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Uma Viagem pelo Mundo em Português

Antonio A Alves

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Cabo Verde


Uma história comum com mais de cinco séculos

Cambodja

Afonso de Albuquerque, o terrível almirante português, chegou aqui em 1511. Outros portugueses muito mais pacíficos vieram depois e aqui se estabeleceram.

Canadá

A presença de portugueses nas costas do Canadá, data de finais do século XV. João Fernandes Lavrador, terá sido o primeiro numa expedição dirigida por Giovanni Caboto. Cabe todavia a Gaspar Corte Real, o mérito de em 1500, ter explorado as costas da Península do Labrador até à entrada de Hudson. No ano seguinte, Gaspar Corte Real desembarca na Terra Nova.

A presença de portugueses nas costas do Canadá, data de finais do século XV. João Fernandes Lavrador, terá sido o primeiro numa expedição dirigida por Giovanni Caboto. Cabe todavia a Gaspar Corte Real, o mérito de em 1500, ter explorado as costas da Península do Labrador até à entrada de Hudson. No ano seguinte, Gaspar Corte Real desembarca na Terra Nova.
 

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Camarões

Os portugueses chegaram aos Camarões em meados do século XV, tendo-lhe dado este nome devido à abundância de camarões que encontraram num rio (Rio Camarões, Rio Wouri)

Ceilão (Sri Lanka)

Os portugueses fixaram-se no actual Sri Lanka em 1505 onde criaram importantes feitorias: Colombo (1518-1656), a cidade mais importante do reino de Cota e da Ilha de Ceilão; Galle (Galo), a fortaleza mais importante do extremo sul do Ceilão (1589) ; Jafanapatão (1560); Negumbo (1643); Batecalau (1628-1638); Triquinimale (1622).

Os portugueses fixaram-se no actual Sri Lanka em 1505 onde criaram importantes feitorias: Colombo (1518-1656), a cidade mais importante do reino de Cota e da Ilha de Ceilão; Galle (Galo), a fortaleza mais importante do extremo sul do Ceilão (1589) ; Jafanapatão (1560); Negumbo (1643); Batecalau (1628-1638); Triquinimale (1622).
No século XVII, fragilizados pelo domínio espanhol, os portugueses acabam por ser substituídos pelos holandeses (1658), que acabaram por ser dominados pelos ingleses (1796).
A presença portuguesa ainda hoje perdura em muitos vocábulos, mas também no nome de grande número de famílias (Silvas, Pereiras, Fernandos, Sousas, etc). No Ceilão desenvolveu-se inclusivé um crioulo.


 

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China

Os primeiros contactos dos portugueses com os chineses, iniciam-se logo do inicio do século XVI. Apesar de todas as proibições do governo Chinês, o comércio clandestino manteve-se muito activo entre os dois povos. Mercadores, missionários e simples aventureiros portugueses percorrem toda a China, relatando um mundo fantástico. Um dos relatos mais impressionantes foi o de Fernão Mendes Pinto (Peregrinação)

Jorge Álvares, em 1513, terá sido o primeiro português a pisar território chinês (Tong-men, perto de Cantão). A partir daqui foram muitos milhares os que o fizeram aos longo dos séculos.

Séc. XVI. Depois da primeira expedição à China, Simão de Andrade comanda uma outra 1519, construindo uma fortaleza em Tamão. Os portugueses manifestam a firme intenção de se estabelecerem na China. O Imperador Chinês, temendo as consequências que daqui pudessem resultar, proibe o comércio com os os portugueses.

Apesar das proibições o comércio não parou de crescer e com ele a pirataria. Os chineses mostram-se incapazes de fazerem frente a estes ataques. O auxílio que lhes é então prestado pelos portugueses acaba por alterar a posição do Imperador. Em 1557, as autoridades de Cantão estabelecem com os portugueses um acordo: em troca da defesa das suas costas pela marinha portuguesa, podiam estabelecer-se na China, onde fundam a cidade de Macau que rapidamente se tornou na principal porta entre o Ocidente e a China.


Ao longo do século um número incontável de mercadores, missionários ou simples aventureiros portugueses percorrem toda a China, relatando um mundo fantástico que maravilha os europeus do tempo. Um dos relatos mais impressionantes foi o de Fernão Mendes Pinto (Peregrinação).

Navegadores portugueses alcançaram a ilha de Taiwan em 1544, batizando-a de Ilha Formosa. Era um ilha habitada por piratas que resistiu durante muito tempo à colonização, inclusivé dos próprios chineses.
Século XVII. Os portugueses de Macau recusam aceitar o domínio de Portugal pela Espanha (1580-1640). A sua fidelidade a Portugal é saudada por D. João IV.
Explorada a costa, os portugueses começam a realizar expedições terrestres: A partir de Goa (India) vão até à China por vários caminhos. Os missionários católicos estabelecem-se cada vez mais pelo interior do continente.
Século XVIII. Início das relações diplomáticas entre os dois países. Os portugueses trazem para a Europa grandes quantidades de artigos chineses, que se tornam muito populares.
Século XIX. A China entra num período de decadência, o que é aproveitado pela marinha de guerra inglesa para lhes impôr a abertura dos seus portos, assim como a compra de Ópio. Os chineses são obrigados a ceder, e em 1841, tem que a aceitar também a instalação dos ingleses em Hong Kong, a 60 km de Macau. Estas acções inglesas alteraram profundamente a relação dos chineses com os europeus. Macau deixa de ser o principal entreposto entre a Europa e a China.
 

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Chile

A expedição de Fernão de Magalhães à volta do Mundo (1519-22), na qual participaram pelos menos trinta outros portugueses, cinco dos quais pilotos, selou para sempre a ligação histórica entre o Chile e Portugal. Foi o primeiro europeu a explorar o Chile, quando descobriu a passagem entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico. Uma província (Magallanes, que compreende a Patagónia) e um estreito deste país tem o seu nome. Em Portugal os chilenos tem assinalado os vários locais onde nasceu ou viveu este grande navegador português.



Comércio
Santiago do Chile, fundada em 1541, centralizou durante algum tempo as importações destinadas ao Alto Peru e ao Rio da Prata, e em especial para Tucumán. Os mercadores portugueses inverteram o circuito de distribuição. O grosso das mercadorias em vz de descerem, passaram a subir a rota do Rio da Prata, com mercadorias vindas de Buenos Aires ou do Brasil, sendo depois distribuídas por Santiago do Chile, Potasi e outras cidades.
Em 1577, o dominicano D. Francisco de Vitória, bispo de Tucamán foi o primeiro a estabelecer uma rota comercial regular entre San Miguel de Tucamán e Santiago do Chile, para onde enviava mercadorias vindas de Buenos Aires e do Brasil.
Este bispo português, antigo conselheiro da Inquisição Espanhola, em associação com membros Audiencia de Charcas, tornou-se o mais importante comerciante da região, sendo inclusive pioneiro na importação de escravos a partir de Buenos Aires.
Os mercadores portugueses, combinando comércio legal e ilegal, dominavam as rotas comerciais da América do Sul, geraram um ódio crescente dos comerciantes espanhóis.
 

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Chipre


As relações entre Chipre e Portugal, a julgar pela tradição, datam do século XV. O infante D. Henrique terá aqui obtido a cana-de-açucar e as videiras que foram plantadas na Ilha da Madeira.


Colombia

No século XVI muitos são os portugueses que se instalam no litoral norte da América do Sul, em Santa Marta, Novo Reino de Granada, etc. Fundaram muitas cidades e participaram expedições espanholas de conquista da região. A partir do Brasil exploram também os territórios da actual Venezuela, Colombia e as Guianas.
A Expedição de Rodrigo de Bastides que,em 1525, fundou a cidade de Santa Marta, para além de outros portugueses, contava com dois destacados oficiais superiores: Antonio Díaz Cardoso (capitão, natural de Santa Comba Dão) e Alonso Martín, acompanhado do seu filho Juan de San-Martin.

Esta cidade foi de inicio muito frequentada por piratas portugueses, que dominavam a região desde o inicio do século XVI.
Nas expedições que se seguiram, a sua presença foi sempre uma constante, sendo de destacar as de García Lerna (1528), Federman (1530), Pedro de Heredia (1533), Jerónimo de Ortal (1533), Jorge Espira (1534), Jorge de Robledo (1535), Antonio de Sedeño (1536), G. Jimenez de Quesada (1536), Jerónimo de Lébron (1541).
Gaspar de Rodas. Filho de Florêncio de Rodas, alcaide-mor de Loulé e de Guiomar Coelho, natural de Lamego. Andou na conquista do Perú (1540) e Reino de Quito. Ao serviço de Belalcázar , assumiu o governo de Popayán. Em 1569 subjugou a ferro e fogo a Antioquia (Colombia). Criou várias cidades: San-Juan de Rodas (1571), Zaragoza de las Palmas (1581), etc.
É praticamente infindável as referências a portugueses que participaram na conquista e povoamento desta região do império espanhol.
 

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Comores

As ilhas Comores foram descobertas pelos portugueses em 1503. A população estava totalmente islamizada, sendo a penetração do cristianismo muito dificil. Os portugueses acabaram por ser substituídos pelos franceses que pouco mais conseguiram neste processo.


Congo


Os portugueses chegaram à Bacia do Congo, em 1482, estabelecendo relações diplomáticas o Reino do Congo (Maricongo).

O tratado que então estabeleceram permitiu ao portugueses fixarem-se na região, regulava o lucrativo comércio de escravos, e permitia a difusão do cristianismo. No final do século XVI, este reino não conseguiu resistir às invasões muçulmanas vindas do norte. Portugal aposta então no reforço do poder do reino de Ndongo, cujo rei se chamava Ngolo, nome que origina Angola.

Incapaz de dominar a pressões internas e as invasões do norte, o Reino do Congo acabou por se desmembrar no século XVII. Das intensas relações culturais entre Portugal e o Reino do Congo, ainda hoje subsistem muitas tradições quer em Portugal, quer no Brasil.

Na segunda metade do século XIX, os territórios do antigo Reino do Congo foram retalhados por várias potências europeias, como a França (R.P.Congo), Bélgica (R.D.Congo), Inglaterra (Gabão) e Portugal (Cabinda, Angola).
Desde então, muitos ditadores africanos da região, tem-se procurado afirmar herdeiros do Reino do Congo, aventurando-se em projectos políticos para o reconstituir. O resultado destas acções tem sido uma sucessão interminável de matanças.
 

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República Democrática do Congo (ex-Zaire, Congo-Kinshasa).

Antiga colónia Belga, doada como propriedade pessoal ao rei Leopoldo da Bélgica (Conferência de Berlim 1884-85), tornou-se independente em 1960, tendo desempenhado um papel muito importante na luta de libertação de Angola.


No final dos anos 50, desenvolveu-se no ex-Zaire o projecto político de reconstruir o antigo Congo, expulsando os brancos e anexando o norte de Angola e Cabinda (antigo protectorado português, e que actualmente faz parte de Angola). A questão provocou desde logo em Portugal uma crescente precupação. O ex-Zaire mergulhou rapidamente numa guerra civil, cujos conflitos se perlongaram até aos nossos dias.
Em relação a Portugal, o problema agravou-se quando se iniciou, em 1961, a guerra de libertação dos angolanos do domínio colonial português. O ex-Zaire apoiou os vários movimentos de libertação (FNLA, MPLA e UNITA), dando-lhes armamento e permitindo a instalação de bases para atacarem as forças portuguesas em Angola. A FNLA rapidamente se tornou num braço armado do próprio Zaire, em especial dos projectos políticos de seu ditador Mobutu (1965 - 1997).
A resposta portuguesa não se fez esperar, passando a apoiar os movimentos de destabilização interna deste país, em especial o movimento de separação do Katanga que era financiado pelos belgas. Este movimento era chefiado por Moise Tshombé. Após a subida ao poder de Mobutu (1965), as relações tornaram-se menos conflituosas, em especial porque este ditador passou a apoiar na região, as posições dos EUA contra a crescente influência da antiga União Soviética. Sinal desta viragem foi o facto de, em 1970, Mobutu ter autorizado a presença diplomática portuguesa no seu país.
Em 1971, resssurge no Zaire um forte movimento xenófabo que procura acabar com os vestígios dos antigos colonialistas. Os brancos voltaram a ser de novo alvo de perseguições e os seus bens confiscados (os portugueses foram em Novembro de 1973).
 

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República Popular do Congo (Congo-Brazzaville )

Antiga colónia francesa, tornou-se independente em 1960, tendo desempenhado um papel muito importante na luta de libertação de Angola, nomeadamente no apoio que prestou ao MPLA. Entre 1963 e 1990 esteve sob o domínio da antiga União Soviética, as tropas cubanas só abandonaram o país no ano seguinte.

Costa do Marfim

As relações com Portugal datam do século XV.

Coreia

As relações entre Portugal e a Coreia datam do século XVI. Os portugueses foram os primeiros europeus a visitarem e fixarem-se neste país que desde os anos 50 do século XX se encontra dividido.
Em 1961 foram estabelecidas relações diplomáticas entre Portugal e a Coreia do Sul, o que possibilitou o incremento das relações económicas e culturais. Estas relações, em plena "Guerra Fria" marcam a afirmação da Coreia do Sul no seio das forças do mundo Ocidental.
Depois do 25 de Abril de 1974, a Coreia do Norte abriu uma embaixada em Portugal (22/4/1975). Para além do PCP, o então presidente da república Costa Gomes, que havia assistido no oriente à guerra na Coreia, foi um dos principais mentores desta aproximação ao regime comunista de Kim-Il-Sung. Este presidente português, particularmente envolvido em movimentos pacifistas, procurou mediar uma aproximação entre as duas Coreias.
A partir de 1974 a Coreia do Sul reforçou os seus investimentos em Portugal, onde existe uma pequena comunidade de coreanos.


 

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Cuba

Vários portugueses acompanharam Cristóvão Colombo na sua 1ª. viagem a Cuba em 1492. O nome que lhe foi dada corresponde ao de uma antiga vila portuguesa. A organização autónoma de Cuba como colónia foi decidida, em 1511, pelo filho de Colombo - Diego Colon, natural de Lisboa. Entre os séculos XVI e XX Cuba recebeu largos milhares de escravos das antigas colónias portuguesas

Portugueses em Cuba. Entre os muitos portugueses que viveram em Cuba quatro são figuras incontornáveis pelo modo como marca dois grandes da história deste país, independente desde 1891:
a ) Eça de Queiroz, escritor. No final do século XIX foi Cônsul de Portugal em Havana, sendo um assiduo frequentador do Café Columnata Egipciana.
b) Faria de Vasconcelos, pedagogo. Realizou neste país um extraordinário trabalho entre 1915 e 1917 na promoção de novos métodos de ensino da "Educação Nova", tendo fundado várias escolas.
c) Adelino Mendes, revolucionário. Filho de camponeses da Lousã, em 1936, participa na conhecida "Revolta dos Marinheiros, no rio Tejo, contra Salazar.Apesar de perseguido consegue ingressar na marinha mercante, em 1941, tendo desta forma fugido para as Caraíbas, onde se exila em Cuba. Começa a colaborar com o Partido Socialista Popular (PSP, comunista) na luta que, em 1959, levou ao derrube do ditador Fulgêncio Baptista pelos rebeldes comandados por Fidel, Che Guevara e Camilo Cienfuegos. Morreu em 1975, sendo condecorado a título póstumo por Fidel de Castro.(Público,3/9/2007).
d) Annie Silva Pais, filha única de Silva Pais, o chefe da Polícia Política em Portugal ( PIDE). Em Outubro de 1965 abandona a família e abraça a causa da revolução, militando ao lado de Che Guevara, Fidel de Castro e José Abrantes, ministro do Interior que acabará morto numa prisão cubana. O caso Annie abala a ditadura em Portugal que procura manter tudo em segredo.
Durante o período da Guerra Colonial (1961-1974), Cuba deu apoio e formação a muitos revolucionários portugueses e guerrilheiros das antigas colónias.
Cuba / PCP / União Soviética. A partir de 1961, Cuba passa a actuar em África sob o comando da antiga União Soviética, contando com o apoio do Partido Comunista Português (PCP). Cuba não se limitou a enviar armamento para os movimentos de libertação (MPLA, PAIGC, Frelimo, etc), mas também enviou militares. Em 1969, Portugal captura na Guiné-Bissau o capitão cubano Pedro Rodriguez Peralta (libertado em 1974).
As relações entre Portugal e Cuba entre 1975 e 1991 foram particularmente tensas.Pouco antes da Independência de Angola (Nov.1975), Cuba seguindo as instruções da antiga União Soviética, envia para este país milhares de soldados para apoiarem um dos seus movimentos políticos (MPLA). Uma invasão que era justificada e apoiada em Portugal pelo PCP. Os protestos são contínuos. A 22 de Abril de 1976, foi colocada uma bomba na Embaixada de Cuba em Lisboa, destruindo as instalações e matando dois diplomatas cubanos: Adriana Corcho e Efrén Monteagudo. O conflito angola rapidamente se internacionalizou. Os cubanos só em 1991 abandonam Angola, deixando atrás de si um país devastado e cerca de um milhão de mortos.
Entre 1974 e 1975 o PCP apostou na implantação em Portugal de um regime semelhante ao que existe em Cuba. Uma ideia acalentada pelos sectores mais radicais das forças armadas portuguesas, que em 1975 criaram as condições para o êxito da invasão cubana de Angola (Rosa Coutinho, Vasco Gonçalves, Vasco Lourenço, Vitor Alves, Otelo Saraiva de Carvalho, etc).
Entre 1974 e 1977 muitos foram os militares portugueses que se encontraram em Cuba com Fidel de Castro, para afinarem as estratégias a seguir em Angola e em Portugal. Otelo Saraiva de Carvalho (chefe do COPCON), entre 21 e 30 de Julho de 1975, teve honras oficiais, sendo um dos oradores das comemorações oficiais do 26 de Julho, data que assinala o assalto ao Quartel Moncada e o início da revolta contra a ditadura de Fulgêncio Baptista. Rosa Coutinho (último governador português de Angola), em meados de Agosto de 1975, encontra-se em Havana com Fidel. Os detalhes da invasão cubana foram então estabelecidos. Em 1977 foi a vez do General Costa Gomes (ex- Presidente da República) se encontrar com o ditador cubano. povo português já tinha recusado por completo o modelo cubano. Assinale-se o facto de em Maio de 2001, Cuba ter condecorado Vasco Gonçalves (antigo primeiro-ministro) com a Ordem "Playa Girón", pelo apoio que lhe deu em 1974/1975.
 

Antonio A Alves

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Curaçau

Como no Suriname, estabeleceu-se aqui no século XVII uma importante comunidade de portugueses judeus. Ver Antilhas Holandesas.

Dinamarca

As relações entre os dois países remontam à Idade Média. A filha de D. Sancho I, Dona Berengária de Portugal (1194-1221) casou-se com o rei da Dinamarca Valdemar II. A influência da rainha portuguesa terá sido significativa, pois foi graças à sua acção que a Dinamarca conquistou as últimas terras pagãs do báltico, a actual Estónia (1210).


Século XV. A Dinamarca é então um vasto reino que controlava os mares do norte.
Portugal está mais do que nunca empenhado na exploração do Oceano Ártico, nomedaamente devido à pesca do bacalhau e à tentativa de descobrir aí uma passagem para a China.
Neste sentido, em 1461, o rei de Portugal D. Afonso V estabeleceu um Pacto com Cristiano I da Dinamarca para a exploração dos mares do norte. Entre as várias expedições quue foaram feitas destacam-se as seguintes: Em 1473, o Infante D. Fernando, mandou João Corte Real e Álvaro Homem descobrir a «Terra Nova dos Bacalhaus. Em 1495, João Lavrador e Pêro de Barcelos chegaram à Groenlândia e à Península do Lavrador. Entre 1500 e 1506, os irmãos Miguel e Gaspar Corte Real, seguindo a Rota do seu pai, procurando uma passagem para os mares da China, chegam à Terra dos Bacalhaus e desaparecem pouco depois nos mares gelados do norte. No início do século XX, o arqueólogo canadiano Delabarre, junto ao rio Tautum, descobriu a célebre pedra de Dighton, cujas marcas parecem confirmar a presença de Miguel Corte Real, ou de naufragos da sua expedição.
Século XVI. Os portugueses percorrem todos o mar do norte e contactos regulares com o reino da Dinamarca.


Século XVII / XVIII. O rei dinamarquês Christian IV ofereceu, em 1619, aos comerciantes portugueses não só liberdade de praticarem a sua religião, mas também de exercerem a suas actividades comerciais. O seu objectivo era constituir em Glückstadt, um centro comercial e marítimo capaz de competir com Hamburgo e Amesterdão.
A partir de 1620, vindos destas cidades começaram a fixar-se em Glückstadt muitos comerciantes portugueses. Não tardaram em construir uma sinagoga e um cemitério, que ainda hoje testemunha a presença e origem desta comunidade, que se manteve muito activa até meados do século XIX..
 

Antonio A Alves

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Dominicana


A Republica Dominicana, partilha com o Haiti o território da antiga Ilha Hispaniola. A presença portuguesa fez-se sentir desde o momento em que foi descoberta (1492). Diego Colón, nascido em Lisboa, filho de Filipa Moniz Perestrelo e de Cristovão Colombo, quando aqui se estabeleceu como vice-rei das Indias, em 1509, levou consigo um numeroso grupo de portugueses.


A comunidade nunca parou de aumentar, tendo um papel de destaque no comércio internacional, tráfico de escravos e nas mais variadas actividades económicas. No século XVII foi reforçada com a vinda de muitos portugueses, cristãos novos, da Ilha de Curação. No Tribunal da Inquisição de Cartagena foram presos vários portugueses desta ilha.



Quando se fala da Inquisição espanhola na América, raramente se refere que a maioria das suas vítimas eram portugueses. A maioria era acusada de judaísmo, mas muitos outros de heresia, blasfémia, sodomia, bruxaria, etc.O objectivo dos inquisidores era sempre o mesmo: combater a presença portuguesa na Espanha e seus domínios, apoderando-se dos seus bens. Milhares de famílias foram destroçadas e espoliadas.A inquisição Castelhana foi criada em 1478, sendo logo seguida da inquisição aragonesa. Não tardou a surgir em toda a Espanha uma vasta rede de tribunais da inquisição, que se estendeu no século XVI às suas colónias.
Depois da Espanha ocupar Portugal, em 1580, largos milhares de portugueses vislumbraram neste país grandes oportunidades de negócio. A troco de uma enormes somas de dinheiro, obtiveram autorização para se estabelecerem em Espanha. Ao mesmo tempo continuaram a infiltrarem-se aos milhares nas suas colónias, onde possuíam enormes comunidades, apesar de estarem proibidos de aí se fixarem.
 

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EUA

Foi um português, o primeiro navegador a explorar toda a costa leste dos EUA. A presença portuguesa data do século XVI, constituindo-se no século XVII as primeiras comunidades.


A presença portuguesa nos EUA é anterior ao século XVI. A prova deste facto é o chamado Mapa de Cantino (1502), a cópia de um mapa português obtida em Lisboa por um espião italiano. Neste Mapa, copiado entre Dezembro de 1501 e Outubro de 2002, está representada toda a costa da Flórida (ou Florida, em português), com topónimos portugueses. O Mapa revela ainda que os portugueses já tinham cartografado a Terra Nova (Canadá), onde iam pescar bacalhau.
Os portugueses chegaram à Florida entre 1493 e 1498, o espanhol Juan Ponce de León só "descobriu" a Flórida 18 anos depois, contando sempre com a ajuda de portugueses.
Não é de estranhar que na primeira expedição que penetrou no interior da América do Norte, a partir da Florida - a expedição de Fernando de Souto, de 1537 a 1543, contasse com pelo menos 23 portugueses, 8 dos quais eram fidalgos. Para iludir as autoridades espanholas dera outra identidade: 9 portugueses foram registados na Casa da Contratação de Sevilha como sendo vizinhos em Badajoz (Espanha). Um outro português afirma que era de Guadalcanal (Sevilha).
Um deles, o "fidalgo de Elvas" elaborou em português uma preciosa relação da expedição, a primeira a ser publicada. Entre os portugueses destacou-se o capitão André Gonçalves, descobridor da província de Apalache, tendo morrido em Aminoya, nas margens do Mississipi (1550).
João Rodrigues Cabrilho (Juan Rodriguez Cabrillo), que participara na conquista da Tenochtitlan (capital Azteca),foi também o primeiro europeu a explorar entre 1542 e 1443 a costa Oeste dos actuais EUA.
O início da exploração interior dos EUA foi feito também por centenas de portugueses, cujo identificação só muito recentemente se começou a fazer. Dois exemplos:
- André do Campo (Andres del Campo). Integrou com vários outros portugueses a expedição de Francisco Vasquez de Coronado, em Fevereiro de 1540, que a partir de Compostela penetrou pelo interior dos EUA . Após o fim da mesma prosseguiu durante 9 anos a exploração deste região do mundo (Quivira, Kansas).
- André Gonçalves, em 1542, com um grupo de portugueses percorreu a região ocidental dos EUA.
A cartografia espanhola dos actuais EUA foi também realizada por portugueses
Estevão Gomes. Piloto e cartógrafo. Em 1518 aparece nos registo da casa da contratação de Sevilha. Foi nomeado por Carlos V, para encontrar uma passagem marítima para a Índia no Atlântico Norte. Em 1524-25 navegou desde a costa mexicana até à Terra Nova (Canadá), seguiu para a Nova Escócia. Explorou e cartografou costa Leste dos actuais EUA. Em 1535 participou na expedição de Pedro de Mendonza no rio da Prata.


 

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Etiópia (Abissínia)

Mítica "Terra do Prestes João" foi desde o século XV objecto de várias expedições portuguesas, quer por mar, quer por terra (Pêro da Covilhã e Afonso Paiva). No inicio do século XVI já a Etiópia tinha fortes ligações com Portugal. Em 1543, graças à ajuda dos portugueses, a Etiópia não foi conquista e destruída pela Somália.

etiopia01.jpg

Castelo torreado de Gondar (séc.XVII), construído pelos portugueses


Ao longo do século XVI os portugueses tentaram, sem êxito, trazer esta Igreja para a alçada do Vaticano, afastando-a da sua ligação a Alexandria (Egipto).
Na Etiópia subsistem ainda hoje muitos monumentos atribuídos aos portugueses: Castelo de Gondar, pontes (Alata e Avala-Andahé, ambas no Nilo Azul). A sua influência transparece em muitos usos e costumes. ..
 

Antonio A Alves

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Emiratos Arábes Unidos

A chegada dos portugueses ao Golfo Pérsico, no século XVI, alterou as relações de poder locais. Nos actuais Emiratos estabeleceram-se na cidade de Julfar (forteleza, 1515 -1622) e em outros portos como Corfaçao (Khor Fakkan, Forte, -1666), Libedia (Badiyah ?, Forte, -1623), Quelba (Kalba, forte), Doba (Diba al Hisn, forte, )e Mada (Mahdah, forte). Trata-se de um impressionante sistema militar-comercial que foi sendo destruído ao longo de todo o século XVII, devido a sucessivas investidas de persas, turcos, ingleses e holandeses, para além de tribos locais.

Egipto

Em 1509 os portugueses travaram contra os turcos e os egípcios (mamelucos ) uma maiores batalhas de todos os tempos. A batalha de Diu (Índia), ganha pelos portugueses,marcou o fim da ameaça islâmica que pesava sobre a Europa. Desde o princípio do século XV que os turcos e os egípcios se mostravam invencíveis, expandindo-se por toda a África, Ásia, mas também pela Europa oriental. Nesta batalha D. Francisco de Almeida, comandando uma pequena armada portuguesa destroçou por completo uma poderosa armada turco-egípcia. O Império Otomano saiu humilhado, nunca se tendo refeito desta pesada derrota. A dinastia dos mamelucos no Egípto acabou destroçada (1517). A partir desta batalha os Portugueses, durante quase um século, dominaram por completo o oceano Índico, abrindo as portas para a chegada de outros europeus (holandeses, ingleses, franceses). Na Europa esta vitória mostrou que os turcos podiam ser derrotados. O próprio Império Mongol que se expandia pela Índia evitou hostilizar os portugueses.
 

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Espanha

Um antigo ditado português afirma que de "Espanha nem bom vento, nem bom casamento", traduzindo a ideia portuguesa que o país só existe quando se projecta para fora da Península Ibérica e se abre ao Mundo

Desde 1143 (Independência de Portugal), as relações entre os vários reinos ibéricos foram sempre marcadas por aproximações e conflitos. Com excepção de Portugal, todos os reinos ibéricos acabaram dominados pelo Reino de Castela em 1492, que lhes impôs a sua língua e a cultura, tratam-se de reinos historicamente falhados.
Tem sido muitos os conflitos e as batalhas que o portugueses tiveram que travar para combater as tentações hegemónicas de Castela e depois da Espanha na Península Ibérica.



Casamentos Reais
Estes conflitos permanentes foram atenuados por uma política de casamentos reais entre os séculos XII e o princípio do século XIX. Ao todo 11 infantas de Portugal foram rainhas de Castela/ Espanha. A última das quais - D.Maria Isabel, 1797-1827) - foi a fundadora do Museu do Prado.
No século XX, assinala-se o facto de logo após a IIª. Guerra Mundial (1939-1945), terem fixado residência em Portugal (Estoril), os Duques de Barcelona, tendo aqui vivido largos anos o actual rei de Espanha.



Guerras entre Portugal e Espanha
Se as guerras com os muçulmanos no território de Portugal, terminaram em meados dos século XIII, as guerras com os castelhanos/espanhóis nunca acabaram estendendo-se da Europa às Américas.


A última grande aliança entre os dois países, ocorreu durante a segunda guerra mundial (1939-1945), e resultou em consequências funestas para ambos os povos: o chamado "Pacto Ibérico" (1939) serviu para perpetuar duas ditaduras que só foram derrubadas muitos anos depois, em 1974 (Portugal) e 1975 (Espanha).
 

Antonio A Alves

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Equador (Ecuador)

A presença de portugueses na região do actual Equador data do início da conquista espanhola, onde participam activamente na conquista do "Império Inca". João Fernandes, por exemplo, como almirante da frota de Pedro Alvarado (1534) foi à costa do Equador, tendo subido até Quito



A partir de Quito iniciam a exploração de oeste para leste do Amazonas.
Diogo Gomes, navegador português, acompanhado por uma mercador espanhol, em 1538, realizou a primeira viagem entre Quito e o Maranhão.
A conhecida expedição de Francisco de Orellane, em 1541, a partir de Quito desceu o Maranhão até ao "mar do Norte", contou com pelo menos dois portugueses: António Fernandes e Fernando Gonçalves.
A longo do século XVI os portugueses realizam expedições sistemáticas no Rio Amazonas e seus afluentes, implantando povoações e fortes no seu interior. Eram contínuas as entradas de portugueses em Quito, vindos do Amazonas, disso se queixam o jesuítas espanhóis desde finais do século XVI.
A expedição em sentido contrário do Maranhão até Quito, foi realizada por portugueses sob o comando de Pedro Teixeira, entre 1637-1639, que fundou no Equador uma cidade: Franciscana.
 

Antonio A Alves

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Estónia

A conquista da Estónia pela Dinamarca, em 1210, está ligado a acção de uma portuguesa rainha deste país - Dona Berengária. Os navios portugueses desde a Idade Média que visitavam o porto de Talin. No século XVIII, o português António Vieira (Judeu), foi nomeado por o Czar russo Pedro I para o porto de Talin. Em meados do século XIX, Ivan Velho, neto de José Celestino Velho ( mercador da cidade do Porto e primeiro consul português em São Petersburgo) foi recebeu o título de barão e foi nomeado pelos czares russos governador da cidade estónia de Narva.


Filipinas

O arquipélago das Filipinas foi descoberto por portugueses navegando para leste, e depois por Fernão Magalhães, um português ao serviço de Espanha, navegando para ocidente (1521). Antes dos espanhóis aqui se estabelecerem, a partir de 1565, já a maioria das ilhas havia sido explorada pelos portugueses. Contudo, atendendo aos limites fixado no Tratado de Tordesilhas, os portugueses não se opuseram ao seu controle pelos espanhóis, até porque dessa forma os afastavam da Índia
 

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Finlândia

Portugal reconheceu a independência da Finlândia a 19/12/1919, tendo-se iniciado as relações diplomáticas a 10/1/1920. Inúmeros episódios uniram desde então os dois países.
Um dos mais curiosos é o do presidente da república da Finlândia, Marechal Mannerheim, que durante anos tentou vir passar umas férias em Portugal, apenas o tendo conseguido em 1945 (9/11/1945). , ficando alojado na Praia da Rocha (Algarve),
A comunidade finlandesa em Portugal relativamente numerosa. Em Abril de 2011,os finlandeses manifestaram-se contra a concessão de um empréstimo da UE a Portugal.



Formosa / Taiwan


Navegadores portugueses alcançaram a ilha de Taiwan em 1544, e logo a baptizaram de Ilha Formosa. Era um ilha habitada por piratas que resistiu durante muito tempo à colonização, inclusive dos próprios chineses. Em fins do século XIX os chineses cederam esta ilha aos japoneses, mas em 1949 milhares de chineses que não aceitarem o domínio do Partido Comunista sobre a China refugiaram-se aqui, onde fundaram a República da Formosa, também conhecida por República da China ou China Nacionalista (01/03/1950). Trata-se de um regime anti-comunista e pró-ocidental, suportado pelos EUA.

Portugal manteve relações diplomáticas com a Formosa entre 1954 e Janeiro de 1975


 

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França

As relações entre a França e Portugal remontam ao século XI, quando um cavaleiro francês vem para a Península Ibérica e passa a apoiar o desejo de autonomia populações que viviam entre o Douro e o Minho. O seu filho, D. Afonso Henriques será o primeiro rei de Portugal. A partir daqui as relações entre Portugal e a França não pararam de se reforçar, nomeadamente através de casamentos reais e da formação das suas elites culturais.

Ordens Religiosas. No século XII estabeleceram-se em Portugal diversas ordens religiosas que eram verdadeiros potentados em toda a Europa. Entre elas sobressai a Ordem de Cister, cuja casa-mãe estava em França. Ao longo dos séculos constituiu um poderoso meio de ligação entre Portugal e este país

Isabeldeportugal.jpg


Casamentos Reais. No século XV, destaca-se a figura de Isabel de Portugal, filha de D, João I (1385-1433), casada com Filipe III, o Bom, em 1429. Esta rainha portuguesa teve enorme importância no mecenato artístico na Borgonha. Está sepultada em Dijon. No século XVII, D. Afonso VI e depois o seu irmão D. Pedro II casam-se com uma princesa francesa, filha do Duque de Nemours (Maria Francisca Isabel de Sabóia). No século XIX, D. Carlos casou-se com D. Amélia de Orleães, filha dos condes de Paris, a última princesa da Casa Real de França.


Guerras. Foram muitas as guerras entre os dois países, a maior parte das vezes como inimigos, mas algumas como aliados. A lógica destas alianças foi quase sempre a seguinte: se Portugal se aproxima da Inglaterra, a França faz o mesmo em relação à Espanha. Se a Espanha se liga à França, Portugal alia-se à Inglaterra. Foi este o verdadeiro equilíbrio do terror que chegou até ao nossos dias.



Entre as muitas guerras ficaram na memória colectiva as seguintes:

- Séc.XIV : 1383/85: A França apoiou a invasão de Portugal pelos Castelhanos/Espanhóis. Os portugueses receberam o apoio da Inglaterra.

- Séc. XVI/XVIII: Neste longo período a principal actividade marítima da França foi andar no saque dos navios e populações portuguesas e espanholas, assim como das suas colónias. Os seus piratas e corsários faziam verdadeiras razias na costa portuguesa, dos Açores, Madeira, Cabo Verde e Brasil.

A França não tinha poder para mais. Foi talvez por isso que se manifestou contra a ocupação espanhola de Portugal (1580-1640) e apoiou, com a Inglaterra, a revolta dos portugueses contra os invasores. Ao enfraquecer a Espanha tornava mais fácil o saque e a eventual conquista das suas colónias. Finda a ocupação, prosseguiu a mesma linha política de aliança com a Espanha, de modo a evitar a reconstrução de Portugal.

- Séc.XVIII: A França por diversas vezes alia-se aos espanhóis (1702-1714, 1762, 1797, etc), Portugal como resposta apoia as incursões dos ingleses em Espanha e França.

- Séc.XIX: 1801-1814. Em 1801 apoiam os espanhóis em nova invasão de Portugal, da qual resultou a usurpação de Olivença. Instalados em Espanha voltam a invadir Portugal entre 1807 e 1813, tendo destruido e roubado o país a mando do ditador Napoleão Bonaparte. Centenas de milhares de portugueses foram mortos.Só 50 mil morreram à fome durante os cinco meses do cerco de Massena às Linhas de Torres Vedras. Os franceses acabaram por ser derrotados e expulsos com os seus lacaios espanhóis pela população portuguesa e tropas luso-britânicas. Napoleão contou também ao seu serviço como uma Legião Portuguesa (1808 - 1813, que participou nas campanhas assassinas pelas Europa, incluindo a Rússia.

- Séc.XX: 1916/18. Dado que a Espanha tinha uma posição neutral no conflito, Portugal participa na guerra ao lado da Inglaterra e da França...
 

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Geórgia

Os portugueses chegaram no século XVII à Geórgia, através da Irão (Pérsia). Trata-se de uma das muitas explorações terrestres que fizeram ao longo dos séculos nos vários continentes. A expedição à Geórgia surge em 1613, quando tem conhecimento que o Xá Abbas da Pérsia havia invadido e arrasado este país, tendo trazido para Xiraz, entre outros reféns a Rainha Ketevan. Os portugueses que estavam implantados nesta cidade persa, não apenas deram apoio à rainha, mas a todos os georgianos ali deportados. Após a morte da rainha (1624) às mãos dos muçulmanos, desenvolveram uma vasta acção junto do Vaticano para a sua canonização.



Após várias tentativas falhadas, em 1628, Ambrósio dos Santos e Pedro dos Santos, da Ordem dos Agostinhos, conseguem finalmente atingir a Arménia. Em Etchmiadzine obtém autorização para construírem em Gori, um convento e duas residências. Devido ao seu enorme isolamento, falta de linhas de apoio e aos ataques dos muçulmanos, esta comunidade implantada no coração da Geórgia, acabou por ser abandonada (1649).
 

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Gabão

Os portugueses foram os primeiros europeus a chegarem ao Gabão em 1470. Deram-lhe o nome de "gabão", pois o estuário na foz do Rio Komo, parecia-se com a forma de um casaco a que chamavam Gabão. A região foi disputada aos portugueses, no século XVII pelos holandeses, ingleses e franceses que acabaram por a dominar. A presença portuguesa nunca desapareceu da região, o que está bem patente no facto de uma parte muito significativa da população ter ainda apelidos portugueses. Muitas palavras portuguesas fazem parte das línguas locais.


No final dos anos 90 do século XX, as relações entre os dois países foram reforçadas através de vários acordos de cooperação. Em Julho de 2006, três dezenas de fuzileiros portugueses, foram enviados para o Gabão, onde ficaram estacionados em Port- Gentil, no âmbito de uma operação internacional na R.D.do Congo (ex-Zaire).
 

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Gana (Costa do Ouro)

Os portugueses chegaram ao Gana no século XV, onde fundaram a Fortaleza de São Jorge da Mina, uma das mais importantes fortalezas portuguesas em África.
A Mina foi no século XV um lugar quase mítica pelo ouro que nela se podia obter. Está também ligada à presunção de Portugal de manter zonas do Mar fechadas aos estrangeiros, protegendo-a com poderosas armadas. Muitas guerras foram travadas para defender a Mina, cuj importância diminuiu depois da descoberta da América em 1492 por Colombo. Um navegador (português) que ao serviço de D. João II também andou na defesa desta rota.


Gambia

Um território encravado no Senegal, e que se extende ao longo do Rio Gambia. Os portugueses chegaram à Gambia em meados dos século XV, tendo aqui estabelecido uma importante rota de comércio com o Império do Mali. Após a ocupação de Portugal pela Espanha (1580-1640), D. António Prior do Crato, como contrapartida pelo apoio da Inglaterra à resistência portuguesa vendeu, em 1588, a exclusividade do comércio no Rio Gambia aos ingleses. A presença portuguesa continuou a manter-se nesta região.
 

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Goa, Damão e Diu (Índia)

Estes territórios integrados na União Indiana, em 1961, foram desde o século XVI três locais fundamentais na ligação entre o Oriente e o Ocidente.

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Goa
Este pequeno território, com 3.702 km2, a 400 km de Bombaim, situa-se na costa do Malabar, inclui as ilhas de Angediva, S. Jorge e Morcegos, no oceano indico, mas a uma curta distância da costa. Goa foi conquistado pelos portugueses, em 1510, que o transformaram rapidamente num importante ponto estratégico da ligação entre o Ocidente e o Oriente, mas também como a sua principal base para a difusão do cristianismo nesta região do mundo. Sonharam trasnformar Goa na "Roma do Oriente".

Por todas estas razões, durante séculos os portugueses não se pouparam as esforços para manterem este território. Neste território os portugueses criaram várias cidades: "Velha Goa", Goa ( na ilha de Tissuari), Pangim, Mapuçá, Margão e Vasco da Gama.


Goa, diocese católica desde 1534, foi durante séculos o símbolo da religião cristão no Oriente. Primeiro foram os Franciscanos, mas depois seguiram-se-lhe os jesuítas. Entre os missionários Jesuítas destaca-se S. Francisco Xavier. Chegou a Goa em 1542, percorrendo as costas da Indía e Ceilão, vai até às Molucas, Japão e China, falecendo em. 1552, sendo sepultado em Goa.

Desta época cristã conserva muitas igrejas, nomeadamente do período barroco. O Colégio de São Paulo, sob a direcção dos Jesuitas, foi uma verdadeira universidade no Oriente.



Nos anos 60 dos século XX, após a saída dos portugueses, tornou-se num local de peregrinação dos jovens ocidentais.
Ainda hoje uma boa parte da sua população é constituída por uma mistura de indianos e portugueses. É curioso constatar que, tal como os portugueses, os goeses desde muito cedo começaram a espalhar-se por todo o mundo fazendo deste a sua casa.
Passados mais de quatro décadas sobre a integração de Goa, Damão e Diu na União Indiana, este país está a perder alguns complexos em relação à presença secular dos portugueses neste território, permitindo que o Estado de Goa seja valorizado naquilo que tem de fundamental: um espaço de encontro entre povos e culturas.
Goa está por mar a cerca de 600 km de Damão, que por sua vez está a 250 km de Diu.

DIU

Uma ilha situada à entrada golfo de Cambaia, apenas com 15 km de comprimento e 5 km de largura máxima (37km2 de superficie). Em frente da ponta virada para o golfo e separada pelo rio Chassi fica a aldeia de Gogolá, com 2 km2, assente num minúscula península arenosa. Diu foi ocupada pelos portugueses em 1535, quando o sultão de Cambaia lhes pediu auxilio por causa das investidas dos mongóis. Nesta ilha os portugueses ergueram uma das suas mais poderosas fortalezas na época dos descobrimentos. Dominava toda o golfo de Cambaia e os mercados de trigo, o cereal que Goa não tinha condições para produzir.


Damão

Situada na costa do golfo de Cambaia, tem 54km2 e compreende uma zona costeira onde se ergue a cidade de e os territórios interiores de de Dadrá e de Praganá-Nagar-Aveli. Conquistada em 1539 foi sobretudo um local estratégico na rota marítima entre a India e Portugal
 

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Guiné-Bissau
Uma história comum com mais de cinco séculos


Guiné-Conacri

A presença de portugueses nesta região data da 1ª. metade do século XV. A partir do século XVII começam a chegar os holandeses e depois os franceses, constituindo-se no século XIX numa colónia da França. A Guiné-Conacri tornou-se independente em 1958, entrando nos anos 60 para a órbita da antiga União Soviética. Em poucos anos tornou-e num dos regimes mais sanguinários de África.

Durante a Guerra Colonial (1961-1974) ocorreu na Guiné-Conacri aquela que foi a última das acções militares agressivas de Portugal num país estrangeiro. A ‘Operação Mar Verde’ foi desencadeada no dia 20 de Novembro de 1970, contra a Guiné-Conacri, onde o PAIGC tinha as suas principais bases de guerrilha. A missão comandada por Alpoim Galvão consistia em Amílcar Cabral (Dirigente do PAIGC), assassinar o presidente Sekou Touré e substituir o governo por um outro amigo de Portugal, aniquilando a Guarda Republicana de Conacri e libertar 22 militares portugueses da cadeia de La Montaigne. Os prisioneiros portugueses foram libertados, o palácio presidêncial tomado, a maior parte da Força Aérea foi destruída, mas tudo o mais falhou. Sekou Touré não se encontrava no país. Amílcar Cabral não foi morto, embora tenha sido traído e assassinado três anos depois, justamente na cidade de Conacri, por membros do seu próprio partido (20/01/1973).

Esta acção provocou um enorme protesto internacional. A missão começou a ser planeada em fins de 1969 e contou com o apoio de dissidentes da Guiné-Conacry (ligados aos serviços secretos franceses).
Ao contrário do que seria de esperar, após a Independência da Guiné-Bissau, em 1975, os conflitos com a Guiné-Conacri não tem parado.
 

Antonio A Alves

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Guiana (Inglesa)

A presença portuguesa surge logo no século XVI. Em 1596 aí se estabelece uma importante comunidade de judeus. Em 1835 o número de portugueses rondava os 30 mil, estando presentes em todas as esferas económicas e sociais.


Guiana Francesa


A presença francesa foi sempre diminuta nos trópicos. Esta região era por isso alvo de uma intensa disputa entre portugueses e franceses, tendo os primeiros ocupado esta colónia no inicio do século XIX.

Grécia

As comunidades portuguesas judaicas espalharam-se a partir do século XVI por todo o mundo, procurando manter sempre vivas as suas origens. Fugindo à Inquisição, o judeu português José Nassi ( Joseph Nasi) estabeleceu-se no Império Otomano, onde acabou por ser nomeado Duque da Ilha de Naxos, no Mar Egeu.
Na cidade de Salónica, antes da II Guerra Mundial existia aqui uma importante comunidade portuguesa que foi praticamente dizimada após invasão alemã
 
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