BCP atinge novo máximo de 2011
Os títulos do Banco Comercial Português chegaram a valorizar mais de 6,5%, tendo negociado no valor mais elevado desde Julho de 2011: 22,46 cêntimos.
Nas últimas 12 sessões, as acções do banco liderado por Nuno Amado só caíram em três delas, tendo acumulado neste período uma valorização de 16,29%.
Na sessão desta segunda-feira, 10 de Março, o BCP subiu um máximo de 6,51% para negociar nos 22,46 cêntimos. Este é o valor mais elevado desde Julho de 2011.
As acções fecharam a subir 5,60% para negociar nos 22,27 cêntimos, tendo sido negociados 300 milhões de títulos, o que compara com a média diária de 141 milhões verificada nos últimos seis meses. Desde o início do ano, os títulos do banco já valorizaram 33,85%.
A 3 de Fevereiro, o BCP apresentou um prejuízo de 740,5 milhões de euros referente a 2013, cerca de 39% abaixo do resultado líquido negativo de 1.219,1 milhões, registado um ano antes.
O valor do prejuízo foi superior ao antecipado pelo consenso dos analistas, embora tenha sido melhor do que o esperado pela casa de investimento do BPI.
Ainda assim, na sessão seguinte após à apresentação dos números de 2013, as acções do banco dispararam mais de 9% animadas pelo facto de Nuno Amado ter anunciado que a instituição pretende regressar aos lucros na segunda metade deste ano e de revelar que a operação na Roménia está a conquistar interesse de investidores.
Nesse dia, o BESI elevou a recomendação do banco de "neutral" para "comprar".
Entretanto, a 19 de Fevereiro, o banco realizou a primeira emissão de dívida não garantida pelo Estado desde Janeiro de 2010. O BCP emitiu dívida a três anos, tendo pago uma taxa de 3,375%. A procura "excedeu em mais de 450% o montante da emissão".
"A procura angariada, que excedeu em mais de 450% o montante da emissão, e a rapidez de resposta, com expressão de procura excedentária praticamente desde o momento do anúncio público da operação, demonstraram de forma inequívoca a confiança do mercado no banco e a sua plena capacidade em aceder a esta importante fonte de financiamento", referiu, na altura, o BCP em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Fonte: Jornal de Negócios