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Telescópio soar

nita_vsc

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O que é o Telescópio SOAR - (SOuthern Astrophysical Research Telescope)?
O telescópio tem abertura de 4,2 metros, projetado para produzir imagens de qualidade melhor que as de qualquer outro observatório do mundo em sua categoria.

Foi financiado por um consórcio com os seguintes parceiros: Brasil (representado pelo CNPq), o National Optical Astronomy Observatory (NOAO), a Universidade da Carolina do Norte (UNC) e a Universidade Estadual de Michigan (MSU). O SOAR estará sendo inaugurado em 17 de abril e deverá iniciar a operação de coleta de dados cientícos de rotina no segundo semestre de 2004.

Está situado em Cerro Pachón, uma montanha dos Andes Chilenos com altitude de 2.700 metros acima do nível do mar. O telescópio e sua cúpula esférica branca estão localizados a algumas centenas de metros do seu vizinho, o telescópio Gemini Sul com espelho de 8,1 metros de diâmetro, de onde pode-se avistar Observatório de Cerro Tololo.

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Relevância
O Brasil já participa de outro consórcio internacional, o Observatório Gemini atualmente em operação. Foram construídos telescópios gêmeos de 8,1 metros de diâmetro cujas instalações se localizam nos Andes Chilenos e no Havaí. O número de noites a serem utilizadas nestes telescópios é proporcional à parcela de contribuição de cada participante na construção/ operação, cabendo ao Brasil 8 noites em cada telescópio. Estes instrumentos permitem observações de alta qualidade, mas apenas alguns projetos podem ser contemplados com esse tempo, escolhidos dentre a grande demanda existente. O Brasil conta com alguns telescópios de 60 centímetros e um telescópio de 1,6 metros em território nacional, que vem atendendo a comunidade astronômica brasileira desde 1980, mas que não são adequados para muitos dos projetos observacionais de interesse de nossos pesquisadores e alunos de pós-graduação, e que sofrem de excesso de demanda a vários anos . A Astronomia Brasileira vem crescendo continuamente a uma taxa de cerca de 10% ao ano e há a necessidade urgente de expansão, através da criação de novos grupos de pesquisa no país, a serem liderados pelos pesquisadores ora em formação e que receberão vigoroso impulso com a concretização do SOAR . O Telescópio SOAR certamente preencherá a lacuna existente entre o telescópio de 1,6 metros, que se localiza em Brazópolis/MG no Pico dos Dias e os telescópio Gemini, suprindo a comunidade com um instrumento de porte intermediário extremamente versátil, rápido, de ótica soberba e localizado em local privilegiado .

A Configuração do Telescópio
A óptica do telescópio SOAR é do tipo Ritchey-Chrétien f/16 com espelho primário de diâmetro de 4,1 metros. O telescópio fornece um campo para observação com diâmetro de 8 minutos de arco, com imagens estabilizadas por sistema de "tip-tilt" de 50 Hertz. As imagens fornecidas pelo telescópio deverão apresentar degradação do "seeing" local inferior a 0,18 segundos de arco.

A montagem do telescópio é do tipo altitude-azimute, podendo acomodar oito instrumentos preparados para realizarem observações. O telescópio tem duas plataformas para observação no foco Nasmyth, localizadas nas laterais da estrutura do telescópio e tres pontos de observação Cassegrain no próprio corpo do telescópio. O feixe de luz é dirigido para um determinado instrumento através de um espelho terciário móvel que dirige o feixe para o instrumento que estiver em uso. Cada uma das plataformas Nasmyth pode suportar instrumentos de telescópios da classe de 8 metros como o Gemini, o que permite aos parceiros do SOAR a utilização de instrumentação compartilhada com outros telescópios.

A Óptica do Telescópio
O telescópio tem espelho primário de 4,1 metros de diâmetro. É um espelho adaptativo com 10 centímetros de espessura, suportado por 120 atuadores eletro-mecânicos. Os espelhos secundário e terciário são de vidro com alívio de peso e o terciário tem um sistema de "tip-tilt" para correções da frente de onda em primeira ordem operando em 50 Hertz. Os três espelhos foram fabricados com um vidro de baixa expansão ULE™, produzido pela empresa Corning.
O sistema óptico foi desenvolvido pela empresa norteamericana Goodrich Corporation, que realizou o polimento dos três espelhos, produziu os sitemas de suporte para os espelhos e fez a integração do sistema de controle.
O telescópio SOAR foi projetado para tirar o máximo de proveito de um sistema de óptica adaptativa utilizando camadas mais baixas da atmosfera. Este sistema está sendo projetado atualmente e será instalado como uma atualização do telescópio no futuro.

A Montagem do Telescópio
A montagem do telescópio é uma estrutura de precisão que se move em azimute sobre um rolamento de 3,6 metros e em elevação sobre dois pares de rolamentos com pré-carga. A montagem foi projetada e construida pela empresa Vertex RSI com uma frequência do primeiro modo de vibração de 10 Hertz de mameira a permitir que tal estrutura de grandes proporções possa acompanhar suavemente, reapontar de forma precisa e estabilizar-se rapidamente. A montagem também provê rotatores para os instrumentos instalados nos focos Nasmyth.

Instalações Funcionais e Cúpula
O telescópio está abrigado em uma instalação compacta e eficiente que abriga o telescópio e fornece espaço para trabalhar com a instrumentação e uma sala de controle. No alto do prédio de 757 metros quadrados está localizada uma cúpula esférica de 20 metros de diâmetro. A cúpula foi fabricada pela empresa brasileira Equatorial Sistemas, Ltda. Trata-se de uma super estrutura de aço com painéis de fibra de vidro parafusados entre si, formando a casca esférica.

Sistema de Controle
O sistema de controle do telescópio foi escrito em LabView da National Instruments e roda em um conjunto microcomputadores rodadando Linux e Windows. O programa LabView fornece a conectivdade consistente com a rede computadores pessoais que controlam vários elementos do telescópio, sistema de controle ambiental e instrumentos periféricos. O telescópio SOAR está configurado para permitir que astrônomos possam realizar observações remotas a partir de qualquer lugar do mundo, com o mínimo de exigências de "hardware" e conectivdade.
 
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