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GF Platina
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Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, que os historiadores, sociólogos, polícias e políticos, se dedicam-se a tentar definir o que é o crime organizado. Outros indivíduos, desde o chefe do FBI, J. Edgar Hoover, até ao Senador do Estado do Nevada (E.U.A.), Patrick McCarran, e ao líder dos camionistas, Jimmy Hoffa, responderam que a Máfia não existe na América e em nenhuma parte do mundo.
“O crime organizado é em primeiro lugar e acima de tudo, um negócio de dinheiro, e a sua especialidade é o dinheiro cuja origem é indetectável.”
O que é o crime organizado?
O crime organizado refere-se a organizações caracterizadas por uma estrutura hierarquizada, interesses diversificados, acumulação de capitais, acesso e protecção por parte dos políticos e grande longevidade. Seja qual for a sua definição, o crime organizado é um empreendimento económico, diferente dos grupos terroristas, que cometem crimes brutais motivados por razões políticas ou religiosas. Ao longo da história, o crime organizado serviu ou comandou políticos e influenciou e corrompeu os maiores partidos políticos e igrejas.
Em cada país, os grupos do crime organizado recebem um nome próprio:
- Assim costuma-se chamar de Máfia (do italiano maffia) ao crime organizado italiano e ítalo-americano;
- Tríade à Máfia chinesa;
- Yakuza à Máfia japonesa;
- Cartel ao colombiano e mexicano;
- Bratva ao russo e ucraniano.
A versão brasileira mais próxima disso são os Comandos ou Falanges, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas, sequestros e comércio de automóveis roubados seja através de esquema de exportação e importação ou comércio de sua peças em lojas de sucata socialmente reconhecidas e valorizadas.
Qual a diferença entre Gangues e Gângsteres?
Em termos modernos, os gangues são grupos de indivíduos que partilham algum aspecto de identidade comum: raça, religião, origem nacional, e até podem ser do mesmo bairro. Envolvem-se em actividades criminosas por motivos de ganância, racismo, vingança, orgulho étnico ou defesa do território. Historicamente, muitos membros de gangues oferecem-se como «gorilas» ou assassinos mercenários durante as campanhas eleitorais e disputas laborais.
Um gângster é um membro de uma organização criminosa que está envolvido em alguma actividade ilícita como contrabando, jogo, prostituição, tráfico de drogas, etc. A origem dos gângsteres aconteceu nos Estados Unidos, quando a Emenda 18 (1919) proibiu a produção e venda de bebidas alcoólicas. Assim, surgiram várias quadrilhas que faziam o contrabando de álcool. Mais tarde, quando a Emenda 18 ficou sem efeito, ocorreram várias tentativas para desmantelar as organizações criminosas comandadas pelos gângsters, mas isso não foi possível, porque elas já tinham atingido uma grande força e autonomia. Alguns dos contrabandistas mais famosos dessa altura foram Al Capone (em Chicago) e Lucky Luciano (em Nova Iorque).
Na terminologia americana, os gangues são distinguidos das máfias, e os gângsteres dos mafiosos, referindo-se o último termo a criminosos mais velhos, envolvidos em empreendimentos criminosos de longo prazo. Infelizmente, os meios de comunicação social e mesmo a própria polícia usa o termo «gângster» a todo o tipo de criminosos.
Exemplo notável dessa ignorância: No Website do FBI, surge uma declaração de que a agência prendeu todos os principais gângsteres (sendo alguns condenados à morte) em 1936. Na realidade, o FBI só prendeu apenas bandos rurais e raptores, ignorando despreocupadamente a Máfia nas suas várias formas.
Depois de negaram publicamente a existência da Máfia, desde 1924 até 1961, o FBI descobriu subitamente La Cosa Nostra, através de um informador, Joe Valachi, que revelou ao mundo a sua versão dos trabalhos internos daquela organização. Paul Lunde, na introdução do seu livro "Crime Organizado" (2004), refere que o crime organizado genuíno difere dos gangues de rua, como os Bloods e os Crips, não apenas no grau de organização e objectivos, mas também porque o crime organizado acumula capital e reinveste-o. Essa acumulação de capital permite subornar agentes policiais e funcionários públicos, os quais por seu turno, garantem medidas de protecção a criminosos e organizações criminosas específicas. Não obstante, os Bloods e Crips são gângsteres, equipados com armas e a ganhar milhões de dólares por ano, através da venda de droga e outro contrabando, e recrutam membros por todo o país, e até no estrangeiro.
Existem outro grupo de criminosos: os gangues de motociclistas fora-da-lei, que se dedicam ao tráfico de drogas e armas, mas raramente, entram em conflitos com a polícia. Apesar de haver tendência de alguns gangues motards assaltarem ou matarem polícias, advogados de acusação e juízes, não houve até agora, nenhuma ligação provada entre estes motoqueiros e agentes de autoridade.
A Diferença entre Submundo e Supramundo
O Submundo é o nome dado ao tenebroso mundo criminoso, onde gângsteres, gangues e mafiosos, engendram os seus golpes, conduzem os seus negócios ilícitos.
O Supramundo é o nome dado a personalidades importantes, do mundo político e económico, como empresários, políticos, militares, etc, que se envolvem em corrupção na economia legal.
Olhando os jornais e os noticiários televisivos, não se nota diferenças nos actos criminosos praticados tanto pelo submundo (negócios ilegais) e Supramundo (corrupção). A história está cheia de reis e papas, ministros e presidentes, que agiram à escala nacional ou global, como gângsters, aceitando e pagando subornos, ignorando ou subvertendo a legislação e as decisões judiciais que constituíam obstáculos à sua demanda por riqueza e poder.
“O crime organizado é em primeiro lugar e acima de tudo, um negócio de dinheiro, e a sua especialidade é o dinheiro cuja origem é indetectável.”
O que é o crime organizado?
O crime organizado refere-se a organizações caracterizadas por uma estrutura hierarquizada, interesses diversificados, acumulação de capitais, acesso e protecção por parte dos políticos e grande longevidade. Seja qual for a sua definição, o crime organizado é um empreendimento económico, diferente dos grupos terroristas, que cometem crimes brutais motivados por razões políticas ou religiosas. Ao longo da história, o crime organizado serviu ou comandou políticos e influenciou e corrompeu os maiores partidos políticos e igrejas.
Em cada país, os grupos do crime organizado recebem um nome próprio:
- Assim costuma-se chamar de Máfia (do italiano maffia) ao crime organizado italiano e ítalo-americano;
- Tríade à Máfia chinesa;
- Yakuza à Máfia japonesa;
- Cartel ao colombiano e mexicano;
- Bratva ao russo e ucraniano.
A versão brasileira mais próxima disso são os Comandos ou Falanges, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas, sequestros e comércio de automóveis roubados seja através de esquema de exportação e importação ou comércio de sua peças em lojas de sucata socialmente reconhecidas e valorizadas.
Qual a diferença entre Gangues e Gângsteres?
Em termos modernos, os gangues são grupos de indivíduos que partilham algum aspecto de identidade comum: raça, religião, origem nacional, e até podem ser do mesmo bairro. Envolvem-se em actividades criminosas por motivos de ganância, racismo, vingança, orgulho étnico ou defesa do território. Historicamente, muitos membros de gangues oferecem-se como «gorilas» ou assassinos mercenários durante as campanhas eleitorais e disputas laborais.
Um gângster é um membro de uma organização criminosa que está envolvido em alguma actividade ilícita como contrabando, jogo, prostituição, tráfico de drogas, etc. A origem dos gângsteres aconteceu nos Estados Unidos, quando a Emenda 18 (1919) proibiu a produção e venda de bebidas alcoólicas. Assim, surgiram várias quadrilhas que faziam o contrabando de álcool. Mais tarde, quando a Emenda 18 ficou sem efeito, ocorreram várias tentativas para desmantelar as organizações criminosas comandadas pelos gângsters, mas isso não foi possível, porque elas já tinham atingido uma grande força e autonomia. Alguns dos contrabandistas mais famosos dessa altura foram Al Capone (em Chicago) e Lucky Luciano (em Nova Iorque).
Na terminologia americana, os gangues são distinguidos das máfias, e os gângsteres dos mafiosos, referindo-se o último termo a criminosos mais velhos, envolvidos em empreendimentos criminosos de longo prazo. Infelizmente, os meios de comunicação social e mesmo a própria polícia usa o termo «gângster» a todo o tipo de criminosos.
Exemplo notável dessa ignorância: No Website do FBI, surge uma declaração de que a agência prendeu todos os principais gângsteres (sendo alguns condenados à morte) em 1936. Na realidade, o FBI só prendeu apenas bandos rurais e raptores, ignorando despreocupadamente a Máfia nas suas várias formas.
Depois de negaram publicamente a existência da Máfia, desde 1924 até 1961, o FBI descobriu subitamente La Cosa Nostra, através de um informador, Joe Valachi, que revelou ao mundo a sua versão dos trabalhos internos daquela organização. Paul Lunde, na introdução do seu livro "Crime Organizado" (2004), refere que o crime organizado genuíno difere dos gangues de rua, como os Bloods e os Crips, não apenas no grau de organização e objectivos, mas também porque o crime organizado acumula capital e reinveste-o. Essa acumulação de capital permite subornar agentes policiais e funcionários públicos, os quais por seu turno, garantem medidas de protecção a criminosos e organizações criminosas específicas. Não obstante, os Bloods e Crips são gângsteres, equipados com armas e a ganhar milhões de dólares por ano, através da venda de droga e outro contrabando, e recrutam membros por todo o país, e até no estrangeiro.
Existem outro grupo de criminosos: os gangues de motociclistas fora-da-lei, que se dedicam ao tráfico de drogas e armas, mas raramente, entram em conflitos com a polícia. Apesar de haver tendência de alguns gangues motards assaltarem ou matarem polícias, advogados de acusação e juízes, não houve até agora, nenhuma ligação provada entre estes motoqueiros e agentes de autoridade.
A Diferença entre Submundo e Supramundo
O Submundo é o nome dado ao tenebroso mundo criminoso, onde gângsteres, gangues e mafiosos, engendram os seus golpes, conduzem os seus negócios ilícitos.
O Supramundo é o nome dado a personalidades importantes, do mundo político e económico, como empresários, políticos, militares, etc, que se envolvem em corrupção na economia legal.
Olhando os jornais e os noticiários televisivos, não se nota diferenças nos actos criminosos praticados tanto pelo submundo (negócios ilegais) e Supramundo (corrupção). A história está cheia de reis e papas, ministros e presidentes, que agiram à escala nacional ou global, como gângsters, aceitando e pagando subornos, ignorando ou subvertendo a legislação e as decisões judiciais que constituíam obstáculos à sua demanda por riqueza e poder.