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Droga: Medidas de prevenção do consumo nas escolas têm demonstrado eficácia
05 de Maio de 2008, 14:05
Coimbra, 05 Mai (Lusa) - O secretário de estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje que a estratégia de prevenção da toxicodependência nas escolas tem revelado eficácia, pelo que não se justificam medidas especiais.
Valter Lemos, que hoje visitou o Colégio Rainha Santa em Coimbra, escusou-se assim a comentar declarações do presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, ao Correio de Manhã em que este admite a utilidade de realização de testes de despistagem do consumo de drogas na população escolar.
"Se o projecto for enquadrado num programa específico discutido na comunidade educativa e também pelos estudantes, e se for assumido no sentido de possibilitar ajuda aos consumidores, não descartaria essa hipótese", afirmou João Goulão.
Segundo Valter Lemos, os próprios dados do IDT apontam para uma redução do consumo de droga pelos alunos das escolas básicas e secundárias no período compreendido entre 2003 e 2006.
"As medidas em curso estão a funcionar. São medidas fundamentais, educativas e pedagógicas", declarou, defendendo a sua continuidade.
Segundo Valter Lemos, na linha do preconizado pelo Grupo de Trabalho de Educação Para a Saúde, presidido pelo psicólogo Daniel Sampaio, tem havido uma "preocupação muito intensa", uma actuação de "forma incisiva", na prevenção através de acções pedagógicas, e na repressão, quando há necessidade.
O secretário de Estado salientou ainda que a população escolar tem sido o sector da sociedade que mais tem suscitado a atenção do Estado na prevenção da toxicodependência.
O uso de inalantes e solventes, nomeadamente cola e gasolina, para obter efeitos psicoactivos aumentou entre os alunos do terceiro ciclo entre 2001 e 2006, apesar do decréscimo generalizado no consumo de drogas e de outras substâncias.
Este dado consta nos resultados preliminares do Inquérito Nacional em Meio Escolar, do IDT, realizado em 2006, entre 75 mil alunos do terceiro ciclo do ensino básico e do secundário.
De acordo com o estudo, o álcool permanece, tal como em 2001, a substância psicoactiva que os alunos mais admitem consumir (59 por cento no terceiro ciclo e 88 por cento no secundário, em 2007).
A seguir surgem o tabaco, a droga, os tranquilizantes e, à frente dos esteróides, que ocupam o último lugar da lista, os inalantes/solventes, cuja experimentação passou de cinco por cento em 2001, para sete por cento em 2007, no terceiro ciclo, mantendo-se nesse período nos quatro por cento no secundário.
O estudo adianta ainda que, em termos das drogas, houve uma "alteração nos padrões de consumo", traduzida no "decréscimo do policonsumo (cannabis e outras drogas) nos alunos dos dois níveis de escolaridade".
Além disso, no terceiro ciclo já existem "mais alunos que experimentaram só 'outras drogas' (cinco por cento), ou seja, qualquer substância ilícita, excepto cannabis, do que os alunos que experimentaram só cannabis (quatro por cento)".
Quanto aos consumos mais regulares (últimos 30 dias), houve a descida de consumidores de tabaco e de cannabis e o aumento de consumidores de cerveja e de vinho.
Entre os alunos do secundário, acrescentam os dados, subiu também o número de consumidores de bebidas destiladas.
"Portugal acompanha, assim, a tendência de decréscimo das prevalências de consumo de drogas entre os jovens, que se vem a verificar nos últimos anos nos Estados Unidos da América (EUA), Austrália e vários países europeus", pode ler-se na súmula de resultados preliminares.
Valter Lemos visitou hoje o Colégio Rainha Santa, inteirando-se das valências da escola, que pretende ver algumas actividades extracurriculares, nomeadamente a dança, reconhecida pedagogicamente no âmbito das medidas governamentais de reconhecimento do ensino especializado.
FF/RRL.
Lusa/fim
05 de Maio de 2008, 14:05
Coimbra, 05 Mai (Lusa) - O secretário de estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje que a estratégia de prevenção da toxicodependência nas escolas tem revelado eficácia, pelo que não se justificam medidas especiais.
Valter Lemos, que hoje visitou o Colégio Rainha Santa em Coimbra, escusou-se assim a comentar declarações do presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, ao Correio de Manhã em que este admite a utilidade de realização de testes de despistagem do consumo de drogas na população escolar.
"Se o projecto for enquadrado num programa específico discutido na comunidade educativa e também pelos estudantes, e se for assumido no sentido de possibilitar ajuda aos consumidores, não descartaria essa hipótese", afirmou João Goulão.
Segundo Valter Lemos, os próprios dados do IDT apontam para uma redução do consumo de droga pelos alunos das escolas básicas e secundárias no período compreendido entre 2003 e 2006.
"As medidas em curso estão a funcionar. São medidas fundamentais, educativas e pedagógicas", declarou, defendendo a sua continuidade.
Segundo Valter Lemos, na linha do preconizado pelo Grupo de Trabalho de Educação Para a Saúde, presidido pelo psicólogo Daniel Sampaio, tem havido uma "preocupação muito intensa", uma actuação de "forma incisiva", na prevenção através de acções pedagógicas, e na repressão, quando há necessidade.
O secretário de Estado salientou ainda que a população escolar tem sido o sector da sociedade que mais tem suscitado a atenção do Estado na prevenção da toxicodependência.
O uso de inalantes e solventes, nomeadamente cola e gasolina, para obter efeitos psicoactivos aumentou entre os alunos do terceiro ciclo entre 2001 e 2006, apesar do decréscimo generalizado no consumo de drogas e de outras substâncias.
Este dado consta nos resultados preliminares do Inquérito Nacional em Meio Escolar, do IDT, realizado em 2006, entre 75 mil alunos do terceiro ciclo do ensino básico e do secundário.
De acordo com o estudo, o álcool permanece, tal como em 2001, a substância psicoactiva que os alunos mais admitem consumir (59 por cento no terceiro ciclo e 88 por cento no secundário, em 2007).
A seguir surgem o tabaco, a droga, os tranquilizantes e, à frente dos esteróides, que ocupam o último lugar da lista, os inalantes/solventes, cuja experimentação passou de cinco por cento em 2001, para sete por cento em 2007, no terceiro ciclo, mantendo-se nesse período nos quatro por cento no secundário.
O estudo adianta ainda que, em termos das drogas, houve uma "alteração nos padrões de consumo", traduzida no "decréscimo do policonsumo (cannabis e outras drogas) nos alunos dos dois níveis de escolaridade".
Além disso, no terceiro ciclo já existem "mais alunos que experimentaram só 'outras drogas' (cinco por cento), ou seja, qualquer substância ilícita, excepto cannabis, do que os alunos que experimentaram só cannabis (quatro por cento)".
Quanto aos consumos mais regulares (últimos 30 dias), houve a descida de consumidores de tabaco e de cannabis e o aumento de consumidores de cerveja e de vinho.
Entre os alunos do secundário, acrescentam os dados, subiu também o número de consumidores de bebidas destiladas.
"Portugal acompanha, assim, a tendência de decréscimo das prevalências de consumo de drogas entre os jovens, que se vem a verificar nos últimos anos nos Estados Unidos da América (EUA), Austrália e vários países europeus", pode ler-se na súmula de resultados preliminares.
Valter Lemos visitou hoje o Colégio Rainha Santa, inteirando-se das valências da escola, que pretende ver algumas actividades extracurriculares, nomeadamente a dança, reconhecida pedagogicamente no âmbito das medidas governamentais de reconhecimento do ensino especializado.
FF/RRL.
Lusa/fim