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"Parem de enviar armas para Israel", pede Abbas na ONU
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, pediu hoje nas Nações Unidas o fim do "genocídio" em Gaza e do envio de armamento para Israel, num discurso em que advogou que Israel não "merece" ser membro da ONU.
"Parem o genocídio. Parem de enviar armas para Israel", instou Abbas perante a Assembleia-Geral da ONU, quase um ano após o início da campanha militar israelita na Faixa de Gaza em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.
"Parem com este crime. Parem com isso agora. Parem de matar crianças e mulheres", insistiu, acrescentando: "Esta loucura tem de parar. O mundo inteiro é responsável pelo que a nossa população está a sofrer em Gaza e na Cisjordânia".
O líder palestiniano, que foi recebido com aplausos da maioria dos presentes na Assembleia, atacou Israel durante o seu discurso, acusando mais uma vez Telavive de "ocupação" e "genocídio" nos territórios palestinianos.
"Israel, que se recusa a aplicar as resoluções das Nações Unidas, não merece ser membro desta organização internacional", defendeu, lamentando que os Estados Unidos, aliado do Estado judaico, tenham bloqueado, através do seu direito de veto no Conselho de Segurança, a adesão à ONU, como membro pleno, dos palestinianos, que hoje têm estatuto de observador.
"A ocupação vai acabar, vai acabar, vai acabar", concluiu Abbas.
A reação de Israel foi rápida, através do seu novo embaixador nas Nações Unidas.
"Abbas falou durante 26 minutos sem pronunciar uma só vez a palavra 'Hamas'. Desde o massacre de 07 de outubro, Abbas não condenou o Hamas pelos seus crimes contra a humanidade", atacou Danny Danon num comunicado.
O diplomata israelita acusou a Autoridade Palestiniana, sob o comando de Abbas, de "pagar os salários dos terroristas que matam israelitas".
Antes disso, o Presidente palestiniano tinha reiterado o seu apelo e o da comunidade internacional para a retomada das negociações com vista a uma "solução de dois Estados" - israelita e palestiniano -, um processo que tinha parado completamente.
Abbas também atacou os Estados Unidos, aliado militar e diplomático de Israel, que continua a fornecer milhares de milhões de dólares em assistência, inclusive desde a ofensiva armada na Faixa de Gaza.
Washington "forneceu a Israel armas letais que utiliza para matar milhares de civis, mulheres e crianças inocentes" e "isto encorajou Israel a continuar a sua agressão", acusou o líder palestiniano.
Israel interceta "com sucesso" míssil lançado desde o Iémen
As Forças Armadas de Israel (IDF) divulgaram na quinta-feira à noite que intercetaram, ainda fora de território israelita, um míssil lançado a partir do Iémen, num momento de escalada de tensões no Médio Oriente.
Num comunicado na rede social Telegram, as IDF detalharam que o sistema de defesa aérea 'Arrow' intercetou "com sucesso" um míssil lançado do Iémen que ativou sirenes antiaéreas no centro do país.
"Os alarmes e explosões ouvidos foram o resultado do processo de interceção e dos fragmentos caídos", explicaram ainda, num comunicado publicado no seu 'site'.
O míssil foi presumivelmente lançado pelos rebeldes Huthis do Iémen, que têm executado vários ataques contra território israelita e contra navios com algum tipo de ligação israelita em resultado da ofensiva desencadeada por Israel contra Gaza, em resposta aos ataques realizados em 07 de outubro em território israelita pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Os Huthis, apoiados pelo Irão, controlam a capital do Iémen, Sana, e zonas do norte e oeste do país desde 2015.
Além da ofensiva em Gaza, Israel intensificou a campanha de ataques contra o Líbano desde segunda-feira, com o objetivo de destruir o movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O exército israelita anunciou hoje novos ataques contra o Hezbollah no leste do Líbano, depois de ter bombardeado durante a noite os subúrbios do sul de Beirute, reduto do movimento islamita armado.
O exército está "atualmente a atacar alvos (...) pertencentes à organização terrorista Hezbollah na região de Bekaa", no leste do Líbano, afirmou, em comunicado.
As forças israelitas indicaram também que as sirenes de alerta tinham soado no norte de Israel, depois de o movimento xiita libanês ter afirmado lançado foguetes contra a zona.
Em comunicado, o grupo islamita pró-iraniano afirmou que o alvo foi o 'kibbutz' Kabri, no norte de Israel, contra o qual lançou foguetes Fadi-1, em resposta aos "ataques bárbaros" israelitas "contra cidades, aldeias e civis" no Líbano.
Líbano anuncia que vai evacuar hospitais do sul de Beirute
Os hospitais dos subúrbios do sul de Beirute vão ser evacuados, anunciou hoje o Ministério da Saúde libanês no sábado, depois de uma noite de ataques israelitas contra este bastião do Hezbollah.
Os doentes destes hospitais vão ser retirados evacuados para outros estabelecimentos "não afetados pela agressão israelita", disse.
O Ministério pediu aos estabelecimentos que vão receber doentes dos hospitais dos subúrbios do sul de Beirute para "deixarem de receber casos não urgentes até ao final da próxima semana".
As autoridades libanesas ainda não atualizaram o número de mortos, na sequência dos ataques israelitas efetuados esta madrugada contra o movimento xiita libanês Hezbollah.
Na plataforma de mensagens Telegram, o exército israelita afirmou que estava a realizar novos ataques em Beirute, visando edifícios civis que alegadamente albergavam depósitos de armas, fábricas de munições e centros de comando do Hezbollah.
Também o canal local Al-Manar do movimento islamita pró-iraniano relatou "sucessivos ataques sionistas", que visaram pelo menos cinco bairros nos subúrbios do sul.
O Hezbollah negou "as alegações" israelitas sobre a presença de depósitos de armas em blocos de apartamentos.
Hezbollah nega depósitos de armas em edifícios civis atacados por Israel
O Hezbollah negou na madrugada de hoje as acusações de Israel sobre a presença de depósitos de armas em edifícios civis, alvo de intensos ataques pelas forças israelitas nos subúrbios a sul de Beirute, um bastião do movimento xiita.
"As alegações do inimigo sionista sobre a presença de armas ou depósitos de armas nos edifícios civis visados nos subúrbios do sul são infundadas", destacou o gabinete de imprensa do Hezbollah, em comunicado.
A agência nacional de informação libanesa (Ani) registou "11 ataques israelitas nos subúrbios do sul" de Beirute durante a noite.
Pelo menos seis pessoas morreram e outras 91 ficaram feridas nos violentos ataques israelitas de sexta-feira contra os subúrbios a sul de Beirute, adiantou o Ministério da Saúde libanês, que reportou mais de 720 vítimas mortais desde segunda-feira, quando Israel intensificou a ofensiva no país vizinho.
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, foi alvo deste primeiro ataque do dia, segundo várias estações de televisão israelitas, que noticiaram a sua morte. Segundo uma fonte próxima do movimento xiita, Nasrallah saiu ileso.
O Hezbollah montou um cordão de segurança em redor do local, pedindo aos jornalistas que se afastassem.
As Forças Armadas de Israel (IDF) apelaram na sexta-feira à noite aos habitantes de várias zonas dos subúrbios a sul de Beirute, bastião do Hezbollah, para se retirarem imediatamente, publicando na rede social X mapas que localizavam vários edifícios potenciais alvos.
Pouco depois, as IDF confirmaram ataques contra três depósitos de armas do Hezbollah escondidos sob edifícios no sul de Beirute.
As forças israelitas divulgaram também ataques contra "alvos terroristas" pertencentes ao movimento xiita na região de Tyr, no sul do Líbano, incluindo "vários edifícios onde o Hezbollah armazenava as suas armas".
As IDF destacaram ainda que não iam permitir que a República Islâmica do Irão entregue armas ao Hezbollah através do aeroporto de Beirute, garantindo que as áreas circundantes estavam atualmente a ser sobrevoadas por caças israelitas.
Também na sexta-feira à noite o Hezbollah reivindicou ataques com 'rockets' contra a cidade de Safed, no norte de Israel, em reação aos violentos ataques israelitas executados ao final da tarde no bastião do grupo xiita, nos subúrbios de Beirute.
Já as Forças Armadas de Israel (IDF) referiram na rede social Telegram ao longo da noite de sexta-feira que registaram mais de 65 projéteis a atravessar o Líbano para território israelita.
"Alguns dos projéteis foram intercetados e foram recebidos relatórios sobre projéteis que caíram na cidade de Safed", destacaram as IDF, reportando projeteis nas regiões da Galileia Central, Baixa Galileia e Galileia Ocidental.
Estas operações militares de Israel seguem-se a quase um ano de guerra na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah.
As autoridades de Telavive argumentam que o grupo xiita ataca o seu país numa base diária a partir de posições do Líbano e as trocas de tiros já levaram à retirada de dezenas de milhares de pessoas da região da fronteira israelo-libanesa.
Esta semana, o comando das Forças Armadas israelitas indicou que está a preparar a possibilidade de uma invasão terrestre no Líbano, com vista a eliminar as capacidades ofensivas do Hezbollah e interromper o seu abastecimento de armas do Irão.
Irão acusa EUA de "cumplicidade" nos "crimes" israelitas em Gaza e Líbano
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano acusou, na sexta-feira, os EUA, principal aliado militar de Israel, de "cumplicidade" nos "crimes" israelitas na Faixa de Gaza e no Líbano.
"Mesmo que o regime israelita tenha de ser responsabilizado pelas atrocidades que comete na Palestina ocupada e no Líbano, não podemos ignorar a cumplicidade americana [dos EUA] nestes crimes", disse Abbas Araqchi, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque.
Antes, avisara que Teerão "não vai ficar indiferente" em caso de estalar uma "guerra aberta" no Líbano, em contexto de intensificação dos bombardeamentos de Israel contra o território libanês nos últimos dias.
"O Irão não será indiferente perante uma guerra aberta no Líbano", disse na sua conta na rede social Telegram, a partir de Nova Iorque, onde se deslocou por ocasião da Assembleia Geral da ONU.
Lamentou, por outro lado, a "incapacidade" e o "fracasso" da comunidade internacional no momento de "acabar com os crimes do regime de ocupação sionista", o que levou, concluiu, a que a situação na Faixa de Gaza e no Líbano seja "alarmante".
O exército israelita aumentou desde segunda-feira os bombardeamentos contra o território libanês, causando centenas de mortes e dezenas de milhares de deslocados.
Entre os mortos estão vários dirigentes do partido xiita Hezbollah, atingidos em Beirute e outros locais do Líbano.
Exército israelita anuncia morte de líder do Hezbollah em Beirute
O óbito foi confirmado pelo porta-voz do exército, tenente-coronel Nadav Shoshani.
O exército israelita anunciou este sábado a morte do líder do movimento islamita armado libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque na sexta-feira à sede da organização em Beirute.
"Hassan Nasrallah está morto", declarou o porta-voz do exército, tenente-coronel Nadav Shoshani, nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.
Um outro porta-voz do exército, o capitão David Avraham, confirmou à AFP que o líder do Hezbollah foi eliminado.
Esta confirmação do lado israelita surge depois de, na sexta-feira, fonte próxima do grupo armado xiita ter afirmado que Nasrallah estava "bem" e não tinha sido vítima do ataque.
"Nasrallah está bem", disse à AFP a fonte, que não quis ser identificada, após órgãos israelitas terem noticiado, usando informações sob anonimato de elementos das forças de segurança de Telavive, que os ataques de sexta-feira dirigidos contra o quartel-general do Hezbollah, nos arredores de Beirute, tinham como objetivo o líder do grupo libanês apoiado pelo Irão.
Na altura, também vários meios de comunicação social israelitas indicaram igualmente que Nasrallah sobreviveu ao ataque, mas indicavam, por outro lado, que os serviços de informação de Telavive ainda estavam a aguardar confirmação sobre a condição do seu principal alvo na estrutura armada libanesa.
Hezbollah "perdeu o contacto" com Nasrallah na sexta-feira à noite
Inimigo declarado de Israel, o Hezbollah não anunciou oficialmente o destino de Nasrallah, mais de 15 horas após o devastador ataque israelita ao seu reduto nos subúrbios do sul de Beirute.
Mas uma fonte próxima do Hezbollah admitiu à AFP que a organização "perdeu o contacto" com Nasrallah desde sexta-feira à noite.
Os militares israelitas afirmaram ter efetuado um ataque aéreo preciso na sexta-feira enquanto a direção do Hezbollah se reunia no seu quartel-general em Dahiyeh, a sul de Beirute, segundo a agência norte-americana AP.
Além de Nasrallah, morreram outros comandantes do Hezbollah, segundo os militares israelitas.
Num comunicado citado pelo jornal libanês L'Orient du Jour, o exército israelita disse que "durante os 32 anos em que esteve ao leme" do partido xiita, Nasrallah "foi responsável pelo assassinato de inúmeros cidadãos e soldados israelitas".
Também foi responsável pelo planeamento de ataques contra Israel "e em todo o mundo", acrescentou.
O chefe do Estado-Maior do exército israelita, general Herzi Halevi, prometeu atacar quem ameaçar Israel, pouco depois de o exército ter anunciado a morte de Nasrallah.
"Não esgotámos todos os meios à nossa disposição. A mensagem é simples: quem quer que ameace os cidadãos de Israel, nós saberemos como atingi-lo", declarou o general Halevi num comunicado citado pela AFP.
Quem é Hassan Nasrallah?
Hassan Nasrallah, um religioso de 64 anos, é objeto de um verdadeiro culto de personalidade no Líbano, onde era considerado o homem mais poderoso. Durante anos, viveu escondido e raramente apareceu em público.
Segundo várias estações de televisão israelitas, Hassan Nasrallah foi alvo de um ataque violento sem precedentes, na tarde de sexta-feira, num bairro densamente povoado dos subúrbios do sul de Beirute.
Apesar dos golpes desferidos por Israel, o movimento libanês anunciou este sábado que tinha disparado foguetes contra um 'kibutz' e alvos militares no norte de Israel em resposta aos "ataques bárbaros do inimigo israelita".
Hezbollah nega eleição de Hashem Safi al-Din como novo líder
O grupo xiita libanês Hezbollah negou hoje que o clérigo Hashem Safi al-Din tenha sido eleito como novo secretário-geral do movimento político e armado da organização.
Horas antes, meios de comunicação árabes, incluindo o canal televisivo estatal saudita Al Arabiya, tinham noticiado que o conselho do Hezbollah tinha escolhido Safi al-Din como sucessor do primo, Hassan Nasrallah, morto na sexta-feira num bombardeamento israelita nos arredores de Beirute.
"Em resposta às notícias que têm circulado em alguns meios de comunicação social sobre os procedimentos organizacionais dentro da liderança do Hezbollah (...) queremos esclarecer que a informação relacionada não é importante e não pode ser considerada válida até que seja emitida uma declaração oficial", assegurou o grupo, na plataforma de mensagens Telegram.
Safi al-Din nasceu em 1964 no sul do Líbano e tem estado próximo da direção do Hezbollah desde 1995, como membro do Conselho da Shura (órgão consultivo) do movimento.
Fez os seus estudos islâmicos nas cidades sagradas de Najaf, no Iraque, e Qom, no Irão, onde se situam as principais escolas para quem aspira a tornar-se Grande Ayatollah, um dos mais altos títulos entre os islamitas xiitas.
Como a maioria dos altos responsáveis do Hezbollah - organização considerada terrorista por Israel e pelos Estados Unidos, mas não pela União Europeia, que apenas considera o seu braço armado uma organização terrorista -, Safi al-Din foi classificado como terrorista pelo Governo norte-americano em 2017, por ser "um membro-chave" do grupo, segundo uma nota então publicada pelo Departamento de Estado.
Uma das suas últimas intervenções públicas foi em meados de setembro, quando condenou o assassínio por Israel do comandante máximo da milícia do Hezbollah, Fuad Shukr, num bombardeamento seletivo nos bairros do sul de Beirute conhecidos como Dahye, a mesma zona onde Israel anunciou ter matado Nasrallah.
Cerca de um milhão de pessoas fugiram das suas casas nos últimos dias no Líbano devido à campanha de bombardeamentos israelita, anunciou no domingo o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, recordando que o seu Governo anda há "sete ou oito meses" a apelar para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e no Líbano.
No domingo, o Exército israelita prosseguiu a sua campanha de violentos bombardeamentos contra bastiões do Hezbollah no Líbano, matando pelo menos 105 pessoas, dois dias após a morte do líder e de dezenas de outros membros do movimento islamita libanês.
Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, mais de 70 mil libaneses e sírios que viviam no Líbano fugiram do país, a maioria dos quais atravessando a fronteira para a Síria, em consequência da intensificação dos bombardeamentos israelitas.
Ataque atribuído a Israel faz quatro mortos no centro de Beirute
Uma fonte da segurança do Líbano informou que pelo menos quatro pessoas morreram na segunda-feira (domingo em Lisboa) num ataque que visou um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.
Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023.
Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France--Presse, "pelo menos quatro pessoas foram mortas num ataque de um 'drone' [aeronave não tripulada] israelita contra um apartamento que pertence à Jamaa Islamiya".
Formado em 1960, este grupo islamita libanês -- um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - apoia as operações do movimento xiita Hezbollah contra o norte de Israel, em solidariedade com o Hamas desde outubro de 2023.
Citadas pela agência norte-americana Associated Press (AP), testemunhas relataram a ocorrência do primeiro ataque aéreo israelita no centro de Beirute em quase um ano de conflito, horas depois de Israel ter atingido diversos alvos em território libanês, com o registo de pelo menos 105 mortos.
O ataque atingiu um edifício residencial de vários andares, de acordo com um jornalista da AP que se encontrava no local.
Vídeos transmitidos por canais de televisão locais mostram um piso parcialmente arrasado do edifício visado pelo ataque, no bairro predominantemente sunita de Cola, junto à estrada em direção ao aeroporto.
A AP indicou que outros vídeos entretanto divulgados mostram ambulâncias e uma multidão concentrada na zona do edifício.
O Hezbollah começou a disparar foguetes, mísseis e 'drones' sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra na Faixa de Gaza.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" contra Israel, apoiado pelo Irão.
Israel respondeu com vagas de ataques aéreos que, além do líder do Hezbollah, já vitimaram outros altos responsáveis do movimento
O conflito tem vindo a intensificar-se até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.
Alegado ataque israelita mata três dirigentes palestinianos em Beirute
A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) anunciou hoje a morte de três dirigentes num ataque que visou um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.
"Mohammad Abdel-Aal (...), chefe do departamento de segurança militar, Imad Odeh, membro do (...) comando militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram mártires após um cobarde assassínio perpetrado por um avião sionista de ocupação em Cola", um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, num comunicado divulgado no portal oficial do movimento.
A FPLP, uma organização palestiniana secular de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas.
Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' israelita, uma aeronave não tripulada, que visou um edifício residencial em Beirute.
Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.
Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France--Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.
Formado em 1960, este grupo islamita libanês -- um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.
O exército israelita anunciou que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo "dezenas de lançadores e edifícios onde as armas foram armazenadas".
Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infra-estruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas, sem mencionar o ataque contra o centro de Beirute.
Os ataques contra o leste do Líbano causaram pelo menos 105 mortos, de acordo com um balanço oficial.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" contra Israel, apoiado pelo Irão.
Israel respondeu com vagas de ataques aéreos que, além do líder do Hezbollah, já vitimaram outros altos responsáveis do movimento
A Arábia Saudita apelou hoje ao respeito pela "soberania e integridade territorial" do Líbano, manifestando "grande preocupação" com a intensificação do conflito até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita instou a "comunidade internacional para que assuma as suas responsabilidades na protecção da paz e segurança regionais, a fim de preservar a região e a sua população dos perigos e tragédias das guerras".
O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto, num ataque aéreo contra o sul do Líbano, atribuído a Israel.
"O comandante Fatah Sharif morreu hoje de madrugada após uma operação terrorista e criminosa de assassínio num ataque aéreo que teve como alvo toda a sua família na sua casa no campo de refugiados de Al Bass, no sul do Líbano" disse o Hamas.
Num comunicado, o grupo disse que o alegado ataque israelita vitimou, além de Fatah Sharif, descrito como membro da liderança do Hamas no estrangeiro, a esposa, o filho e a nora.
A agência de notícias oficial libanesa ANI avançou um ataque aéreo contra o campo, situado junto à cidade de Tiro, no sul do país.
O exército israelita anunciou que aviões de combate atingiram dezenas de alvos do Hezbollah na região de Bekaa, no leste do Líbano, durante a madrugada, incluindo "dezenas de lançadores e edifícios onde as armas foram armazenadas".
Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infra-estruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas.
Os ataques contra o leste do Líbano causaram pelo menos 105 mortos, de acordo com um balanço oficial.
Horas antes, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) anunciou a morte de três dirigentes num ataque que visou um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.
"Mohammad Abdel-Aal (...), chefe do departamento de segurança militar, Imad Odeh, membro do (...) comando militar no Líbano, e Abdelrahmane Abdel-Aal morreram mártires após um cobarde assassínio perpetrado por um avião sionista de ocupação em Cola", um bairro predominantemente sunita de Beirute, indicou a FPLP, logo após o ataque, num comunicado divulgado no portal oficial do movimento.
A FPLP, uma organização palestiniana secular de esquerda, descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia, tem apoiado as operações do movimento xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel, desde outubro de 2023, em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas.
Uma fonte da segurança do Líbano disse que pelo menos quatro pessoas morreram hoje num ataque de um 'drone' israelita, uma aeronave não tripulada, que visou um edifício residencial em Beirute.
Caso se confirme a autoria do ataque, trata-se da primeira incursão israelita no centro da capital libanesa desde o ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023.
Segundo a fonte, citada pela agência de notícias francesa France--Presse, o apartamento alvo do ataque pertence à Jamaa Islamiya.
Formado em 1960, este grupo islamita libanês -- um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - tem também apoiado as operações do Hezbollah contra o norte de Israel.
Israel respondeu com ataques aéreos que já mataram o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.
Quem é Hashem Safi al-Din, nome mais forte para liderar o Hezbollah?
Com o comando do grupo militante islâmico destruído, ainda não se sabe quem ocupará a liderança do grupo.
O exército israelita anunciou este sábado a morte do líder do movimento islamita armado libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, num ataque na sexta-feira à sede da organização em Beirute.
"Hassan Nasrallah está morto", declarou o porta-voz do exército, tenente-coronel Nadav Shoshani, nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP. Uma informação confirmada apenas horas depois pelo Hezbollah.
Nasrallah, de 64 anos, chefiava a força paramilitar mais poderosa do mundo - considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos da América (EUA), que agora fica sem um sucessor claro num momento crítico.
A escolha fica ainda dificultada pelo facto de nos últimos meses outros nomes fortes do grupo, como Ali Karaki, Ibrahim Jazini ou Fuad Shukr, terem morrido e deixado o grupo despojado de operadores capazes que possuíam uma profunda experiência militar e internacional.
“O Hezbollah está a enfrentar uma realidade muito pior do que qualquer cenário de guerra que possa ter imaginado. A cadeia de comando foi destruída”, disse Naveed Ahmed, um analista de segurança independente baseado no Golfo e especialista no Hezbollah, ao The Guardian.
Quem sucederá a Hassan Nasrallah?
O candidato mais óbvio para suceder a Nasrallah é Hashem Safieddine, que preside o conselho executivo do Hezbollah. Primo de Nasrallah, Safieddine nasceu em 1964 no sul do Líbano e é outro membro fundador. Pensa-se que terá passado muitos anos em Qom, a cidade religiosa iraniana, e que o Hezbollah lhe confiou uma série de tarefas ao longo das décadas, incluindo a gestão da vasta carteira de negócios legais e ilegais da organização.
Como a maioria dos altos responsáveis do Hezbollah - organização considerada terrorista por Israel oi classificado como terrorista pelo Governo norte-americano em 2017, por ser "um membro-chave" do grupo, segundo uma nota então publicada pelo Departamento de Estado.
Nas últimas horas anunciou-se que a substituição era oficial, informação mais tarde desmentida.
O grupo xiita libanês Hezbollah negou hoje que o clérigo Hashem Safi al-Din tenha sido eleito como novo secretário-geral do movimento político e armado da organização.
Líder do Hamas no Líbano também foi morto
Entretanto, nas últimas horas, o movimento islamita palestiniano Hamas anunciou que o líder do grupo no Líbano, Fatah Sharif Abu Al Amin, foi morto, num ataque aéreo contra o sul do Líbano, atribuído a Israel.
Israel "continuará a atacar à força, a danificar e a degradar as capacidades militares e as infraestruturas do Hezbollah", acrescentaram as forças armadas.
Os ataques contra o leste do Líbano causaram pelo menos 105 mortos, de acordo com um balanço oficial.
Horas antes, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) anunciou a morte de três dirigentes num ataque que visou um edifício residencial no centro de Beirute, atribuindo a ação a Israel.
Estado-Maior do Exército israelita ameça Huthis que pode ir mais longe
O chefe do Estado-Maior do Exército israelita alertou hoje os rebeldes Huthis do Iémen que o ataque "em grande escala" na cidade portuária de Hodeida, é um exemplo de até onde podem ir com os seus bombardeamentos.
"Atacámos os Huthis no Iémen. Sabemos ir muito longe, sabemos ir ainda mais longe e sabemos como atacar lá com precisão. Isto não é uma mensagem, é uma ação", afirmou Herzi Halevi.
Os bombardeamentos israelitas no Iémen, que provocaram pelo menos quatro mortos e 40 feridos num relatório preliminar, ocorrem um dia depois de os rebeldes xiitas terem lançado um míssil balístico contra o aeroporto Ben Gurion, em Telavive, que foi intercetado, segundo o Exército, quando o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estava a chegar.
O Exército israelita afirmou, em comunicado, que dezenas de aviões, incluindo caças, atacaram hoje "objectivos militares" Huthis nas áreas de Ras Issa e Al Hodeida, no oeste do país, com o objetivo de danificar ou destruir "centrais elétricas e o porto marítimo, usado para importar petróleo".
Halevi fez ainda referência na sua declaração à escalada da guerra contra o partido miliciano Hezbollah na frente norte, onde hoje os ataques israelitas mataram 50 pessoas, depois de decapitar o grupo do seu líder histórico, Hassan Nasrallah, na sexta-feira, num bombardeamento nos subúrbios de Beirute.
"O Hezbollah foi duramente atingido no último mês, nas últimas duas semanas e nos últimos três dias. Ele perdeu a cabeça (Nasrallah) e devemos continuar a atacá-lo com mais força. Este é o foco principal e também devemos adaptar as nossas ferramentas para outros locais", acrescentou o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, citado pela agência Efe.
As forças armadas israelitas afirmaram hoje ter morto um dirigente de topo do Hezbollah, num ataque aéreo, quando o grupo libanês estava a recuperar de uma série de ataques devastadores que provocaram a morte do líder, Hassan Nasrallah.
Segundo as forças militares, Nabil Kaouk, o número dois do Conselho Central do Hezbollah, foi morto no sábado.
Com esta morte, são já sete as vítimas entre dirigentes de topo do Hezbollah em pouco mais de uma semana, incluindo membros fundadores que escaparam à prisão e à morte durante décadas.
Entre elas, Ali Karaki, o comandante de operações do Hezbollah, que morreu na sexta-feira no mesmo ataque que matou Nasrallah, e que visou um complexo subterrâneo em Beirute onde o líder do Hezbollah e outros dirigentes se reuniram.
O Irão confirmou a morte no mesmo ataque do general de brigada Abbas Nilfroshan, adjunto para as operações do chefe dos Guardas da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica.
Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.
Irão garante que não vai enviar combatentes para enfrentar Israel
O Irão não vai enviar combatentes para o Líbano e para Gaza para confrontar o seu arqui-inimigo Israel, garantiram hoje diplomatas iranianos, numa altura em que Israel leva a cabo ataques contra grupos que Teerão apoia na região.
"Os governos do Líbano e da Palestina têm a capacidade e o poder de enfrentar a agressão do regime sionista e não há necessidade de enviar forças auxiliares ou voluntárias iranianas", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, na tradicional conferência de imprensa semanal.
Nos últimos dias, Israel realizou vários ataques contra grupos aliados e apoiados pelo Irão, incluindo o poderoso Hezbollah, no Líbano, e os rebeldes Huthis, no Iémen.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num ataque israelita nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do movimento xiita armado e financiado pela República Islâmica do Irão.
"Também não recebemos qualquer pedido e sabemos que eles não precisam da ajuda das nossas forças expedicionárias", acrescentou Kanani.
O ataque de sexta-feira ao líder do Hezbollah no reduto do movimento nos subúrbios do sul de Beirute também matou o brigadeiro-general Abbas Nilforoushan, o vice-chefe de operações dos Guardas da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica.
"O regime usurpador sionista não ficará sem repreensão e punição pelos crimes que cometeu contra o povo iraniano, as forças da Resistência [grupos pró-iranianos na região] e os cidadãos e soldados iranianos", prometeu Kanani.
Já hoje, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, visitou a sede do Hezbollah em Teerão "para prestar homenagem" a Hassan Nasrallah, segundo um comunicado publicado no site do governo.
O Guia Supremo da República Islâmica, Ali Khamenei, afirmou que a morte de Nasrallah "não será em vão", e o primeiro vice-presidente Mohammad Reza Aref avisou que tal pode levar à "destruição" de Israel.
Morreram sete altos comandantes e oficiais do Hezbollah. Quem são eles?
Em pouco mais de uma semana, a intensificação dos ataques israelitas no Líbano provocou a morte de sete comandantes e oficiais do grupo militante do Líbano Hezbollah, incluindo o líder do grupo - Hassan Nasrallah.
A ofensiva israelita sob o Líbano já causou cerca de 1.000 mortes. Entre elas estiveram sete membros com cargos de notoriedade no Hezbollah, aponta a Associated Press. Quem são eles?
Hassan Nasrallah (na foto). Era líder do Hezbollah desde 1992 e viu o grupo crescer até se tornar uma das principais forças paramilitares no Médio Oriente. O Hezbollah entrou na arena política do Líbano e, ao mesmo tempo, participou em vários conflitos locais. O grupo teve um papel fulcral na manutenção do presidente sírio Bashar Al Assad no poder.
Nabil Kaouk. O anterior chefe adjunto do Conselho Central do Hezbollah, morreu no sábado passado num ataque aéreo de Israel. Juntou-se ao grupo nos seus primórdios, na década de 1980, tendo servido como comandante militar no sul do Líbano de 1995 a 2010.
Ibrahim Akil. Era um alto comandante que dirigia as Forças Radwan - elite do Hezbollah - e era também membro do mais alto órgão militar - o Conselho da Jihad -. Há anos que constava na lista de procurados pelos Estados Unidos por fazer parte do grupo que levou a cabo o atentado de 1983 contra a Embaixada dos EUA em Beirute e orquestrou um sequestro de reféns alemães e americanos.
Ahmad Wehbe. O ex-comandante das Forças de Radwan desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do grupo desde a sua formação há quase duas décadas. Morreu juntamente com Akil num ataque aéreo israelita nos subúrbios do sul de Beirute.
Ali Karaki. Liderou a frente sul do Hezbollah, desempenhando um papel central no conflito que está hoje em curso. Os Estados Unidos descreveram-no como uma figura importante na liderança do Hezbollah.
Mohammad Surour. Era o chefe da unidade de drones do Hezbollah, que foi usada pela primeira vez no atual conflito com Israel. Sob o seu comando, o Hezbollah conseguiu enviar drones explosivos e de reconhecimento em Israel.
Ibrahim Kobeissi. Liderava a unidade de mísseis do Hezbollah. O exército israelita afirma que Kobeissi planeou o rapto e o assassínio de três soldados israelitas na fronteira norte em 2000, cujos corpos foram devolvidos numa troca de prisioneiros com o Hezbollah quatro anos mais tarde.
Médio Oriente. Artilharia do Hezbollah atingiu Metula no norte de Israel
O Hezbollah reclamou ter atingido forças israelitas em Metula, no norte de Israel, depois de o exército de Israel ter anunciado durante a noite que tinha iniciado "operações terrestres limitadas" no sul do Líbano.
O movimento apoiado pelo Irão afirmou ter usado obuses e foguetes de artilharia contra "tropas inimigas" em Metula, norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano.
Entretanto, o Exército israelita confirmou que foram disparados projéteis do Líbano para o norte de Israel, após ter sido anunciado o início de "ataques terrestres limitados" contra o movimento Hezbollah (Partido de Deus).
Depois de as sirenes de alerta terem sido acionadas em Metula e Avivim ao início da manhã "foram identificados vários projéteis provenientes do Líbano" em cada uma das duas zonas, refere um comunicado militar.
Segundo os militares, alguns dos projéteis foram intercetados e outros caíram em zonas despovoadas.
Pelo menos sete mortos em novo ataque israelita a uma escola em Gaza
Pelo menos sete pessoas morreram num novo ataque israelita contra uma escola que acolhe palestinianos deslocados na cidade de Gaza, no norte da Faixa, confirmou o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmud Basal.
O centro, identificado como escola Shejaiya, está localizado no bairro de Tufah e é gerido pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).
O exército israelita confirmou o ataque horas depois, dizendo que foi dirigido contra um "centro de comando" do Hamas, utilizado por militantes palestinianos para planear e executar ataques contra as tropas.
Israel indicou que as forças tomaram precauções para evitar danos aos civis e acusou o grupo islâmico de "abusar" daqueles edifícios [escolas].
Na segunda-feira, Israel já tinha bombardeado a escola Abu Jafar al Mansur, em Beit Lahia (norte), causando pelo menos dois mortos, e no domingo atacou outra escola na mesma cidade, matando quatro pessoas.
Há cinco dias, 15 palestinianos perderam a vida, incluindo mulheres e crianças, num outro ataque aéreo contra uma escola, desta vez no campo de refugiados de Jabalia, também no norte da Faixa.
Desde o início da guerra, que já fez mais de 41.600 mortos no devastado enclave palestiniano, Israel atacou pelo menos 183 centros que acolhem pessoas deslocadas, incluindo 163 escolas.
Mais de mil pessoas morreram nestes ataques, segundo dados do governo de Gaza, controlado pelo Hamas.
Governo libanês diz que ataques israelitas causaram 95 mortos
Pelo menos 95 pessoas morreram nos ataques israelita de segunda-feira em todo o Líbano, disse o Ministério da Saúde libanês, enquanto Israel prepara uma incursão terrestre contra o sul do país vizinho.
"Os ataques inimigos israelitas mataram 95 pessoas e feriram 172 nas últimas 24 horas", referiu o ministério, em comunicado.
Entre os mortos estão três membros de um grupo palestiniano, o líder do Hamas no Líbano e um soldado libanês, de acordo com o relatório diário publicado pelo Ministério da Saúde libanês.
Pela primeira vez desde 08 de outubro, um ataque teve como alvo o centro de Beirute, destruindo um edifício.
Segundo a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), três dos seus membros foram ali mortos. O Exército israelita afirmou ter morto dois comandantes desta organização descrita como terrorista por Israel e pela União Europeia.
Aguarda-se uma incursão terrestre israelita no sul do Líbano, depois de Israel ter informado hoje os Estados Unidos sobre operações terrestres limitadas contra o Hezbollah no país vizinho.
As Forças Armadas de Israel (IDF) declararam "zonas militares fechadas" três localidades fronteiriças em torno da fronteira com o Líbano, Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, no norte de Israel.
O Governo israelita, reunido esta noite, aprovou a próxima fase das suas operações de guerra no Líbano, confirmou ao jornal Haaretz uma fonte ligada ao processo, sem adiantar mais pormenores.
Por outro lado, fonte oficial militar libanesa tinha referido à AFP, sob condição de anonimato, que o Exército libanês estava a reposicionar e reagrupar as suas forças" as suas tropas no sul do país.
Na fronteira israelita, decorriam hoje à noite "bombardeamentos de artilharia pesada" contra o sul do Líbano, enquanto as IDF confirmaram sirenes de alarme em Shtula, na fronteira, noticiou a agência Efe.
O grupo xiita libanês emitiu também um comunicado hoje à noite, afirmando que atingiu tropas israelitas destacadas na fronteira, embora ainda não tenha havido relatos de qualquer incursão terrestre.
Por outro lado, os subúrbios a sul de Beirute, um bastião do movimento xiita Hezbollah, registaram pelo menos seis explosões hoje à noite, momentos depois das forças israelitas terem pedido aos residentes para saírem das suas casas para usa segurança.
Israel tem lançado na última semana uma vaga de ataques aéreos mortíferos contra bastiões do Hezbollah no Líbano no início deste mês.
O Hezbollah começou a disparar 'rockets' contra o norte de Israel em 08 de outubro, dizendo que o fazia em apoio do seu aliado Hamas, um movimento islamista palestiniano em guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, dia do seu ataque sem precedentes em solo israelita.
Israel alerta civis a evitarem deslocações no sul do Líbano
O porta-voz do Exército de Israel, Avichay Adraee, alertou hoje os cidadãos libaneses a evitarem deslocações para junto ao rio Litani, sul do Líbano, onde estão a decorrer combates intensos com o grupo xiita Hezbollah.
"Estão a decorrer combates intensos no sul do Líbano, durante os quais os membros do Hezbollah estão a utilizar civis como escudos humanos para lançar ataques. Para vossa segurança, pedimos-vos que não desloquem veículos da zona norte para a zona a sul do rio Litani", escreveu o porta-voz militar israelita nas redes sociais.
Israel confirmou na segunda-feira à noite, após semanas de avisos, que os soldados israelitas entraram em território libanês, perto da fronteira, a efetuar "ataques limitados, localizados e direcionados" contra instalações e bases do Hezbollah (Partido de Deus).
Entretanto, o movimento xiita efetuou disparos de artilharia contra o norte de Israel.
As forças israelitas confirmaram os ataques contra Metula durante a noite acrescentando que os projéteis foram neutralizados ou "caíram" em zonas desabitadas.
Líder do Hezbollah morreu "sufocado" por gases tóxicos, diz Israel
Nasrallah foi morto num ataque junto ao seu reduto em Beirute, na sexta-feira.
A imprensa israelita alega que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu "sufocado" pelos gases tóxicos que proliferaram no interior do bunker onde estava escondido, depois de este ter sido atacado pela defesa israelita.
Segundo o canal Israel 12, o corpo de Nasrallah, que foi retirado do local do ataque no domingo, não apresentava sinais de ferimentos.
A mesma publicação refere que toneladas de bombas foram ativadas junto ao seu bunker no ataque mortal, tendo o desmoronamento feito com que o homem, de 64 anos, sufocasse e morresse em “agonia”, à medida que a sala se enchia de vapores do fumo e das explosões.
Hassan Nasrallah morreu na sexta-feira, na sequência de um bombardeamento israelita no seu reduto perto de Beirute. O Hezbollah confirmou a morte do seu líder no sábado.
Médio Oriente. Sirenes antimíssil soaram no centro de Israel
As sirenes de alerta de ataques com mísseis soaram hoje no centro de Israel depois de ter sido noticiado que tinham sido disparados projéteis do Líbano contra território israelita.
"As sirenes soaram no centro de Israel na sequência do disparo de projéteis a partir do Líbano", declarou o Exército israelita em comunicado.
Em Telavive, um jornalista da Agência France Presse ouviu explosões que poderiam ser a interceção de projéteis pelo sistema antimíssil de Israel.
As Forças Armadas de Israel confirmaram que iniciaram durante a noite ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano".
Nas últimas semanas Israel intensificou os ataques aéreos contra posições do movimento xiita Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano.
Hoje, o Hezbollah reclamou ter atingido forças israelitas em Metula, no norte de Israel.
O movimento apoiado pelo Irão afirmou ter usado obuses e foguetes de artilharia contra "tropas inimigas" em Metula, norte de Israel, perto da fronteira com o Líbano.
Entretanto, o Exército israelita confirmou que foram disparados projéteis do Líbano para o norte de Israel, após ter sido anunciado o início de "ataques terrestres limitados" contra o Hezbollah.
Beirute. Incerteza e milhares de deslocados em capital de novo em guerra
À medida que Israel intensifica os ataques e surgem os primeiros relatos de entrada de tropas terrestres no Líbano, a Beirute confluem cada vez mais deslocados, que incluem habitantes dos subúrbios da própria cidade, e os seus medos e incertezas.
Na última noite, foram sentidas duas novas explosões nos subúrbios sul, que ecoaram por toda a cidade, e seguiu-se um movimento de carros e 'scooters' em alta velocidade em direção ao centro da capital libanesa, presumivelmente mais seguro.
As explosões ocorreram logo após as forças israelitas terem emitido um alerta para que se "evacuassem imediatamente os edifícios", num novo raide aéreo que tem visado intensamente esta zona da capital controlada pelo grupo xiita libanês Hezbollah, que ali perdeu o seu líder histórico, Hassan Nasrallah, num bombardeamento na sexta-feira contra o seu quartel-general.
O local do ataque, no grande subúrbio xiita de Dahieh, que é controlado pelo Hezbollah, fica nas proximidades do Aeroporto Rafic Hariri, que praticamente é apenas usado pela libanesa Middle East Airliness, após quase todas as companhias aéreas terem cancelado as suas ligações com Beirute no seguimento dos últimos grandes bombardeamentos israelitas.
As suas imediações, na fronteira com o bairro Dahieh, onde os acessos são vigiados por homens armados do grupo xiita apoiado pelo Irão, ficam mergulhadas, quando cai a noite, numa escuridão apenas interrompida pelos faróis dos poucos automóveis em circulação e por 'outdoors' luminosos exibindo uma vela acesa e a frase "Rezem pelo Líbano".
Os vestígios de uma capital em guerra vão-se acumulando em toda a parte, nos passeios, nos jardins e nas escolas, onde se aglomeram deslocados em fuga da aviação israelita, que está a fustigar as regiões do sul do país, no vale de Bekaa ou na região de Baalbek-Hermel, e também o bastião do Hezbollah em Dahieh.
Segundo o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, mais de um milhão de pessoas tiveram de abandonar as suas casas, ao mesmo tempo que lançou um pedido de ajuda urgente para que o Líbano possa enfrentar "a guerra devastadora de Israel" e do que apontou como um dos períodos mais perigosos da acidentada história do país.
As Forças Armadas de Israel (FDI) confirmaram que iniciaram na noite de segunda-feira ataques terrestres "limitados, localizados e direcionados" contra "alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano", embora o grupo libanês tenha negado que tropas israelitas tenham entrado até ao momento no país.
"Estes alvos estão localizados em aldeias perto da fronteira e representam uma ameaça imediata para as comunidades israelitas no norte de Israel", frisaram as FDI, numa nota na rede social Telegram.
As manobras israelitas conduziram vastas quantidades de habitantes em busca de refúgio na capital libanesa, onde há cada vez mais carros com matrículas do sul do país, estacionados em toda a parte, nos passeios ou em segundas filas, porque já vai faltando espaço para todos.
Hamra, no coração económico e comercial de Beirute, mantém a sua vibração habitual, a par dos novos chegados que, na medida de cada bolsa, se vão acomodando em hotéis, apartamentos para aluguer e casas de familiares, num cenário que se vai replicando ao longo da cidade, em abrigos designados pelas autoridades, ou apenas na rua, num novo teste ao frágil equilíbrio entre as comunidades sunita, cristã, xiita e drusa.
A perceção de segurança em Beirute foi, porém, posta à prova há dois dias, quando outro bombardeamento israelita atingiu Kola, no primeiro ataque a um bairro central da capital desde o começo da nova crise no Médio Oriente, em outubro passado, provocando quatro mortos, três dos quais membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina.
O Líbano está mergulhado numa crise profunda desde 2019, que atirou uma grande parte da população para a pobreza e uma desvalorização sem precedentes da sua moeda, e que foi ainda piorada pela explosão no Porto de Beirute no ano seguinte, pela pandemia de covid-19 e, nos últimos meses, pelas hostilidades entre Israel e o Hezbollah, vitimando mais de um milhar de pessoas, números que não eram vistos desde o último conflito em 2006.
A imprensa libanesa dá conta hoje que o Hezbollah, depois de ter perdido os seus principais líderes e arsenal militar nas últimas semanas em ataques israelitas, também se depara com dificuldades financeiras do seu "estado paralelo" e que nem o apoio iraniano será suficiente para que as suas instituições de microcrédito prestem auxílio à nova população deslocada.
Análises publicadas na imprensa local observam por outro lado que o enfraquecimento político e financeiro do Hezbollah também visa lançar instabilidade na sua base de apoio xiita, e que, ao contrário da guerra de 2006, Israel não procura arrasar infraestruturas físicas, mas sobretudo minar as outras comunidades, ao sinalizar, como aconteceu e no recente bombardeamento do bairro de Kola, que não há locais seguros nem "linhas vermelhas" na ofensiva contra o movimento armado pró-iraniano.
Apesar de adormecido, o comércio no centro de Beirute mantém-se aberto na generalidade, as esplanadas dos restaurantes estão sempre cheias, em artérias apertadas que ficam entupidas à passagem de camiões-cisterna, entre o lixo a transbordar dos contentores, levando água porta a porta, numa tentativa de preservação de bens essenciais numa capital frenética, lotada e assombrada pelo medo.
Líbano pede à ONU corredor humanitário para um milhão de deslocados
O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, próximo do Hezbollah, apelou à ONU para que crie um corredor aéreo que permita a entrega de ajuda humanitária a cerca de um milhão de deslocados pelos ataques israelitas no país.
De acordo com um comunicado do seu gabinete de imprensa, Berri pediu às Nações Unidas para que "estabeleçam uma ponte aérea que assegure a entrega dos fornecimentos de ajuda humanitária".
Ao mesmo tempo, apelou ao Comité Internacional da Cruz Vermelha e ao Crescente Vermelho libanês para que "cumpram o seu dever", entregando alimentos e material médico aos libaneses do sul do país, a zona mais afetada pelos ataques aéreos israelitas, a par de Beirute, a capital, situada mais a norte.
Berri agradeceu a "todos os países árabes irmãos e amigos que começaram imediatamente a enviar ajuda", bem como aos libaneses e a todas as forças políticas que acolheram as pessoas deslocadas que foram "injustamente" alvo da "máquina destruidora" de Israel.
Também hoje, o primeiro-ministro interino do Líbano, Nayib Mikati, avisou que o país "enfrenta uma das fases mais perigosas da sua história", palavras que surgiram horas depois de o exército israelita ter desencadeado uma nova invasão do país, após mais de 11 meses de combates com o Hezbollah na fronteira.
Mikati, que elogiou o "apoio contínuo" da ONU e dos "países irmãos árabes e outros países amigos", fez um apelo "urgente" a mais ajuda para "reforçar os esforços em curso para prestar assistência básica aos deslocados".
Entretanto, a ONU apelou a cerca de 426 milhões de dólares (cerca de 383 milhões de euros) para ajudar os cerca de um milhão de pessoas deslocadas no Líbano pelos ataques de Israel, que na terça-feira desencadeou uma nova invasão do país vizinho.
Irão prepara ataque "iminente" a Israel. EUA apoia "ativamente defesa"
Um funcionário da Casa Branca garantiu, sob condição de anonimato, que Washington está a preparar de forma ativa a defesa de Israel perante um eventual ataque do Irão, que estará para breve.
A Casa Branca anunciou, esta terça-feira, que o Irão se preparara para lançar um ataque "iminente" com mísseis balísticos contra Israel.
"Os Estados Unidos têm indicações de que o Irão se prepara para lançar em breve um ataque com mísseis balísticos contra Israel", disse um funcionário da Casa Branca à agência France-Presse (AFP).
O mesmo funcionário, que falou sob condição de anonimato, garantiu que os Estados Unidos estavam a "apoiar de forma ativa os preparativos defensivos para defender Israel contra este ataque".
O conflito no Médio Oriente tem vindo a subir de tensão nas últimas semanas, com, nas últimas horas, as tropas israelitas a anunciarem que avançaram no Líbano com uma incursão terrestre - depois de semanas a trocarem ataques aéreos com o grupo xiita Hebollah.
O grupo negou, no entanto, que esteja em curso uma invasão e garantiu que não houve qualquer "confronto direto" entre os seus combatentes e o exército israelita. O conflito no Médio Oriente adensou há um ano, quando o Hamas atacou Telavive, a 7 de outubro.
Desde aí, que a comunidade internacional tem tentado alcançar a paz, dado que o conflito fez com que milhões de deslocassem da Faixa de Gaza - perante a retaliação de Telavive após o ataque de outubro do ano passado.
Israel anunciou que a incursão terrestre, que começou "há algumas horas", está a ser levada a cabo "com base em informações precisas contra alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sul do Líbano". No entanto, o grupo xiita negou que esteja em curso uma invasão e garantiu que não houve qualquer "confronto direto" entre os seus combatentes e o exército israelita. O que se sabe?
Nos últimos meses, o Hezbollah também 'premiu o gatilho' com ataques a Israel. O Irão tem prestado apoio ao longo dos anos a grupos em conflito com Israel. Nos últimos dias, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu num dos ataques no sul do Líbano - e milhares de iranianos pediram, em Teerão, vingança.
Médio Oriente: Israel ainda não detetou ameaça aérea do Irão
O exército israelita declarou-se hoje pronto "para defender e atacar", numa declaração após informação norte-americana sobre um "ataque iminente" de Teerão, apesar de Israel não ter detetado por enquanto qualquer "ameaça aérea".
"Os nossos parceiros nos Estados Unidos informaram-nos que detetaram preparativos iranianos para lançar mísseis contra o Estado de Israel (...). Por enquanto, não detetámos qualquer ameaça aérea (do) Irão", declarou o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz do exército israelita.
Na mensagem transmitida pela televisão, o porta-voz acrescentou que, se necessário, o exército "está pronto a defender-se e a atacar".
Os Estados Unidos anteciparam que o Irão prepara um "ataque iminente" contra Israel com mísseis balísticos, segundo um alto funcionário da Casa Branca citado hoje pela CNN.
"Estamos a apoiar ativamente os preparativos defensivos para defender Israel contra este ataque. Um ataque militar direto do Irão contra Israel terá consequências graves para o Irão", acrescentou a mesma fonte à cadeia televisiva.
As declarações surgem depois de Israel ter lançado esta madrugada uma incursão terrestre no sul do Líbano no âmbito de uma campanha militar lançada há pouco mais de uma semana contra alvos do grupo xiita Hezbollah.
Os ataques israelitas aumentaram desde meados de setembro e mataram muitos dos principais líderes do Hezbollah, incluindo o seu secretário-geral, Hassan Nasrallah, que morreu sexta-feira num atentado bombista em Beirute.
A intensificação das hostilidades surge à luz dos combates que se arrastam há quase um ano, depois de o Hezbollah ter atacado o território israelita um dia após os ataques de 07 de outubro dos islamitas palestinianos do Hamas, que, segundo Telavive, matou mais de 1.200 pessoas.
Em resposta ao 07 de outubro, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas, provocou mais de 41.600 mortos.