Também já vi esse do ar comprimido, já não me lembrava.
Na altura ele ainda tinha no projecto isso que disseste, fazer um circuito infinito. Na altura era com a seguinte ordem:
ar-comprimido -> motor (para fazer andar o veiculo) -> bomba de ar-comprimido (para recarregar as botijas enquanto anda)
Isto em teoria cria um ciclo infinito, enquanto o ar é "gasto" já está a ser cheio pela bomba que é também alimentada pelo motor.
Como dizes a outra alternativa de usar o ar-comprimido para criar energia elétrica para usar um motor eletrico será sem duvida a solução para todos os problemas, pelo menos no que diz respeito à rede rodoviária.
Em relação ao hidrogénio existe de facto a questão da produção e toda a logística, mas será um combustível que não terá flutuações de preço derivado ao mercado e problemas políticos, terá sempre tendência para baixar até ficar a um valor fixo conforme se vai inovando da respectiva produção.
Mas infelizmente o mercado (políticos e petrolíferas, os lobbys do costume) vão continuar sempre a lutar contra isto até não terem mais como argumentar ou adiar o avanço, que por questões de sustentabilidade do planeta (e até económicas quando o petróleo tiver um custo insuportável) é inevitável.
Mas neste ultimo ponto acho que os fabricantes têm uma quota parte de culpa também, se eles próprios (todos sem excepção) decidirem deixar de fabricar os veiculos de combustivel fossil (os modelos comerciais e de massa) todos os governos vão ter que agir em conformidade e homologar esses novos veiculos. O exemplo é mais simples mas acho que se aplica perfeitamente, quando tirei a carta lembro-me que o farol de nevoeiro traseiro era obrigatório 1 do lado esquerdo sem qualquer excepção, um tinha que estar à esquerda e anos mais tarde começaram a aparecer modelos com o dito farol a meio do para-choques e estava legal pois o codigo da estrada foi alterado para complementar esta nova tendencia da industria. O mesmo aconteceu com o Fiat Punto quando meteram os farois traseiros ao alto, a lei também foi alterada. Então quer isto dizer que a industria automovel consegue mudar as leis dos países para os novos modelos puderem circular, então também acho que neste caso da mudança do tipo de combustível eles conseguiriam fazer exactamente o mesmo, mas infelizmente os ditos Lobbys estão também nas altas patentes dos fabricantes.
Posso estar a ser ingénuo mas se as marcas agora todas metessem no mercado apenas veículos a hidrogénio e/ou ar (escolha preferencial pelo já demonstrado pelo DX2) na gama de preços dos veiculos actuais, a população em geral iria mudar muito rapidamente e num periodo de 5 a 10 anos 95% do parque rodoviario mundial já seriam estes veiculos.
A gasolina e o diesel irão sempre continuar a existir para aquela nossa relíquia estacionada na garagem ir dar uma voltas ao fim de semana, os modelos de alto rendimento e os desportos motorizados. O problema da poluição não é destas situações particulares que o planeta consegue neutralizar sem problema, é sim de todos o somatório mundial dos veículos do dia a dia.
Como já se falou não é só a rede rodoviária a causadora de poluição, mas é uma grande fatia principalmente no ar das cidades