Lancia Stratos: Nascido para vencer
Quando Cesare Fiorio viu pela primeira vez o protótipo Stratos, imaginou de imediato o futuro campeão de ralis da Lancia. Nascia o mito...
Estávamos em 1970 e o departamento de competição da Lancia inquietava-se com o crescente sucesso dos pequenos carros azuis da Alpine Renault. Para o director desportivo da marca italiana, Cesare Fiorio, era necessária uma rápida alternativa ao Fulvia e foi no Salão de Turim desse ano que se fez luz sobre o futuro da Lancia nos ralis. Quando Fiorio vislumbrou um exercício de estilo da Bertone, de seu nome Stratos, rapidamente idealizou que estaria ali a base para o futuro carro de competição da marca.
A partir daquele momento, a Lancia apostou no desenvolvimento de um bólide baseado nas linhas do futurista Stratos do qual herdaria o nome. No início de 1971, Fiorio requisitou dois Ferrari Dino de série e pediu a Sandro Munari e Raffaele Pinto para testar no mítico Col de Turini. Como os tempos ficaram muito próximos dos obtidos pelos Alpine Renault, que haviam vencido recentemente o rali Monte Carlo, a escolha do motor recaiu sobre o V6 da Ferrari.
No Salão de Turim desse ano, era apresentado ao mundo o Lancia Stratos e a estreia em competição dar-se-ia no ano seguinte. Tratava-se de um chassis monocoque, com motor traseiro de 2,4L, que tinha inicialmente 12 válvulas e debitava 240 cv, evoluindo mais tarde para uma versão de 24 válvulas, que chegava perto dos 300 cv. A sua silhueta assemelhava-se à de uma seta e nela sobressaíam os faróis dianteiros redondos e uma enorme traseira que permitia albergar o V6 cujo "cantar" se tornaria inconfundível.
Até 1974, o Stratos apenas participou na categoria de protótipos, mas alguns dias após a homologação em Grupo 4, estreou-se a vencer no Rali Sanremo, inaugurando um invejável palmarés que inclui 3 títulos mundiais de marcas entre 74 e 76.
A aquisição da Lancia pelo grupo Fiat ditou o fim da aposta no Stratos, dando lugar a um modelo mais próximo do comum cliente: o Fiat 131. Ainda assim, o importador francês "Chardonnet" alinhou assiduamente em provas do mundial com Bernard Darniche, conquistando importantes vitórias em Monte Carlo e na Córsega.
Com o fim dos Grupo 4, chegou ao fim o percurso de um dos mais belos carros de ralis de todos os tempos. Quatro décadas depois, as suas linhas mantêm-se modernas e o som do V6 continua a suscitar paixões em todo o mundo...
Cesare Fiorio foi o visionário
O Obreiro do sucesso da Lancia na década de 70 dá pelo nome de Cesare Fiorio. Chegou à casa italiana nos anos 60 e por lá ficou mais de duas décadas ligado aos ralis. Seguiram-se incursões na F1, onde desempenhou cargos de dirigente desportivo na Alfa Romeu, Ferrari, Ligier, Forti e Minardi. Ficará para sempre ligado ao nascimento do Lancia Stratos.
Sandro Munari ou "Il Drago"
O sucesso do Lancia Stratos ficará para sempre ligado a Sandro Munari. "Il Drago", como era conhecido o piloto italiano, adaptou-se na perfeição ao exíguo cockpit da máquina italiana e dominou com mestria um carro que muitos consideravam difícil de conduzir. Apesar do motor nervoso e muito sensível ao pedal do acelerador, Munari obteve 3 vitórias seguidas no Monte Carlo. Nos pisos de terra, o seu domínio não foi tão evidente, mas conquistou em 76 uma memorável vitória no Rali de Portugal, tornando-se no ano seguinte, no primeiro piloto a conquistar a Taça FIA de ralis.
Quando Cesare Fiorio viu pela primeira vez o protótipo Stratos, imaginou de imediato o futuro campeão de ralis da Lancia. Nascia o mito...

Estávamos em 1970 e o departamento de competição da Lancia inquietava-se com o crescente sucesso dos pequenos carros azuis da Alpine Renault. Para o director desportivo da marca italiana, Cesare Fiorio, era necessária uma rápida alternativa ao Fulvia e foi no Salão de Turim desse ano que se fez luz sobre o futuro da Lancia nos ralis. Quando Fiorio vislumbrou um exercício de estilo da Bertone, de seu nome Stratos, rapidamente idealizou que estaria ali a base para o futuro carro de competição da marca.
A partir daquele momento, a Lancia apostou no desenvolvimento de um bólide baseado nas linhas do futurista Stratos do qual herdaria o nome. No início de 1971, Fiorio requisitou dois Ferrari Dino de série e pediu a Sandro Munari e Raffaele Pinto para testar no mítico Col de Turini. Como os tempos ficaram muito próximos dos obtidos pelos Alpine Renault, que haviam vencido recentemente o rali Monte Carlo, a escolha do motor recaiu sobre o V6 da Ferrari.
No Salão de Turim desse ano, era apresentado ao mundo o Lancia Stratos e a estreia em competição dar-se-ia no ano seguinte. Tratava-se de um chassis monocoque, com motor traseiro de 2,4L, que tinha inicialmente 12 válvulas e debitava 240 cv, evoluindo mais tarde para uma versão de 24 válvulas, que chegava perto dos 300 cv. A sua silhueta assemelhava-se à de uma seta e nela sobressaíam os faróis dianteiros redondos e uma enorme traseira que permitia albergar o V6 cujo "cantar" se tornaria inconfundível.
Até 1974, o Stratos apenas participou na categoria de protótipos, mas alguns dias após a homologação em Grupo 4, estreou-se a vencer no Rali Sanremo, inaugurando um invejável palmarés que inclui 3 títulos mundiais de marcas entre 74 e 76.
A aquisição da Lancia pelo grupo Fiat ditou o fim da aposta no Stratos, dando lugar a um modelo mais próximo do comum cliente: o Fiat 131. Ainda assim, o importador francês "Chardonnet" alinhou assiduamente em provas do mundial com Bernard Darniche, conquistando importantes vitórias em Monte Carlo e na Córsega.
Com o fim dos Grupo 4, chegou ao fim o percurso de um dos mais belos carros de ralis de todos os tempos. Quatro décadas depois, as suas linhas mantêm-se modernas e o som do V6 continua a suscitar paixões em todo o mundo...
Cesare Fiorio foi o visionário
O Obreiro do sucesso da Lancia na década de 70 dá pelo nome de Cesare Fiorio. Chegou à casa italiana nos anos 60 e por lá ficou mais de duas décadas ligado aos ralis. Seguiram-se incursões na F1, onde desempenhou cargos de dirigente desportivo na Alfa Romeu, Ferrari, Ligier, Forti e Minardi. Ficará para sempre ligado ao nascimento do Lancia Stratos.
Sandro Munari ou "Il Drago"
O sucesso do Lancia Stratos ficará para sempre ligado a Sandro Munari. "Il Drago", como era conhecido o piloto italiano, adaptou-se na perfeição ao exíguo cockpit da máquina italiana e dominou com mestria um carro que muitos consideravam difícil de conduzir. Apesar do motor nervoso e muito sensível ao pedal do acelerador, Munari obteve 3 vitórias seguidas no Monte Carlo. Nos pisos de terra, o seu domínio não foi tão evidente, mas conquistou em 76 uma memorável vitória no Rali de Portugal, tornando-se no ano seguinte, no primeiro piloto a conquistar a Taça FIA de ralis.