Queda das reservas de crude reforça subida das cotações
O crude está a intensificar os ganhos, com o Brent de novo no patamar dos 85 dólares por barril, devido à queda dos inventários de crude na semana terminada a 8 de Outubro, quando se esperava um aumento.
O contrato de Novembro do West Texas Intermediate (WTI), “benchmark” para os Estados Unidos, segue a ganhar 0,98% no mercado de Nova Iorque, para 83,82 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa, valoriza 0,89% em Londres, para 85 dólares por barril.
De acordo com a informação divulgada hoje pelo Departamento norte-americano da Energia (DoE), os “stocks” de crude desceram em 416 mil barris na semana terminada a 8 de Outubro, para um total de 360,5 milhões, quando os 18 analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para um aumento médio de 1,5 milhões de barris.
Os inventários de gasolina, por seu lado, caíram em 1,769 milhões de barris no mesmo período, quando a previsão era de uma queda de 1,5 milhões de barris.
Quanto aos “stocks” de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – registaram um decréscimo de 255 mil barris, contra a projecção de uma redução de 1,15 milhões de barris.
Queda do dólar contribui para movimento altista do crude
O chamado “ouro negro” está também a ganhar terreno devido à forte desvalorização da nota verde face ao euro. Quando a moeda norte-americana cai, as matérias-primas denominadas em dólares ficam mais atractivas como investimento alternativo.
A nota verde segue a perder 0,89% face à moeda única, fixando-se nos 1,4085 dólares por euro.
Entretanto, as cotações do petróleo estão também a ser animadas pelas declarações dos representantes da Venezuela e da Líbia na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Estes membros defenderam um nível de preços nos 100 dólares por barril, dizendo que esse patamar compensará os produtores pela queda do dólar, sem que isso faça descarrilar a retoma económica global.
Recorde-se que a OPEP decidiu hoje manter inalterado o seu plafond de produção de 24,845 milhões de barris por dia que vigora desde o final de 2008.
Jornal Negocios