Olá Visitante,
Está a decorrer o 6º Sorteio Gforum onde vamos sortear um Smartphone Samsung A15 4G 256GB - Preto) para ajudar com as despesas do servidor, se quiser participar, pode fazê-lo no seguinte endereço: 6º Sorteio Gforum: Smartphone Samsung A15 4G 256GB - Preto
Parlamentar russo apoia participação de mercenários cubanos na guerra
O presidente da comissão de Defesa da Duma (Câmara dos Deputados) russa defendeu hoje a inclusão de mercenários cubanos nas fileiras do Exército russo na Ucrânia, após denúncias norte-americanas da sua participação no conflito.
"Ninguém pode proibir um patriota cubano normal de amar a Rússia, porque estivemos tantas vezes em Cuba que a atitude em relação ao nosso país é realmente a mais calorosa", declarou Andrei Kartapolov à imprensa russa, observando: "Não é nada estranho que os jovens cubanos queiram ajudar o nosso país".
Kartapolov deu as boas-vindas a "todos aqueles que querem ajudar o país na justa luta contra o fascismo mundial, aqueles que querem juntar-se às Forças Armadas da Rússia".
Esta semana, as duas câmaras do parlamento russo ratificaram o acordo intergovernamental de cooperação militar com Cuba, numa altura em que os Estados Unidos denunciam o envolvimento em grande número de mercenários cubanos na guerra na Ucrânia, desencadeada a 24 de fevereiro de 2022 pela invasão russa do país vizinho.
Esta ratificação ocorreu dias depois de o Departamento de Estado norte-americano ter distribuído um memorando interno aos seus diplomatas denunciando que entre 1.000 e 5.000 cubanos foram recrutados como mercenários para o Exército russo, fazendo de Cuba um dos principais fornecedores de combatentes estrangeiros.
"A seguir à Coreia do Norte, Cuba tornou-se a maior fonte de mercenários estrangeiros para o Exército russo", lê-se no memorando norte-americano, que acusou Havana de "não ter protegido os cidadãos de serem usados como peões na guerra russo-ucraniana".
Em maio passado, a Assembleia da Resistência Cubana denunciou na cidade norte-americana de Miami que a Rússia tinha recrutado cerca de 20.000 cubanos para a guerra contra a Ucrânia, com o apoio do Governo cubano, dos quais entre 200 e 300 terão morrido em combate.
Cuba e Rússia, aliados tradicionais desde a era soviética, reforçaram as relações bilaterais nos últimos anos e ainda mais agora, quando a ilha atravessa a pior crise económica das últimas três décadas, com escassez de bens de primeira necessidade e uma inflação em espiral, acentuada pelas debilidades estruturais da produção e pelas recorrentes avarias do sistema elétrico.
Rússia lança 679 ataques contra Zaporijia e faz pelo menos dois mortos
As forças invasoras russas lançaram 679 ataques contra a região ucraniana de Zaporijia em 24 horas, provocando pelo menos dois mortos -- uma mulher de 66 anos e uma criança de sete -- e 11 feridos, informou hoje fonte oficial ucraniana.
"No total, durante o último dia, os ocupantes realizaram 679 ataques contra 14 localidades da região de Zaporijia", escreveu o chefe da administração militar regional, Ivan Fedorov, na rede social Telegram.
Entre os ataques registaram-se quatro lançamentos de mísseis contra a cidade de Zaporijia e 11 ataques aéreos contra Bilenke, Zaliznychne, Uspenivka, Malynivka e Poltavka, além de numerosos ataques com drones.
Segundo Fedorov, foram registados 68 casos de danos em edifícios de vários andares, habitações particulares, automóveis e infraestruturas sociais.
Múltiplas explosões ouvidas em Kyiv com rede energética como alvo
Múltiplas explosões foram ouvidas durante a madrugada em Kiev, com o Governo ucraniano a relatar "ataques maciços" às infraestruturas energéticas do país e pelo menos oito feridos na capital e três em Zaporijia (centro).
"A capital do país está a ser alvo de um ataque inimigo com mísseis balísticos e de um ataque maciço com drones de ataque", informou a Força Aérea na plataforma de mensagens Telegram, apelando à população para permanecer em abrigos.
Jornalistas da agência de notícias France-Presse, em Kiev, ouviram várias explosões, bem como o zumbido de drones de ataque.
"O inimigo está a atacar as infraestruturas essenciais da cidade", afirmou o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, dando conta de cortes de energia.
De acordo com informações não confirmadas até ao momento em canais do Telegram, uma central térmica que abastece Kiev foi atingida.
Em todo o país, "os russos estão a infligir ataques maciços à infraestrutura energética ucraniana", denunciou o Ministério da Energia, na rede social Facebook.
Pelo menos oito pessoas ficaram feridas em Kiev e três na região de Zaporijia, indicaram as autoridades locais.
A Rússia bombardeia diariamente as cidades ucranianas desde o início da invasão do país, em fevereiro de 2022, visando mais particularmente as infraestruturas energéticas com a aproximação do inverno.
Ucrânia: Cortes de energia em pelo menos sete regiões após ataques russos
O Ministério da Energia da Ucrânia anunciou hoje cortes de energia em pelo menos sete regiões do norte, leste, centro e sul do país, após ataques russos à rede elétrica.
"Devido à difícil situação no sistema energético" provocada "pelos ataques russos (...) cortes de energia de emergência foram implementados esta manhã nas regiões de Kharkiv, Sumy, Poltava, Donetsk, Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia (para consumidores industriais) e Kirovograd", informou o ministério em comunicado.
Do outro lado do conflito, o ministro da Defesa russo informou hoje na rede social Telegram que as defesas aéreas russas abateram 120 drones ucranianos na noite passada e no início desta manhã sobre quatro regiões ucranianas e a Crimeia anexada.
De acordo com o comando militar russo, os ataques aéreos concentraram-se na península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, onde foram abatidas 54 aeronaves não tripuladas.
Além disso, as defesas aéreas destruíram 19 drones sobre o Mar Negro e dois sobre o Mar de Azov, cujas águas fazem fronteira com a península da Crimeia.
As restantes aeronaves foram intercetadas e abatidas nas regiões de Astracã (26), Rostov (14), Belogorod (uma) e na República da Calmúquia (uma), uma federação budista russa localizada no sul do país.
Devido ao ataque aéreo, os aeroportos das cidades de Astracã, Krasnodar, Volgogrado e Gelendzhik suspenderam temporariamente as suas operações, que foram retomadas assim que cessaram as ameaças à segurança dos voos.
Moscovo insiste nos ataques a infraestruturas elétricas em várias regiões
Os ataques russos da última noite provocaram danos em infraestruturas de eletricidade e gás nas regiões ucranianas de Donetsk, Odesa e Chernihiv, informou o Ministério da Energia ucraniano.
Pelo terceiro dia consecutivo, ocorreram ataques direcionados contra as redes de transportes de eletricidade e de gás, e atualmente os serviços de emergência estão a trabalhar para estabilizar o fornecimento de energia onde este foi afetado.
Em Odessa, uma instalação de gás e um anexo foram danificados e houve incêndios, que foram rapidamente extintos pelos socorristas, disse o chefe da administração regional, Oleh Kipper. Uma pessoa ficou ferida.
Também houve impactos numa instalação de infraestrutura energética e no edifício da administração estatal do distrito, sem que houvesse vítimas.
A região de Donetsk está sem eletricidade devido ao bombardeamento matinal do inimigo sobre a infraestrutura energética, informou o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin, no Telegram.
"De manhã, os russos voltaram a atacar a nossa infraestrutura energética. Os especialistas já começaram as reparações e estão a fazer o possível para restabelecer o fornecimento. No entanto, a magnitude dos danos e o momento da restauração ainda não foram determinados", disse Filashkin.
As tropas russas atacaram assentamentos na região de Chernihiv 59 vezes em 24 horas, disse o chefe da administração militar regional de Chernihiv, Viacheslav Chaus.
No distrito de Nizhyn, um drone inimigo atacou também uma instalação de energia, e na comunidade de Horodnia, um drone atacou um veículo especial.
Em Semenivka, o ataque de um drone FPV causou um incêndio num prédio residencial de dois apartamentos. A explosão danificou o teto, um carro e as janelas de um edifício vizinho. O fogo foi extinto pelo Serviço Estadual de Emergências.
Entretanto, as defesas aéreas russas neutralizaram 32 drones ucranianos nas regiões de Belgorod, Briansk e Smolensk, informou hoje o Ministério da Defesa russo.
No decorrer da noite passada, as defesas aéreas destruíram 32 drones ucranianos de asa fixa, informou o comando militar russo no Telegram.
Trump avisa Rússia de eventual envio de mísseis se guerra não for resolvida
O Presidente norte-americano, Donald Trump, avisou hoje a Rússia que poderá enviar mísseis de longo alcance Tomahawk para a Ucrânia se Moscovo não resolver a guerra em breve.
"Eu poderia dizer: 'Olhem: se esta guerra não for resolvida, vou enviar-lhes mísseis Tomahawk'", afirmou Trump em declarações aos jornalistas a bordo do Air Force One (avião presidencial), durante a viagem para Israel.
"O Tomahawk é uma arma incrível, uma arma muito ofensiva. E, honestamente, a Rússia não precisa disso", prosseguiu.
E acrescentou: "Posso dizer-lhes que, se a guerra não for resolvida, podemos muito bem fazê-lo, podemos não fazê-lo, mas podemos fazê-lo. Acho que é apropriado mencionar isso".
Estas declarações de Trump surgem depois de ter mantido este fim de semana uma nova conversa telefónica com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
No sábado, Zelensky afirmou que exortou o homólogo norte-americano a negociar a paz na Ucrânia, durante uma conversa telefónica que considerou "muito positiva e produtiva".
"Felicitei o Presidente Donald Trump pelo seu sucesso e pelo acordo sobre o Médio Oriente que conseguiu alcançar, o que é um feito excecional. Se uma guerra pode ser travada numa região, então outras guerras também podem certamente ser travadas, incluindo a guerra travada pela Rússia", escreveu Zelensky nas redes sociais.
A 02 de outubro, o Presidente russo alertou que a eventual entrega de mísseis norte-americanos Tomahawk à Ucrânia, uma arma que descreveu como poderosa, constitui uma ameaça para o seu país e irá agravar as relações com os Estados Unidos.
"Já não é tão moderna, mas é potente e representa uma ameaça (...). Os Tomahawks podem causar-nos danos? Podem. Mas vamos desenvolver os nossos sistemas de defesa aérea. Será que vai prejudicar as nossas relações [com os Estados Unidos], onde há uma luz ao fundo do túnel? Claro que sim", disse na ocasião Vladimir Putin.
O vice-presidente norte-americano, JD Vance, já tinha admitido que Washington estava a considerar, pela primeira vez desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a autorização do envio de mísseis de precisão Tomahawk para a Ucrânia.
Estes mísseis têm um alcance de 2.500 quilómetros e deixariam vulneráveis vários alvos importantes em território russo.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Kiev acusou a Rússia de ataque contra uma coluna humanitária da ONU
Uma coluna de veículos das Nações Unidas com ajuda humanitária foi alvo de um ataque russo hoje na região de Kherson, no sul da Ucrânia, disse o governador regional ucraniano, Oleksandr Prokudin.
De acordo com o governador, citado pela Agência France-Presse, não se registaram vítimas.
Prokudin acrescentou que os quatro veículos, identificados com o símbolo da ONU, transportando várias toneladas de ajuda humanitária, foi "deliberadamente" atacado na cidade de Bilozerka por aparelhos aéreos não tripulados (drones) e artilharia da Rússia.
Um dos veículos foi incendiado e outro ficou gravemente danificado.
Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia indicou também que os veículos do Programa Alimentar Mundial da ONU foi atacado pelas forças russas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, através das redes sociais, apelou diretamente aos Estados membros da ONU para que condenassem o ataque.
A Rússia já atingiu comboios humanitários posicionados em zonas próximas das linhas da frente na Ucrânia.
Na região de Kherson, parcialmente ocupada pela Rússia, foram documentados inúmeros casos de ataques com drones contra civis
Rússia ataca central termoelétrica da Naftogaz na Ucrânia
A Rússia atacou hoje uma central termoelétrica da Naftogaz, na terceira ofensiva militar contra instalações da empresa energética ucraniana na última semana, segundo um comunicado da companhia.
A Rússia atacou hoje uma central termoelétrica da Naftogaz, na terceira ofensiva militar contra instalações da empresa energética ucraniana na última semana, segundo um comunicado da companhia.
No curto texto relata-se que as infraestruturas de produção de gás daquela empresa foram alvo de ataques nas regiões de Kharkiv, Sumy e Chernigiv, sem especificar onde aconteceu o mais recente.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, argumentando querer proteger minorias separatistas, a leste, e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após desagregação da antiga União Soviética -- o qual tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da União Europeia.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014 pelo regime de Putin.
No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia e renuncie para sempre aderir à Organização do Tratado do Atlântico-Norte (NATO, na sigla inglesa).
Estas condições são consideradas inaceitáveis pelo presidente ucraniano, Zelensky, que, juntamente com aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de um mês antes sequer de negociações com o Kremlin.
Ataques russos levam a cortes de eletricidade em quase toda a Ucrânia
A empresa estatal de fornecimento de energia ucraniana, Ukrenergo, anunciou hoje que estão em curso cortes de eletricidade em praticamente toda a Ucrânia devido aos danos nas infraestruturas elétricas causados pelos ataques russos.
"Devido à situação complexa no sistema energético da Ucrânia, foram introduzidos cortes de eletricidade de emergência em todas as regiões", exceto na região de Donetsk (leste), onde se concentram os combates, informou a Ukrenergo na rede social Telegram, num sinal de agravamento da situação face ao dia anterior.
"Estão em curso trabalhos de restabelecimento de emergência em todas as regiões afetadas pelos bombardeamentos", acrescentou o operador nacional, apelando aos residentes para utilizarem a eletricidade disponível "com moderação".
Na terça-feira à noite, já tinham sido impostas restrições ao fornecimento elétrico em oito das 24 regiões do país.
O operador privado DTEK anunciou também cortes de eletricidade em várias regiões, incluindo Lviv (oeste), Odessa (sul) e em toda a região de Kyiv.
Nas últimas semanas, a Rússia tem intensificado os ataques contra infraestruturas energéticas e a rede ferroviária ucranianas com a aproximação do inverno, fazendo temer uma nova campanha, tal como em anos anteriores, que poderá mergulhar milhões de pessoas na escuridão.
Na semana passada já tinham ocorrido cortes de eletricidade em todo o país, afetando durante várias horas parte da capital.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Moscovo de procurar "semear o caos" entre a população com estes bombardeamentos, que também afetaram o setor do gás.
Por seu lado, a Ucrânia tem visado regularmente refinarias de petróleo e oleodutos em território russo com drones, numa estratégia que provocou, desde o verão, uma subida dos preços dos combustíveis na Rússia.
O exército ucraniano atingiu também recentemente uma central elétrica na região russa fronteiriça de Belgorod, provocando igualmente cortes de eletricidade.
Ataque na Ucrânia 'suspende' funcionamento de unidade de produção de gás
Um ataque russo com mísseis e drones obrigou hoje à suspensão das operações numa unidade de processamento de gás na região de Poltava, no centro da Ucrânia, segundo revelou a empresa privada ucraniana proprietária da unidade (DTEK).
"Durante a noite, o inimigo voltou a atacar as infraestruturas da DTEK Naftogaz com drones e mísseis. Como resultado do ataque, as operações das unidades de produção de gás foram interrompidas", refere um comunicado da empresa, cujas centrais elétricas têm sido repetidamente atacadas pela Rússia durante a guerra na Ucrânia.
A empresa estatal de gás ucraniana, Naftogaz, explicou na quarta-feira que as suas instalações sofreram três ataques russos nos últimos oito dias.
Este outono, a Rússia está a realizar uma nova campanha de bombardeamentos contra as infraestruturas de eletricidade e gás ucranianas, o que obrigou Kiev a reintroduzir cortes esporádicos de energia nalgumas regiões e a importar mais 30% de gás do que aquele que planeava comprar no estrangeiro para garantir o abastecimento no inverno.
Entretanto, as defesas aéreas russas disseram que abateram na noite passada 51 drones ucranianos de asa fixa sobre sete regiões do país e da península anexada da Crimeia, informou o Ministério da Defesa russo no seu canal do Telegram.
De acordo com o relatório militar, o maior número de drones abatidos foi registado nas regiões de Saratov (12), Volgogrado (11) e Rostov (8), sendo esta última a única que faz fronteira com a Ucrânia.
As defesas aéreas, acrescentou o Ministério da Defesa, abateram seis drones sobre a Crimeia e outros dois sobre os mares Negro e Azov, cujas águas fazem fronteira com a península anexada por Moscovo em 2014.
Os outros drones, especificou o comando militar russo, foram intercetados e destruídos sobre as regiões de Bryansk (4), Voronezh (4), Belgorod (3) e Kursk (1), todas elas fronteiriças com a Ucrânia.
Devido ao ataque com drones, os aeroportos de Volgogrado, Samara e Tambov suspenderam temporariamente as operações para garantir a segurança dos voos.
Entrega de mísseis Tomahawk a Kyiv tornaria conflito "a guerra de Trump"
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou que o fornecimento à Ucrânia de mísseis norte-americanos Tomahawk tornaria o conflito russo-ucraniano a "guerra de Trump".
"Além de transformar a 'guerra de Joe Biden' (ex-presidente norte-americano) na 'guerra de Donald Trump', isto levará a uma escalada muito séria de tensões entre a Rússia e os Estados Unidos. Não tenho dúvidas de que eles compreendem isso", disse Lavrov em entrevista ao jornal Kommersant.
O Presidente norte-americano, que costuma referir-se à invasão russa da Ucrânia como "a guerra de Joe Biden", tem sugerido abertura a fornecer a Kyiv mísseis Tomahawk, de longo alcance e elevada eficácia, por forma a pressionar Moscovo a negociar um fim do conflito.
"Ninguém que esteja ciente (da operação de Tomahawk) nega que apenas as forças armadas do país que os fabrica são capazes de lidar com estes sistemas", argumentou o ministro russo.
Os mísseis BGM-109 Tomahawk poderiam alcançar cidades, infraestruturas militares e energéticas ainda mais no interior da Rússia do que os 'drones' ucranianos, que têm atacado com sucesso refinarias, comprometendo a atividade que financia o esforço de guerra russo.
Lavrov disse não ter feito qualquer contacto com Washington sobre os Tomahawk, presumindo que na Casa Branca "haja pessoas muito inteligentes e experientes, que compreendem tudo perfeitamente por si próprias" que este seria "um passo muito perigoso".
O fornecimento destes mísseis "levaria a situação (da guerra na Ucrânia) a um nível completamente diferente", frisou.
O secretário da Defesa norte-americano, Peter Hegseth, anunciou hoje que haverá mais armamento dos Estados Unidos na NATO para conseguir "paz através da força" e disse esperar uma resolução pacífica em breve para o conflito na Ucrânia.
À entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, Hegseth revelou que está para breve a compra de armamento norte-americano pelos países europeus da NATO, para depois serem utilizadas pela Ucrânia na sua defesa contra o invasor russo e "alcançar a paz".
Os governantes dos 32 Estados-membros da NATO discutem hoje no quartel-general da organização político-militar o apoio à Ucrânia com a aproximação do inverno, em altura de intensificação dos bombardeamentos russos a infraestruturas energéticas ucranianas e 'congelamento' das linhas da frente, por causa da deterioração das condições no terreno.
À entrada para a reunião ministerial, Hegseth não falou sobre a possibilidade de a Ucrânia receber os mísseis Tomahawk, diretamente dos EUA ou através das aquisições feitas pelos Estados-membros europeus.
Na semana passada, o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou que o fornecimento de mísseis Tomahawk à Ucrânia significaria uma séria escalada com Washington, garantindo que a Rússia responderia reforçando as suas defesas antimíssil.
Na entrevista, Lavrov referiu ainda a recente proposta do Presidente russo de prolongar por um ano, o acordo START III (Novo START), o último acordo de controlo de armas entre a Rússia e os EUA, referindo que o Kremlin continua em suspenso.
Moscovo está em contacto com representantes do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional norte-americanos, que "consideram positivamente a proposta de Putin", mas manifestam receio em relação ao aproveitamento pela China, que tem vindo a expandir o seu arsenal nuclear, adiantou.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
No plano diplomático, a Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda pelo menos quatro regiões - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia, anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).
Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.
Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.