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Advogado da família de Rui Pedro acusa inspector da PJ de incompetência
Advogado da família de Rui Pedro acusa inspector da PJ de incompetência
Ricardo Sá Fernandes, advogado da família de Rui Pedro
O advogado da família de Rui Pedro acusou, esta quarta-feira, em audiência de julgamento, o inspector da Polícia Judiciária João Rouxinol de "incompetência" na investigação dos primeiros dias após o desaparecimento da criança de Lousada.
"Este senhor [João Rouxinol] está aqui a lavar-se da sua própria incompetência", afirmou Ricardo Sá Fernandes, em tom exaltado.
Para o causídico, o depoimento do inspector, arrolado como testemunha pela Defesa, "não "merece crédito".
Ricardo Sá Fernandes insurgia-se contra o que considera terem sido erros da investigação praticados pela primeira brigada da Polícia Judiciária (PJ) que esteve em Lousada, em Março de 1998, após o desaparecimento de Rui Pedro, no dia 04 daquele mês.
O advogado confrontou a testemunha com uma entrevista que deu este ano a um jornal diário, na qual o inspector afirma que só soube que Rui Pedro sofria de epilepsia em 2005, contrariando o que consta dos autos deste processo desde 1998.
Para o advogado, este elemento da entrevista, prova a "incompetência" do inspector.
Ricardo Sá Fernandes também aludia a "outros erros", nomeadamente o facto de, formalmente, não ter sido ouvida a prostituta, apesar de levada pela PJ para o tribunal cinco dias após o desaparecimento. Para o advogado dos assistentes, também é negativo que, naquele momento, no tribunal, não tenha sido feita a confrontação, para eventual reconhecimento, da prostituta com o agora arguido.
À saída para o almoço, advogado prometeu, para o final desta 10ª sessão, uma declaração da família, alegando que o que aconteceu com o depoimento de João Rouxinol foi "uma coisa muito grave".
Antes, o inspector tinha reafirmado que, aquando das primeiras investigações, a sua brigada não atribuiu credibilidade às informações da prostituta que alegava ter estado no dia do desaparecimento com uma criança em Lustosa, levada por um homem, que à data não identificou, mas que neste julgamento disse ter sido o arguido Afonso Dias.
"Ela não era credível e o que disse não coincidia com o Afonso", afirmou João Rouxinol, reiterando o que o seu colega José Adriel afirmara nesta audiência.
João Rouxinol disse que no dia 9 de Março a prostituta, acompanhada de agentes da PJ, cruzou-se no tribunal com Afonso Dias e que, aparentemente, não identificou o suspeito, nem este a mulher.
Questionado sobre porque não foi ouvida formalmente a mulher, respondeu que não havia condições naquele dia para o fazer, mas que os agentes tinham intenção de o fazer noutro dia, o que não veio a ocorrer, como admitiu ao colectivo.
"Passou, foi esquecido, não há outra explicação", afirmou, admitindo que talvez tal tenha ocorrido porque os inspectores "tinham ficado com reservas quanto à utilidade do ato".
A propósito da entrevista que deu, criticada pelo advogado da família, o inspector reconheceu que errou no dado relativo à epilepsia do menor.
No entanto, explicou que deu entrevista "animado por alguma revolta que sentia pelo que se estava a dizer da investigação da sua equipa". João Rouxinol acusou Ricardo Sá Fernandes de usar de "animosidade" para com os inspectores da primeira brigada que investigou o desaparecimento.
Sobre possíveis erros da investigação, sinalizados pelos assistentes, lembrou que, à data, "havia um conjunto de depoimentos contraditórios que contaminavam a informação" e que tornaram o trabalho "extremamente difícil".
Fonte: Jornal de Notícias
Advogado da família de Rui Pedro acusa inspector da PJ de incompetência
Ricardo Sá Fernandes, advogado da família de Rui Pedro
O advogado da família de Rui Pedro acusou, esta quarta-feira, em audiência de julgamento, o inspector da Polícia Judiciária João Rouxinol de "incompetência" na investigação dos primeiros dias após o desaparecimento da criança de Lousada.
"Este senhor [João Rouxinol] está aqui a lavar-se da sua própria incompetência", afirmou Ricardo Sá Fernandes, em tom exaltado.
Para o causídico, o depoimento do inspector, arrolado como testemunha pela Defesa, "não "merece crédito".
Ricardo Sá Fernandes insurgia-se contra o que considera terem sido erros da investigação praticados pela primeira brigada da Polícia Judiciária (PJ) que esteve em Lousada, em Março de 1998, após o desaparecimento de Rui Pedro, no dia 04 daquele mês.
O advogado confrontou a testemunha com uma entrevista que deu este ano a um jornal diário, na qual o inspector afirma que só soube que Rui Pedro sofria de epilepsia em 2005, contrariando o que consta dos autos deste processo desde 1998.
Para o advogado, este elemento da entrevista, prova a "incompetência" do inspector.
Ricardo Sá Fernandes também aludia a "outros erros", nomeadamente o facto de, formalmente, não ter sido ouvida a prostituta, apesar de levada pela PJ para o tribunal cinco dias após o desaparecimento. Para o advogado dos assistentes, também é negativo que, naquele momento, no tribunal, não tenha sido feita a confrontação, para eventual reconhecimento, da prostituta com o agora arguido.
À saída para o almoço, advogado prometeu, para o final desta 10ª sessão, uma declaração da família, alegando que o que aconteceu com o depoimento de João Rouxinol foi "uma coisa muito grave".
Antes, o inspector tinha reafirmado que, aquando das primeiras investigações, a sua brigada não atribuiu credibilidade às informações da prostituta que alegava ter estado no dia do desaparecimento com uma criança em Lustosa, levada por um homem, que à data não identificou, mas que neste julgamento disse ter sido o arguido Afonso Dias.
"Ela não era credível e o que disse não coincidia com o Afonso", afirmou João Rouxinol, reiterando o que o seu colega José Adriel afirmara nesta audiência.
João Rouxinol disse que no dia 9 de Março a prostituta, acompanhada de agentes da PJ, cruzou-se no tribunal com Afonso Dias e que, aparentemente, não identificou o suspeito, nem este a mulher.
Questionado sobre porque não foi ouvida formalmente a mulher, respondeu que não havia condições naquele dia para o fazer, mas que os agentes tinham intenção de o fazer noutro dia, o que não veio a ocorrer, como admitiu ao colectivo.
"Passou, foi esquecido, não há outra explicação", afirmou, admitindo que talvez tal tenha ocorrido porque os inspectores "tinham ficado com reservas quanto à utilidade do ato".
A propósito da entrevista que deu, criticada pelo advogado da família, o inspector reconheceu que errou no dado relativo à epilepsia do menor.
No entanto, explicou que deu entrevista "animado por alguma revolta que sentia pelo que se estava a dizer da investigação da sua equipa". João Rouxinol acusou Ricardo Sá Fernandes de usar de "animosidade" para com os inspectores da primeira brigada que investigou o desaparecimento.
Sobre possíveis erros da investigação, sinalizados pelos assistentes, lembrou que, à data, "havia um conjunto de depoimentos contraditórios que contaminavam a informação" e que tornaram o trabalho "extremamente difícil".
Fonte: Jornal de Notícias