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GF Ouro
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O Citius
Criou-se o processo judicial digital: o Citius. Mais transparência, mais rapidez, consulta “online” do processo e poupança de recursos (em deslocações, despesas postais e tempo), o que seria de louvar. Tudo à distância de um “clique”. Pena é que o “clique” às vezes falhe, outras vezes demore meia hora ou mais, reduzindo a produtividade dos juízes e dos tribunais.
O Citius não foi pensado na óptica do utilizador. O juiz, se quiser despachar, por sua iniciativa, um processo, tem de telefonar para a secretaria pedindo o favor de lhe deixarem despachar o processo de que ele é titular. A lei também diz que o juiz pode corrigir sentenças e despachos, ficando registo da correcção e respectiva data. Mas o Citius não deixa.
O processo não se consegue gerir e consultar devidamente: por alguma razão os “códigos” (com as leis) continuam a ser vendidos aos milhares apesar de se encontrarem digitalizados nos computadores.
Em julgamento queremos exibir um documento à testemunha, consultar uma parte do processo e ele simplesmente não existe. Está lá no etéreo ciberespaço. E para o consultar, em vez do físico folhear, onde basta um relance para se encontrar o tal despacho, entre dezenas, anda-se ali, numa espécie de ponto cruz, a abrir e a fechar ficheiros até a memória do computador bloquear. O Citius também é desconfiado: para se dar um despacho pode ser necessária a inserção dum código por várias vezes, até ao limite da paciência. Mas não é mais seguro, apesar disso.
O que os juízes precisam e querem é que o Citius seja uma ferramenta de trabalho. Mas está a ser tudo menos isso.
@ Meia Hora
Criou-se o processo judicial digital: o Citius. Mais transparência, mais rapidez, consulta “online” do processo e poupança de recursos (em deslocações, despesas postais e tempo), o que seria de louvar. Tudo à distância de um “clique”. Pena é que o “clique” às vezes falhe, outras vezes demore meia hora ou mais, reduzindo a produtividade dos juízes e dos tribunais.
O Citius não foi pensado na óptica do utilizador. O juiz, se quiser despachar, por sua iniciativa, um processo, tem de telefonar para a secretaria pedindo o favor de lhe deixarem despachar o processo de que ele é titular. A lei também diz que o juiz pode corrigir sentenças e despachos, ficando registo da correcção e respectiva data. Mas o Citius não deixa.
O processo não se consegue gerir e consultar devidamente: por alguma razão os “códigos” (com as leis) continuam a ser vendidos aos milhares apesar de se encontrarem digitalizados nos computadores.
Em julgamento queremos exibir um documento à testemunha, consultar uma parte do processo e ele simplesmente não existe. Está lá no etéreo ciberespaço. E para o consultar, em vez do físico folhear, onde basta um relance para se encontrar o tal despacho, entre dezenas, anda-se ali, numa espécie de ponto cruz, a abrir e a fechar ficheiros até a memória do computador bloquear. O Citius também é desconfiado: para se dar um despacho pode ser necessária a inserção dum código por várias vezes, até ao limite da paciência. Mas não é mais seguro, apesar disso.
O que os juízes precisam e querem é que o Citius seja uma ferramenta de trabalho. Mas está a ser tudo menos isso.
@ Meia Hora