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O sistema informático interno do Sistema Nacional de Saúde (SNS) está desde a madrugada desta quinta-feira, 18 de setembro, em baixo em vários hospitais portugueses, avança a Sic Noticias. De acordo com o canal de televisão em questão, os médicos não têm acesso ao processo clínico dos doentes, estando impossibilitados de executar exames ou fazer prescrições.
Poderão assim estar em risco consultas e cirurgias agendadas para hoje. Para já, nem os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), nem o Executivo reagiram a esta informação.
Já Joana Bordalo e Sá, da FNAM, confirmou também em entrevista à SIC Notícias, que o sistema informático de alguns centros de saúde e hospitais "esteve e, em alguns casos, ainda está, totalmente em baixo".
"Ministra e Montenegro mantêm SNS em fragilidade"
Para a sindicalista, isso "demonstra mais uma vez a fragilidade tecnológica em que a ministra Ana Paula Martins e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, mantêm o SNS".
"Isto é um desinvestimento sério em sistemas digitais que coloca também em risco não só o trabalho dos médicos e de todos os profissionais de saúde mas, acima de tudo, a segurança dos doentes porque ficamos impedidos de ver a informação clínica, não conseguimos prescrever, não conseguimos ver os exames", realçou, acrescentando que, "se isto não ficar resolvido, de facto, cirurgias e consultas não se poderão executar".
A FNAM aconselha assim os médicos a "entregarem e registarem a sua escusa de responsabilidade" porque "não podem ser responsabilizados por falhas que resulta por inoperância governativa".
"O que está em causa não é apenas a burocracia", sublinhou ainda Joana Bordalo e Sá, "é a qualidade da assistência clínica, que pode colocar em causa o ato médico".
"Responsabilidades políticas"
"É inaceitável que, em 2025, ainda tenhamos um serviço público de saúde dependente de sistemas tão frágeis, sem redundâncias e sem investimento", atirou, reiterando que tudo isto "coloca os doentes em risco".
Para já, os médicos aguardam que as administrações "deem indicações de como é que se pode proceder". Enquanto isso, "tudo fica em suspenso. Os doentes esperam e os profissionais de saúde não conseguem fazer o seu trabalho".
Joana Bordalo e Sá considerou ainda que esta falha informática tem "responsabilidades políticas".
IN:NM