francisco, que contou com a presença da ex-presidente da Câmara dos Representantes do Congresso (câmara baixa), Nancy Pelosi.