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Tudo sobre Gravidez

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Gravidez: 30 perguntas e 30 respostas

Gravidez: 30 perguntas e 30 respostas
Durante a gravidez são muitas as dúvidas que invadem a futura mamã. Para resolvê-las, nada melhor do que estar bem informada.


1 - É normal que o peito cresça tanto?

Desde o início da gestação, o peito começa a preparar-se – lentamente – para a sua função: a amamentação. O peito aumenta o seu volume de forma considerável. Os canais galactóforos aumentam em tama-nho e em quantidade, os alvéolos crescem, e a hormona prolactina aumenta consideravelmente. No segundo trimestre o peito já se nota cheio, túrgido e começa a cobrir-se de veias azuladas e dilatadas. Os mamilos e a zona da pele que os rodeia (auréola) também sofrem modificações: aumentam o seu tamanho e adquirem uma tonalidade mais escura, especialmente nas mulheres de pele morena. Além disso, podem surgir uns pontinhos brancos na auréola, como pequenos grânulos, totalmente normais. Embora nem sempre aconteça, em algumas mulheres pode surgir uma pequena quantidade de colostro, especialmente no momento do banho com água quente ou se se estimularem os mamilos. Até final da gravidez, a sensibilidade no peito pode ficar tão intensa que até o contacto com a roupa pode tornar-se incomodativo.

2 - Será normal que urine tanto?

A micção frequente é um sintoma típico desde o primeiro ao último trimestre. A princípio, devido ao efeito da hormona da gravidez (gonadotrofina coriónica); e mais tarde, ao grande tamanho do útero, que comprime a bexiga.

3 - Porque me incham os pés?

Os edemas são muito frequentes durante o último trimestre. Devido ao seu tamanho, o útero torna-se um obstáculo ao fluxo sanguíneo de modo que a pressão interna dos vasos aumenta, o líquido acumula-se nos tecidos, e as pernas incham. Ao deitar-se, o líquido retido tende a distribuir-se pelo corpo; por isso, é normal que ao levantar-se as mãos e o rosto estejam inchados.

4 - Porquê a acidez?

A acidez é uma consequência bastante comum, que costuma surgir a partir da metade do segundo trimestre. Devido ao seu maior tamanho, o útero comprime o estômago e provoca a subida dos sucos gástricos, que irritam o esófago e causam essa desagradável sensação de queimadura. Para prevenir os episódios, convém comer repetidas vezes, não se deitar logo em seguida após o jantar, dormir com a cabeça num nível ligeiramente mais elevado, e evitar os picantes e o café.

5 - A que se devem as cãibras?

As cãibras são contracções involuntárias dos músculos. Durante a gravidez, as causas mais comuns são o excesso de peso, que se faz sentir especialmente sobre os membros inferiores que devem suportar estoicamente o peso de todo o corpo, os edemas e a carência de magnésio, cálcio e potássio. Habitualmente, apresentam-se a partir da metade da gestação, geralmente durante o sono nocturno ou logo pela manhã, ao levantar-se, e os músculos das barrigas das pernas costumam ser os mais afectados. Uma vez que a cãibra aparece, é necessário alongar o músculo gémeo, esticando a perna e flectindo o pé e os dedos em direcção ao joelho. Lembre-se que o uso de sapatos com saltos muito altos predispõe ao aparecimento de cãibras, de maneira que convém evitá-los, pelo menos durante esta altura. A toma de magnésio diminui a ocorrência de cãibras.

6 - Serão normais as hemorróidas?


Chama-se hemorróidas à dilatação das veias da região anal. Naturalmente, se a futura mamã já as tinha anteriormente, é possível que agora se agravem, mas também podem aparecer em mulheres sem antecedentes, especialmente durante o parto, devido ao esforço. As hemorróidas costumam apresentar-se com maior frequência perto do final da gestação, e às vezes – quando o quadro é severo – podem complicar-se com hemorragias e causar mal-estar ou dor, às vezes muito intensa. Para aliviar os sintomas, o médico poderá indicar – segundo o caso – algum analgésico e anti-inflamatório, em forma de creme para uso local.

7 - É verdade que os gatos podem contagiar-me com toxoplasmose?


Embora exista a crença de que esta doença se transmite através dos gatos, a verdade é que não precisa de ter um para correr o risco de contágio. De facto, a maioria das pessoas não tem gatos mas anticorpos contra a toxoplasmose, o que indica que alguma vez teve contacto com o parasita que a produz. Isto pode acontecer através do consumo de carne que não foi suficientemente cozinhada, ou de frutas e verduras mal lavadas, ou então durante a execução de tarefas de jardinagem nas quais se manipula a terra.
Na realidade, os gatos domésticos não costumam apresentar risco, mas sim os gatos vadios que andam na rua e estão em contacto com outros animais que podem transmitir a infecção. Não existe uma vacina contra a toxoplasmose, de modo que a melhor maneira de preveni-la é consumindo as carnes bem cozidas e as verduras bem lavadas, evitando o contacto com gatos que não pertençam à casa, e calçando luvas para executar tarefas de jardinagem. Se uma mulher grávida entra em contacto com o parasita que causa a toxoplasmose, deve receber um tratamento urgente com antibióticos, para evitar um possível aborto espontâneo ou malformações fetais sérias.

8 - É natural que esteja obstipada?


A obstipação é outros dos problemas frequentes durante as nove luas, e deve-se ao efeito das hormonas da gravidez, que atrasam o trânsito intestinal. Para preveni-la, é aconselhável consumir uma dieta rica em fibras e cereais.

9 - Poderei pintar o cabelo?


Apesar de actualmente existirem produtos muito suaves, se a mulher pinta regularmente o cabelo e está tentando engravidar ou já está grávida, recomenda-se evitar o contacto directo da tinta com a pele (pelo menos durante os primeiros três meses de gestação, para prevenir uma possível absorção do produto através do couro cabeludo. As madeixas e os reflexos são as opções mais seguras, dado que a tinta não entra em contacto com a pele.

10 - Poderei manter relações sexuais?


Apesar deste tema costumar originar inquietações e receio – especialmente ao início da gravidez – não existem impedimentos para manter relações sexuais de forma normal. E o segundo trimestre costuma ser o melhor momento, devido a que os fantasmas do aborto espontâneo já desapareceram, da mesma maneira que as náuseas e outros inconvenientes típicos dos primeiros meses. Na última parte da gravidez, devido ao volume da barriga, certamente que será necessário modificar as posições para o coito. É sempre conveniente que a mulher se coloque por cima do marido, para evitar a compressão abdominal. É normal que a vontade de manter relações sexuais diminua à medida que se aproxima a data do parto: a mulher está com o pensamento noutra coisa, muito ligada à sua barriga e ao bebé, e o marido – pela sua parte – receia causar algum dano ou provocar o parto de forma prematura. Se durante o orgasmo a barriga endurece, não deve preocupar-se, é normal que aconteça e não implica risco algum.

11 - Quando terei de visitar o obstetra?

Durante as primeiras 30 semanas de gestação, os controlos efectuam-se aproximadamente uma vez por mês. Depois, os controlos são mais frequentes (ver quadro). Nas últimas semanas, o obstetra começa a efectuar o toque vaginal para avaliar o colo uterino. Nesta etapa, os controlos ajustam-se aos antecedentes maternos: hipertensão, diabetes e cesarianas anteriores, entre outros.

12 - É comum sentir dores na barriga?

À medida que o útero aumenta de tamanho, os ligamentos que o sustêm (ligamentos redondos) começam a esticar. Esta acção produz uma dor semelhante às dores menstruais, mas não tem motivo para se preocupar, dado que se trata de um sintoma normal.

13 - Quantas ecografias me farão?

A ecografia fornece informação complementar à que o médico obtém em cada consulta de rotina, quando avalia o estado geral, a tensão arterial, a presença de edemas, a altura uterina, a colocação do bebé e os batimentos cardíacos. Três ecografias serão suficientes para existir uma visão completa da gravidez e descartar a maioria das complicações. De todas as maneiras, se o obstetra tem um ecógrafo no seu consultório e efectua um estudo em cada consulta não deve preocupar-se, dado que são completamente inócuas tanto para a mãe como para o bebé. Geralmente, a primeira ecografia realiza-se no princípio da gravidez, para confirmar se o embrião se encontra dentro do útero. Às vezes, solicita-se um segundo estudo não muito tempo depois para observar se está a crescer bem. Desta forma, é possível descartar várias patologias. Depois, por volta da semana 24 efectua-se uma nova ecografia para avaliar as características do líquido amniótico e a colocação da placenta. A seguinte costuma praticar-se às 34 ou 35 semanas, a fim de observar novamente o líquido amniótico e o desenvolvimento do bebé nos últimos dois meses. Até ao final da gestação, a indicação de novos estudos ajusta-se às necessidades de cada caso, e depende, entre outras coisas, dos movimentos do bebé e dos antecedentes familiares ou de cesarianas prévias. Também, quando a gravidez se prolonga para além da data prevista, costuma realizar-se uma ecografia para avaliar o estado do líquido amniótico e a maturidade da placenta.

14 - É comum sentir dores na barriga?

À medida que o útero aumenta de tamanho, os ligamentos que o sustêm (ligamentos redondos) começam a esticar. Esta acção produz uma dor semelhante às dores menstruais, mas não tem motivo para se preocupar, dado que se trata de um sintoma normal.

15 - Posso fazer actividade física?


Se estiverem habituadas a praticar desporto ou ginástica, as mulheres desejam continuar com as suas rotinas e costumam suportá-las sem maiores dificuldades, de maneira que não há necessidade de suspendê-las. Mas naquelas em que não estão treinadas, por outro lado, os exercícios físicos podem ser- -lhes um pouco incómodos, pelo que é preferível adiá-los para depois do parto. Durante a gravidez, a natação torna-se muito benéfica dado que permite descontrair-se na água morna e aliviar a sensação de peso excessivo.

16 - O que poderei fazer para aliviar as náuseas?

Os picantes, as comidas gordurosas, o café, as bebidas alcoólicas e o tabaco favorecem a sensação de mal-estar, de modo que convém evitá-los. Assim, vale a pena ter em atenção que os alimentos frios costumam ser melhor tolerados do que os quentes. Os jejuns prolongados também não ajudam. Por isso, o ideal é dividir a dieta em várias doses distribuídas ao longo do dia, e inclusivamente ingerir algum alimento leve em cada duas horas, para evitar que o estômago permaneça vazio. Os chicletes de menta podem tornar-se noutro bom aliado. A futura mamã poderá modificar a sua dieta introduzindo alimentos que não produzam náuseas e lhe agradem, e mudá-la quantas vezes seja necessário, segundo o seu paladar.

17 - É verdade que se não satisfaço um "desejo" o meu bebé nascerá com uma mancha?

Apesar da conhecida crença popular, não é verdade que os "desejos" não satisfeitos deixem sequelas no bebé. Cerca de dez por cento dos bebés nasce com manchas na pele (angiomas) que habitualmente desaparecem por si só com o tempo. Trata-se de lesões congénitas, produto de uma alteração nos vasos sanguíneos, que nada têm a ver com os morangos que a mamã não comeu durante a gravidez.

18 - É verdade que cada gravidez "custa um dente"?


Mesmo actualmente são muitas as mulheres que acreditam que cada gravidez "lhes custará um dente", devido a que o bebé absorverá o cálcio da sua dentição. No entanto, o pequenito recebe os nutrientes de que necessita através da dieta materna e não dos seus dentes. O que é verdade é que a tendência para sofrer gengivites ou hemorragias é maior durante a gestação Uma higiene correcta é a melhor maneira de eliminar a placa bacteriana e preservar a saúde dental. Quanto à consulta odontológica, é aconselhável efectuá-la o mais cedo possível para verificar o estado da boca.

19 - No princípio da gravidez dormia muito, mas agora já não posso. A que se deve?

São muitas as mulheres que durante o último trimestre não conseguem descansar bem. As causas são muitas: além de que a volumosa barriga incomoda e o bebé dá pontapés com toda a sua força (muitas vezes chegam até a acordar a mamã), a acidez do estômago e o facto de ter de se levantar várias vezes durante a noite para urinar impedem-na de dormir de uma só vez.

20 - Para que serve o ácido fólico?

O ácido fólico é uma vitamina do grupo B. Está provado que a ingestão de 1 mg. de ácido fólico diariamente, desde os três meses antes e até aos três meses depois da concepção, reduz de maneira considerável a incidência de malformações do tubo neural, como a espi-nha bífida, a mielomeningocelo e a anencefalia. Embora esta vitamina se encontre presente em vários alimentos, a quantidade costuma ser muito escassa e insuficiente para cumprir a função de prevenir os defeitos do tubo neural, de maneira que é necessário reforçá-la tomando-a na forma de medicamento.

21 - Porque é que o obstetra me mede a barriga em cada visita?


Entre as 18 e as 20 semanas de gestação, o útero – em constante crescimento – começa a sair da pélvis e o médico já pode tocá-lo (quando está por debaixo do umbigo é muito difícil palpá-lo). A partir deste momento é possível estimar a idade gestacional e o grau de crescimento do bebé através da medição da altura uterina. Para isso, mediante uma fita métrica seme-lhante às utilizadas na costura, toma-se a medida desde o bordo da púbis até à curva superior do útero (fundo uterino). Quando a mulher é magra, o procedimento torna-se mais simples. Nas mulheres obesas, por outro lado, a maior espessura do tecido adiposo dificulta a palpação uterina.

22 - Quantos quilos deverei aumentar?


Durante a gravidez, o peso aumenta cerca de 300 gramas por semana ao início, e 500 gramas semanais depois da segunda metade da gestação. O que quer dizer que o aumento total deveria rondar os 11 a 14 quilos. Se a mulher está muito magra e não aumenta de peso na forma esperada, deverá incorporar os suplementos necessários de maneira a não prejudicar o desenvolvimento do bebé.

23 - Existe alguma maneira de evitar o aparecimento de estrias?

As estrias consistem na ruptura das fibras cutâneas produzida pelo esticar rápido e brusco da pele. Geralmente, costumam aparecer na barriga e nos seios devido ao aumento de tamanho, e nas coxas, por acumulação de tecido gordo. Na realidade, não é muito o que pode fazer-se para preveni-las, mas um bom creme hidratante ajuda a aliviar a sensação de secura e comichão que provoca a pele esticada.

24 - Deverei tomar vitaminas?

Se a alimentação é adequada, geralmente a única coisa que é preciso fazer é tomar algum suplemento de cálcio e ferro. O consumo extra de vitaminas justifica-se unicamente quando a mulher inicia a gravidez com um peso inferior ao normal, se não se alimenta bem ou não aumenta suficientemente de peso. O cálcio cumpre uma função muito importante, tanto para a mãe como para o bebé. Por isso, se a futura mamã não está habituada a consumir leite ou produtos derivados, é necessário reforçá-lo com um suplemento que garanta as exigências diárias. De qualquer modo, é bastante comum chegar ao parto um pouco anémica, pelo que geralmente – a meio da gravidez – costuma receitar-se um suplemento multivitamínico.

25 - Todas as grávidas têm vómitos?

As náuseas e os vómitos constituem os sintomas típicos do primeiro trimestre e afectam cerca de metade das mulheres, independentemente de já terem filhos ou não. Geralmente, aparecem a partir do mês e meio de gestação e são mais frequentes pela manhã, embora possam apresentar-se em qualquer momento, especialmente quando o estômago está vazio. Felizmente, costumam terminar cerca do final do terceiro mês.

26 - Em que momento podem realizar-se os estudos genéticos?

Se a mulher o deseja, no segundo trimestre já podem efectuar-se os estudos genéticos. A biópsia de vilosidades coriais pode realizar--se a partir da semana 12 mediante uma punção abdominal, e permite analisar o corión (placenta), que tem a mesma informação genética que o bebé. A amniocentese pode fazer-se a partir da semana 16, e consiste na extracção de líquido amniótico – também mediante uma punção – para estudar as células da pele do bebé que se descamaram e se encontram a flutuar no líquido. Quanto aos estudos não invasivos, desde o início do segundo trimestre pode praticar-se a medição da translucência da nuca que, somada a uma extracção de sangue materno, indica a probabilidade de síndroma de Down. Desde a semana 16 podem efectuar--se também o Triple test, exame que não somente indica as probabilidades de síndroma de Down, como também o risco de anomalias do tubo neural.

27 - Porque estou tão sensível?

As mudanças no estado de ânimo relacionam--se com a hormona da gravidez (gonadotrofina coriónica), que vai aumentando durante a gestação. Todos os sintomas do primeiro trimestre se associam aos seus efeitos. A gonadotrofina coriónica eleva-se notavelmente ao início, para alcançar uma estabilidade e começar a diminuir a partir das semanas 14 a 16. Estas variações hormonais provocam uma série de sintomas – completamente normais – como cansaço, sonolência, hiper- -emotividade e náuseas que vão melhorando à medida que a gravidez vai progredindo. No entanto, é provável que o estado de hiper- -emotividade acompanhe a mamã durante toda a gestação, dado que se trata de uma situação nova, em que o seu corpo muda, vê--se obesa, sente-se cansada e solicitada, tanto em casa como no trabalho. Mas não perca o entusiasmo. Existem muitos recursos para vencer o mal-estar; desde a conversa com o médico até aos cursos de preparação para o parto, que ajudam a esclarecer as dúvidas e a compreender melhor o que se está a passar.

28 - Que vacinas me irão aplicar?

A única vacina que se receita durante a gravidez é a antitetânica (duas doses: uma ao quinto mês e outra ao sétimo). Alguns obstetras administram-na no decorrer do parto.

29 - Ecografia, transvaginal ou abdominal?


Existem dois tipos de estudos ecográficos: transvaginal e abdominal. Ambos se efectuam por meio de um transductor; a diferença verifica-se em que na ecografia transvaginal o dispositivo se coloca dentro da vagina (por razões de higiene cobre-se com um preservativo), enquanto que no estudo abdominal se faz deslizar sobre o ventre materno. Até às 16 ou 18 semanas, a ecografia transvaginal permite medir a cavidade uterina e é mais sensível e fidedigna que o estudo através do abdómen. Não obstante, quando por algum motivo não é possível realizá-la, efectua-se uma ecografia abdominal. Interessa destacar que a colocação do transductor dentro da vagina é completamente indolor, não causa nenhum dano ao bebé, e também não existe risco de que se rompa a bolsa.

30 - Quando começa a notar-se a barriga?

À medida que a gravidez avança, o feto vai crescendo e também o útero que o contém. Por volta da semana 15, o útero já cresceu o suficiente para exceder os limites dos ossos da pélvis, de modo que a barriga começa a tornar--se visível, e de forma mais notória quando a mulher está deitada. Quando se trata de uma mamã que vai ter o seu primeiro filho, a barriguinha demora um pouco mais a aparecer; normalmente nota-se mais depressa quando já se tiveram outros filhos. Isto deve-se a que na primeira gravidez os músculos estão mais firmes e a pele e o útero nunca se dilataram. Para compreendê-lo melhor, imaginemos o que acontece quando enchemos um balão: se é a primeira vez que o fazemos, vamos ter de fazer muita força; por outro lado, se o balão já esteve cheio, o látex já foi anteriormente dilatado e agora é mais fácil conseguir enchê-lo.


fonte: SAPO: Portugal Online
 

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Planeamento da gravidez!

O que é o planeamento da gravide?

Ter um bebé é um dos eventos mais importantes na vida de uma mulher. As mulheres que considerem engravidar são aconselhadas a planear a gravidez antecipadamente com os seus médicos. Este processo de planeamento antecipado chama-se planeamento da gravidez. Os objectivos do planeamento da gravidez são de criar um ambiente saudável para o feto, prevenir defeitos à nascença e outros problemas relacionados com a gravidez. Os assuntos abordados no planeamento da gravidez incluem nutrição, vitaminas, peso, exercício, o evitar de certos medicamentos e bebidas alcoólicas, imunizações e aconselhamento genético. Apesar de muitas mulheres virem a ter uma gravidez normal sem planeamento, o planeamento da gravidez melhora as hipóteses de uma gravidez mais calma e de uma criança saudável.

O planeamento da gravidez pode ajudar a prevenir a exposição da mãe a medicamentos e substâncias potencialmente perigosas durante os primeiros tempos de gravidez. Os orgãos do bebé começam a desenvolver-se perto de 17 dias após a concepção e os óvulos fertilizados começam as crescer mesmo antes de se aperceber que não lhe apareceu o período. Algumas mulheres continuam a ter menstruação durante os primeiros meses de gravidez e podem não aperceber-se que estão grávidas. Outras podem não reconhecer que estão grávidas até que o seu peso aumente e sintam a sua barriga a crescer. Por essa altura, a mulher já pode ter sido exposta a medicamentos ou substâncias potencialmente perigosas para o feto.
Em adição de evitar medicamentos e substâncias potencialmente perigosas para o feto, são abordados outros assuntos importantes durante o planeamento da gravidez. Condicionantes como a diabetes, pressão sanguínea alta, doenças dos rins e doenças do coração, na mãe, são controlados para aumentar o sucesso da gravidez. É verificada a imunidade da futura mãe a doenças como a rubeóla e varicela. Uma mulher com falta de anticorpos de rubeóla é imunizada antes de conceber uma criança. Uma mulher que não seja imune a varicela deve de ser vacinada, mas deve de esperar até 30 dias depois da vacinação para puder engravidar. Uma mulher que seja portadora do vírus da hepatite B pode ser identificada com testes sanguíneos e os seus filhos podem ser imunizados a nascença com recurso a vacinação. Uma mulher com vírus HIV deve tomar alguma medicação durante a gravidez não apenas pelo risco que corre mas também pelo feto também.


Autor Médico: Leon J. Baginski, MD, FACOG
 

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Alguns cuidados a ter no Pré e Pós Nata

Rosto
As futuras mães devem lavar o rosto com sabonete líquido com pH levemente ácido. Além de higienizar a pele, esse cuidado mantém a camada protectora natural da pele. Depois, basta enxaguar com água em abundância e aplicar filtro solar.
É bom lembrar que, durante os três primeiros meses, é natural o aumento da oleosidade da pele, o que pode gerar o surgimento da acne. A saída é realizar uma limpeza de pele por mês e aplicar produtos compostos por peróxido de benzoila e ácido glicólico.
São permitidos os peelings de cristal e de frutas, que promovem apenas uma leve esfoliação. São procedimentos ideais para activar a circulação sanguínea, renovar a pele e prevenir a formação de melasmas, típicas manchas da gravidez.
Os cremes clareadores, por sua vez, devem ser usados com cautela, com a ressalva de que produtos que contêm vitamina A e derivados podem causar danos ao feto. Qualquer produto dermatológico só deve ser usado com orientação de um especialista.
As grávidas podem estar expostas ao sol, mas com uso de protecção solar em gel ou oil free com factor 25 ou 30. Os protectores devem ser usados sempre, mesmo dentro de casa ou no trabalho.


Alimentação
Durante a gravidez, o corpo diminui a produção de colágeno e aí é que começam a aparecer mais visivelmente as rugas. Entretanto, se a gestante tem uma alimentação saudável e promove a actividade física, a musculatura é fortalecida.
Folhas verdes, feijão, grão-de-bico, brócolis, espinafre, cenoura, laranja e banana não devem faltar no prato da grávida, ajudam o corpo na produção de colágeno.
Desejamos uma excelente gravidez, mamã!


Cibele Polessi
Profissional de Estética e Linfoterapeuta Psy HealthyLife
 

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Alimentação Durante a Amamentação

O dia alimentar da mãe que amamenta deve comportar cerca de 2900Kcal, divididas por cinco a seis refeições (pequeno-almoço, merenda, almoço, lanche, jantar, ceia), devendo o intervalo entre elas não ser superior a três horas. Este fraccionamento alimentar permite diminuir o risco de desequilibrio alimentar, obesidade, diabetes, dislipidémias e outras patologias.


As preparações culinárias deverão ser simples (cozidos, grelhados, ao vapor e assados), devendo evitar os alimentos fritos e refogados. A adição de sal deverá também ser alvo de atenção, devendo ser diminuida ao máximo, dando preferência às ervas aromáticas e às especiarias.


Existem alguns alimentos que estimulam a produção de leite, nomeadamente: água, sopa, caldeiradas, os quais permitiram alargar o período de amamentação do bebé.
Outros alimentos conferem mau sabor ao leite, levando à rejeição do mesmo pelo bebé, tais como: couve branca, repolha, cebola, alho, couve-flôr, couve-de-Bruxelas. As bebidas alcoólicas e as bebidas excitantes têm o mesmo efeito, podendo ainda ser veiculados algumas substâncias prejudiciais (cafeina, álcool) pelo leite ao bebé.


Paula Cristino
Nutricionista Psy HealthyLife
 

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GF Ouro
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Tema
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Fertilidade
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O plano de gravidez
Saúde e nutrição[/B]





Medicamentos fertilizantes

Para a maioria dos casais inférteis, os medicamentos fertilizantes constituem o primeiro passo no tratamento, podendo, em casos de infertilidade pouco grave, constituir, igualmente, o único passo necessário para a concepção.


A consulta de fertilidade

O casal que decide consultar um médico especialista na área da fertilidade deseja clarificar as causas pelas quais não consegue conceber. Ao mesmo tempo, e detectadas aquelas causas, o casal espera, juntamente com o médico, encontrar uma solução para o problema.


Mães com mais de 35 anos

A maioria das mulheres com mais de 35 anos tende a apresentar uma gravidez de risco, tendo maiores probabilidades de vir a sofrer de hipertensão arterial, diabetes e partos mais complicados. Mas não só.


Principais causas de infertilidade feminina

Nem sempre as causas da infertilidade são detectadas (5 a 15% dos casos). Nos restantes casos existem diversos testes que permitem apurar de uma forma segura o motivo pelo qual o casal não consegue conceber.


O check-up médico antes da concepção

Antes de começar a tentar engravidar, é aconselhável visitar o seu médico. Desta forma, poderá antecipar eventuais problemas e garantir uma gravidez saudável.


A gravidez não planeada

Hoje em dia, o planeamento familiar é já uma prática comum junto da maioria dos casais que, antes de aumentar a família, pondera sobre a questão, analisando os prós e os contras. Todavia as coisas nem sempre correm conforme planeado.


Nova gravidez logo a seguir a um parto?

Poucas semanas depois de um parto, a mulher volta a poder engravidar. E como os primeiros meses de um bebé exigem toda a dedicação da mãe, esta não é, na maioria dos casos, a melhor altura para enfrentar uma nova gravidez.


O estado e a maternidade

Nos termos do artigo 2º da Lei nº 4/84 de 5 de Abril, alterada pela Lei nº 18/98 de 28 de Abril, o Estado garante às mulheres direitos especiais relacionados com o ciclo biológico da maternidade.


Tentar de novo após o aborto

Os dias, semanas e meses que se seguem a um aborto são extremamente difíceis, sobretudo se esta não foi a primeira perda ou se a gravidez foi alvo de um cuidado planeamento.


Mães adolescentes

Uma grávida com menos de 15 anos de idade tem fortes probabilidades de enfrentar vários problemas ao longo dos meses de gestação. Não só problemas físicos, mas sobretudo problemas a nível psicológico e social.

Quando a mulher não pode amamentar

Normalmente, a mulher pretende ser ela a amamentar o bebé, depois de ter dado à luz. Mas nem sempre o consegue. Ocasionalmente, condições exteriores à sua vontade impossibilitam-na de amamentar, criando um certo sentimento de frustração.


A família no século XXI

Quando o casal decide ter um bebé está a contribuir para a perpetuação de uma das estruturas sociais mais importantes de sempre: a família. Um conceito que tem vindo a sofrer, desde os primórdios, significativas mutações.


Estratégias para lidar com a infertilidade

Os especialistas aconselham os casais inférteis a seguir determinadas estratégias que os ajudam, dia após dia, a lidar um pouco melhor com o problema.


Infertilidade: quando o tratamento falha

O tratamento da infertilidade é demorado e, inevitavelmente, penoso para o casal. Contudo, há casos em que a mulher e o homem passam anos a experimentar este ou aquele tratamento na esperança (cada vez mais remota) de conceberem.


Principais causas da infertilidade masculina

No homem, o problema da infertilidade prende-se, principalmente, com a (fraca) quantidade e qualidade dos espermatozóides.


Impactos financeiros e profissionais

A chegada de um bebé provoca grandes alterações na vida do casal que, muitas vezes, tem de desdobrar-se em quatro para sustentar a família (agora acrescida) e fazer os possíveis para não perder o emprego, apesar do cansaço.


Transferência intrafalopiana de zigotos

A transferência intrafalopiana de zigotos (ou ovo) traduz-se na fertilização dos óvulos em laboratório e posterior implantação nas trompas de Falópio, através de uma pequena cirurgia. A popularidade deste procedimento fica muito aquém das restantes técnicas de reprodução assistida.


Fertilização in vitro

De acordo com a fertilização in vitro (FIV), os óvulos são extraídos dos ovários e misturados, em laboratório, com os espermatozóides, seguindo-se a implantação dos embriões que daí resultam no útero. A FIV é a mais comum das técnicas de reprodução assistida.


Inseminação artificial

A inseminação artificial remonta ao início do século XX e consiste, actualmente, na implantação de espermatozóides directamente no útero. Esta opção de tratamento ganhou, entretanto, a designação de inseminação intrauterina.


A actividade sexual após o parto

O casal que acaba de ser progenitor tem de adaptar toda a sua vida, incluindo a sexual, às exigências e responsabilidades da sua nova condição. Trata-se de uma tarefa complicada, já que interfere com os sentimentos da mulher e do homem numa altura em que as emoções, positivas e negativas, estão à flor da pele.


Doenças que contribuem para uma gravidez de risco

Há gravidezes em que o risco de doença ou morte antes ou após o parto é maior do que o normal, tanto para a mãe como para o bebé. São as chamadas gravidezes de risco relacionadas, por exemplo, com determinadas patologias presentes antes da gravidez ou que se desenvolvem durante a mesma.


Injecção intracitoplásmica de espermatozóides

Introduzida no ano de 1992, é a técnica de reprodução assistida mais recente. Um único espermatozóide é injectado num único óvulo e o embrião daí resultante é transplantado para o útero.


Transferência intrafalopiana de gâmetas

Na transferência intrafalopiana de gâmetas, os óvulos são extraídos e combinados com os espermatozóides, em laboratório. A seguir, procede-se à introdução desta mistura nas trompas de Falópio. A fertilização ocorre no interior do organismo e a implantação do embrião é feita naturalmente.


Ponderar antes de decidir

Se a decisão de aumentar a família é fácil para uns, para outros trata-se de um projecto constantemente adiado. Há ainda aqueles que nem sequer ponderam essa possibilidade . Em qualquer dos casos, o segredo é reflectir bastante sobre o tema, antes de tomar uma decisão definitiva... e irreversível.


Infertilidade secundária

A infertilidade secundária traduz-se na incapacidade de conceber ou levar uma gravidez até ao fim depois do casal já ter tido um bebé.


Técnicas de tratamento da infertilidade

Existem hoje várias técnicas de tratamento da infertilidade que poderão dar novas esperanças ao casal, reduzindo o tempo necessário para conceber.


Quando não existe o desejo de ter filhos

Que não haja ilusões. A maternidade, bem como a paternidade, não é para todas as pessoas; principalmente, para aquelas que têm outros objectivos e ambições na vida, quase sempre incompatíveis com o advento de um bebé no seio familiar.


O peso da infertilidade

A possibilidade de não ter filhos tão facilmente como supunham faz com que a mulher e o homem coloquem em causa a sua própria “normalidade”. Ambos foram educados no sentido de constituir família, pelo que a não concretização desse “destino” pode ser um revés na identidade de cada um.
















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O Guia Completo da Gravidez



O Guia Completo da Gravidez - Parte 02/05



O Guia Completo da Gravidez - Parte 03/05



O Guia Completo da Gravidez - Parte 04/05



O Guia Completo da Gravidez - Parte 05/05

 

estela

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Melasma/Cloasma gravidico-o chamado pano no rosto da gravidez

Melasma/Cloasma

O melasma é uma manifestação caracterizada por manchas escuras na face. O seu surgimento geralmente está relacionado à gravidez ou ao uso de anticoncepcionais hormonais (pílula) e tem como factor desencadeante a exposição da pele ao sol. O ultravioleta aumenta a actividade dos melanócitos provocando a pigmentação. O melasma geralmente melhora no inverno e se agrava no verão. Há recidiva ocorrendo reexposição solar.

Quando estas manchas ocorrem durante a gravidez, recebem a denominação de cloasma gravídico. O estrogênio e a progesterona estimulam a melanogênese. A doença aparece principalmente nas mulheres, mas também pode acometer os homens. Além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e características raciais também influenciam o surgimento do melasma. A profundidade em que se localiza o pigmento na pele determina o tipo de melasma, que pode ser epidérmico (mais superficial e que responde melhor ao tratamento), dérmico (mais profundo e de tratamento mais difícil) ou misto. Para evitar o melasma, as mulheres não devem se expor ao sol sem protecção solar durante a gravidez ou uso de anticoncepcionais hormonais (pílula).

O cloasma gravídico pode desaparecer espontaneamente após a gravidez, não exigindo, às vezes, nenhum tipo de tratamento. No entanto, o tratamento acelera o seu desaparecimento. Após a melhora, a proteção solar deve ser mantida para evitar o retorno das manchas, que ocorre com bastante freqüência.

Para o tratamento do melasma é fundamental o uso de protectores solares potentes sempre que houver exposição da pele ao sol devendo-se dar preferência aos que contenham filtros físicos, que bloqueiam a passagem da radiação UV, como o dióxido de titânio.
 

Satpa

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Significado do sangramento na Gravidez

Significado do sangramento na Gravidez

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Tudo depende do trimestre da sua gravidez! As diferenças ocorremda seguinte forma no 1 trimestrea célula-ovo vai fixar-se na parede do útero para que ocorra um desenvolvimento, nesta sequencia pode ocorrer um sangramento se ela romper um vaso sanguíneo.

Na segunda hipótese, a gestante pode sangrar nos dias em que iria aparecer o seu periodo. É possível ocorrer também algumsangramento nas paredes do útero quando o bebé não se fixa em decorrência de uma alteração hormonal.

O caso mais grave é a ameaça de aborto, em geral acompanhada por uma forte cólica.

No 2 trimestre, a ocorrência não é tão comum.

No 3º pode ser causada pela placenta de inserção baixa, ou prévia, localizada na parte mais baixa do útero.

A grávida não vai sentir dor, mas a situação é crítica. Como não existe tratamento, a indicação é fazer repouso ou até adiantar o parto.

Uma outra hipótese é o descolamento prematuro de placenta, comum em mulheres que têm tensão alta. A gestante vai sentir muitas dores e a barriga começa a endurecer. É preciso intervir, realizando o parto.Em qualquer dos casos a grávida terá que ir a um posto médico saber qual é o motivo do sangramento.

Do Bebe.com
 

estela

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Diabetes gestacional

Cuidados com a mãe e o bebê devem ser redobrados

Apesar do diabetes gestacional ser considerado uma situação de gravidez de alto risco, os cuidados médicos e o envolvimento da gestante possibilitam que a gestação corra tranqüilamente e que os bebês nasçam no momento adequado e em boas condições de saúde.

Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida ou o aparecimento do diabetes gestacional em mulheres que antes não apresentavam a doença. "O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é diagnosticada, pela primeira vez, durante a gravidez. Pode atingir até 7% das grávidas, mas não impede uma gestação tranqüila, quando é diagnosticado precocemente e recebe acompanhamento médico, durante a gestação e após o nascimento do bebê", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, directora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.

Várias são as mudanças metabólicas e hormonais que ocorrem na gestação. Uma delas é o aumento da produção de hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, que pode prejudicar - ou até mesmo bloquear - a acção da insulina materna. Para a maioria das gestantes isso não chega a ser um problema, pois o próprio corpo compensa o desequilíbrio, aumentando a fabricação de insulina. Entretanto, nem todas as mulheres reagem desta maneira e algumas delas desenvolvem as elevações glicêmicas características do diabetes gestacional. Por isso, é tão importante detectar o distúrbio, o mais cedo possível, para preservar a saúde da mãe e do bebê. "O tratamento do diabetes gestacional tem por objectivo diminuir a taxa de macrossomia – os grandes bebês filhos de mães diabéticas – evitar a queda do açúcar do sangue do bebê ao nascer e diminuir a incidência da cesareana”, explica a médica. Para a mãe, além de aumento do risco de cesareana, o diabetes gestacional pode estar associado à toxemia, uma condição da gravidez que provoca pressão alta e geralmente pode ser detectado pelo aparecimento de um inocente inchaço das pernas, mas que pode evoluir para a eclâmpsia, com elevado risco de mortalidade materno-fetal e parto prematuro.

Diante de tantos riscos potenciais, é essencial que as futuras mamães façam exames para ver a taxa de açúcar no sangue durante o pré-natal. "As grávidas devem fazer o rastreamento do diabetes entre a 24ª e a 28ª semana de gestação", diz a endocrinologista. Mulheres que integram o grupo de risco do diabetes devem fazer o teste de tolerância glicêmica, antes, a partir da 12ª semana de gestação. "Os exames são fundamentais para um diagnóstico preciso, porque os sintomas da doença não ficam muito claros durante a gravidez. Muitos sintomas se confundem com os da própria gestação, como vontade de urinar a todo momento, sensação de fraqueza e mais apetite", recomenda Ellen Paiva.

Importância da terapia nutricional

Diagnosticado o diabetes gestacional, a gravidez precisa ser cercada de novos cuidados. "O controle da alimentação, por exemplo, deve ser feito com a ajuda de um profissional capacitado. Dietas mal elaboradas podem interferir no desenvolvimento do feto. Dietas abaixo de 1200 Kcal/dia ou com restrição de mais de 50% do metabolismo basal não são recomendadas, pois estão relacionadas com desenvolvimento de cetose", diz a médica.

A terapia nutricional é um aliado importante. Para muitas mulheres é suficiente para manter a glicemia dentro dos valores recomendados pelo médico. "Na gravidez, a mulher deve ganhar um mínimo de peso, em geral entre 10 e 12 quilos, para mulheres que estão com o peso adequado. Suas escolhas alimentares devem ser saudáveis. Será necessário relembrar os conhecimentos básicos de nutrição. Por isso, a orientação de um nutricionista é recomendável", explica Ellen Paiva.

Dentre os objectivos da terapia nutricional deve constar, também, um limite para ganhar peso, recomendado às mulheres obesas. Isso é imprescindível, porque é mais freqüente que mulheres obesas desenvolvam diabetes durante a gestação. "O ganho de peso máximo recomendado para essa situação é de mais ou menos 7kg”, diz a directora do Citen. A dieta pode ser acompanhada de exercícios leves como nadar ou caminhar.

Terapia insulínica

Caso haja dificuldade para atingir resultados satisfatórios do controle da glicemia somente com a dieta, há ainda a terapia insulínica, como uma alternativa de tratamento. "O tratamento com insulina está, em geral, indicado quando as taxas de glicose em jejum ficam acima de 105 mg/dl e as taxas de glicose medidas 2 horas após as refeições acima de 130 mg/dl", explica a endocrinologista Ellen Paiva.

É comum haver a necessidade de aumento das doses de insulina no final da gravidez, a partir do terceiro trimestre, porque a resistência à insulina, geralmente, aumenta neste período. No terceiro trimestre da gravidez, os níveis baixos de glicose que levariam à hipoglicemia são raros. Contudo, grávidas que usam insulina correm o risco de apresentar hipoglicemia. "Para prevenir os incômodos sintomas de uma crise de hipoglicemia, a gestante deve seguir o seu planeamento alimentar, respeitar os horários das refeições e fazer adequações necessárias em sua alimentação, quando for praticar algum tipo de exercício", recomenda a endocrinologista.

Controle da doença

Após o parto, geralmente o diabetes desaparece, mas essas pacientes têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras e 20-40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos. "Além das complicações no pós-parto imediato, estudos demonstraram que os fetos macrossômicos têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e diabetes durante a adolescência, por isso, os cuidados com a alimentação prosseguem após o parto, para mãe e filho", recomenda Ellen Paiva.
 

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Gestação e queixas mais frequentes

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A maioria das queixas apresentadas a seguir diminui ou desaparece sem o uso de medicamentos.

Os medicamentos devem ser evitados ao máximo.

Caso essas queixas não desapareçam ou sejam persistentes podem ser manifestações de doenças mais complexas.

Náuseas e vômitos

São comuns no início da gestação. Quando ocorrem no final da gestação podem estar associados a doenças importantes, devendo ser sempre comunicado ao seu médico.

As orientações para a gestante são as seguintes: fraccionar a dieta (comer mais vezes e menos a cada vez), evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiro forte ou desagradável; evitar líquidos durante as refeições e ingerí-los de preferência nos intervalos.

Quando os sintomas forem muito freqüentes seu médico irá avaliar a necessidade do uso de medicações.

Pirose - azia - queimação

É comum a partir do segundo trimestre da gestação. Geralmente melhora com dieta fraccionada, diminuindo as frituras, café, chá, pimenta,vinagre,frutas acidas (laranjas), álcool e fumo.

Medidas gerais como não deitar após as refeições e elevar a cabeceira do leito também são benéficas.

A critério médico, a gestante poderá fazer uso de medicamentos.

Sialorréia - excesso de saliva

Muito comum no início da gestação, orienta-se deglutir a saliva e seguir mesmo tratamento indicado para náuseas e vômitos.

Fraquezas e desmaios

Podem acontecer após mudanças bruscas de posição e também quando a gestante ficar sem se alimentar.

Gestantes não devem fazer jejum prolongado.

Geralmente deitar de lado (esquerdo preferencialmente) respirando calma e profundamente melhora a sensação de fraqueza e desmaio.

Hemorróidas

São comuns principalmente nos últimos três meses de gestação, após o parto e também em gestantes que já apresentavam o problema antes da gravidez.

As gestantes devem procurar manter o hábito intestinal regular (manter o intestino funcionando bem). Sempre que as fezes estiverem endurecidas, causando dificuldade para evacuar, as hemorróidas podem sangrar ou doer.

Dietas ricas em fibras e a ingestão de líquidos auxiliam o funcionamento dos intestinos.

Corrimento vaginal

O aumento do fluxo vaginal (leucorréia, corrimento) é comum em gestantes. O fluxo vaginal normal não causa coceira, mau cheiro, ardência ou dor nas relações.

Consulte seu médico se apresentar os sintomas acima.


Quando ocorre ruptura da bolsa das águas (um dos sinais de parto) a paciente pode referir aumento do corrimento vaginal. É sempre necessário avisar seu médico quando houver suspeita de ruptura da bolsa com saída de líquido amniótico.

Queixas urinárias


O aumento do número de micções é comum na gestação, principalmente no início e no final da gestação por aumento uterino e compressão da bexiga. Como a infecção urinária é mais comum em gestantes, sempre que houver ardência para urinar, dor, sangue na urina ou febre seu médico deve ser comunicado.

Falta de ar - dispnéia - dificuldade para respirar

O aumento do útero e o aumento da freqüência respiratória da gestante podem ocasionar esses sintomas. Geralmente o repouso, deitada de lado, alivia a sensação de falta de ar. Se houverem outros sintomas associados (tosse, febre, inchaço) pode haver doença cardíaca ou respiratória associada.

Dor nos seios

Os seios aumentam de volume durante a gestação o que freqüentemente causa dor.

A gestante deverá usar um sutiã com boa sustentação. O exame nos seios geralmente descarta problemas mamários mais graves.

Dor nas costas - dor lombar - dor articular


Durante a gestação as articulações ficam com maior mobilidade e isto freqüentemente ocasiona dores nas costas e em articulações como o joelho e o tornozelo.

As gestantes geralmente têm uma postura que provoca dores nas costas (aumento da lordose lombar - colocar a barriga para frente e o quadril para trás). O aumento excessivo de peso também aumenta a incidência de dores osteoarticulares.

Como prevenir:


evitar aumento excessivo de peso
fazer exercícios regularmente
manter uma postura adequada
evitar uso de saltos altos e desconfortáveis

Dor de cabeça - cefaléia


Dores de cabeça mais freqüentemente estão associadas a tensões, conflitos e temores, entretanto podem estar associadas a doenças mais sérias. Sempre deve ser afastada a presença de pressão alta. Seu médico avaliará a necessidade do uso de medicações.

Sangramento nas gengivas


Durante a gestação é mais comum o sangramento de mucosas (nasal, gengival) pois, além de uma maior vascularização nas mucosas, seus pequenos vasos sangüíneos ficam mais frágeis. A causa mais freqüente de sangramento gengival é a inflamação crônica da gengiva.

A gestante deve escovar os dentes com escova macia, massagear a gengiva e passar fio dental. Esse sintoma deve ser relatado a seu médico (ocasionalmente pode estar associado a outros problemas da coagulação do sangue) e ao dentista.

Edema na pernas - inchaço

Principalmente no final da gestação ocorre inchaço de membros inferiores. Quando não estiver associado à perda de proteínas na urina e à pressão alta geralmente reflecte o acúmulo de líquido característico da gestação.

Existem posições que dificultam o retorno venoso (volta do sangue das pernas para o coração). Gestantes com edema não devem ficar em pé (paradas) ou sentadas durante muito tempo. É recomendável exercitar as pernas (caminhar).

O edema diminui na posição deitada (preferencialmente sobre o lado esquerdo) e também com a elevação das pernas acima do nível do coração.

Outra medida importante é retirar anéis dos dedos da mão, pois ocasionalmente ocorre edema nas mãos e dificuldade de retirada desses adornos.

Cãibras


Podem ocorrer durante a gestação, geralmente após excesso de exercício.

Quando ocorre, o músculo deve ser massajando, podendo-se aplicar calor no local.

Cloasma gravídico
- manchas no rosto - asa de borboleta no rosto

Manchas escuras na pele podem ocorrer durante a gestação. Essas costumam diminuir em até 6 meses após o parto, entretanto em algumas mulheres persistem.

São manchas semelhantes àquelas que ocorrem pelo uso de anticoncepcional oral. Gestantes que apresentam essas manchas devem evitar a exposição ao sol.

Estrias

As estrias são resultado da distensão dos tecidos. Modo eficaz de preveni-las não existe. Não engordar muito é importante para diminuir sua incidência, entretanto existe predisposição individual a apresentar estrias.

Ainda que controverso, recomenda-se massagem com substâncias oleosas nos tecidos mais propensos a estrias (abdômen, seios e coxas).

Seu médico poderá lhe indicar um creme para massajar a pele.

Sobre o mamilo não devem ser aplicados cremes. As estrias são inicialmente arroxeadas e com o tempo ficam branquicentas.
 
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Dicas para o conforto das grávidas no calor

Toda gestante sabe como o verão pode ficar insuportável. Descubra algumas sugestões para aliviar o desconforto nessa época do ano

1- Controle o ganho de peso e tente se manter na média de um quilo por mês. Quanto mais você engordar, mais calor vai sentir. O aumento que ultrapassa 12 quilos no final da gestação é sinal que a mulher engordou mesmo, ou seja, ganhou gordura. E ela forma uma capa que funciona como um tipo de cobertor, aquecendo o organismo. Além disso, quanto mais gorda, mais rápido alguns órgãos trabalham.

2- Tome um banho apenas morninho. Mas evite o banho frio, que pode provocar cãibras.

3- Beba dois a três litros de líquidos por dia.

4- Coma frutas como melancia, e melão que, geladinhas, diminuem a sensação de calor. Tente uma salada de frutas.

5- Evite comidas com muita gordura. Elas fazem seu organismo trabalhar mais para digeri-las, aumentando a sensação de calor. Prefira saladas com folhas cruas. Sopas frias, como o gaspacho, também são uma ótima opção.

6- Escolha roupas arejadas de algodão e evite tecidos sintéticos que dificultam a transpiração.

7- Faça exercícios de relaxamento dentro da água.

8- Opte por calçados abertos. Tênis e meia esquentam demais o pé.

9- Deixe as compras para os dias mais frescos e fuja de lugares muito cheios.

10- Se tiver cabelo longo, mantenha-os presos sempre que puder.

11- Carregue na bolsa um spray de água termal, vendido em farmácias e perfumarias. Borrife sobre o rosto e pescoço.

12- Se você estiver usando meias de compressão, coloque-as dentro de um saquinho no congelador na hora em que entrar no banho. Ao sair do banho, vista-a. Verá que a sensação de calor é bem menor.

13- Aplique cremes à base de cânfora ou hortelã nos pés e nas pernas. Eles deixam uma sensação geladinha. Mas converse antes com seu ginecologista para ver se não há risco de alergias.

14- Molhe o rosto, o pulso e a parte de trás do pescoço no decorrer do dia com água fresca.

15- Na hora de escolher um hidratante, prefira os menos oleosos, que dão uma sensação maior de refrescância.

16- Muitas gestantes abominam qualquer tipo de perfume mas outras têm uma tolerância maior e gostam de se sentir cheirosinhas. É importante escolher fragrâncias refrescantes, o que vale também para os cosméticos. Alecrim, hortelã e menta. Evite perfumes muito concentrados.
 

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Grávidas podem ou não pintar os cabelos?

Uma mulher grávida pode pintar os cabelos? Eis a questão que atormenta a maioria das gestantes. Qualquer tratamento químico para cabelos pode deflagrar reações alérgicas nas futuras mamães, mesmo nas que nunca tiveram esse problema antes.

Na gravidez, o corpo feminino se transforma conforme a dança dos hormônios e até mesmo um inofensivo batom velho pode causar uma reação esquisita.

A pele da mulher fica mais hidratada e, por essa razão, absorve com mais intensidade qualquer substância, aumentando as chances de irritação. Por isso, o couro cabeludo pode apresentar coceira e vermelhidão depois de uma sessão de pintura.

Lembre-se de que a tintura pode ser inalada e causar alergias respiratórias. Isso vale para os produtos com amônia, iodo e peróxido de hidrogênio na fórmula. Se a mulher tiver sensibilidade a eles, pode realmente apresentar alguma reação. As escovas definitivas que levam formol também provocam fortes reações.

Pode

Mas quando o assunto é a saúde do feto, os médicos não entram em acordo. Para alguns especialistas, as modernas tinturas e tonalizantes não oferecem nenhum perigo à criança, já que aboliram os temidos metais pesados de sua composição. Essas substâncias, como o chumbo, o alumínio e o cobre, poderiam levar a distúrbios neurológicos graves e à malformação do sistema nervoso central. No entanto, os produtos que hoje circulam no mercado são (ou pelo menos, deveriam ser) seguros e liberados durante a gravidez.

Não Pode

Já outros médicos discordam desse raciocínio, argumentam recomendam passar longe das químicas para cabelos, pois esses cosméticos são inócuos quando as condições de saúde estão perfeitas, mas o corpo muda muito durante a gravidez. A pele das gestantes, por ser mais sensível, abriria caminho para alguns componentes entrarem na circulação sanguínea e, de lá, chegarem à placenta e ao feto. Na gravidez, as variáveis são outras e não dá para prever as conseqüências.

Enfim…

O fato é que nenhum estudo comprovou os efeitos das tinturas para cabelos na saúde dos bebês. Provavelmente, elas não causam malformação. Mas, como ninguém fez testes para assegurar, por precaução não são recomendadas. Outros especialistas preferem o meio-termo e, após o primeiro trimestre, liberam apenas xampus tonalizantes e tinturas naturais, como a hena.
 

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O poder das frutas na gravidez

Não subestime o poder das frutas, elas são fortes aliadas em diversos aspectos, principalmente durante a gravidez, onde ela atua diretamente no conforto.

Isso se deve ao arsenal de vitaminas e minerais que, além de amenizar os desagradáveis sintomas de uma gravidez, contribuem para o desenvolvimento do bebê.

Outro fator importante é a de prevenir doenças. As frutas reduzem os enjôos, azia, prisão de ventre, inchaço, cãibras e mantêm a pressão arterial sob controle.

As frutas também contribuem para uma rápida recuperação do parto, além de contribuir para que o nenê venha ao mundo tempo certo, com peso adequado e boa formação dos ossos, dos dentes e do sistema nervoso central.
 

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Posições sexuais na gravidez

Sexo na gravidez é tabu para muitas pessoas. Cada casal reage de uma forma diferente ao sexo durante a gestação, mas a verdade é que, estando os dois afim e a vontade, não há problema algum.

Para melhorar o sexo na gravidez, temos que adaptar o casal a realizar novas posições sexuais. Conforme a barriga cresce vai dificultando as relações. Dificultando e não impedindo. Para quem quer viver nove meses de prazer, seguem dicas de quatro posições sexuais:

Posição sexual 1
Os dois se encaixam de lado. A grávida pode colocar um travesseiro bem pequeno sob a barriga, para apoiá-la melhor.

Posição sexual 2

Ele deita na cama, ela senta sobre ele. Boa posição para a grávida, pois ela pode se movimentar e controlar a penetração.

Posição sexual 3
O casal fica na posição clássica, porém o homem eleva o tronco para não pressionar a barriga da parceira.

Posição sexual 4
Os corpos ficam em posição de cruz - ela deita e flexiona as pernas, ele se encaixa de lado, sob as pernas dela.
 

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As radiografias são perigosas?

Toda a gente acha estranho que se peçam radiografias a grávidas, porque toda a gente sabe que as radiações estão contra-indicadas na gravidez. Já muito pouca gente sabe que essas contras-indicações não são absolutas (nalgumas circunstâncias as vantagens obtidas com a realização do exame radiográfico podem ser superiores aos seus riscos). E ainda menos gente sabe o porquê das contra-indicações, apesar de pensarem que sabem.



O que são radiações?



As radiações são o transporte de energia através do espaço. As radiações, que podem ser particuladas ou electromagnéticas, têm realmente efeitos biológicos. Estes efeitos são dependentes da dose de radiação recebida ao longo do tempo, pois os efeitos das radiações são cumulativos.



Quais os efeitos das radiações?



Existem dois tipos de efeitos das radiações, ambos dependentes das doses:

1. Efeitos a nível do genoma (a nível dos genes) que podem traduzir-se na possibilidade de cancro (se os efeitos se verificarem a nível das células do corpo) ou na possibilidade de se causarem alterações genéticas com consequências possíveis, mas improváveis, em futuros descendentes (se os efeitos se verificarem a nível das células reprodutoras do indivíduo). Este tipo de efeito é medido pela probabilidade da sua ocorrência numa dada população. Isto é, quanto maior a dose de radiação, maior será a percentagem de indivíduos de uma dada população que poderá vir a ter um cancro.

2. Efeitos a nível celular (morte ou destruição das células) que podem traduzir-se, em termos do feto, em aborto, atraso mental, microcefalia (cérebro pequeno), malformações e/ou restrição do crescimento, dependendo do tempo de gravidez. Este tipo de efeito mede-se pela gravidade dos resultados. Isto é, quanto maior a dose de radiação, mais grave será o efeito no indivíduo. Para o primeiro tipo de efeitos a dose de radiação necessária para o produzir é muito menor do que para o segundo tipo de efeitos.



E então os exames radiográficos?



A quantidade de radiação de praticamente todos os tipos de exames radiológicos é sempre muito inferior à quantidade de radiação necessária para que o segundo tipo de efeitos (malformações, atraso mental) se possa verificar. No entanto, para o primeiro tipo de efeitos (cancro), a dose de radiação dos exames radiológicos já pode ser suficiente para aumentar ligeiramente o risco de cancro. E é só por causa desse tipo de efeitos que é recomendado algum cuidado na realização de exames radiológicos, e não só durante a gravidez. Não se deve abusar de exames radiográficos e os técnicos que os executam devem proteger-se. No entanto, essa recomendação tem objectivos de saúde pública e não se aplica à decisão individual de efectuar, ou não, um exame radiográfico numa grávida. Se as vantagens desse exame forem importantes, pode ser aceitável o pequeno risco atribuível à dose de radiação a que o feto será exposto pelo exame. Da mesma forma se raciocina quando se pede um exame radiológico a uma pessoa que não está grávida. Também nestes casos existem riscos para a pessoa que vai ser radiografada. Mas se os benefícios resultantes da informação obtida com o exame forem importantes, aceitam-se os riscos.



* Médico Serviço de Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta
 

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Concretizemos:

A dose média de radiação (em Rads) de vários exames radiológicos está apresentada no quadro em anexo. Abaixo de 2 Rads (ou 2 rem ou 20 mSv ou 20 mGy) não existem efeitos fetais em termos de atraso mental ou malformações. A quantidade de radiação mínima para que exista algum acréscimo mensurável no risco do feto vir a ter atraso mental é de 5 Rads. Mesmo assim, o acréscimo de risco para doses entre 5 e 10 Rads é, apesar de mensurável, clinicamente irrelevante. Somente para doses superiores a 10 Rads, entre as 3 e 8 semanas após a fecundação, existirão riscos clinicamente relevantes de o recém-nascido poder vir a ter atraso mental ou malformações em consequência da exposição a essa dose de radiação. Ora, como se pode apreciar no quadro, a dose de radiação a que o feto é exposto na maioria dos exames radiológicos é muito inferior a 1 Rad. Na prática, só situações de radioterapia ou de exposição a explosões nucleares possibilitam que estas doses de radiação sejam atingidas.



Então, se assim é, porquê tantos cuidados e recomendações com radiografias nas grávidas? Por que não desatar a fazer radiografias a todas as grávidas? Porquê tanta preocupação? É bom que fique assente que o problema dos exames radiológicos não é, normalmente, o de causarem anomalias no bebé. O problema é que por cada mSv (miliSievert) ou por cada mGy (miliGray) ou por cada 0,1 Rad aumenta 0,001% o risco de cancro (na maioria dos casos leucemia) na criança. Isto é, em vez de serem 36 crianças em cada 100.000 que virão a ter cancro (risco geral na população) serão 37 em cada 100.000. Por cada mSv, 1 em cada 10.000 fetos virá a ter, ao longo da sua vida, um cancro induzido por radiação. Se forem 2 mSv serão 2 em 10.000.



Para se ter uma ideia do peso relativo do cancro, devemos sempre ter em mente que cerca de 23% das mortes são causadas por cancro. Assim, são estes os riscos (e não os de malformações) que são razão suficiente para se recomendar limitar os exames radiológicos durante a gravidez ao mínimo indispensável. Não são, no entanto, razão para se proibir a sua realização quando necessário e muito menos para justificar efectuar interrupções de gravidez quando uma mulher fez um ou mais exames radiográficos desconhecendo que estava grávida. Portanto, sempre que o médico lhe pede uma radiografia, é porque ela é necessária para que uma dada situação clínica da grávida seja correctamente avaliada, para que a atitude a tomar seja a que melhor se adequa à situação em causa.



E, sempre que descobrir que estava grávida quando fez uma ou mais radiografias, não entre em pânico. As possibilidades de o seu bebé vir a sofrer alguma consequência da realização desse(s) exame(s) é inferior ao risco de vir a ter um acidente de viação. Por outro lado, e não esquecendo que em todas as gravidezes existem riscos para complicações várias, incluindo malformações e atraso mental (riscos estimados em 2 a 4%), se porventura tal viesse a acontecer consigo, não se poderia atribuir essa complicação a qualquer exame radiológico que pudesse ter feito.
 

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Dieta ajuda a combater azia na gravidez

Um dos incómodos mais comuns durante a gravidez, em especial no primeiro trimestre, é o da azia que, nos casos mais graves, pode causar desconforto desde a região do estômago até à boca.

Isto acontece devido à produção da hormona progesterona, destinada a amaciar o músculo do útero, mas que também relaxa a válvula que separa o esófago do estômago, deixando subir os ácidos gástricos.

Por outro lado, a progesterona abranda a digestão, o que, aliado ao posicionamento do bebé no útero, agrava os sintomas. Uma das estratégias mais simples para combater o ardor consiste em seleccionar os alimentos: as grávidas devem evitar pratos condimentados, picantes e fritos.

Outra boa opção é multiplicar o número de refeições, procurando não ingerir água nesses momentos. Em contrapartida, torna-se ingerir oito a dez copos de água diariamente, mas sempre no intervalo das refeições.

Por fim, como solução de emergência, convém ter sempre à mão uma pastilha elástica, já que ao mascar é produzida uma maior quantidade de saliva, que combate os ácidos.
 

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Barrigas ao sol

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A gravidez traduz um momento de transformações profundas, de alterações anatómicas e fisiológicas, no organismo materno. Durante as semanas da gestação, essas alterações visam proporcionar as condições necessárias ao desenvolvimento fetal em equilíbrio com o sistema materno.
Nos meses de verão é normal que as grávidas se sintam mais cansadas, com mais edemas (inchaços), tonturas e por vezes sensação de desmaio. Estas queixas são atribuíveis aos efeitos normais das hormonas da gravidez, agravados pela elevada temperatura ambiente, sobre o metabolismo e mecanismos de retenção de água e sal no organismo.
As grávidas apresentam algum grau de intolerância ao calor, por isso é muito importante que as futuras mamãs prestem atenção a alguns cuidados a ter nesta altura do ano, para que possam aproveitar este momento tão especial com maior tranquilidade.

Alimentação
No Verão a alimentação quer-se saudável. Escolha alimentos frescos e naturais, prefira os grelhados em vez dos fritos, que dificultam a digestão. Se não está imune para a Toxoplasmose, deve recordar os conselhos que lhe foram transmitidos pelo seu obstetra em relação ao consumo de legumes e frutas bem lavados.
É também importante respeitar os horários das refeições, que devem ser leves e fraccionadas, de forma a evitar a hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), que juntamente com o calor e hipotensão (tensão baixa) pode ser responsável por tonturas ou mesmo pela sensação de desmaio.

Desidratação
A hidratação é essencial para o bem-estar da grávida e do feto. No verão, para manter uma hidratação adequada, a grávida deve aumentar a ingestão de líquidos sem estar à espera de ter sede, pois com frequência a sede é inferior às suas necessidades hídricas.
A água é o melhor para a sede, já que os sumos de fruta, mesmo os naturais, têm muito açúcar e não tiram a sede.
A grávida deve ser incentivada a ingerir no mínimo 2 litros de água por dia, uma vez que a correcta hidratação tem efeitos benéficos para algumas das ocorrências da gravidez. Durante a gestação, a acção relaxante da progesterona sobre o músculo liso diminui o peristaltismo intestinal, pelo que é frequente a obstipação.
Também um nível desadequado de hidratação pode por a grávida em maior risco de infecção urinária, pois a urina fica muito concentrada, não permitindo a eliminação eficaz de algum microrganismo presente e facilitando, assim, a sua multiplicação.
Outra das possíveis consequências da desidratação é a ocorrência de contractilidade uterina, que muitas vezes cede, ou melhora significativamente, apenas com a hidratação.

Edemas
O edema fisiológico dos membros inferiores, vulgarmente conhecido como «pernas inchadas», é frequente durante a segunda metade da gravidez, mas pode ser especialmente desconfortável se esta fase da gravidez ocorre no verão.
É muito importante saber distinguir esta alteração normal de complicações que podem surgir na gravidez e que também cursam com edema ao nível dos membros inferiores. Assim este edema fisiológico agrava-se ao longo do dia, tende habitualmente a regredir na manhã seguinte, é simétrico e indolor.
Dado que este edema respeita a gravidade, o estar longas horas de pé favorece o seu aparecimento, enquanto que a elevação das pernas de forma repartida ao longo do dia, é útil para a sua regressão.
Deve, no entanto contactar o seu obstetra se o edema surge predominantemente num dos membros inferiores, se é doloroso, se está presente nas mãos e na face, e se agrava de manhã, comparativamente ao dia anterior.

Pele
Durante a gravidez existe tendência a uma hiperpigmentação cutânea, mais evidente em certas regiões do corpo.
Denominam-se de cloasma gravídico as manchas acastanhadas que surgem na face, vulgarmente conhecido como «pano», também as aréolas mamárias e a linha branca (que vai do púbis ao umbigo) ficam pigmentadas na maioria das grávidas.
A exposição ao sol deve ser parcimoniosa, idealmente nas primeiras horas da manhã (até às 11 horas) ou ao fim da tarde (depois das 17 horas) evitando os períodos de maior calor.
Os protectores solares são imprescindíveis para as grávidas durante os meses de verão, que devem usar filtros com protecção solar (FPS), de valor igual ou superior a 30.

Deslocações
As deslocações podem ser feitas desde que não signifiquem um esforço excessivo para a grávida, devendo evitar permanecer muito tempo na mesma posição, fazendo pausas frequentes para mobilizar as pernas.
Em relação a destinos longínquos, é permitido às grávidas, em que a gestação decorre normalmente, viajar de avião até às 32 semanas. A partir desta idade gestacional não é aconselhável andar de avião pela possibilidade de ocorrer um parto prematuro.

Exercício Físico
A prática desportiva de caminhada, natação, hidroginástica e bicicleta ergométrica é a mais adequada para a grávida. Das alterações hormonais que acontecem com exercício na gravidez um dos mais importantes é sem dúvida a alteração dos níveis de glicemia (quantidade de açúcar no sangue), que se irá reflectir no feto.
As modalidades acima citadas conseguem manter esses níveis mais estáveis. Também importante é o efeito da termoregulação, uma vez que a temperatura corporal da mãe regula a temperatura do feto, e com o exercício materno a temperatura corporal aumenta.
Durante o verão as grávidas devem evitar o exercício físico nas horas de maior calor, e devem ingerir abundante quantidade de líquidos mesmo que não sintam sede.
Todas as grávidas devem ter um período de descanso, de preferência em decúbito lateral (deitadas de lado), de cerca de 30-40 minutos por dia.

Vestuário e Calçado
Analise o seu guarda-roupa e certifique-se que tem roupa leve e confortável que lhe permitam andar à-vontade.
Os tecidos devem ser preferencialmente de algodão ou linho, e de cor clara porque são mais frescos.
No verão é difícil suportar a clássica cinta de grávida, uma vez que se torna muito quente, mas existe actualmente no mercado um modelo que consiste apenas numa faixa elástica, sendo melhor tolerada.
Também as meias de descanso/elásticas se tornam quentes no verão, se não conseguir tolerar o seu uso, opte pela aplicação de cremes e/ou sprays de produtos venotrópicos, que melhoram a circulação venosa e linfática.
Quanto ao calçado, os saltos, já se sabe, são de evitar enquanto que os sapatos abertos são a melhor opção.

Alguns conselhos para enfrentar o calor:

- Uso de roupas frescas

- Uso de calçado confortável

- Evitar a exposição ao sol e ao calor nas horas mais quentes do dia (12-16h)

- Uso de filtro com protecção solar (FPS) igual ou superior a 30

- Ingestão abundante de água

- Fazer refeições leves e repartidas

- Elevar as pernas no final do dia

- Dormir com as pernas elevadas

- Uso de meia elástica (se tolerada)

É fundamental lembrar que a gravidez é um estado natural do corpo que apenas requer determinados cuidados extra que não limitam as férias, apenas os excessos pouco saudáveis. Divirta-se nas férias...porque gravidez não é doença!
 

estela

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Cirurgia durante a gravidez

A maioria das afecções que precisam de cirurgia durante a gravidez são problemas abdominais. A gravidez pode dificultar o diagnóstico e complicar qualquer procedimento cirúrgico. Dado que a cirurgia pode provocar um aborto, sobretudo no início da gravidez, qualquer intervenção não urgente é protelada, tanto quanto possível, desde que a saúde da mãe não esteja em perigo.

A apendicite pode provocar uma dor tipo cãibra semelhante às contracções uterinas. Uma análise ao sangue pode detectar uma subida dos glóbulos brancos (leucócitos), mas, devido ao facto de o número destas células também aumentar, normalmente durante a gravidez, este exame é pouco fiável para diagnosticar a apendicite numa mulher grávida. Além disso, à medida que a gestação avança, o apêndice é empurrado para a parte superior do abdómen, pelo que uma dor no quadrante inferior direito (ponto em que se costuma localizar a dor da apendicite) durante a gravidez, não indica necessariamente que se trata desta doença. Se efectivamente parecer que se trata de uma apendicite, faz-se uma intervenção cirúrgica para extrair o apêndice (apendicectomia) de forma imediata, pois a rotura do apêndice durante a gravidez pode ser mortal. Não é provável que uma apendicectomia provoque lesões no feto ou desencadeie um aborto.

Por outro lado, durante a gravidez podem desenvolver-se quistos ováricos e provocarem cãibras dolorosas. A ecografia detecta os quistos ováricos com grande segurança e precisão. A menos que um quisto seja claramente canceroso, a cirurgia costuma ser adiada até depois da duodécima semana de gravidez, devido ao facto de o quisto poder estar a segregar hormonas associadas que ajudam a manter a gravidez e, muitas vezes, desaparecer de forma espontânea. No entanto, se o quisto ou a massa continuar a crescer ou for doloroso à palpação, ou a causa subjacente for um cancro ou um abcesso, pode ter de se fazer uma intervenção cirúrgica inclusive antes da duodécima semana.

As afecções da vesícula biliar surgem ocasionalmente durante a gravidez. À mulher grávida são feitas revisões frequentes para controlar o processo. No entanto, se a doença não melhorar, a cirurgia pode ser necessária.

A obstrução intestinal pode ser um problema muito grave durante a gravidez. Se se desenvolver gangrena intestinal e peritonite (inflamação do revestimento da cavidade abdominal), a vida da mulher corre perigo e, além disso, pode sofrer um aborto. Geralmente, quando uma mulher gestante tem sintomas de obstrução intestinal, faz-se habitualmente uma exploração cirúrgica, sobretudo se tiver antecedentes de ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica abdominal ou de ter tido uma infecção abdominal anterior.





In:manualmerck
 

Luana

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Perguntas e respostas sobre hemorragias

Perguntas e respostas sobre hemorragias



A perda de sangue durante a gravidez é sempre causa de grande ansiedade e motivo para consultar o médico assistente. O risco, no entanto, nem sempre tem uma relação directa com a intensidade da perda. Na maioria dos casos, a gravidez prossegue normalmente, sem que seja necessário fazer nada.



A primeira metade da gravidez


Qualquer perda de sangue que ocorra nos primeiros três meses de gravidez pode ser considerada ameaça de aborto. Tal não significa que a sua gravidez esteja definitivamente em risco. No entanto, em 20 por cento dos casos, o aborto pode mesmo acontecer.



Quando contactar o médico?

Uma perda de sangue escassa não implica cuidados imediatos, embora deva ser comunicada ao médico, para que este avalie a situação. Já a existência de uma hemorragia abundante, associada a uma dor tipo menstrual intensa, significa que deve ser observada com maior brevidade.



Que exames serão realizados?


A observação clínica, por si só, pode ser conclusiva, particularmente quando o aborto é inevitável. Pode também identificar uma causa para a perda de sangue que não tenha a ver com a sua gravidez. No entanto, o médico poderá recomendar a realização de uma ecografia, para esclarecer melhor o seu quadro clínico.



O que pode ser avaliado pela ecografia?

Em primeiro lugar, poderá assegurar-lhe que tudo está aparentemente bem em relação à gravidez (lembre-se que esta é a situação mais provável, apesar do seu natural receio!). No caso de algo não estar a correr bem, pode ajudar o médico a perceber se ocorreu aborto e se este foi completo ou incompleto (ainda persiste produto da concepção dentro do útero). Permite ainda a identificação de duas outras situações que, antes da era das ecografias, nunca eram diagnosticadas: um aborto retido (embrião/feto não apresenta batimentos cardíacos numa fase da gestação em que já deveriam ser observados) e uma gravidez anembriónica (quando não se chega a observar formação do embrião).



Que procedimentos irão ser recomendados?


Se tudo estiver aparentemente bem com o embrião/feto, é provável que o médico recomende repouso e repetição da ecografia posteriormente. Considera-se, hoje em dia, que o repouso não modifica o prognóstico da gravidez na fase precoce da mesma, com algumas excepções (ex: eventual pequeno descolamento da placenta); portanto, caso o seu trabalho não seja pesado e lhe seja difícil interrompê-lo, pode manter a sua actividade habitual. Quando a avaliação mostrar que o aborto é inevitável, ou que já ocorreu, mas de forma incompleta, o médico pode propor-lhe que seja efectuada uma curetagem, ou que aguarde alguns dias para permitir que, de uma forma natural, o aborto aconteça de forma completa (se a hemorragia for ligeira). Nos casos anteriormente referidos de aborto retido ou de gravidez anembriónica, é possível que as mesmas recomendações sejam dadas e que, nalguns casos, o médico recomende a repetição do exame ecográfico para confirmar o diagnóstico. Ambas são situações em que a sua gravidez não tem viabilidade, com evolução a curto prazo para o aborto espontâneo.



O que é a curetagem?



É um procedimento efectuado sob anestesia, mediante o qual é removido o conteúdo do interior do seu útero. Esta será a opção imediata se as suas perdas de sangue forem abundantes, já que apenas essa remoção poderá permitir controlar uma hemorragia. Poderá também ter de vir a ser realizada naqueles casos em que se fica a aguardar o aborto natural, mas em que este não ocorre. Quando necessário, procede-se a um tratamento médico prévio que permitirá a dilatação do colo do útero de forma aproximada ao que ocorreria naturalmente. Em geral, o procedimento obrigará a um internamento inferior a 24 horas (varia em função da resposta do seu organismo a esta preparação prévia do colo do útero).



Há algum tratamento para evitar o aborto?


Não. A perda de uma gravidez na fase precoce (até às 12 semanas) indica, na maioria dos casos, que houve anomalias cromossómicas que levaram à inviabilidade embrionária/fetal. O aborto, nesta fase, constitui um espécie de processo de selecção natural, no qual não devemos intervir. Para ter uma noção de como uma gravidez evolutiva é verdadeiramente um milagre da vida, dir-lhe-emos que a percentagem de aborto atinge efectivamente os 60%, quando consideramos a gravidez desde o momento da concepção, havendo dois terços destas gestações que nem chegam a ser diagnosticadas, isto é, nem chega a haver falta menstrual. Em alguns casos previamente estudados, nomeadamente em que o aborto é recorrente (ver adiante), de causa conhecida, serão eventualmente aconselhados tratamentos médicos específicos. Para as ameaças de aborto mais tardias, não há também nenhuma arma terapêutica disponível; no entanto, a evolução para aborto passado o primeiro trimestre é seguramente mais rara e recomenda-se apenas repouso, com remissão da hemorragia a curto prazo.



Como é possível saber qual a razão do aborto?



Conforme já explicámos, após o diagnóstico de gravidez, a possibilidade de aborto atinge os 20%. Esta probabilidade existe em termos teóricos sempre que se engravida, aumentando ligeiramente se já ocorreu numa gravidez prévia. Sendo uma situação tão frequente, e embora se possa adivinhar a sua ansiedade para encontrar uma resposta ao «porquê eu?», a recomendação para a realização de estudos complementares reserva-se para as situações, raras, em que ocorram num casal três ou mais abortos consecutivos precoces (até às 12 semanas), duas situações de aborto retido ou gravidez anembriónica (não consensual) ou nos casos de aborto tardio de causa não identificada. Estes estudos são habitualmente direccionados em função da história clínica do casal e da situação de aborto específica, sendo alguns dispendiosos ou implicando intervenções do foro ginecológico mais complicadas do que a simples observação, pelo que devem ser efectuadas com indicação precisa.



Entre as causas que podem estar na sua génese, encontramos anomalias anatómicas uterinas (configuração do útero, miomas, polipos, por exemplo), doenças maternas não diagnosticadas, nomeadamente endócrinas ou de tipo auto-imune, e até alterações cromossómicas do casal. Infelizmente, a percentagem de casos em que a causa é identificada não é elevada, nem sempre havendo um tratamento eficaz a oferecer. Se o seu caso se enquadra dentro de uma destas situações, compreende-se a sua ansiedade, mas deve pensar em dois aspectos positivos: que afinal consegue uma parte substancial do milagre da vida, que é engravidar; e que tudo o que possamos dizer em temos médicos se refere a padrões estatísticos, ou seja, que embora a existência de três abortos consecutivos justifique um estudo complementar, tal não significa que, para uma percentagem de casais, isso não se enquadre numa situação completamente devida ao acaso, podendo haver gestações posteriores de modo perfeitamente normal!



A hemorragia na fase inicial da gravidez pode ter outro significado?


Efectivamente, existem complicações mais raras que se podem expressar pela perda de sangue: a gravidez ectópica e a mola hidatiforme. A gravidez ectópica pode ocorrer em cerca de 2% das gestações. Conforme o nome indica, consiste na implantação do produto da concepção numa localização anómala, isto é, fora do útero. As trompas são o local mais frequente. Para além da perda de sangue, a grávida sente habitualmente uma dor localizada lateralmente (diferente da menstrual) ou em todo o abdómen. O crescimento normal da gravidez numa trompa pode fazer com que esta distenda e acabe por ocorrer uma hemorragia, podendo então a grávida notar desconforto abdominal generalizado e tonturas ou sensação de desmaio. Trata-se de uma gravidez que não é viável, sendo o objectivo de qualquer tratamento diminuir os riscos para a grávida. A avaliação clínica e ecográfica irão permitir determinar qual o tratamento a efectuar.



A mola hidatiforme consiste no crescimento e formação anómala do tecido placentar. Nestas gestações, pode não haver formação de embrião ou este pode apresentar alteração do número de cromossomas. É também uma gravidez sem viabilidade. Raramente esse tecido placentar anormal pode ter capacidade de se manter no seu organismo, mesmo após ter sido eliminado o produto de concepção, pelo que é importante que mantenha vigilância médica nos meses seguintes.



A segunda metade da gravidez

A perda de sangue após as 20 semanas de gravidez é seguramente menos frequente, complicando apenas cerca de 2-5% das gestações.



Quando consultar o médico?


Os conselhos que já referimos mantêm-se. A perda de sangue deve ser avaliada, de forma mais rápida e urgente nesta fase, particularmente se for abundante e acompanhada de dor ou contracção. Nesta fase da gestação, uma hemorragia significativa pode não só ser um risco para a mãe, como também colocar em causa a sobrevivência do feto.



Qual pode ser o motivo da hemorragia?


Nesta fase, cerca de 60-70% das perdas de sangue têm causa placentar. Pode haver uma localização baixa (muito próxima do colo do útero) ou mesmo tratar-se de placenta prévia (oclui o colo do útero, colocando-se «abaixo» do feto); neste último caso, se a situação persistir na fase final da gravidez, será necessário realizar uma cesariana. Em ambos os casos, a placenta encontra-se na região mais inferior do útero, que se vai distendendo ao longo da gestação e que tem uma irrigação sanguínea diferente, tornando-se possível a hemorragia. Noutros casos, pode haver um descolamento de placenta. Muito raramente, este pode ocorrer numa área considerável da placenta, comprometendo de forma aguda o aporte de oxigénio e nutrientes ao feto, o que pode colocá-lo em risco. A grávida, por seu turno, pode apresentar anemia grave e alterações da coagulação, pelo que se trata também de uma situação de risco materno.



Em caso de descolamento significativo, costumam surgir contracções de carácter intenso e frequente e, muitas vezes, o útero parece não chegar a relaxar. Tal situação deve constituir sinal de alerta. Convém não esquecer a possibilidade de a perda de sangue ter uma causa diferente e menos preocupante: uma inflamação do colo do útero, varizes na região vulvar e vaginal que podem sangrar enquanto efectua a sua higiene pessoal, pequenas hemorragias (sangue vivo ou acastanhado) acompanhadas de muco que surgem quando o seu colo do útero se começa a preparar para o parto. Caso se encontre no último mês de gestação, esta situação não carece de atenção médica, desde que sem outros sintomas (contractilidade dolorosa ou perda de líquido amniótico, por exemplo). No entanto, antes deste período final, pode indicar uma ameaça de aborto tardio ou parto pré-termo, pelo que deve ser observada com brevidade.



Que exames será necessário realizar?


A observação clínica pode ser suficiente. Se a perda for abundante, pode ser necessário realizar uma ecografia para determinar a localização da placenta e/ou existência de algum sinal de descolamento. Poderá ainda efectuar um CTG para avaliar o bem-estar fetal e contractilidade, se já tiver atingido a idade gestacional adequada para que tal exame possa ser realizado.



Que procedimentos irão ser recomendados?

É provável que necessite de internamento hospitalar, no caso de a hemorragia ser significativa, pois há risco acrescido para si e para o feto. Se houver agravamento, ou se surgirem sinais preocupantes para a sua saúde ou a do seu bebé, pode ser necessário realizar uma cesariana (opção imediata se houver descolamento extenso da placenta). Nas situações de causa não placentar, poderá indicar-se algum tratamento específico, por exemplo para eliminar eventual infecção vaginal. . Nota: As indicações dadas neste texto são meramente informativas e não foram colocadas de forma exaustiva todas as situações clínicas possíveis. Cabe ao seu médico explicar-lhe qual o seu caso específico e as opções a tomar
 

Luana

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Grávidas ingerem calorias em demasia

Grávidas ingerem calorias em demasia


Um estudo da Faculdade de Medicina do Porto concluiu que «as mulheres portuguesas ingerem mais calorias do que o recomendado durante a gravidez».

A investigação, a que a Agência Lusa teve acesso, notou que “«comparativamente à alimentação praticada antes de engravidar, as portuguesas duplicaram o consumo de lacticínios e reforçaram a ingestão de fruta e sopa». No entanto, refere o estudo denominado Geração XXI, «a maioria das grávidas ingeriu mais calorias do que o aconselhável tanto antes como durante a gravidez».

Segundo o mesmo trabalho, «ao longo da gestação, observou-se um crescimento ligeiro do consumo de proteínas e gordura saturada». Foi registado também «um aumento de consumo de vitamina A, E, B2, folato, cálcio e magnésio durante a gravidez».

Por outro lado «se não se considerar a ingestão de suplementos vitamínicos, então verifica-se uma ingestão insuficiente de vitamina E (73 por cento das mulheres), folato (91por cento), magnésio (21 por cento) e ferro (88 por cento)», afirmam os investigadores. Os resultados preliminares do estudo epidemiológico assinalam, por outro lado, que a qualidade da alimentação melhora durante a gravidez com o aumento do «consumo de lacticínios, fruta e sopa» e o corte nas «carnes vermelhas, fast food e bebidas alcoólicas».

Os investigadores relacionaram ainda a alimentação materna durante a gravidez com certas características das mães, tais como a idade, escolaridade, índice de massa corporal e tabagismo, tendo concluído que «as grávidas fumadoras ingerem menos fruta e vegetais do que as não-fumadoras e que as grávidas mais jovens consomem menos vegetais do que as mais velhas».


Trata-se, segundo a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, da primeira vez em Portugal que se avaliam os hábitos alimentares das grávidas e se seguem os filhos para perceber as implicações que a alimentação das mães tem na saúde das crianças. Os resultados finais vão permitir caracterizar a população aos quatro anos, perceber quais os determinantes da gravidez e da primeira infância para o estado de saúde nesta idade e identificar potenciais fatores de risco, nomeadamente a obesidade infantil.

«Será assim possível delinear estratégias direcionadas de prevenção de doença e promoção da saúde em Portugal, nomeadamente no que diz respeito à obesidade e doença cardiovascular», defendem os investigadores.

O projecto Geração XXI está a seguir um grupo de cerca de 10 mil crianças desde o nascimento até à idade adulta. Para esta investigação foi seleccionada uma amostra de mulheres grávidas que forneceram informações através do preenchimento de inquéritos e de diários alimentares.
 

Luana

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Gravidez, telemóvel e comportamento

Gravidez, telemóvel e comportamento

As grávidas que utilizam regularmente o telemóvel correm um risco acrescido de terem crianças com problemas comportamentais, sobretudo se estas também usarem o telemóvel precocemente, conclui um estudo dinamarquês. A análise O estudo baseou-se na amostra de nascimentos dinamarquesa, incluiu cerca de 100 mil mulheres grávidas entre 1996 e 2002 e cobriu mais de 28 mil crianças que atingiram a idade de 7 anos em Dezembro de 2008.


A investigação segue-se a um primeiro estudo que incidiu sobre cerca de 13 mil crianças – que faziam 7 anos em Novembro de 2006 - e que já apurara uma ligação entre exposição pré-natal e perturbações do comportamento. Os novos dados, publicados hoje pela revista Journal of Epidemiology and Community Health, mostram que mais de um terço das crianças (35 por cento) utilizam um telemóvel, contra 30 por cento no primeiro estudo. Concluiu-se também que 17 por cento tinham sido expostas aos telemóveis antes e depois do nascimento, contra 10 por cento no primeiro estudo. Pelo contrário, 53 por cento das crianças do primeiro estudo e 39 por cento do segundo não tinham sido expostas, nem antes nem depois do nascimento.


As categorias de exposição foram definidas segundo vários critérios: número de chamadas diárias, localização do aparelho quando não estava a ser utilizado (em saco ou bolso de vestuário) e utilização de auricular... Nos dois estudos verificou-se que cerca de três por cento das crianças foram consideradas como tendo um comportamento anormal e outras tantas apresentavam um risco de comportamento anormal.


Os investigadores apontaram que as crianças expostas ao telemóvel antes e depois do nascimento tinham um risco de apresentarem problemas de comportamento 50 por cento superior aos das crianças não expostas. Para as crianças expostas unicamente antes do nascimento, o risco aumentava em 40 por cento. Para validar os seus resultados, os investigadores consideraram outros fatores possíveis de influência, como o tempo passado pela mãe com o filho.

«Mesmo que seja prematuro interpretar estas resultados como tendo um laço de causalidade, receamos que a exposição precoce aos telemóveis possa comportar um risco que, se se comprovar, seria um problema de saúde pública, dada a utilização generalizada desta tecnologia», sintetizam os autores.
 

Luana

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Dieta da grávida afecta preferências do bebé

Dieta da grávida afecta preferências do bebé

As escolhas alimentares feitas pelas grávidas sensibilizam os fetos para os mesmos alimentos – através do cheiro e do sabor – e podem mesmo afectar o desenvolvimento cerebral do bebé, defendem investigadores da Universidade do Colorado (EUA).
De acordo com a líder da equipa de investigadores, Josephine Todrank, depois de nascer o bebé sente-se mais atraído pelas escolhas feitas pela mãe durante a gestação porque «quando estava a desenvolver-se, o feto aceita como seguro tudo o que lhe chega pela placenta». Assim, se a mulher «preferir comida saudável e se abstiver de ‘junk food’ e de álcool, o seu filho terá tendência para fazer o mesmo», adianta.
Um outro autor do trabalho, Diego Restrepo, afirma que «este é o primeiro estudo que avalia as mudanças cerebrais que ocorrem após exposição sustentada aos sabores in utero e, posteriormente, através da amamentação».
Os resultados, publicados na revista The Proceedings of the Royal Society, podem, de acordo com os cientistas, vir a ter implicações importantes em políticas de saúde pública. «Muitas doenças da sociedade actual relacionam-se com o consumo em excesso ou a falta de certos alimentos», diz Restrepo, adiantando: «Compreender os factores precoces que determinam as escolhas alimentares é importante para desenhar estratégias de incremento da saúde no bebé, na criança e no adulto».
 

maioritelia

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As “proibições” da gravidez

Apenas começa a gravidez, a primeira pergunta da futura mamã é se poderá continuar a realizar as suas actividades habituais.



É verdade que durante a gravidez a mulher pode fazer uma vida normal: pode trabalhar, comer, fazer exercício físico, viajar, ter relações sexuais, e gozar de um descanso reparador.

No entanto, é preciso hierarquizar a gestação, e "escutar" os distintos sinais do corpo durante os nove meses.










Proibido fumar

É sabido que activa ou passivamente o cigarro afecta a saúde de homens e mulheres. Mas quando esse vício se associa à gravidez os danos multiplicam-se.

Entre os efeitos nocivos que se adjudicam ao hábito de fumar encontra-se a infertilidade, o aborto, o parto prematuro (cerca de 14 por cento dá-se em mães fumadoras), alterações inflamatórias e desprendimento prematuro da placenta, maior incidência de desnutrição fetal e morte súbita do recém-nascido, além de baixo peso ao nascer.

Como exemplo: a incidência de atraso no crescimento em mulheres não fumadoras é de 7 por cento, enquanto que nas fumadoras chega aos 28 por cento.

Um cigarro de apenas sete centímetros de comprimento contém três mil compostos químicos diferentes; os três principais são a nicotina, o monóxido de carbono e o ácido ciânico.

Como podemos verificar, tratam-se de argumentos mais do que concludentes para compreender porque deixar de fumar durante a gestação é uma necessidade, apesar de ser uma decisão difícil.

Diversos estudos demonstraram que os efeitos do tabagismo sobre o crescimento fetal são proporcionais às doses: quanto maior for o número de cigarros, maior é o efeito restritivo no peso fetal.

Se a mulher deixa de fumar durante a gravidez, o seu filho nascerá com tamanho e saúde iguais aos de outra criança, filha de mãe não fumadora.

Inclusivamente, se se abandonar o hábito antes da semana 30, consegue-se um extraordinário benefício: a maior parte do peso do bebé (60 por cento) atinge-se no terceiro trimestre.

O cigarro evita a acumulação de gordura corporal no feto sem afectar o seu crescimento linear.

Além disso, deixar de fumar melhora o estilo de vida: geralmente acompanha-se de uma melhor alimentação e de um incremento da prática de exercícios físicos, o que se reflecte numa diminuição das doenças crónicas cardiovasculares, insuficiência cardíaca, cancro do pulmão e enfisema pulmonar.


Proibido tomar álcool

Respondendo a perguntas sobre se será permitido beber uns "copinhos" durante a gravidez, a resposta é um rotundo "não".

O álcool é uma das substâncias responsáveis de malformações fetais, de modo que as mulheres deveriam abster-se de tomar bebidas alcoólicas quando comecem a planificar a gravidez.

Também no caso do álcool, o impacto negativo dependerá da dose, do tempo e das condições de exposição. Quanto maior for o consumo, maiores também serão os efeitos negativos no feto.

Grandes quantidades de álcool no primeiro trimestre predispõem ao aborto espontâneo, enquanto que no segundo ou no terceiro provocam restrições ao crescimento e dano neurológico fetal.

As consequências nas crianças com "síndroma de álcool fetal" são: atraso de crescimento intra-uterino, menor tamanho e peso ao nascer, estatura pequena e anomalias faciais.

O álcool pode também afectar o sistema nervoso central e produzir, entre outros problemas, microcefalia (escasso desenvolvimento do cérebro), além de originar dificuldades na aprendizagem e no comportamento social.

Entre as complicações mais frequentes contam-se o atraso mental, o início tardio da compreensão e da fala, o déficit de atenção e os transtornos na aprendizagem.


Proibido o excesso de café

A cafeína é um estimulante do sistema nervoso que incrementa a frequência cardíaca da mãe assim como o seu metabolismo.

Encontra-se presente não só no café mas também no cacau, no chocolate, no chá e em várias bebidas de cola. Em doses elevadas, a cafeína pode provocar excitação, palpitações e irritação do tracto digestivo.

E também aumenta a libertação de epinefrina, uma substância que coloca em situação de stress tanto a mãe como o feto, dado que através da diminuição do fluxo útero-placentário reduz a quantidade de oxigénio e nutrientes que chegam ao feto.

As mulheres grávidas não deveriam consumir mais de dois cafés por dia.


Proibido cansar-se

Para explicar-lho de maneira simples, um correcto repouso ou descanso consegue-se com oito horas de sono durante a noite e duas durante a tarde.

Claro que estas definições costumam ser fáceis, e a sua aplicação difícil. O conselho para as futuras mamãs é que não tenham receio de descansar mais do que o habitual; pelo contrário; façam-no sempre que possam.

Para isto, é conveniente organizar as tarefas durante o dia segundo a sua importância, e aproveitar os fins-de-semana para repousar.

Também é necessário que os colegas compreendam que o rendimento laboral pode diminuir. Se tenta descansar e não o consegue, não se preocupe: a maioria das mulheres tem dificuldades, porque embora o seu corpo esteja deitado no sofá, o cérebro continua no seu ritmo habitual.

Outra recomendação é não entrar em competições, porque quem não estiver "grávida" fica em vantagem. Procure nos colegas a solidariedade, em vez de rivalidade ou compaixão.


Proibido automedicar-se

O hábito de auto-medicar-se é sempre perigoso, mas torna-se muito mais grave quando se efectua durante a gestação.

Muitos medicamentos podem ter efeitos nocivos para o feto se a sua mãe os ingerir sem consentimento médico.


Proibido não se alimentar bem

A futura mamã deve alimentar-se correctamente, escolhendo os alimentos adequados em quantidades moderadas, e privilegiando a variedade e a qualidade.

Desta maneira, não só beneficiará a sua imagem que, além disso é muito importante e evitará possíveis e indesejáveis complicações.

A dieta de uma pessoa adulta saudável deve fornecer aproximadamente 2.000 calorias. E embora se saiba que durante a gravidez seja preciso reforçá-las, este aumento não deve exceder as 300 calorias adicionais por dia.

Mas a quantidade de calorias não é a única coisa a ter em atenção. Também é preciso verificar de que tipos de alimentos provêem, uma vez que as que são fornecidas por uma guloseima são diferentes daquelas que se absorvem através de uma maçã.

O melhor guia para uma alimentação equilibrada em todas as circunstâncias e também durante gravidez, é a pirâmide nutricional.

Para cuidar da linha, é recomendável escolher alimentos sem cremes ou com poucas calorias, que forneçam os nutrientes indispensáveis sem juntar calorias desnecessárias. Desta maneira, é possível controlar o peso.


Proibidos os exercícios físicos de risco

Sabe-se que o exercício físico é fonte de boa saúde. Ao falar de "exercícios físicos" referimo-nos a toda a actividade física que exceda as tarefas habituais e quotidianas; concretamente: caminhar, andar de bicicleta, praticar ginástica ou algum desporto como o ténis ou a natação.

Nesse sentido, poderemos considerar dois grupos de mulheres: aquelas que não realizaram actividade física alguma antes da gravidez, e as que estão habituadas a praticar algum desporto e se encontram em bom estado físico.

Se não está habituada a fazer ginástica, a gravidez não é o momento ideal para começar, uma vez que isso constitui uma exigência física muito importante para o organismo, e é necessário ser muito cuidadosa na hora de avaliar situações de consumo energético.

Não obstante, se assim o deseja, pode caminhar em locais de ar livre e bem oxigenados, fazer ginástica para grávidas, iniciar a prática de yoga ou exercícios de relaxamento.

Mas sempre de maneira gradual e mediante movimentos suaves e coordenados, descansando de cada vez que se sinta cansada ou fatigada.

Se por outro lado está habituada a fazer exercício físico e está bem treinada, não há motivo para abandonar as actividades habituais.

Inclusivamente, o exercício pré-natal poderia diminuir as dores frequentes de cintura, as cãibras, a obstipação e a acidez, além de aumentar a capacidade energética da grávida e melhorar a sua respiração e oxigenação.

Mas atenção: é preciso pôr de lado o aspecto competitivo. O excesso de actividade acima do tolerável pode prejudicar a evolução da gravidez.

Por isso, é bom praticar o seu desporto habitual mas não obrigar-se a terminar nenhuma partida.

As actividades como o esqui (aquático ou na neve) e o hipismo não são recomendáveis durante a gestação, devido à possibilidade de acidentes que implicam.


Tintas, proibidas?

Habitualmente ouvimos dizer que as tintas para o cabelo são proibidas durante a gravidez. No entanto, não há inconvenientes em utilizar produtos como o "Inné", dado que se trata de um corante vegetal que não implica risco algum durante a gestação.

Quanto ao resto das tintas, convém aplicá-las somente para fazer reflexos ou madeixas, de modo que não tomem contacto directo com o couro cabeludo.


A dieta ideal deve conter:

Una adequada quantidade de proteínas.
Uma razoável quantidade de frutas e verduras.
Uma moderada quantidade de hidratos de carbono.
Uma moderada quantidade de gorduras.
Uma adequada quantidade de líquidos.

dd.
 
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