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National Geographic Foto of the Day

orban89

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A monção é um fenómeno típico do Sudeste Asiático, mas nunca se pode estar suficientemente preparado para ela.

À primeira vista, pode parecer um rio com um engarrafamento de barcos, mas a realidade é mais chocante: a fotografia mostra uma estrada que já não é uma estrada porque a água inundou tudo.

Pessoas a pé e veículos retidos alinham-se no que resta da auto-estrada Dhaka-Chittagong em Muhuriganj, no Bangladesh, após as chuvas da monção de Agosto passado.

No Bangladesh, tal como em muitas outras partes do mundo, as alterações climáticas estão a intensificar as monções e a aumentar o custo humano, económico e ecológico de cada estação das chuvas.

A fotografia retrata não só o caos logístico, mas também a vulnerabilidade humana a fenómenos meteorológicos extremos, mesmo quando são recorrentes. Pelo menos 13 pessoas perderam a vida nesta ocasião, um número que poderia ter sido muito mais elevado, tendo em conta que 43 regiões do país foram afectadas por inundações repentinas.
 

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O corpo imóvel deste veado oferece uma imagem tão impressionante quanto bela: o gelo, aderido ao pêlo como um véu translúcido, transforma a cena numa escultura efémera.

Randy Robbins encontrou este animal morto numa floresta perto de Susanville, Califórnia, e tirou uma fotografia com o seu smartphone antes que o sol derretesse o gelo. O nome diz tudo: "Um lugar de descanso".

Esta imagem foi finalista na categoria "Arte Natural" do prestigiado Wildlife Photographer of the Year 2024, destacando-se por ser a primeira imagem captada com um smartphone a ser aceite neste concurso. Os actuais telemóveis topo de gama oferecem grandes possibilidades fotográficas, com muitas opções de personalização que, se forem utilizadas correctamente, permitem captar imagens tão profissionais quanto as que poderiam ser registadas com uma câmara.
 

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Este é o local de encontro preferido dos três amigos fotografados.

Há muito que se sabe que os cetáceos se organizam em grupos socialmente complexos, mas as orcas têm registado recentemente comportamentos ainda não descodificados, investindo contra embarcações no Sul da costa portuguesa.

Os três protagonistas desta história, são, no entanto – e até prova em contrário – inocentes desses comportamentos. As biólogas Georgina Cabayol e Laura González, integradas na empresa de observação de cetáceos Futurismo Azores Adventures, em articulação com o Programa MONICET, estão a reunir novos elementos, utilizando a foto-identificação para reconhecer cada indivíduo a partir da pigmentação e da forma particular de cada barbatana dorsal. Com um catálogo recolhido desde 2006, já conseguiram identificar um universo de 75 indivíduos diferentes nas águas açorianas e encontraram um trio especial.

Os dois machos e a fêmea da fotografia, foram avistados juntos em 2012, 2021, 2022 e 2023, sugerindo pela primeira vez nos Açores a existência de laços sociais de longo prazo. Com uma esperança de vida que pode chegar a 90 anos, talvez voltem a ser vistos juntos nas águas açorianas. O catálogo está agora a ser comparado com projectos similares da Islândia, de Gibraltar e do Canadá na esperança de cartografar os movimentos de longo curso destes animais notáveis e perceber se haverá mais grupos de amigos que, de tempos a tempos, se juntam em reuniões sociais.
 

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Com a sua plumagem brilhante e o seu voo veloz, o guarda-rios é um dos caçadores mais fascinantes do mundo das aves.

Esta imagem, capturada num lago na Alemanha pelo jovem Julian Mendla, ganhou o prémio de bronze na categoria para jovens fotógrafos do concurso Bird Photographer of the Year 2024. Mostra o momento em que a ave se lança com enorme precisão na água, num ataque que dura segundos: com as asas recolhidas, lança-se como um projéctil e mergulha com uma picada perfeita, confiando numa pontaria quase infalível.

A sua técnica de pesca evoluiu ao longo de milhares de anos, permitindo-lhe detectar presas debaixo de água graças a uma grande acuidade visual: os seus olhos ajustam o foco de forma diferente no ar e na água, algo que poucas aves conseguem e que lhes permite salvar a margem de erro causada pela refracção da luz na água. Além disso, o seu bico recto e afiado é projectado para cortar a superfície sem gerar resistência. Tudo nesta ave parece feito para aquele momento de caça rápida, elegante e letal.
 

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O fotógrafo Azim Khan Ronnie documentou a vida dos jardins flutuantes em Pirojpur, no Bangladesh, neste caso com a ajuda de um drone.

Pequenas mas produtivas faixas de terra são criadas em Pirojpur, no Bangladesh, pela subida das águas dos rios próximos. A terra é extremamente fértil, mas a sua localização restringe o tempo em que estas terras podem ser cultivadas e torna-as um dos bens mais preciosos para os residentes locais.

Com uma área de 400 hectares, a extraordinária variedade de culturas inclui até 300 espécies de plantas, desde feijões e abóboras a couves-flores e pimentos. "Esta prática tem raízes tradicionais que remontam a séculos", explica o fotógrafo Azim Khan Ronnie, que documentou aqui a vida nestes jardins flutuantes com a ajuda de um drone.

Estas zonas podem permanecer completamente alagadas durante sete a oito meses do ano, pelo que os agricultores têm de adoptar novos métodos de agricultura, em que as plantas são cultivadas na água num leito flutuante. "Este sistema de produção hidropónico único foi desenvolvido pelos habitantes locais utilizando os seus conhecimentos tradicionais de práticas agrícolas", afirma Khan Ronnie.

O Bangladesh é um dos países mais pobres do mundo, onde as inundações afectam milhões de pessoas todos os anos, por vezes destruindo aldeias inteiras e meios de subsistência locais, mas agora os agricultores estão a reavivar esta prática barata, sustentável e antiga para reduzir a sua vulnerabilidade às alterações climáticas.
 

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Na tribo Mundari, comunidade indígena do Sudão do Sul, o gado é utilizado para obter leite e carne, mas também como moeda de troca para transacções sociais.

A tribo Mundari é uma comunidade indígena do Sudão do Sul conhecida pela sua profunda ligação ao gado. Os campos de gado, como os que aparecem nesta imagem captada pelo fotógrafo Raúl Cacho, são parte integrante do seu modo de vida. Neles, os jovens da tribo cuidam dos rebanhos durante longos períodos, por vezes até seis meses.

Estes campos estão frequentemente localizados em áreas remotas onde o gado pode pastar livremente. Enquanto isso, os homens vivem em abrigos improvisados construídos com capim e paus e, durante a sua estadia, os jovens aprendem competências essenciais como o pastoreio, a criação de animais e a auto-suficiência.

De facto, o gado é muito valorizado pelos Mundari e a sua posse é uma fonte de orgulho e de estatuto social. O gado é utilizado para obter leite e carne, mas também como moeda de troca para dotes de casamento e outras transacções sociais.

No entanto, o modo de vida dos Mundari tem sido ameaçado nos últimos anos por conflitos armados e deslocações causadas pela instabilidade política no Sudão do Sul. Apesar destes desafios, a tribo continua a manter a sua profunda ligação ao seu gado e a preservar as suas tradições culturais.
 

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Este flamingo-comum tem uma característica que o distingue dos congéneres e foi essa particularidade que cativou o fotógrafo Hugo Marques.

Dois dias após o Natal de 2023, uma ave em particular chamou a atenção de Hugo Marques durante um passeio pela Estrada do Zambujal como vista para o estuário do Sado. Porquê? Distinguia-se das suas companheiras por ter uma deformação no bico. A deformação, ou "diferença", como lhe chama o autor desta fotografia, porém, não a impedia de se alimentar.

Na verdade, Hugo estava perante um flamingo-comum (Phoenicopterus roseus), uma ave bastante abundante nos estuários do Sado e do Tejo, podendo ser observada praticamente todo o ano em várias zonas do continente, apesar de não ser nidificante por cá. Mas nem sempre foi assim: antes da década de 1980 eram de facto bastante raras as observações no nosso país desta emblemática ave.

 

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Esta imagem, captada pelo telescópio Hubble, mostra os filamentos resultantes da explosão de uma supernova na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia situada a cerca de 160.000 anos-luz da Terra.


A imagem lembra-nos que o céu está em constante transformação: os vestígios de uma explosão ocorrida há muito tempo continuam a brilhar e, graças à tecnologia, podemos testemunhar a sua história actualmente.

A Nuvem de Magalhães é uma das nossas vizinhas cósmicas mais próximas e um verdadeiro laboratório para os astrónomos: lá, os cientistas estudam fenómenos como a formação de estrelas e as consequências do seu fim.


Quando uma estrela massiva esgota o seu combustível, o seu núcleo colapsa e explode, libertando energia e materiais que formam esta imagem tão bela quanto apocalíptica. Estas nuvens contêm os elementos que acabarão por formar novas estrelas e planetas, reiniciando o ciclo. Cada supernova é, portanto, uma despedida violenta que prepara o terreno para novos começos.



 
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