Pessoas vítimas do Buraco Dimensional?
Existem peritos do assunto que afirmam o seguinte: No meio do nosso mundo visível existem lugares vazios, de certa forma buracos na estrutura dimensional, por onde seres vivos e objectos podem desaparecer. Isso aconteceu, por exemplo, com navios, aviões e pessoas, no famoso Triângulo das Bermudas.
Tais buracos se abrem e fecham. São talvez, portas para uma outra dimensão, onde nossas ideias de comprimento, altura e largura não valem mais. Naquele espaço não existe nada comparável às coisas do nosso mundo, mesmo que fosse possível transcorrer uma existência naquele mundo. Sobre tais buracos negros, o físico inglês John Taylor diz: "Quem ultrapassa a fronteira do espaço-tempo de um buraco negro abandona para sempre, seu próprio mundo. A partir daquele momento ninguém mais pode vê-lo, ele desaparece sem que ninguém perceba".
Um desaparecimento desse tipo também pode ser efectuado com a ajuda de poderes sobrenaturais, conforme afirma sir Ernest Wallis Budge, uma autoridade nos assuntos do antigo Egipto e da Caldeia, e que até recentemente era um dos mais altos funcionários do Museu Britânico. Numa entrevista ao Daily Express, ele explicou: "Conheci um africano e um hindu que, durante uma conversa, tinham o costume de desaparecer, como dissolvidos no ar. Parecia a história do gato da obra "Alice no País das Maravilhas"; eles estavam lá; de repente eu ouvia apenas os seus sorrisos, e depois mais nada! Não se tratava de hipnose, porque eu podia andar sobre o espaço até há pouco ocupado por eles sem encontrar obstrução. Do mesmo modo, eles ressurgiam, empurrando os presentes, sem muita cerimónia, enquanto se densificavam novamente".
Jean Durant, canadiano de origem francesa, também tinha o mesmo poder: exibia-se frequentemente ao público, até um dia durante um espectáculo, desapareceu e nunca mais foi visto. Durant deixava-se trancar numa sala, que era lacrada e vigiada de fora. Ele se desmaterializava no interior de um cómodo e surgia fisicamente do lado de fora, em frente aos seus guardas.
De acordo com um relato de Ray Freedy, em Guide and Ideas (Londres, Novembro de 1936), três médicos confirmaram essa capacidade de Durant. Um certo Williams declarou perante um tribunal que vira Durant desaparecer, olhando através da fechadura do quarto onde ele estava trancado. Segundo Williams, seu roupão caiu ao chão, vazio. Mas depois disso, Jean Durant caiu doente porque, conforme disse, alguém o tinha espiado. Por isso ele exigia, nas suas experiências feitas perante médicos e polícias, que todos ficassem do lado de fora do quarto, onde aparecia sua forma materializada. Todas as saídas da sala estavam hermeticamente lacradas e assim permaneciam até à realização do fenómeno.
Finalmente, Durant foi convidado para dar uma demonstração em Chicago, tendo os seus braços e pernas sido algemados, e a entrada da sala, foi selada. Desta vez, porém, o público esperou em vão. Depois de uma hora, os guardas abriram a porta. Cordas e algemas estavam no chão, mas Durant desaparecera de vez. Conforme o depoimento de alguns médicos, podemos aceitar que, durante as experiências, Durant entrava num estado de transe profundo. Os médicos percebiam, às vezes, momentos antes do seu reaparecimento, uma forte respiração atrás da porta. Respiração de quem se encontra num estado de sono profundo.
Existem ainda casos de pessoas que desaparecem para anos depois, reaparecerem:
O Dr. Jaseph Lauterer, de Chicago, conta que durante a dinastia Tang, na China (618 a 807), existia um relato sobre um lenhador que encontrou dois homens jogando xadrez na floresta. Antes de terminarem a partida, o lenhador percebeu com espanto, que o cabo de seu machado tinha apodrecido. Ele voltou à aldeia, mas encontrou um lugar totalmente diferente. Ninguém o conhecia, e todos lhe eram estranhos. Ele disse seu nome, e consultados os cartórios, descobriu-se que há 300 anos atrás, um lenhador com seu nome saíra da aldeia para nunca mais voltar. Ouvindo isso, o homem começou a tremer sem controlo, caiu no chão e morreu.
Um caso semelhante é contado, no poema "Der Munch von Heisterbach", de Wolfgang von Konigswinter (1816-1873):
Um monge de Heisterbach, na Alemanha, foi de manhã à floresta, para meditar sobre as palavras do salmo: "Porque para ti mil anos são como um dia". À noite voltou, ouvindo os sinos da abadia. Uma pessoa desconhecida abriu o portão, e ele foi cercado por outros monges surpresos e desconhecidos. Consultadas as crónicas do mosteiro, descobriu-se que há alguns séculos um monge, com o mesmo nome desaparecera misteriosamente na floresta.
Será realmente possível cair vítima de uma tal ruptura das dimensões?
E se uma pessoa ou um objecto podem realmente desaparecer de modo inexplicável da nossa dimensão conhecida para uma outra estranha, não seria possível para seres de uma outra dimensão saírem da deles e entrarem na nossa?
Em 22 de Dezembro de 1955, dois desenhadores, Nilliam Shannon e George Brinsmaid, de Alexandria, na Virgínia (E.U.A.), dirigiam-se para o trabalho. Percorriam a grande rodovia Mount Vernon, quando de repente, o pára-brisa do seu carro estourou, voando pedaços de vidro para todos os lados. Dentro do carro, eles encontraram um peixe de mais ou menos 15 centímetros, totalmente congelado. Um peixe caíra com tanta força que atravessou o pára-brisa. Não havia outros carros, nem aviões, nas proximidades.
Nos anos 70, em Long Beach, na Califórnia, um empregado da firma "Smith", revendedor de carros usados, estava a lavar um automóvel quando ouviu um som estranho, como se alguém assobiasse nas proximidades. Levantou a cabeça e viu alguns objectos luminosos caindo na sua direcção. Momentos depois, um pedaço de gelo do tamanho de um homem caiu em cima do carro, espalhando pedaços em todas as direcções. Os meteorologistas encontraram uma explicação para o fenómeno: o pedaço de gelo se desligara da asa de um avião. Mas as autoridades da aeronáutica negaram esta possibilidade.
Quase todos os casos de desaparecimentos inexplicáveis referem-se a pessoas isoladas. Mas existem relatos de desaparecimentos de grupos inteiros de pessoas que também nunca mais foram encontradas:
No dia 3 de Março de 1975, o jornal Al Ahram, o mais importante do Cairo, e a sucursal egípcia da Associated Press, enviaram a todo o mundo a notícia de que um grupo de 800 egípcios muçulmanos, em viagem de peregrinação a Meca, no mês de Dezembro, nunca mais voltaram para casa. O grupo inteiro desapareceu sem deixar rastos.
Em 1898, desapareceu um grupo de soldados ingleses no Sudão. E durante uma batalha na frente noroeste entre a Índia e o Afeganistão, aconteceu o mesmo com uma companhia inteira de soldados ingleses nos arredores do Passo Khyber. A brigada de socorro incumbida de procurá-los informou apenas que os rastos dos soldados terminavam de repente; todos os rastos prosseguiam normalmente para um certo ponto, e terminava.
Estes desaparecimentos misteriosos e inexplicáveis levantam questões filosóficas, parapsicológicas e também na física. Podemos encarar a possibilidade de estarmos a enfrentar a possível aproximação da matéria e espírito. O que poderia levar à origem do fenómeno do desaparecimento na Quarta Dimensão. Tais ideias são apoiadas pela grande maioria dos matemáticos e físicos do mundo. Cientistas como Albert Einstein, Karl Friedrieh Gauss, Johan Heinrich Lambert, Hermann von HeImhoItz, Bernard Riemann, Henri Poincarée, Hermann Minkovski, cogitaram a existência de espaços de quatro, cinco, ou mais dimensões. Poincaré, por exemplo, dizia: "Não quebrem a cabeça com a questão da quarta dimensão. É absolutamente impossível imaginá-la, mas mesmo assim ela existe, e os hiperespaços de sua existência são factos incontestáveis".