Matapitosboss
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Problemas cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo todo. Entre eles está o ataque cardíaco, cuja ocorrência está relacionada a fatores como hipertensão, tabagismo, obesidade, dieta não-saudável, stresse e período do dia. Sim, período do dia.
O ritmo circadiano --relógio biológico que controla todos os ciclos diários naturais do organismo-- está ligado à incidência de enfartes. Em determinados períodos do dia, há mais chances de sofrer um ataque do coração do que em outros.
Quem pensa que a "zona de risco" é o final do dia, após uma stressante jornada de trabalho, está errado, alerta Roberto Manfredini, professor de medicina da Universidade de Ferrara (Itália). Em entrevista à revista "Time", ele afirma que o perigo maior se concentra entre 6h e 12h.
"Os períodos mais perigosos são a manhã e durante a última fase do sono", diz Manfredini. No horário matutino, o risco é 40% maior para colapsos cardíacos súbitos, ruptura de aneurisma da aorta, embolia pulmonar e derrames. "Se você considerar apenas as três primeiras horas após acordar, o risco triplica."
Isso acontece porque a maioria das funções cardiovasculares segue o ritmo circadiano, que tem um padrão naturalmente oscilatório.
"Um ataque cardíaco está ligado ao desequilíbrio entre o aumento da demanda e a diminuição do suprimento de oxigénio para o miocárdio. Infelizmente, algumas funções nas primeiras horas do dia demandam mais oxigénio, como acordar, iniciar actividades físicas e o aumento do cortisol (que eleva a pressão e os níveis de açúcar sanguíneos). Tudo isso leva ao crescimento do consumo de oxigénio e ao mesmo tempo contribui para a constrição das veias. Você então diminui o calibre dos vasos e reduz o fluxo sanguíneo para as coronárias", explica o médico.
Durante o final do sono, outros factores levam ao aumento do risco de ocorrências cardíacas. Quando dormimos, nossa pressão sanguínea está mais baixa e o coração trabalha menos. Mas, no último estágio do sono (REM, sigla de "rapid eye movement", "movimento rápido dos olhos"), quando acredita-se que sonhemos mais, há uma grande alta na actividade do sistema nervoso autónomo, mais até do que no período de vigília.
Segundo Manfredini, essas alterações no organismo não trazem riscos para a maioria das pessoas saudáveis, mas podem implicar perigo para quem tem histórico de doenças cardiovasculares.
Asma e epilepsia
Um estudo do Programa Cronobiológico da Divisão da Medicina do Sono da Universidade de Harvard (Massachusetts), já tratou da influência do ritmo circadiano na ocorrência desses incidentes.
Além de problemas cardiovasculares, a pesquisa, coordenada por Steven A. Shea, demonstrou que a epilepsia do lóbulo temporal é mais comum na parte da tarde e a asma é pior à noite.
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O ritmo circadiano --relógio biológico que controla todos os ciclos diários naturais do organismo-- está ligado à incidência de enfartes. Em determinados períodos do dia, há mais chances de sofrer um ataque do coração do que em outros.
Quem pensa que a "zona de risco" é o final do dia, após uma stressante jornada de trabalho, está errado, alerta Roberto Manfredini, professor de medicina da Universidade de Ferrara (Itália). Em entrevista à revista "Time", ele afirma que o perigo maior se concentra entre 6h e 12h.
"Os períodos mais perigosos são a manhã e durante a última fase do sono", diz Manfredini. No horário matutino, o risco é 40% maior para colapsos cardíacos súbitos, ruptura de aneurisma da aorta, embolia pulmonar e derrames. "Se você considerar apenas as três primeiras horas após acordar, o risco triplica."
Isso acontece porque a maioria das funções cardiovasculares segue o ritmo circadiano, que tem um padrão naturalmente oscilatório.
"Um ataque cardíaco está ligado ao desequilíbrio entre o aumento da demanda e a diminuição do suprimento de oxigénio para o miocárdio. Infelizmente, algumas funções nas primeiras horas do dia demandam mais oxigénio, como acordar, iniciar actividades físicas e o aumento do cortisol (que eleva a pressão e os níveis de açúcar sanguíneos). Tudo isso leva ao crescimento do consumo de oxigénio e ao mesmo tempo contribui para a constrição das veias. Você então diminui o calibre dos vasos e reduz o fluxo sanguíneo para as coronárias", explica o médico.
Durante o final do sono, outros factores levam ao aumento do risco de ocorrências cardíacas. Quando dormimos, nossa pressão sanguínea está mais baixa e o coração trabalha menos. Mas, no último estágio do sono (REM, sigla de "rapid eye movement", "movimento rápido dos olhos"), quando acredita-se que sonhemos mais, há uma grande alta na actividade do sistema nervoso autónomo, mais até do que no período de vigília.
Segundo Manfredini, essas alterações no organismo não trazem riscos para a maioria das pessoas saudáveis, mas podem implicar perigo para quem tem histórico de doenças cardiovasculares.
Asma e epilepsia
Um estudo do Programa Cronobiológico da Divisão da Medicina do Sono da Universidade de Harvard (Massachusetts), já tratou da influência do ritmo circadiano na ocorrência desses incidentes.
Além de problemas cardiovasculares, a pesquisa, coordenada por Steven A. Shea, demonstrou que a epilepsia do lóbulo temporal é mais comum na parte da tarde e a asma é pior à noite.
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