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Um em cada dez internamentos lesa doentes

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Um em cada dez internamentos lesa doentes

<TABLE cellSpacing=0 cellPadding=3 align=right><TBODY><TR><TD bgColor=#eeeeee>
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</TD></TR></TBODY></TABLE>Peritos defendem a criação de uma estrutura e estratégia explícita de gestão do risco clínico. Um em cada dez internamentos hospitalares complica-se por um qualquer erro, com dano para os doentes, uma conclusão que levou vários peritos a defender a criação de uma estrutura e uma estratégia explícita de gestão do risco clínico. De acordo com o documento “Governação dos Hospitais”, elaborado por um grupo de trabalho da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que ontem apresentou as conclusões, “a segurança dos doentes deve ser encarada como uma componente fundamental da qualidade na prestação de cuidados de saúde, sendo a boa gestão do risco clínico crucial para a promoção dessa segurança”. Os peritos defendem, por isso, a existência, em cada hospital, de “uma estrutura e uma estratégia explícita de gestão do risco clínico”. “A prestação de cuidados de saúde é uma actividade complexa, incerta no resultado e, reconhecidamente, com potencial de causar danos colaterais nos doentes”, alegam os autores do documento. Esta “actividade de risco” resulta em que, “por cada 100 internamentos hospitalares 10 se compliquem por um qualquer erro, com dano para os doentes”. “A gestão de risco visa identificar prospectivamente as trajectórias de acidente nos cuidados de saúde, aprender com os erros cometidos, limitar as suas consequências nefastas e, finalmente, deverá também lidar com os doentes e as famílias lesadas”, lê-se no documento. Os peritos consideram fundamental o estabelecimento de “uma nomenclatura correcta, ou terminologia do erro, de modo a uniformizar a linguagem e as definições e, de igual modo, se dar prioridade à definição de indicadores objectivos de performance e de segurança nos cuidados de saúde”. Em relação à “monitorização de risco”, esta deverá fazer-se com base em dois métodos: a declaração de eventos ocorridos e a monitorização contínua da performance. A monitorização de risco deve ser voluntária e anónima, mas “coexistindo também com a declaração obrigatória” para os casos em que, “pela sua gravidade, se denominam ‘eventos nunca’, como a cirurgia no lado errado, erros de transfusão, mortes inesperadas, etc”. Cada evento deverá ser avaliado por “análise às suas causas remotas, centrando-se mais no sistema e menos nas pessoas e analisado de modo a introduzir mudanças para melhoria. Estas serão depois avaliadas num processo de constante aprendizagem individual e organizacional em torno dos erros”. Já a monitorização contínua da performance deve ser feita por “auditorias, por curvas de soma cumulativa, etc”, para permitir “acompanhar o desempenho e identificar em tempo útil os desvios e os ‘outliers’”. “A utilização do registo e análise de tendências de insegurança é fundamental para monitorizar a incidência de eventos e, ainda, como exercício de transparência e boa-fé”, escrevem igualmente os autores do documento. Entretanto a ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou estar a acompanhar o caso de seis doentes com infecções oculares no Hospital de Santa Maria, que está a ser investigado pelo Infarmed e pela Inspecção Geral de Actividades em Saúde. “Lamento profundamente o que aconteceu. Não sabemos exactamente o que está em causa. Estamos a acompanhar o caso juntamente com o Hospital de Santa Maria, que desenvolveu uma auditoria interna para perceber o que se passou”, observou Ana Jorge.

Fonte:Açoriano Oriental

 
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