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Martins dos Santos: «Seria incapaz de aceitar pedido para beneficiar uma equipa»
ÁRBITRO DO PORTO COMEÇA A SER JULGADO DIA 29 DE SETEMBRO EM GONDOMAR
Manuel Martins dos Santos, árbitro de 1.ª categoria durante 13 épocas, começa a ser julgado no tribunal de Gondomar dia 29 de Setembro, acusado de corrupção desportiva passiva. No banco dos réus sentar-se-á também António Henriques, antigo presidente do Marítimo e ex-membro do Conselho de Arbitragem da FPF, este acusado de corrupção desportiva activa.
Em causa está o jogo Marítimo-Nacional da Madeira, da época de 2003/2004, que terminou com a vitória da primeira equipa por 2-0, já na fase final do campeonato. Segundo a acusação do Ministério Público, António Henrique telefonou a Martins dos Santos com o objectivo de conseguir que o árbitro beneficiasse o Marítimo, oferecendo como contrapartida a promoção do filho do árbitro portuense, Daniel Santos.
O que não se consumou. O processo decorreu no tribunal do Funchal, onde foi proferido despacho de pronúncia e até marcado julgamento. Mas o advogado de Martins dos Santos, Lourenço Pinto, invocou um incidente territorial e o processo foi remetido para o tribunal de Gondomar, para o 1.º juízo criminal, já estando marcado o início do julgamento.
A defesa de Martins dos Santos alega que o árbitro jamais recebeu qualquer pedido de António Henriques para beneficiar o Marítimo enquanto o árbitro, quando ouvido em sede de inquérito, afirmou que mesmo que tal tivesse acontecido "seria incapaz de o fazer, uma vez que durante toda a minha carreira sempre actuei com isenção e imparcialidade".
Rui Alves, presidente do Nacional, também foi ouvido e será uma das testemunhas arroladas pelo Ministério Público. O presidente do Nacional da Madeira disse à PJ que a sua equipa foi "roubada" e que, com o resultado em 1-0, "ficou por marcar uma grande penalidade claríssima a favor da nossa equipa". Carlos Pereira, presidente do Marítimo, disse que não costume o Marítimo oferecer prendas a árbitros e confessou que apenas teve "um desabafo" com António Henriques quando soube que Martins dos Santos seria o árbitro desse jogo, ainda assim reprovando essa nomeação. Pereira disse também à PJ que não se recorda de ter sido prejudicado por arbitragens de Martins dos Santos, frisando que na altura dos factos António Henriques era um simples sócio do Marítimo.
Depois do jogo, Martins dos Santos falou com António Henriques e considerou o jogo "complicadíssimo", tendo dito, a dado momento: "Os gajos queriam lá um penálti mas eu puni o gajo com um cartão amarelo".
Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS
ÁRBITRO DO PORTO COMEÇA A SER JULGADO DIA 29 DE SETEMBRO EM GONDOMAR
Manuel Martins dos Santos, árbitro de 1.ª categoria durante 13 épocas, começa a ser julgado no tribunal de Gondomar dia 29 de Setembro, acusado de corrupção desportiva passiva. No banco dos réus sentar-se-á também António Henriques, antigo presidente do Marítimo e ex-membro do Conselho de Arbitragem da FPF, este acusado de corrupção desportiva activa.
Em causa está o jogo Marítimo-Nacional da Madeira, da época de 2003/2004, que terminou com a vitória da primeira equipa por 2-0, já na fase final do campeonato. Segundo a acusação do Ministério Público, António Henrique telefonou a Martins dos Santos com o objectivo de conseguir que o árbitro beneficiasse o Marítimo, oferecendo como contrapartida a promoção do filho do árbitro portuense, Daniel Santos.
O que não se consumou. O processo decorreu no tribunal do Funchal, onde foi proferido despacho de pronúncia e até marcado julgamento. Mas o advogado de Martins dos Santos, Lourenço Pinto, invocou um incidente territorial e o processo foi remetido para o tribunal de Gondomar, para o 1.º juízo criminal, já estando marcado o início do julgamento.
A defesa de Martins dos Santos alega que o árbitro jamais recebeu qualquer pedido de António Henriques para beneficiar o Marítimo enquanto o árbitro, quando ouvido em sede de inquérito, afirmou que mesmo que tal tivesse acontecido "seria incapaz de o fazer, uma vez que durante toda a minha carreira sempre actuei com isenção e imparcialidade".
Rui Alves, presidente do Nacional, também foi ouvido e será uma das testemunhas arroladas pelo Ministério Público. O presidente do Nacional da Madeira disse à PJ que a sua equipa foi "roubada" e que, com o resultado em 1-0, "ficou por marcar uma grande penalidade claríssima a favor da nossa equipa". Carlos Pereira, presidente do Marítimo, disse que não costume o Marítimo oferecer prendas a árbitros e confessou que apenas teve "um desabafo" com António Henriques quando soube que Martins dos Santos seria o árbitro desse jogo, ainda assim reprovando essa nomeação. Pereira disse também à PJ que não se recorda de ter sido prejudicado por arbitragens de Martins dos Santos, frisando que na altura dos factos António Henriques era um simples sócio do Marítimo.
Depois do jogo, Martins dos Santos falou com António Henriques e considerou o jogo "complicadíssimo", tendo dito, a dado momento: "Os gajos queriam lá um penálti mas eu puni o gajo com um cartão amarelo".
Autor: EUGÉNIO QUEIRÓS