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Reviravolta no caso do cardeal italiano que quer participar no Conclave: Francisco ordenou que não fosse autorizado
Papa Francisco deixou por escrito que Becciu não está autorizado a participar no Conclave.
O cardeal italiano, Angelo Becciu, quer estar presente no Conclave para escolher o próximo Papa. No entanto, esta decisão vai contra o veredicto do Papa Francisco que tinha ordenado que o cardeal se afastasse do cargo e que renuncia-se os "direitos e privilégios" de cardeal depois de ser acusado de fraude financeira e posteriormente condenado a cinco anos e meio de prisão pelo tribunal do Vaticano.
Segundo a imprensa italiana, o cardeal está determinado a entrar na Capela Sistina argumentando que não há nenhum documento que confirme que está proibido de o fazer. Quando foi condenado em 2013 - por um desfalque de 139 milhões de euros nas contas da Santa Sé com uma estranha compra de um edifício de luxo em Londres - , o Vaticano emitiu um comunicado à imprensa mas sem valor canónico.
Becci tem participado em reuniões desde o dia da morte do Papa e esta quinta-feira instalou-se a confusão. Está confirmado que o Papa deixou estabelecido - por escrito e verbalmente - que Angelo não pode participar na eleição do novo Santo Padre.
Ora, inicialmente não havia nada que indicasse a vontade do Papa. Apenas rumores. Mas agora, com a descoberta deste documento, o reitor Giovanni Battista Re, de 91 anos, mudou a decisão. Durante uma reunião, esta quinta-feira, Re começou a falar de Becciu sem se aperceber que este estava na sala, segundo fontes citadas pelo El País. Becciu levantou a mão e só aí, entre 133 cardeais, é que Re se apercebeu da sua presença.
Becciu diz ter ficado chocado com a notícia da morte do Papa, após ter visto o Sumo Pontífice na Praça de S. Pedro durante a manhã de domingo Páscoa. "Nada fazia pensar numa morte tão repentina", acrescenta o cardeal.
O cardeal italiano defende que "a morte, por mais repentina que seja, não pode apagar sete anos de colaboração muito estreita, de partilha das mais altas decisões eclesiais e pastorais da Igreja universal, de amizade e de costumes consolidados".
"O Papa aceitava as minhas opiniões e juntos partilhávamos todas as escolhas, mesmo as mais dolorosas”, acrescenta Becciu.
O caso jurídico de Becciu acabou por desfazer os laços que este tinha com o Papa Francisco. Becciu diz ter sofrido muito pelo facto do pontífice ter mudado de opinião sobre ele de uma forma radical.
Correio da Manhã

Papa Francisco deixou por escrito que Becciu não está autorizado a participar no Conclave.
O cardeal italiano, Angelo Becciu, quer estar presente no Conclave para escolher o próximo Papa. No entanto, esta decisão vai contra o veredicto do Papa Francisco que tinha ordenado que o cardeal se afastasse do cargo e que renuncia-se os "direitos e privilégios" de cardeal depois de ser acusado de fraude financeira e posteriormente condenado a cinco anos e meio de prisão pelo tribunal do Vaticano.
Segundo a imprensa italiana, o cardeal está determinado a entrar na Capela Sistina argumentando que não há nenhum documento que confirme que está proibido de o fazer. Quando foi condenado em 2013 - por um desfalque de 139 milhões de euros nas contas da Santa Sé com uma estranha compra de um edifício de luxo em Londres - , o Vaticano emitiu um comunicado à imprensa mas sem valor canónico.
Becci tem participado em reuniões desde o dia da morte do Papa e esta quinta-feira instalou-se a confusão. Está confirmado que o Papa deixou estabelecido - por escrito e verbalmente - que Angelo não pode participar na eleição do novo Santo Padre.
Ora, inicialmente não havia nada que indicasse a vontade do Papa. Apenas rumores. Mas agora, com a descoberta deste documento, o reitor Giovanni Battista Re, de 91 anos, mudou a decisão. Durante uma reunião, esta quinta-feira, Re começou a falar de Becciu sem se aperceber que este estava na sala, segundo fontes citadas pelo El País. Becciu levantou a mão e só aí, entre 133 cardeais, é que Re se apercebeu da sua presença.
Becciu diz ter ficado chocado com a notícia da morte do Papa, após ter visto o Sumo Pontífice na Praça de S. Pedro durante a manhã de domingo Páscoa. "Nada fazia pensar numa morte tão repentina", acrescenta o cardeal.
O cardeal italiano defende que "a morte, por mais repentina que seja, não pode apagar sete anos de colaboração muito estreita, de partilha das mais altas decisões eclesiais e pastorais da Igreja universal, de amizade e de costumes consolidados".
"O Papa aceitava as minhas opiniões e juntos partilhávamos todas as escolhas, mesmo as mais dolorosas”, acrescenta Becciu.
O caso jurídico de Becciu acabou por desfazer os laços que este tinha com o Papa Francisco. Becciu diz ter sofrido muito pelo facto do pontífice ter mudado de opinião sobre ele de uma forma radical.
Correio da Manhã