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GF Platina
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D. Sebastião "O Desejado" (1554-1578)
D. Sebastião, 16º Rei de Portugal, é morto durante ou após a Batalha de Alcácer-Quibir. Filipe II manda trasladar para o Mosteiro dos Jerónimos um corpo que alegava ser o do rei, mas o povo recusa-se a acreditar na morte, o que leva ao surgimento do "Sebastianismo".
D. Sebastião foi Rei de Portugal e Algarves de 1557 até sua morte. Subiu ao trono aos 3 anos de idade, após a morte de seu avô, o Rei D. João III, com uma regência sendo instaurada durante sua menoridade, liderada primeiro por sua avó, a Rainha Catarina da Áustria, e depois por seu tio-avô, o Cardeal Henrique de Portugal.
D. Sebastião assumiu o governo aos 14 anos de idade em 1568, manifestando grande fervor religioso e militar. Cresceu na convicção de que Deus o criara para grandes feitos, e educado entre dois partidos palacianos de interesses opostos - o de sua avó que pendia para a Espanha, e o do seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique favorável a uma orientação nacional -, D. Sebastião, desde a sua maioridade, afastou-se abertamente dos dois partidos, aderindo ao partido dos válidos, homens da sua idade, temerários a exaltados, que estavam sempre prontos a seguir as suas determinações.
Nunca ouviu conselhos de ninguém, e entregue ao sonho de sujeitar a si toda a Berbéria e trazer à sua soberania a venerada Palestina, nunca se interessou pelo povo, nunca reuniu corte, nem visitou o seu país, só pensando em recrutar um exército e armá-lo, pedindo auxílio a Estados estrangeiros, contraindo empréstimos, arruinando os cofres do reino, tendo o único fito de ir a África combater os mouros.
Chefe de um numeroso exército, na sua maioria aventureiros e miseráveis, parte para a África em Junho de 1578; chega perto de Alcácer Quibir a 3 de Agosto e no dia 4, o exército português esfomeado e estafado pela marcha e pelo calor, e dirigido por um rei incapaz, foi completamente destroçado, figurando o próprio rei entre os mortos.
A desastrosa Batalha de Alcácer Quibir
Desde que a Índia começara a dar mais prejuízos que lucros, muitos estavam de acordo em que era preferível conquistar o Norte de África – zona rica em cereais e comércio – do que continuar a manter com grandes sacrifícios o Império do Oriente. Só que havia uma forte oposição à forma como D. Sebastião preparou e dirigiu a sua expedição ao Norte de África.
Em 1578, D. Sebastião, então com 24 anos de idade, partiu para Marrocos com um exército de 17.000 homens, dos quais cerca de um terço eram mercenários estrangeiros. Embora os militares mais experimentados na guerra o aconselhassem a não se afastar da costa de onde lhe poderia vir auxílio dos navios portugueses, o rei preferiu avançar para o interior com as suas tropas. Encontrou o exército muçulmano em Alcácer Quibir e aí se travou a célebre e infeliz batalha em que foram mortos ou feitos prisioneiros praticamente todos os portugueses que nela participaram.
O rei D. Sebastião morreu na batalha, mas nenhum dos portugueses que regressaram disse que viu o seu corpo. A chegada da notícia desse desastre a Lisboa provocou cenas de perturbação e dor indescritíveis, pois o rei tinha morrido solteiro e sem deixar descendentes. Dois anos depois, Portugal perdeu a sua independência política, visto que Filipe II, Rei de Espanha e neto do rei D. Manuel I, subiu ao trono de Portugal. Durante os anos que se seguiram, o povo acreditava que D. Sebastião não tinha morrido na batalha e iria regressar a Portugal, numa noite de nevoeiro. Então, reclamaria para si o trono e o reino ganharia de novo a sua independência. Esta crença popular ficou conhecida na história com o nome de "Sebastianismo".
D. Sebastião, 16º Rei de Portugal, é morto durante ou após a Batalha de Alcácer-Quibir. Filipe II manda trasladar para o Mosteiro dos Jerónimos um corpo que alegava ser o do rei, mas o povo recusa-se a acreditar na morte, o que leva ao surgimento do "Sebastianismo".
D. Sebastião foi Rei de Portugal e Algarves de 1557 até sua morte. Subiu ao trono aos 3 anos de idade, após a morte de seu avô, o Rei D. João III, com uma regência sendo instaurada durante sua menoridade, liderada primeiro por sua avó, a Rainha Catarina da Áustria, e depois por seu tio-avô, o Cardeal Henrique de Portugal.
D. Sebastião assumiu o governo aos 14 anos de idade em 1568, manifestando grande fervor religioso e militar. Cresceu na convicção de que Deus o criara para grandes feitos, e educado entre dois partidos palacianos de interesses opostos - o de sua avó que pendia para a Espanha, e o do seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique favorável a uma orientação nacional -, D. Sebastião, desde a sua maioridade, afastou-se abertamente dos dois partidos, aderindo ao partido dos válidos, homens da sua idade, temerários a exaltados, que estavam sempre prontos a seguir as suas determinações.
Nunca ouviu conselhos de ninguém, e entregue ao sonho de sujeitar a si toda a Berbéria e trazer à sua soberania a venerada Palestina, nunca se interessou pelo povo, nunca reuniu corte, nem visitou o seu país, só pensando em recrutar um exército e armá-lo, pedindo auxílio a Estados estrangeiros, contraindo empréstimos, arruinando os cofres do reino, tendo o único fito de ir a África combater os mouros.
Chefe de um numeroso exército, na sua maioria aventureiros e miseráveis, parte para a África em Junho de 1578; chega perto de Alcácer Quibir a 3 de Agosto e no dia 4, o exército português esfomeado e estafado pela marcha e pelo calor, e dirigido por um rei incapaz, foi completamente destroçado, figurando o próprio rei entre os mortos.
A desastrosa Batalha de Alcácer Quibir
Desde que a Índia começara a dar mais prejuízos que lucros, muitos estavam de acordo em que era preferível conquistar o Norte de África – zona rica em cereais e comércio – do que continuar a manter com grandes sacrifícios o Império do Oriente. Só que havia uma forte oposição à forma como D. Sebastião preparou e dirigiu a sua expedição ao Norte de África.
Em 1578, D. Sebastião, então com 24 anos de idade, partiu para Marrocos com um exército de 17.000 homens, dos quais cerca de um terço eram mercenários estrangeiros. Embora os militares mais experimentados na guerra o aconselhassem a não se afastar da costa de onde lhe poderia vir auxílio dos navios portugueses, o rei preferiu avançar para o interior com as suas tropas. Encontrou o exército muçulmano em Alcácer Quibir e aí se travou a célebre e infeliz batalha em que foram mortos ou feitos prisioneiros praticamente todos os portugueses que nela participaram.
O rei D. Sebastião morreu na batalha, mas nenhum dos portugueses que regressaram disse que viu o seu corpo. A chegada da notícia desse desastre a Lisboa provocou cenas de perturbação e dor indescritíveis, pois o rei tinha morrido solteiro e sem deixar descendentes. Dois anos depois, Portugal perdeu a sua independência política, visto que Filipe II, Rei de Espanha e neto do rei D. Manuel I, subiu ao trono de Portugal. Durante os anos que se seguiram, o povo acreditava que D. Sebastião não tinha morrido na batalha e iria regressar a Portugal, numa noite de nevoeiro. Então, reclamaria para si o trono e o reino ganharia de novo a sua independência. Esta crença popular ficou conhecida na história com o nome de "Sebastianismo".