Pampilhosa da Serra “não vai baixar os braços”
Faltam acessibilidades, pessoas e dinâmica empresarial, mas «não vamos baixar os braços», declarou ontem o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, nas comemorações dos 700 anos de história do concelho
A desejada via que ligue o IC8, desde Pedrógão Grande à A23, a norte de Alcains, onde irá encaixar o IC32, que vem de Monfortinho, vai ter de esperar por melhores dias. Pampilhosa da Serra, que ontem assinalou o feriado municipal e os 700 anos de história do concelho, esperava uma resposta mais concreta do secretário de Estado adjunto e da Administração Local, mas Eduardo Cabrita não deu grandes esperanças, afirmando antes que Pampilhosa da Serra tem potencial para captar investidores e é isso que está na linha da frente na atribuição de subsídios no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Na sessão solene, o presidente da autarquia também lembrou as «potencialidades» do concelho, afirmando que ele «faz parte de um país que não se pode dar ao luxo de despovoar um território» como Pampilhosa da Serra, que luta contra a fuga da população para os grandes centros urbanos. «A luta para travar a desertificação tem de ser sentida pelos nossos governantes», afirmou José Brito Dias que agradeceu o olhar atento de Eduardo Cabrita para com o concelho, onde já foi por três vezes neste mandato. «Tem sido um homem atento aos nossos problemas», disse, lembrando o apoio dado após os violentos incêndios de 2005 e as intempéries de 2006. Mas, acrescentou, «o concelho e a região têm um grande problema: é necessária uma boa acessibilidade» que a Associação de Municípios do Pinhal Interior, da qual faz parte Pampilhosa da Serra, já reclamou junto do secretário de Estado das Obras Públicas. «É necessário rasgar o território com uma boa acessibilidade para criar riqueza e fixar empresários», reiterou Brito Dias, afirmando que a nova via iria beneficiar toda a região, aproximando ainda o porto da Figueira da Foz de Madrid. Uma obra que, justificou ainda, «potenciaria todo o comércio nacional».
Ligação a ser avaliada
O governante ouviu e até afirmou que Pampilhosa da Serra tem de «olhar para o futuro» como tem feito desde há 700 anos. «A desertificação não é uma fatalidade e as acessibilidades são um factor de desenvolvimento», disse ainda, lembrando, contudo, que Pampilhosa da Serra tem o maior programa de recuperação de estradas municipais, onde foram investidos três milhões e 800 mil euros, com o Estado a apoiar em 50%. Além disso, disse ainda Eduardo Cabrita, o QREN está a privilegiar o apoio a associações de municípios, o que constitui «a grande oportunidade para esta zona», e, ao nível das acessibilidades, o objectivo é «o fecho da malha da região Centro, que hoje já está bastante bem servida». «É necessário aqui (em Pampilhosa da Serra) melhorar a ligação a esta rede, que está já a ser avaliada pela Secretaria de Estado das Obras Públicas», afirmou, adiantando que «desta vez existem recursos para esta estrada», mas «não podemos fazer mais do mesmo». «As estradas são necessárias, mas não podemos ficar só por aí», afirmou, justificando ser necessária uma aposta na formação e na competitividade, área que, de resto, também é privilegiada pelo QREN. Pampilhosa da Serra tem de «olhar para estas novas oportunidades e criar emprego e gerar riqueza», disse ainda o governante.
Emprego e riqueza que, segundo o presidente da autarquia, podem ser criados aproveitando o potencial do concelho ao nível do turismo, floresta e energias renováveis. Mas, lamentou Brito Dias, a floresta «carece de atenção», sendo «urgente motivar investimentos», tal como na área do turismo, onde o concelho tem «potencialidades evidentes». Nas energias renováveis Pampilhosa da Serra é um exemplo e, em 2009, adiantou o autarca, terá em funcionamento o maior parque eólico de Portugal, que terá uma capacidade instalada de mais de 200 megawtts.
«Não vamos baixar os braços. Foi esse o exemplo dos nossos antepassados», afirmou, convicto de que os pampilhosenses «vão continuar a lutar pelo desenvolvimento do concelho». Uma mensagem que o presidente fez questão de passar aos muitos munícipes que assistiram à cerimónia, bem como a todo o programa comemorativo que contemplou também a inauguração de uma réplica do pelourinho de Pampilhosa da Serra, onde se assistiu à reconstituição da outorga do foral, bem como um almoço medieval para toda a comunidade.
Faltam acessibilidades, pessoas e dinâmica empresarial, mas «não vamos baixar os braços», declarou ontem o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, nas comemorações dos 700 anos de história do concelho
A desejada via que ligue o IC8, desde Pedrógão Grande à A23, a norte de Alcains, onde irá encaixar o IC32, que vem de Monfortinho, vai ter de esperar por melhores dias. Pampilhosa da Serra, que ontem assinalou o feriado municipal e os 700 anos de história do concelho, esperava uma resposta mais concreta do secretário de Estado adjunto e da Administração Local, mas Eduardo Cabrita não deu grandes esperanças, afirmando antes que Pampilhosa da Serra tem potencial para captar investidores e é isso que está na linha da frente na atribuição de subsídios no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Na sessão solene, o presidente da autarquia também lembrou as «potencialidades» do concelho, afirmando que ele «faz parte de um país que não se pode dar ao luxo de despovoar um território» como Pampilhosa da Serra, que luta contra a fuga da população para os grandes centros urbanos. «A luta para travar a desertificação tem de ser sentida pelos nossos governantes», afirmou José Brito Dias que agradeceu o olhar atento de Eduardo Cabrita para com o concelho, onde já foi por três vezes neste mandato. «Tem sido um homem atento aos nossos problemas», disse, lembrando o apoio dado após os violentos incêndios de 2005 e as intempéries de 2006. Mas, acrescentou, «o concelho e a região têm um grande problema: é necessária uma boa acessibilidade» que a Associação de Municípios do Pinhal Interior, da qual faz parte Pampilhosa da Serra, já reclamou junto do secretário de Estado das Obras Públicas. «É necessário rasgar o território com uma boa acessibilidade para criar riqueza e fixar empresários», reiterou Brito Dias, afirmando que a nova via iria beneficiar toda a região, aproximando ainda o porto da Figueira da Foz de Madrid. Uma obra que, justificou ainda, «potenciaria todo o comércio nacional».
Ligação a ser avaliada
O governante ouviu e até afirmou que Pampilhosa da Serra tem de «olhar para o futuro» como tem feito desde há 700 anos. «A desertificação não é uma fatalidade e as acessibilidades são um factor de desenvolvimento», disse ainda, lembrando, contudo, que Pampilhosa da Serra tem o maior programa de recuperação de estradas municipais, onde foram investidos três milhões e 800 mil euros, com o Estado a apoiar em 50%. Além disso, disse ainda Eduardo Cabrita, o QREN está a privilegiar o apoio a associações de municípios, o que constitui «a grande oportunidade para esta zona», e, ao nível das acessibilidades, o objectivo é «o fecho da malha da região Centro, que hoje já está bastante bem servida». «É necessário aqui (em Pampilhosa da Serra) melhorar a ligação a esta rede, que está já a ser avaliada pela Secretaria de Estado das Obras Públicas», afirmou, adiantando que «desta vez existem recursos para esta estrada», mas «não podemos fazer mais do mesmo». «As estradas são necessárias, mas não podemos ficar só por aí», afirmou, justificando ser necessária uma aposta na formação e na competitividade, área que, de resto, também é privilegiada pelo QREN. Pampilhosa da Serra tem de «olhar para estas novas oportunidades e criar emprego e gerar riqueza», disse ainda o governante.
Emprego e riqueza que, segundo o presidente da autarquia, podem ser criados aproveitando o potencial do concelho ao nível do turismo, floresta e energias renováveis. Mas, lamentou Brito Dias, a floresta «carece de atenção», sendo «urgente motivar investimentos», tal como na área do turismo, onde o concelho tem «potencialidades evidentes». Nas energias renováveis Pampilhosa da Serra é um exemplo e, em 2009, adiantou o autarca, terá em funcionamento o maior parque eólico de Portugal, que terá uma capacidade instalada de mais de 200 megawtts.
«Não vamos baixar os braços. Foi esse o exemplo dos nossos antepassados», afirmou, convicto de que os pampilhosenses «vão continuar a lutar pelo desenvolvimento do concelho». Uma mensagem que o presidente fez questão de passar aos muitos munícipes que assistiram à cerimónia, bem como a todo o programa comemorativo que contemplou também a inauguração de uma réplica do pelourinho de Pampilhosa da Serra, onde se assistiu à reconstituição da outorga do foral, bem como um almoço medieval para toda a comunidade.