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Novo líder do Hamas apela para "longa guerra de desgaste" contra Israel
O novo líder do grupo islamita palestiniano Hamas, Yahya Sinwar, apelou hoje para uma "longa guerra de desgaste" contra Israel e para a "resistência" dos aliados pró-iranianos na Faixa de Gaza, no Iémen, no Líbano e no Iraque.
"Preparamo-nos para travar uma longa guerra de desgaste", declarou numa mensagem dirigida aos rebeldes iemenitas Huthis, que no domingo lançaram um raro ataque com um míssil balístico contra o centro de Israel.
Na mensagem, que foi divulgada pelos Huthis, Yahya Sinwar refere-se aos grupos de "resistência" na Faixa de Gaza, no Iémen, no Líbano e no Iraque, para afirmar que vão "quebrar a vontade de Israel".
O dirigente do Hamas felicitou o líder dos Huthis, Abdulmalik Badradín al-Huti, depois de vários fragmentos de um míssil lançado do Iémen terem caído perto de Telavive, comentando que o ataque evitou as defesas israelitas e atingiu "as profundezas da entidade sionista".
Sinwar destacou que os ataques Huthis desferiram um "duro golpe" nas aspirações de Israel para a Palestina e para o resto da região e agradeceu o "afeto sincero" e a "vontade sólida" dos seus aliados iemenitas no campo de batalha.
Na véspera, os sistemas de defesa de Israel derrubaram um míssil lançado do Iémen, embora os estilhaços tenham feito pelo menos nove feridos e causado danos significativos na cidade de Modiin, perto de Telavive.
Os Huthis reivindicam que o míssil conseguiu viajar mais de 2.000 quilómetros em apenas onze minutos, causando "pânico e medo" entre "mais de dois milhões de sionistas" que "correram para procurar refúgio em abrigos".
Esta é a terceira mensagem que Sinwar envia a Al-Huti desde que assumiu a liderança do Hamas, no início de agosto, após Israel ter eliminado vários altos dirigentes do grupo palestiniano.
Os Huthis, que controlam as zonas mais populosas do Iémen, lançaram ataques contra território israelita e navios supostamente com algum tipo de relação com Israel em resposta à ofensiva militar das forças de Telavive na Faixa de Gaza.
Este conflito foi desencadeado em 07 de outubro por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, que provocou cerca de 1.200 mortos.
Desde então, Israel lançou uma grande ofensiva na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 41 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, um desastre humanitário e desestabilizou todo o Médio Oriente.
Além dos Huthis, o movimento xiita libanês Hezbollah e grupos armados iraquianos - todos aliados do Irão - intensificaram as suas ações militares contra Israel.
Governo libanês e Hezbollah acusam Israel por explosões de milhares de 'pagers'
O Governo libanês e o grupo xiita libanês Hezbollah acusaram hoje Israel pela explosão simultânea de milhares de 'pagers' no Líbano, que mataram pelo menos oito pessoas e deixaram 2.800 outras feridas, 200 das quais com gravidade.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano atribuiu as explosões a um "ciberataque israelita, no qual foi detonado um grande número de 'pagers'", e revelou que está a preparar uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU.
"Esta deliberada escalada israelita coincide com as ameaças de expandir a guerra para o Líbano e com a sua postura intransigente, apelando para mais derramamento de sangue, destruição e sabotagem", acusou a diplomacia de Beirute em comunicado.
No mesmo sentido, o Hezbollah afirmou em comunicado que Israel é "inteiramente responsável" por "esta agressão criminosa" e que receberá a sua "justa punição".
"Depois de examinar todos os factos, dados atuais e informações disponíveis sobre o ataque maligno que ocorreu esta tarde, consideramos o inimigo israelita totalmente responsável por esta agressão criminosa que também teve como alvo civis e matou várias pessoas", declara o Hezbollah no comunicado.
Pelo menos oito pessoas morreram, entre as quais um menor de 08 anos, e cerca de 2.800 ficaram hoje feridas, 200 das quais com gravidade, em resultado de explosões de 'pagers' portáteis em Beirute e noutros pontos do Líbano, anunciou o Ministério da Saúde libanês.
O Hezbollah confirmou que dois membros do movimento morreram na cadeia de explosões.
"Por volta das 15:30 [13:30 em Lisboa] desta terça-feira, explodiram uma série de dispositivos de mensagens conhecidos como 'pagers', que estão na posse de vários trabalhadores de diferentes unidades e instituições do Hezbollah", descreveu o grupo xiita num primeiro comunicado.
Entre os feridos, encontra-se o embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani, de acordo com a televisão estatal de Teerão, mas os seus ferimentos são ligeiros.
Contactadas por várias agências noticiosas internacionais, as autoridades israelitas não se pronunciaram sobre os acontecimentos de hoje no Líbano.
Ainda não é claro como é que os dispositivos utilizados no Líbano foram preparados para explodir.
Um membro do Hezbollah, que falou sob anonimato, disse à Associated Press (AP) que os novos modelos de 'pagers' portáteis utilizados pelo grupo xiita primeiro aqueceram e depois explodiram.
As detonações simultâneas ocorreram sobretudo em zonas do sul do país e nos subúrbios de Beirute controlados pelo movimento armado, que está envolvido em intenso fogo cruzado com Israel há mais de onze meses.
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria das vítimas sofreu ferimentos "na cara, nas mãos, na barriga e até nos olhos".
Dado o grande número de feridos, o Ministério da Saúde Pública libanês apelou a todos os hospitais das áreas afetadas para ativarem o nível de "alerta máximo" e se prepararem para lidar com uma "necessidade urgente de saúde de emergência".
Em Beirute, ouviu-se um grande número de ambulâncias a circular pela cidade após as explosões, enquanto a Agência Nacional de Notícias dava conta de mais de uma centena de feridos no sul do país, em Sidon e dezenas de outros em Tiro.
Fotógrafos da AP em hospitais do país descreveram que as urgências estavam sobrecarregadas com doentes, alguns em estado grave.
A agência de notícias estatal informou que os hospitais no sul do Líbano, no leste do Vale de Bekaa e nos subúrbios sul de Beirute, apelaram para a doação de sangue de todos os tipos.
Irão atribui a Israel explosão de 'pagers' do Hezbollah no Líbano
O Ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Bagheri, responsabilizou hoje Israel pela explosão sincronizada dos 'pagers' do grupo xiita libanês Hezbollah, oferecendo ao homólogo libanês, Abdullah Bu Habib, ajuda para tratar alguns dos quase 3.000 feridos.
Milhares de dispositivos eletrónicos explodiram hoje à tarde em território libanês, especialmente no sul do país e em Beirute, zonas onde a presença de membros do Hezbollah é maior.
As autoridades libanesas e o Hezbollah acusaram diretamente Israel da autoria do ataque e garantiram que haverá uma resposta a um incidente que, até agora, fez pelo menos oito mortos e mais de 2.800 feridos.
Entre os feridos no ataque, encontra-se o embaixador iraniano em Beirute, Mojtaba Amani, que está fora de perigo.
Na conversa telefónica que manteve com o homólogo libanês, o MNE iraniano expressou a sua gratidão às autoridades libanesas pelas medidas imediatas tomadas para garantir a segurança e a saúde do diplomata, de acordo com a agência noticiosa iraniana IRNA.
Por seu lado, o chefe da diplomacia libanês manifestou o seu apreço pela preocupação do Irão e agradeceu a oferta de ajuda de Teerão a Beirute, sublinhando ainda que as autoridades libanesas estão a realizar uma investigação exaustiva das circunstâncias deste incidente.
Serviços de informações israelitas dizem ter evitado atentado contra ex-oficial
O Serviço de Segurança Interna de Israel (Shin Bet) disse hoje que frustrou um atentado do grupo xiita libanês Hezbollah para matar um ex-oficial da agência usando um dispositivo programado acionado remotamente a partir do Líbano.
O ataque planeado visava o ex-oficial nos próximos dias, informou o Shin Bet em comunicado enviado à agência France Presse (AFP) pelo Exército israelita, no dia em que explosões simultâneas de 'pagers' no Líbano mataram pelo menos nove pessoas e deixaram cerca de 2.800 feridas, 200 das quais com gravidade.
"Como parte da operação, a ISA (Shin Bet) descobriu um dispositivo explosivo Claymore, conhecido por ser utilizado pelo Hezbollah, tendo como alvo um indivíduo de alto nível", refere o comunicado.
"O dispositivo estava equipado com um mecanismo de ativação remota, uma câmara e tecnologia celular que permitia a sua ativação pelo Hezbollah do Líbano", segundo a agência de segurança israelita.
O Shin Bet não revelou o nome do antigo responsável visado nem adiantou pormenores, mas sublinhou que os seus agentes impediram o ataque "na fase final da sua execução".
A entidade disse ainda que este tipo de dispositivos já tinha sido utilizado pelo grupo libanês pró-iraniano em 15 de setembro de 2023 no Parque Yarkon, em Telavive, para atingir um alto funcionário israelita.
"Os agentes do Hezbollah envolvidos neste último incidente também estiveram por trás do ataque de setembro de 2023", disse o Shin Bet.
Este anúncio ocorreu antes da explosão simultânea, hoje em Beirute e noutras partes do Líbano, de uma série de 'pagers' utilizados pelo Hezbollah em todo o país.
As autoridades libanesas e o Hezbollah responsabilizaram Israel, que não assumiu a autoria do ataque, que também atingiu o embaixador do Irão em Beirute, que ficou com ferimentos ligeiros, e membros do movimento libanês presentes na Síria.
De acordo com o ministro das Telecomunicações do Líbano, Johanny Corn, os 'pagers', que explodiram após as baterias aquecerem, faziam parte de um carregamento que "chegou recentemente" ao país.
"Talvez tenham sido ativados remotamente, mas não sabemos como", disse Corn, acrescentando que é mais provável que os 'pagers' tenham sido introduzidos no Líbano para este fim.
Israel está envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 08 de outubro, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Há uma semana, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que as missões das forças de Telavive na Faixa de Gaza estão quase cumpridas e que o foco estava a mudar para a fronteira com o Líbano, onde o constante fogo cruzado com o Hezbollah obrigou cerca de 60.000 pessoas a fugir das suas casas.
Nestes onze meses de troca de tiros, morreram mais de 650 pessoas em ambos os lados da fronteira, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 vítimas, algumas também na Síria.
Em Israel, 50 pessoas morreram no norte: 24 soldados e 26 civis, incluindo 12 menores, num ataque nos Montes Golã ocupados na Síria.
Irão transfere embaixador ferido em Beirute para Teerão
As autoridades iranianas transportaram o embaixador do Irão em Beirute para um hospital em Teerão, depois de Mojtaba Amani ter ficado ferido na terça-feira pela explosão do seu 'pager'.
O diplomata foi uma das vítimas da explosão de milhares de aparelhos de comunicação usados pelo grupo xiita pró-iraniano Hezbollah ocorrida na terça e na quarta-feira no Líbano.
Os ataques, atribuídos por diversas fontes a Israel, provocaram 37 mortos e mais de 3.200 feridos, segundo as autoridades libanesas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano disse num comunicado que o ministro Abbas Araqchi visitou Amani num hospital de Teerão.
O médico que assistiu Amani manifestou a esperança de que o diplomata recupere rapidamente e possa regressar ao seu posto em Beirute, disse o ministério, segundo a agência espanhola Europa Press.
O embaixador "agradeceu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, ao Ministério da Saúde e ao Crescente Vermelho pela ação rápida na transferência de um grande número de feridos para hospitais no Irão", disse a mesma fonte.
O representante do Irão junto da ONU, Amir Saed Iravani, informou na quarta-feira o Conselho de Segurança de que Teerão se reserva o direito de responder "ao abrigo do direito internacional" ao ataque ao seu embaixador.
Iravani descreveu o ataque como "um crime hediondo".
A embaixada iraniana em Beirute afirmou em comunicado na quarta-feira que o tratamento de Amani estava a progredir favoravelmente e descreveu como falsas as informações sobre "o estado dos olhos" do diplomata.
Horas antes, o jornal norte-americano The New York Times tinha divulgado informações de fontes da Guarda Revolucionária iraniana segundo as quais a explosão teria feito Amani perder um olho e danificado gravemente o outro.
De acordo com as primeiras investigações libanesas, os aparelhos de comunicação ligados ao Hezbollah transportavam uma carga explosiva oculta.
O caráter indiscriminado do ataque, que se fez sentir com explosões em locais não militares ou com muita gente, foi criticado pelas Nações Unidas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou para que os objetos civis não fossem utilizados como armas.
Israel não se pronunciou sobre o assunto.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza desde há 11 meses.
A ofensiva israelita foi desencadeada pelo ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns que foram levados para Gaza.
A resposta israelita na Faixa de Gaza provocou já mais de 41.200 mortos e uma crise humana de grandes dimensões, além da destruição de importantes infraestruturas do enclave palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007.
Número de mortos em explosões de dispositivos no Líbano sobe para 37
O número de mortos nas explosões que visaram milhares de dispositivos eletrónicos relacionados com o movimento libanês Hezbollah nos últimos dois dias subiu para 37, anunciou hoje o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad.
Mundo Tensão no Médio Oriente
Segundo o ministro, 12 pessoas morreram na primeira vaga de explosões, ocorrida na terça-feira e que envolveu milhares de 'pagers' (dispositivos de transmissão móvel). Já na quarta-feira, outras 25 pessoas morreram numa segunda vaga de detonações que visaram 'walkie-talkies' (igualmente dispositivos de transmissão móvel).
Entretanto, o Hezbollah confirmou hoje a morte de outros três membros das suas fileiras, sem especificar se foram vítimas das explosões de dispositivos de comunicação atribuídas a Israel ou dos mais recentes bombardeamentos do exército israelita contra território libanês.
A par dos mortos, as detonações ocorridas nos últimos dois dias provocaram 3.539 feridos.
De acordo com as investigações iniciais, os dispositivos continham cargas explosivas.
Estes incidentes sem precedentes estão a ser atribuídos a Israel.
Telavive não se pronunciou explicitamente sobre os atentados, que ocorreram pouco depois de ter anunciado a extensão dos seus objetivos de guerra contra o Hamas palestiniano, apoiado pelo Hezbollah, à fronteira norte com o Líbano.
O aumento do clima de confronto entre Israel e o Hezbollah -- um grupo apoiado pelo Irão que tem um peso militar e político significativo no Líbano -- está a levantar receios sobre a possibilidade de um agravamento do conflito no Médio Oriente.
Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado desde 08 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.
Soldados israelitas e milicianos do Hezbollah mortos em ataques distintos
Dois soldados israelitas morreram hoje no norte de Israel num ataque do Hezbollah, enquanto dois milicianos do movimento xiita libanês foram abatidos quando tentavam colocar artefactos explosivos na zona da fronteira com o Líbano, divulgou o exército israelita.
Num comunicado, o exército israelita adiantou que os dois soldados morreram na sequência da explosão de alguns mísseis disparados pelo Hezbollah a partir do Líbano.
Os mortos foram identificados como Nael Fwarsy, de 43 anos, e Tomer Keren, de 20, segundo as informações disponibilizadas pelo exército, que referiu que o incidente provocou também um ferido grave.
De acordo com o jornal The Times of Israel, citando autoridades médicas, oito pessoas foram levadas para o hospital durante a manhã - duas em estado moderado a grave - após um ataque com um projétil anti-tanque numa zona montanhosa perto da fronteira libanesa.
De acordo com o grupo libanês pró-iraniano, o ataque teve como alvo uma base do exército israelita.
Pouco depois, um 'drone' carregado com explosivos atingiu a região ocidental da Galileia, ferindo mais duas pessoas, uma delas com gravidade, segundo o jornal israelita Haaretz.
As forças israelitas confirmaram que um 'drone' lançado a partir do Líbano aterrou numa área perto da comunidade de Beit Hillel e disseram que as equipas de bombeiros estavam a tentar apagar um incêndio que deflagrou depois de vários fragmentos terem sido projetados, mas que não houve vítimas.
Por outro lado, o exército israelita sublinhou ter abatido dois milicianos do Hezbollah quando estes tentavam colocar dispositivos explosivos na fronteira norte do país hebreu.
"Os soldados lançaram artilharia e uma aeronave que atacaram e eliminaram os terroristas quando tentavam realizar o ataque na área do posto 'Tziporen' (posto militar israelita)", pormenorizou o comunicado.
Israel está em alerta máximo depois de milhares de dispositivos de comunicação eletrónicos do Hezbollah terem explodido nos últimos dias, matando mais de 30 pessoas. O grupo xiita libanês atribuiu esta vaga de detonações a Telavive.
Israel tem estado envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 08 de outubro de 2023, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza, após o Hamas e outros grupos terem atacado o território israelita no dia anterior, matando cerca de 1.200 pessoas e raptando cerca de 250 outras.
Na quarta-feira à noite, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou que o país está a entrar numa "nova fase" da guerra em Gaza, ao enviar mais tropas e recursos para a fronteira com o Líbano.
Nos 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira, a maioria das quais do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 baixas, algumas também na Síria.
Em Israel, 52 pessoas foram mortas no norte, 26 militares e 26 civis, incluindo 12 menores, num ataque nos Montes Golã sírios ocupados.
Hezbollah acusa Israel de ultrapassar "todas as linhas vermelhas"
O líder do Hezbollah reconheceu hoje que o grupo recebeu "um golpe severo e sem precedentes", e acusou Israel de ultrapassar "todas as linhas vermelhas" ao fazer explodir o equipamento de transmissão da milícia libanesa.
Num discurso transmitido em direto, Hassan Nasrallah afirmou que "o inimigo queria matar nada mais, nada menos do que 5.000 pessoas" ao fazer explodir os 'beepers' e 'walkie-talkies' dos membros do movimento pró-iraniano durante dois dias consecutivos.
Nasrallah aludia à explosão de milhares de aparelhos de transmissão usados pelo Hezbollah, na terça e na quarta-feira, de que resultaram 37 mortos e mais de 3.200 feridos.
"Sim, fomos sujeitos a um golpe enorme e severo. O inimigo ultrapassou todas as fronteiras e linhas vermelhas", afirmou.
Nasrallah anunciou que o Hezbollah abriu uma investigação interna sobre as explosões no sistema de transmissão, segundo a agência francesa AFP.
"Criámos vários comités internos de investigação, técnicos e tecnológicos, para estudar todas as hipóteses e teorias", referiu, citado pela agência espanhola EFE.
"Estamos quase a chegar a uma conclusão, mas precisamos de tempo para nos certificarmos de alguns pormenores", acrescentou.
Nasrallah prometeu que Israel será "terrivelmente castigado, onde o espera e onde não o espera", pelos ataques contra os aparelhos de transmissão do Hezbollah.
O líder libanês pró-iraniano disse que não daria quaisquer pormenores sobre "o momento, o local ou a natureza" da resposta que o Hezbollah está a preparar.
Como é habitual, Nasrallah falou por vídeo a partir de um local não revelado.
O Hezbollah normalmente organiza um comício para que os apoiantes possam assistir aos discursos do líder num ecrã gigante, mas desta vez não foi o caso, de acordo com a agência norte-americana AP.
Durante o discurso de Nasrallah, aviões israelitas voaram a baixa altitude sobre Beirute e quebraram a barreira do som, segundo a agência oficial libanesa.
Apesar do golpe que disse ter sido sofrido pelo Hezbollah, Nasrallah assegurou que a frente do Líbano com Israel permanecerá aberta até "ao fim da agressão em Gaza".
"Não conseguirão trazer de volta os habitantes do Norte" de Israel, disse Nasrallah aos dirigentes israelitas.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou na quarta-feira que o "centro de gravidade" da guerra estava a deslocar-se "para o Norte" de Israel, que faz fronteira com o Líbano.
As trocas de tiros mortais quase diárias com o Hezbollah, desde outubro, deslocaram dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
"Estamos a executar as nossas tarefas simultaneamente" no Norte e no Sul e "a nossa tarefa é clara: assegurar o regresso seguro dos habitantes do Norte às suas casas", disse Gallant.
O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza há 11 meses.
O conflito foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já provocou mais de 41.200 mortos.
Ao descrever os ataques contra os sistemas de comunicação, Nasrallah disse que "algumas das explosões tiveram lugar em hospitais, farmácias, mercados, lojas, casas, carros, ruas onde se encontram milhares de civis, mulheres e crianças".
"Ele [o inimigo] queria atacar os membros do Hezbollah, mas também visava todo o ambiente à sua volta", acrescentou.
Segundo afirmou, a primeira vaga de detonações, na terça-feira, afetou cerca de 4.000 'pagers', embora não tenha confirmado que todos eles explodiram, uma vez que alguns estavam fora de serviço ou não foram distribuídos.
Na quarta-feira, "aparelhos de rádio" nas mãos de membros do Hezbollah explodiram simultaneamente em várias partes do país, acrescentou o clérigo.
Israel afirma ter atingido 30 lançadores de 'rockets' do Hezbollah
O Exército israelita indicou hoje que atingiu cerca de trinta lançadores de 'rockets' e várias infraestruturas militares do grupo xiita Hezbollah no Líbano.
"O Exército atingiu cerca de 30 lançadores do Hezbollah e locais de infraestruturas terroristas contendo cerca de 150 lançadores prontos para disparar projéteis em direção ao território israelita", afirmaram os militares de Telavive em comunicado.
Israel e o grupo pró-iraniano têm trocado tiros numa base diária desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro de 2023, entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah.
Nos últimos dois dias, a estrutura do Hezbollah no Líbano foi atingida por explosões de dispositivos eletrónicos de comunicação, que provocaram pelo menos 37 mortos e mais de três mil feridos, de acordo com as autoridades libanesas.
As explosões foram atribuídas pelo Governo libanês e pelo Hezbollah a Israel, que não assumiu a sua autoria.
No entanto, o risco de um confronto direto aumentou nos últimos dias devido às explosões no Líbano, em simultâneo com o anúncio da liderança militar de Telavive da deslocação das suas operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
Hoje, os chefes das diplomacias francesa e norte-americana apelaram em Paris a todas as partes para diminuírem as tensões no Médio Oriente, afirmando-se "muito preocupados" com a situação no Líbano e a possibilidade de uma guerra total na região.
Guarda Revolucionária do Irão promete resposta a explosões
O comandante da Guarda Revolucionária do Irão garantiu que Israel vai enfrentar "em breve" uma "resposta esmagadora", na sequência da explosão de milhares de aparelhos de comunicação usados pelo grupo xiita pró-iraniano Hezbollah.
"Condeno este crime terrorista do regime de ocupação [Israel], que levou ao martírio e a ferimentos maciços ao querido povo libanês e aos 'mujahideen' [guerreiros santos] do Hezbollah. Em breve encontrarão uma resposta esmagadora da frente de resistência", disse Hossein Salami, na quinta-feira.
Os ataques no Líbano, atribuídos por diversas fontes a Israel, causaram 37 mortos.
O embaixador do Irão em Beirute, Mojtaba Amani, foi uma das mais de 3.200 pessoas que, de acordo com as autoridades libanesas, ficaram feridas pelas explosões, na terça e na quarta-feira no Líbano.
"Em breve assistiremos à completa destruição deste regime cruel e criminoso", afirmou Hossein Salami, num comunicado citado pela agência de notícias Tasnim, ligada à Guarda da Revolução iraniana.
O dirigente descreveu as explosões como um sinal de desespero face aos "sucessivos fracassos" de Israel tanto na Faixa de Gaza, como na fronteira com o Líbano, onde as forças israelitas "não atingiram nenhum dos objetivos de guerra".
O representante do Irão junto da ONU, Amir Saed Iravani, disse na quarta-feira ao Conselho de Segurança que Teerão se reserva o direito a responder "ao abrigo do direito internacional" ao ataque ao embaixador, o qual descreveu como "um crime hediondo".
A Embaixada iraniana em Beirute afirmou, em comunicado, na quarta-feira, que o tratamento de Amani estava a progredir favoravelmente e descreveu como falsas as informações sobre "o estado dos olhos" do diplomata.
Horas antes, o jornal norte-americano The New York Times tinha divulgado informações de fontes da Guarda da Revolução iraniana, de acordo com as quais a explosão teria feito Amani perder um olho e danificado gravemente o outro.
De acordo com as primeiras investigações libanesas, os aparelhos de comunicação ligados ao Hezbollah transportavam uma carga explosiva oculta.
O caráter indiscriminado do ataque, que se fez sentir com explosões em locais não militares ou com muita gente, foi criticado pelas Nações Unidas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou para que os objetos civis não fossem utilizados como armas.
Israel não se pronunciou sobre o assunto.
O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano, suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente.
O Hezbollah tem atacado posições no norte de Israel, a partir do sul do Líbano, em apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza há 11 meses.
Analistas: Operação 'beepers' é a mais espetacular das últimas décadas
A explosão de milhares de aparelhos de comunicação usados pelo grupo libanês Hezbollah foi já considerada como uma das operações secretas mais espetaculares das últimas décadas, com especialistas a atribuí-la à organização israelita Mossad.
Durante dois dias, na terça e na quarta-feira, no Líbano e na Síria, 'beepers' e depois 'walkie-talkies', instrumentos de comunicação comuns, foram transformados em engenhos explosivos.
Como acontece frequentemente nestas circunstâncias, a assinatura da operação não foi provada, mas tem a marca da Mossad, o serviço de informações externas de Israel, segundo a agência francesa AFP.
A reputação da Mossad foi afetada por não ter conseguido impedir o ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza, com um saldo de dezenas de milhares de mortos.
A operação contra o Hezbollah, que tem atacado Israel a partir do sul do Líbano para ajudar o Hamas, começou com a explosão dos 'pagers' na terça-feira, 17 de setembro.
Os pequenos aparelhos, uma relíquia das décadas de 1980 e 1990, permitem receber mensagens e alertas sonoros através de uma frequência de rádio própria, fora das redes de telemóveis. Assim, não há o risco de serem escutados.
As explosões ressoaram no coração de vários redutos do Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute, no sul do Líbano e na planície oriental de Bekaa. E tão longe quanto a Síria.
As imagens captadas por câmaras de vigilância mostraram cenas de horror: mãos arrancadas, olhos mutilados... uma rapariga de 10 anos foi a primeira vítima mortal a ser identificada, seguida do filho de um deputado do Hezbollah.
Foram montadas tendas para acolher dadores de sangue e os feridos ficaram deitados no meio da rua, no meio dos engarrafamentos. Um 'pager' explodiu nas mãos de um homem no meio do mercado.
As escolas e as universidades foram encerradas.
Nessa mesma manhã, vários dirigentes israelitas, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, tinham anunciado que pretendiam permitir o regresso a casa dos habitantes do norte do país, sugerindo a necessidade de empurrar o Hezbollah para o interior do Líbano.
As embaixadas e os grupos de reflexão elaboraram cenários de guerra. Ataques, operações terrestres iminentes. Mas nenhum deles se aproximou do que estava a acontecer na realidade.
Em tempo real, por detrás do espanto, multiplicaram-se as conjeturas que convergiam para uma infiltração de Israel na cadeia de abastecimento do Hezbollah.
"Não se trata de um feito tecnológico", disse um espião europeu sob a condição de não ser identificado, sublinhando o êxito excecional da operação.
"É o resultado da inteligência humana e de uma logística pesada. Há mil maneiras de o conseguir", afirmou, citado pela AFP.
As autoridades israelitas permaneceram em silêncio.
Quanto ao movimento pró-iraniano, ficou profundamente desestabilizado.
"O Hezbollah sofreu um golpe muito duro do ponto de vista tático", disse à AFP Yoram Schweitzer, antigo agente que se tornou investigador no Instituto de Estudos de Segurança Nacional (INSS) em Telavive.
"Um golpe impressionante e abrangente que afeta os aspetos operacionais e cognitivos, obrigando-o a trabalhar na sua própria defesa" e a identificar as próprias fraquezas, referiu.
O Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW) afirma que cerca de 5.000 'beepers' foram enviados para o Líbano há cerca de cinco meses.
Como é que foram sabotados? Um oficial de segurança libanês afirmou que "estavam pré-programados para explodir e continham materiais explosivos colocados junto à bateria".
Os pequenos aparelhos foram intercetados pelos serviços israelitas antes de chegarem ao Líbano, segundo várias fontes citadas pelo jornal New York Times.
Enquanto se multiplicavam condenações e apelos à calma, os 'walkie-talkies' explodiam, na quarta-feira, nos subúrbios de Beirute, na região de Baalbek e em Saida (leste), alguns deles durante os funerais das vítimas do dia anterior.
De acordo com o Ministro da Saúde libanês, 37 pessoas morreram nas explosões dos dois dias e mais de 3.000 ficaram feridas.
Trata-se de um ato de guerra excecional, segundo a AFP. Além do custo humano para a hierarquia do movimento xiita, o seu sistema de comunicações terá de ser reconstruído.
"Um mentor disse-me uma vez: 'Um combatente que não consegue falar está a acampar'", comentou o general norte-americano reformado Mark Hertling nas redes sociais.
"Nunca ouvi falar de um combatente que não consegue falar", acrescentou.
Os membros do Hezbollah "foram surpreendidos na sua vida quotidiana, no coração das suas comunidades", disse Peter Harling, fundador do laboratório de investigação Synaps Network, citado pela AFP.
A "violação é extraordinariamente difícil de explicar. A noção de que alguém poderia transformar dispositivos tão rudimentares como os 'pagers' em máquinas de matar é absolutamente inimaginável", acrescentou.
Na quinta-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu a Israel "um castigo terrível", admitindo um "golpe severo e sem precedentes" e acusando o inimigo de ter "ultrapassado todas as linhas vermelhas".
O Irão denunciou o "assassínio em massa" e falou de "uma resposta esmagadora".
A operação 'beepers' "não altera a equação, não é uma vitória decisiva. Mas envia um sinal ao Hezbollah, ao Irão e aos seus outros aliados" na região, disse Yoram Schweitzer.
Uma mensagem de que "Israel está provavelmente pronto para ser mais empreendedor, senão mesmo mais agressivo", acrescentou o investigador do INSS em Telavive.
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou hoje o disparo de 'rockets' contra seis bases do exército israelita, em represália pelos ataques de Israel no sul do Líbano.
O Hezbollah anunciou em vários comunicados que disparou "salvas de foguetes Katyusha" contra seis "quartéis-generais e bases" do exército israelita, incluindo uma "importante base de defesa aérea".
O exército israelita reconheceu que foram disparados foguetes contra Israel a partir do Líbano nas últimas horas.
"Cerca de 140 foguetes foram disparados do Líbano no espaço de uma hora", disse uma porta-voz do exército à agência francesa AFP.
Os ataques ocorrem no meio de tensões crescentes após uma onda de explosões de equipamento de transmissão pertencente ao movimento islamita libanês, que deixou 37 mortos e cerca de 3.000 feridos em dois dias no Líbano.
Israel não comentou as explosões fatais de dispositivos 'pagers' e 'walkie-talkies' no Líbano.
O Hezbollah tem atacado o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao grupo extremista Hamas, que enfrenta uma ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, onde foram mortas mais de 41.200 pessoas em 11 meses.
A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns que foram levados para território palestiniano.
"Ataque cirúrgico" de Israel mata um comandante do Hezbollah
O comandante de uma unidade de elite do Hezbollah foi morto hoje num "ataque seletivo" das forças israelitas nos arredores de Beirute, disse uma fonte próxima do grupo libanês pró-iraniano.
"O ataque israelita teve como alvo o chefe da força Al-Radwan, Ibrahim Aqil, que foi morto", disse a fonte não identificada à agência francesa AFP.
Ibrahim Aqil era procurado pelos Estados Unidos, segundo a agência francesa.
O Ministério da Saúde libanês disse num comunicado que o ataque provocou pelo menos três mortos e 17 feridos.
O "ataque seletivo" foi confirmado antes pelo exército israelita num comunicado em que não foram revelados pormenores sobre a ação, incluindo os meios utilizados.
O ataque ocorreu depois de o Hezbollah ter bombardeado hoje Israel com 140 foguetes.
A ação do Hezbollah seguiu-se ao ataque contra o equipamento de transmissão do movimento islamita libanês, que deixou 37 mortos e mais de 3.000 feridos na terça e na quarta-feira, no Líbano.
Hezbollah anuncia morte de segundo comandante no ataque israelita
O Hezbollah anunciou hoje a morte de um segundo comandante superior no ataque israelita perpetrado sexta-feira nos subúrbios do sul de Beirute, reduto do movimento libanês, que deixou pelo menos 15 mortos.
O grupo xiita pró-iraniano afirmou que Ahmed Mahmoud Wahbi liderou as operações militares da sua unidade de elite Radwan até o início deste ano em apoio ao Hamas palestiniano, em guerra contra Israel em Gaza desde 07 de outubro de 2023.
Num comunicado, o movimento islamita admitiu que o ataque de sexta-feira matou 15 combatentes do Hezbollah, entre eles o chefe da unidade Radwan, Ibrahim Aqil.
Por seu lado, a partir de Gaza, o movimento islamita Hamas lamentou hoje a morte de Aqil, garantindo que Israel vai pagar "um preço elevado" pelo ataque.
"Este crime cometido pela ocupação [israelita] é um ato imprudente pelo qual pagará um preço elevado, e o sangue do líder mártir Ibrahim Aqil [...] será a chama que engolirá esta entidade artificial", declarou o Hamas em comunicado.
O Hezbollah confirmou, além da morte de Wahbi, as de dois outros comandantes das forças especiais de Radwan, Abu Yasser Atar e Al Hajj Nineveh.
O Hamas agradeceu à Resistência Islâmica no Líbano os "grandes sacrifícios feitos" para continuar a apoiar o povo palestiniano, enquanto o Hezbollah ataca o norte de Israel como gesto de solidariedade para com a guerra em Gaza, e tem reiterado repetidamente que não vai parar até que a guerra termine.
O bombardeamento de um edifício residencial nos subúrbios do sul de Beirute, conhecido como Dahye, já fez pelo menos 14 mortos e 66 feridos, segundo o último balanço do Ministério da Saúde Pública libanês.
O assassinato de Aqil ocorre menos de dois meses depois de um outro atentado atribuído a Israel ter matado o então principal comandante militar do Hezbollah, Fouad Chokr, também num edifício em Dahye.
Desta vez, o novo ataque seguiu-e-se a duas vagas de explosões de milhares de dispositivos de comunicação transportados por membros do Hezbollah - e atribuídos a Israel - em que 37 pessoas morreram e quase 3.000 ficaram feridas no Líbano.
Quase 50 palestinianos morreram em ataques israelitas nas últimas 24h
Pelo menos 44 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos em bombardeamentos israelitas em toda a Faixa de Gaza desde sexta-feira, enquanto pelo menos outros quatro morreram hoje de manhã, segundo as equipas de resgate da Defesa Civil.
Entre eles, cerca de 20 foram mortos no norte do enclave, uma das zonas mais afetadas da Faixa de Gaza e onde os fluxos de ajuda humanitária continuam a ser escassos. Aqui, 18 pessoas foram mortas em cerca de seis ataques israelitas contra a cidade de Gaza.
O primeiro ataque teve como alvo uma casa de família no bairro de Daraj, matando seis pessoas, incluindo duas mulheres. Seis outros habitantes de Gaza foram mortos, entre os quais três crianças e duas mulheres, quando a casa onde se encontravam foi destruída.
Além disso, perto da passagem de al-Abas, a oeste da cidade de Gaza, três cidadãos foram mortos no ataque a um autocarro que transportava deslocados, segundo a Defesa Civil.
Na zona central, cerca de dez pessoas foram mortas sexta-feira, incluindo três crianças e quatro mulheres que estavam alojadas numa habitação para deslocados. Foi também aqui, no campo de refugiados de Nuseirat, que um ataque de mísseis israelitas matou quatro habitantes de Gaza numa casa de família, ao início da manhã.
Em Rafah, no sul, pelo menos 14 habitantes de Gaza foram mortos em dois ataques israelitas, segundo a Defesa Civil, 13 deles numa única casa bombardeada, e mais uma pessoa foi morta quando conduzia numa mota na zona de Khirbet al-Adas.
Desde o início da guerra em Gaza, em outubro passado, mais de 41.200 habitantes de Gaza foram mortos, segundo os dados do Ministério da Saúde, que dá também conta de mais de 95.500 feridos.
Além disso, a grande maioria da população, ou seja, 1,9 milhões de pessoas, foi deslocada à força, muitas delas amontoadas em tendas sem água corrente ou serviços básicos.
Caças israelitas atacam "amplamente" o sul do Líbano
Anúncio foi feito pelo porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari.
O exército israelita está a atacar "amplamente" o sul do Líbano com vários caças, de forma a atingir alvos do Hezbollah no território.
O anúncio foi feito pelo porta-voz do exército de Israel, Daniel Hagari, numa altura em que as tensões na fronteira norte de Israel aumentam.
"Na última hora, estamos a atacar amplamente o sul do Líbano após a identificação dos preparativos do Hezbollah para atacar território israelita", disse, citado pela Al Jazeera.
Hagari revelou que "dezenas de aeronaves da força aérea estão atualmente a atacar alvos terroristas e lançadores para eliminar ameaças contra os cidadãos de Israel".
O exército israelita anunciou na manhã deste sábado novos ataques aéreos contra posições do Hezbollah no Líbano, na sequência de um bombardeamento mortífero que visa o movimento islamita na capital libanesa, Beirute.
O Hezbollah confirmou hoje que dois dos seus comandantes morreram no ataque israelita de sexta-feira, perto de Beirute, bem como a morte de 16 membros da força de elite, admitindo ter sofrido um novo golpe.
Após as explosões dos equipamentos de transmissão, a ONU, "profundamente preocupada", apelou na sexta-feira ao "desanuviamento" e à "máxima contenção", à medida que a linha da frente da guerra na Faixa de Gaza se desloca para o Líbano.
Uma fonte próxima do movimento anunciou hoje que o ataque israelita tinha como alvo uma reunião numa cave da força de elite do Hezbollah, a unidade de elite al-Radwan.
Entre eles, Ibrahim Aqil, o chefe desta unidade, e outro comandante sénior da unidade de elite, segundo o Hezbollah.
O comandante era Ahmed Mahmoud Wahbi, que até ao início deste ano tinha liderado as operações militares da unidade de Radwan em apoio ao Hamas palestiniano, que trava uma guerra contra Israel na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, disse hoje o movimento xiita apoiado pelo Irão.
Após as explosões de terça e quarta-feira, atribuídas a Israel, de engenhos de transmissão utilizados por membros do Hezbollah, que mataram 37 pessoas e feriram 2.931 em todo o Líbano, as trocas de tiros intensificaram-se desde quinta-feira entre o exército israelita e o movimento islamita.
Quinta-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que Israel iria receber um "castigo terrível" após as duas vagas de explosões.
Israel ataca Líbano, Hezbollah promete "castigo terrível". O que se sabe?
Às explosões de terça e quarta-feira seguiu um bombardeamento num edifício residencial nos subúrbios do sul de Beirute, conhecido como Dahye, que já provocou pelo menos 37 mortos, entre eles três crianças, e 68 feridos.
Após as explosões de terça e quarta-feira, atribuídas a Israel, de engenhos de transmissão utilizados por membros do Hezbollah, que mataram 37 pessoas e feriram 3.200 em todo o Líbano, as trocas de tiros intensificaram-se desde quinta-feira entre o exército israelita e o movimento islamita.
De facto, a estes ataques seguiu-se o bombardeamento de um edifício residencial nos subúrbios do sul de Beirute, conhecido como Dahye, tendo já provocado pelo menos 37 mortos, entre eles três crianças, e 68 feridos, segundo o último balanço do Ministério da Saúde Pública libanês.
O movimento islamita admitiu, entretanto, que o ataque de sexta-feira matou 16 combatentes do Hezbollah, entre eles o chefe da unidade Radwan, Ibrahim Aqil.
O grupo xiita pró-iraniano deu ainda conta da morte do comandante Ahmed Mahmoud Wahbi, que liderou as operações militares da sua unidade de elite Radwan até ao início deste ano, em apoio ao Hamas palestiniano.
Se o embaixador israelita na ONU, Danny Danon, se vangloriou da morte de Aqil, "um dos homens mais procurados do mundo", o Hamas garantiu que Israel pagaria "um preço elevado" pelo ataque.
Já na quinta-feira, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que Israel iria receberia um "castigo terrível" após as duas vagas de explosões.
Este sábado, o grupo libanês afirmou que disparou salvas de foguetes Katyusha em dois locais militares do norte de Israel.
"[Foi uma] resposta aos ataques inimigos no sul do Líbano", referiu, enquanto correspondentes da agência de notícias AFP relataram intensos bombardeamentos em diferentes áreas do sul do Líbano.
Por seu turno, o líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, apelou hoje aos países muçulmanos para cortarem os vínculos económicos e reduzir as relações políticas com Israel, dados os "crimes" em Gaza, na Cisjordânia, na Síria e no Líbano.
Khamenei aproveitou o aniversário do nascimento do profeta do Islão, Maomé, para apelar à comunidade islâmica para "se unir e usar a sua força interior para destruir" Israel.
"Este poder interno pode eliminar e erradicar este tumor cancerígeno maligno do coração da comunidade islâmica e destruir a influência, o domínio e a interferência coercitiva dos Estados Unidos nesta região", enfatizou.
Saliente-se ainda que o chefe da diplomacia libanesa, Abdallah Bou Habib, anunciou a apresentação de uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU na sequência da "agressão ciberterrorista israelita, que constitui um crime de guerra".
O direito internacional "proíbe" a utilização de dispositivos "armadilhados" que aparentem ser objetos "inofensivos", disse o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, ao Conselho de Segurança na sexta-feira.
"O facto de atingir simultaneamente milhares de pessoas, sejam elas civis ou membros de grupos armados, sem saber quem está na posse dos dispositivos em causa (...) viola o direito internacional humanitário", afirmou.
A primeira vaga de explosões de 'pagers' ocorreu na terça-feira, pouco depois de Israel ter anunciado que estendia os seus objetivos de guerra à frente norte, ou seja, à fronteira com o Líbano, para permitir que dezenas de milhares de habitantes deslocados pela violência regressassem às suas casas.
Até agora, os principais objetivos eram a destruição do Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007 e é considerado uma organização terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), e o regresso dos reféns detidos no território palestiniano.
Israel diz ter atingido "dezenas de alvos" do Hezbollah no sul do Líbano
O exército israelita disse hoje ter atingido, esta madrugada, dezenas de alvos do movimento xiita libanês Hezbollah no Líbano.
"Durante a madrugada [hora local], o exército atingiu dezenas de alvos do Hezbollah, em várias regiões do sul do Líbano", indicou, em comunicado.
Na segunda-feira, Israel bombardeou o Líbano, afirmando ter atingido cerca de 1.600 alvos do Hezbollah.
O Ministério da Saúde libanês disse que 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas nos ataques israelitas.
O Hezbollah, por seu lado, afirmou ter retaliado com dezenas de 'rockets' disparados para o norte de Israel, precisando que tinham como alvo os "principais paióis" do Exército na zona, bem como um quartel militar.
O fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah - que prometeu continuar a atacar Israel "até ao fim da agressão em Gaza", abrindo uma segunda frente de batalha na região para o Exército israelita - aumentaram de intensidade desde a vaga de explosões simultâneas de equipamentos de comunicação (primeiro, 'pagers' e, depois, 'walkie-talkies'), atribuídas a Israel, que em todo o Líbano fizeram 39 mortos e quase 3.000 feridos, a 17 e 18 de setembro, segundo as autoridades libanesas.
Na sexta-feira, o bombardeamento israelita de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute matou 16 membros da força de elite do Hezbollah, incluindo o líder, Ibrahim Aqil. O balanço total foram 45 vítimas mortais, incluindo civis, de acordo com as autoridades libanesas.
Estes são os piores confrontos entre Israel e o Hezbollah desde a guerra de 2006.
Israel afirma que eliminou comandante de mísseis do Hezbollah
O Exército israelita afirmou hoje que eliminou o comandante da unidade de mísseis do grupo xiita Hezbollah, que identificou como Ibrahim Muhammad Kabisi, após um ataque contra os subúrbios sul de Beirute.
"Durante anos e durante a guerra, foi responsável pelos lançamentos contra o território israelita", afirmaram as forças israelitas num breve comunicado, no qual afirmaram que, no ataque, Kabisi estava acompanhado por outros comandantes do grupo libanês apoiado pelo Irão.
Israel atacou hoje a capital libanesa, pela quinta vez desde outubro do ano passado, em plena escalada dos seus bombardeamentos contra o grupo xiita no sul e leste do Líbano, que já fizeram mais de 500 mortos e 1.800 feridos.
O ataque a Beirute atingiu um edifício residencial no bairro de Ghobeiry, nos subúrbios sul de Beirute, conhecido como Dahye.
Segundo as autoridades libanesas, pelo menos seis pessoas morreram e outras 25 ficaram feridas no bombardeamento.
Este subúrbio já foi alvo de outros ataques israelita na segunda-feira, do qual o comandante do Hezbollah, Ali Karaki, saiu ileso, e na sexta-feira passada em que morreram mais de 50 pessoas, segundo a última contagem fornecida pela Defesa Civil libanesa.
A zona foi atacada cinco vezes desde o início dos combates entre Israel e o Hezbollah, há quase um ano, e em todos eles os principais alvos foram os líderes do grupo xiita ou do movimento islamita palestiniano Hamas.
O intenso fogo cruzado atingiu níveis sem precedentes nos últimos dias, depois de Israel ter iniciado uma campanha de bombardeamentos contra o sul e o leste do Líbano, na qual 558 pessoas morreram (incluindo 50 crianças e 94 mulheres) e 1.800 ficaram feridas, segundo os últimos dados das autoridades libanesas.
Israel acusa o grupo xiita (tal como faz com o Hamas na Faixa de Gaza) de usar casas de civis para armazenar armas e defende que a sua ofensiva nos últimos dias procura degradar as capacidades do Hezbollah para atacar território israelita.
O grupo libanês tem visado militarmente Israel desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do seu aliado Hamas em solo israelita, que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza.
Desde então, Israel e Hezbollah têm trocado tiros numa base diária, provocando a deslocação de dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Na última semana, Israel intensificou os seus ataques contra o Hezbollah no Líbano, à medida que as autoridades de Telavive anunciaram uma deslocação das operações militares da Faixa de Gaza para o norte do país.
Israel interceta míssil disparado a partir do Líbano
Sirenes antiaéreas soaram hoje em Telavive, depois de terem identificado e intercetado um míssil lançado a partir do Líbano, anunciou o exército israelita.
"Na sequência das sirenes que soaram nas regiões de Telavive e Netanya, foi identificado um míssil terra-terra proveniente do Líbano, que foi intercetado pela defesa aérea", declarou um porta-voz militar.
Entretanto, os bombardeamentos israelitas no Líbano prosseguiam, pelo terceiro dia consecutivo, provocando a fuga de milhares de pessoas do sul do país, numa altura em que a comunidade internacional tenta evitar um conflito regional.
Desde as 05:00 (03:00 em Lisboa) que os bombardeamentos israelitas estão a atingir o sul do país, avançou a agência de notícias libanesa NNA, bem como a região de Baalbek (leste), um reduto do Hezbollah, de acordo com o canal do movimento movimento xiita libanês pró-iraniano, Al-Manar, e outros meios de comunicação libaneses.
Ao início da noite de terça-feira, o exército israelita declarou ter efetuado "grandes ataques" contra dezenas de alvos do Hezbollah no sul e na região de Bekaa (leste).
Em Saadiyat, a sul de Beirute, Israel também atacou um "um armazém" esta madrugada (hora local), disse uma fonte de segurança libanesa.
O Hezbollah confirmou que um dos chefes militares, Ibrahim Mohammed Kobeissi, morreu na terça-feira, nos subúrbios do sul de Beirute, num bombardeamento israelita que causou um total de seis mortos e 15 feridos, indicou o Ministério da Saúde libanês.
O exército israelita tinha já afirmado "ter eliminado" este "comandante da rede de mísseis e foguetes do Hezbollah" e "pelo menos dois" outros comandantes no mesmo ataque.
Em resposta, o Hezbollah disparou "cerca de 300 foguetes" contra o território israelita, "ferindo seis civis e soldados, a maioria dos quais ligeiramente", disse o exército israelita.
Por seu lado, o movimento xiita libanês reivindicou a responsabilidade por 18 ataques, incluindo contra o quartel-general do comando norte do exército israelita perto de Safed e uma base naval a sul de Haifa, principal porto do norte.
Israel prepara-se para possível operação terrestre no Líbano
As tensões entre Israel e o Hezbollah têm crescido nas últimas semanas.
O chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, disse, esta quarta-feira, que os militares do país estão a preparar-se para uma possível operação terrestre no Líbano, à medida que o Hezbollah lança dezenas de projéteis contra Israel, incluindo um míssil direcionado a Telavive - que simboliza o ataque mais profundo do grupo extremista até agora, segundo a agência de notícias Associated Press.
Halevi explicou que os mais recentes ataques aéreos israelitas foram projetados para "preparar o terreno para a possível entrada [no Líbano] e continuar a degradar o Hezbollah".
"Estamos a preparar o processo de manobra", continuou, garantindo que o objetivo é permitir que os cidadãos do norte de Israel deslocados possam regressar às suas casas.
O ministro da Saúde do Líbano disse que ataques israelitas mataram recentemente mais de 50 pessoas, elevando o número de mortes nos últimos três dias para 615, com mais de 2.000 feridos.
A AP assinala que esta foi a semana mais mortal no Líbano desde 2006.
Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira israelo-libanesa desde a ofensiva israelita em Gaza que se seguiu ao ataque do grupo palestiniano Hamas de 7 de outubro de 2023.
As forças israelitas aumentaram nos últimos dias a intensidade dos ataques no Líbano, fazendo recear o alastramento do conflito.
Israel diz ter atacado 75 alvos no Líbano durante a noite
O Exército israelita anunciou hoje ter atacado na noite de quarta-feira 75 alvos militares do movimento Hezbollah no sul do Líbano e na região de Bekaa (leste).
Os aviões de guerra israelitas "atacaram durante a noite cerca de 75 alvos terroristas do Hezbollah na região de Bekaa e no sul do Líbano, incluindo depósitos de munições, lançadores prontos a disparar (contra o território israelita), edifícios militares, terroristas e infraestruturas terroristas", indicaram os militares de Israel em comunicado.
Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah (Partido de Deus) estão envolvidos num intenso fogo ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde 2006.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez pelo menos 41.495 mortos e 96 mil feridos, além de mais de dez mil desaparecidos, indicam os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Mais de 22.000 pessoas que fogem dos bombardeamentos israelitas no Líbano entraram na Síria desde segunda-feira, disseram hoje fontes de segurança sírias.
"Entraram através da passagem de Jdeidet Yabbous nos últimos três dias e até à manhã de quinta-feira [hoje] mais de 6.000 libaneses e cerca de 15.000 sírios", disse uma fonte síria à agência francesa AFP, sob a condição de não ser identificada.
Uma segunda fonte que também pediu para não ser identificada disse que 1.000 libaneses e 500 sírios tinham atravessado noutro ponto de passagem, Jusiyah.
O exército israelita disse hoje ter atingido infraestruturas ligadas ao Hezbollah libanês ao longo da fronteira com a Síria, numa altura em que prosseguiam as trocas de tiros.
Tais infraestruturas "eram utilizadas (...) para transferir armas da Síria para o Hezbollah no Líbano, que a organização terrorista utilizou contra civis israelitas", acrescentou o exército em comunicado.
Israel considera o Hezbollah e grupo extremista palestiniano Hamas, com o qual está em guerra na Faixa de Gaza, como organizações terroristas.
O Hezbollah e o Hamas são apoiados pelo Irão.
O Ministério das Obras Públicas e dos Transportes do Líbano disse que um ataque israelita atingiu um posto fronteiriço no lado sírio, segundo o jornal libanês L'Orient du Jour.
O mesmo jornal noticiou que os ataques aéreos israelitas visaram quatro postos fronteiriços entre o Líbano e a Síria (Al-Arida, Matraba, Saleh e Kabech), bem como uma ponte que liga os dois países perto do posto de Matraba.
O chefe do Comité de Emergência e ministro do Ambiente libanês, Nasser Yassin, anunciou que "o número de pessoas deslocadas até agora varia entre 150.000 e 200.000", segundo a agência libanesa ANI.
Yassin disse que "53.000 pessoas deslocadas foram alojadas em abrigos e as restantes foram distribuídas por casas alugadas ou por familiares".
Referiu que "apesar de algumas carências em artigos básicos, incluindo cobertores e colchões, tendo em conta o grande número de pessoas deslocadas e os bombardeamentos agressivos em curso, a ajuda foi distribuída a 37.500 pessoas".
Yassin disse também que o Governo libanês tem a cooperação do Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários e parceiros de organizações internacionais.
Acrescentou que foi disponibilizada uma verba de 24 milhões de dólares (21,5 milhões de euros, ao câmbio atual) "para responder ao trabalho de socorro e apoio" dos deslocados.
Segundo Yassin, a diplomacia libanesa está a contactar os governos dos países em que o Líbano tem representantes para os informar sobre a situação, e começou a organizar e a apoiar operações de ajuda com as comunidades libanesas.
"Estamos perante uma agressão de grandes proporções, uma vez que no primeiro dia dos ataques se registou metade do número de mártires [mortos] da guerra de julho de 2006", afirmou, referindo-se aos mais de 500 mortos na segunda-feira.
Israel e o Hezbollah têm trocado tiros na fronteira israelo-libanesa desde o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, há 11 meses, desencadeada por um ataque inédito do grupo extremista palestiniano Hamas.
No ataque de 07 de outubro, militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram duas centenas de reféns que levaram para Gaza, segundo Israel.
A Guerra em Gaza já causou cerca de 41.500 mortos, segundo o governo do Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.
Israel reivindica morte de comandante de 'drones' do Hezbollah
O exército israelita reivindicou hoje a morte do chefe da unidade de 'drones' do Hezbollah, Mohammed Srour, num ataque em Beirute que as autoridades libanesas disseram ter provocado dois mortos e 15 feridos.
"Os caças visaram e eliminaram o comandante [Mohammed Srour] da unidade aérea do Hezbollah em Beirute", declarou o exército num comunicado citado pela agência francesa AFP.
Uma fonte próxima do grupo libanês tinha afirmado anteriormente que o comandante do Hezbollah tinha sido alvo de um ataque israelita, sem especificar se estava entre as vítimas.
O Hezbollah não se pronunciou oficialmente sobre este ataque.
O Ministério da Saúde libanês disse num comunicado que o ataque provocou dois mortos e 15 feridos, incluindo uma mulher que se encontrava em estado crítico.
Trata-se do quarto ataque numa semana ao mesmo subúrbio da capital, um reduto do Hezbollah, visando dirigentes do movimento libanês pró-iraniano.
A agência libanesa ANI disse que o ataque ocorreu às 15h15 locais (13h15 em Lisboa) e visou "um apartamento residencial num edifício de 10 andares no bairro de Qaim".
Ministro israelita ameaça com boicote em caso de cessar-fogo no Líbano
O ministro de extrema-direita israelita Itamar Ben Gvir ameaçou hoje boicotar o trabalho do Governo se Israel aceitar um cessar-fogo temporário com o movimento xiita Hezbollah no Líbano, como proposto pelos Estados Unidos e seus aliados.
"Se for assinado um cessar-fogo temporário com o Hezbollah, o partido (Otzma Yehudit, ou Força Judaica) não cumprirá todas as obrigações no âmbito da coligação - em particular a votação, a participação em reuniões e todas as atividades da coligação governamental", declarou Ben Gvir num comunicado partidário.
O ministro israelita avisou ainda que se demitiria se tal cessar-fogo se tornasse permanente.