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Mamiferos da Letra M

pintas

GF Prata
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Morcego

Os morcegos são os únicos animais mamíferos (ordem Chiroptera) capazes de voar. Representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo: são cerca de mil espécies, que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros até dois metros; enorme capacidade de adaptação a qualquer ambiente e ampla variedade de hábitos alimentares, nunca vista em nenhuma outra ordem animal, pois podem se alimentar de frutas, néctar, pólen, insetos, artrópodes, pequenos vertebrados e peixes. Somente três espécies se alimentam de sangue, ou seja, são morcegos hematófagos, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México. Dessa maneira contribuem substancialmente para o equilíbrio dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes e controladores das populações de insetos. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biosonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para voar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.






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brunocardoso

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Alguns mitos sobre os morcegos

Você sem dúvida deve ter ouvido muitas lendas sobre morcegos.

Vamos ver algumas das mais comuns:

"Morcegos são cegos": os morcegos não são cegos, alguns deles inclusive têm ótima visão.
"Morcegos fazem ninhos nos cabelos das pessoas": morcegos não fazem ninhos como os pássaros; morcegos empoleiram-se.

"Morcegos atacam as pessoas": morcegos não atacam as pessoas, eles são animais pequenos e tímidos. Lembre-se, somos muito grandes para um morcego e eles têm medo de nós.
"Todos os morcegos têm raiva": este talvez seja o mito mais comum. Todos os morcegos não têm raiva; como qualquer outro mamífero, os morcegos podem contrair raiva; entretanto, a presença de vírus nas populações de morcegos tem uma taxa muito pequena. A melhor prevenção contra a raiva é não tocar em um animal selvagem doente ou machucado, pois ele provavelmente vai morder para se autodefender. Um morcego caído no chão, assim como qualquer outro animal silvestre prostrado é sinal de que deve estar doente.
Ajudando os morcegos

Ainda existem muitas pessoas no mundo que detestam e querem matar os morcegos. Existem muitas coisas que podemos fazer para ajudar a população de morcegos. Primeiro, explique às pessoas sobre os morcegos. Ensine-as a não ter medo deles e principalmente a não feri-los. Ajude os morcegos e eles também poderão ajudá-lo, comendo os mosquitos de seu quintal e cumprindo outros papéis ecológicos.

O que fazer se aparecer um morcego em sua casa

Os morcegos que às vezes aparecem em nossas casas são quase sempre filhotes extraviados ou, acidentalmente, morcegos adultos que entraram voando por uma janela ou porta aberta. O primeiro passo é ficar calmo. Se o morcego estiver voando, ele deve estar procurando uma saída para escapar. Os morcegos não hematófagos não atacam as pessoas. Acenda algumas luzes pela casa, de modo que você possa ver o morcego facilmente e ele também possa enxergar (nenhum morcego é cego). Em seguida, feche as portas que dão para outros cômodos, abra as portas e janelas do cômodo onde o morcego está e, se possível, acenda uma luz fora para que o morcego possa ver facilmente a saída. O morcego tem uma excelente capacidade de se localizar através do som (como se usasse um radar), porém ele também está assustado por estar em uma casa humana. É muito provável que o morcego saia voando pela porta ou janela em poucos minutos. Evite provocá-lo. Se você não sabe distinguir um morcego hematófago dos demais, se de forma geral não tem conhecimento sobre morcegos, é melhor não tentar capturá-lo. Se possível, isole o local onde o morcego se instalou. Afaste pessoas e animais do ambiente. Se o morcego não tocou em ninguém, como geralmente acontece com morcegos que não são "vampiros", não há motivo de preocupação acerca de transmissão de doenças ou vírus.

Lembre-se: Deve-se evitar sempre o contato direto com qualquer tipo de morcego, vivo ou morto. Não se deve pegar um morcego sem usar luvas grossas apropriadas.

Caso seja necessário, solicite a assistência do Centro de Controle de Zoonoses, ou outro órgão equivalente, de sua região.
 

brunocardoso

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Os morcegos podem ser benéficos

Das cerca de mil espécies de morcego que existem no mundo, 70% se alimentam de insetos. De fato, os morcegos são os mais importantes controladores dos insetos voadores noturnos, incluindo-se os mosquitos e muitas pragas agrícolas.

Apenas um morcego é capaz de comer até 600 mosquitos em uma hora, ou seja, 3 mil insetos por noite.

Um exemplo: os 20 milhões de morcegos de cauda livre que habitam a Caverna de Bracken, no Texas, protegem os fazendeiros locais comendo 250 toneladas de insetos por noite!

Nos trópicos, os morcegos que se alimentam de frutas e néctar desempenham um papel vital na sobrevivência das florestas pluviais. Ao comerem as frutas, os morcegos espalham suas sementes, à medida que voam e fazem a digestão. Os morcegos que se alimentam de néctar polinizam muitas plantas de valor nutritivo ou econômico, tais como as bananeiras, o agave e outras.

Em seu ambiente silvestre, muitas plantas que produzem frutos de importância na agricultura, como caju, figo, banana, manga, tâmara,e outras, dependem dos morcegos para polinização e dispersão de suas sementes.

Só os morcegos!

Os morcegos são os únicos mamíferos que voam. Os cientistas os chamam de "quirópteros", ou seja, os morcegos literalmente voam com as mãos.

Os morcegos existem na terra há 50 milhões de anos e hoje existem em todos os continentes, exceto na Antártica.

Além de possuírem visão, muitas espécies de morcegos são capazes de voar e pegar insetos na total escuridão, graças a capacidade de emitir e detectar impulsos ultra-sônicos.

AMEAÇAS À SOBREVIVÊNCIA DOS MORCEGOS

Os morcegos estão desaparecendo em proporções alarmantes. As grandes ameaças ao mundo dos morcegos são o vandalismo e a destruição de seus habitats preferidos devido ao progresso tecnológico. Muitas vezes, a grande causa disso é a ignorância e a falta de compreensão acerca de certos fatores. Por exemplo, a maioria dos morcegos prefere se estabelecer em árvores velhas e mortas. Porém, quando as árvores são abatidas em função do desenvolvimento de uma região, os morcegos podem ser forçados a buscar abrigo em residências humanas. Muitas pessoas desalojam ou erradicam os morcegos encontrados em suas casas. Uma colônia de morcegos expulsa de um abrigo tem pequena chance de sobrevivência. Por isso, em algumas regiões, os conservacionistas aconselham a construção de "bat houses" nas imediações, para manter morcegos frugívoros ou insetívoros. Ao mesmo tempo que fazem um benefício para a sobrevivência dos morcegos, as pessoas conseguem manter seu quintal ou sua chácara livres da proliferação excessiva de pragas.

Quando é preciso expulsar morcegos

Se você encontrou morcegos morando no forro, em fendas de paredes, ou outros locais de sua casa, e precisa desalojá-los, existem procedimentos humanitários e criteriosos para expulsá-los e fazer que não voltem mais. O primeiro passo, é identificar o local por onde os morcegos entram e saem. A melhor hora para procurar os morcegos é ao pôr do sol, quando eles saem do seu descanso diurno. Uma vez localizado o ponto de passagem dos morcegos, coloque tela, ou rede plástica, sobre a abertura e vede todos os lados da tela, exceto a parte de baixo, de tal forma que os morcegos possam sair, mas não entrar de volta. Deixe a tela com essa abertura pelo menos por uma semana, até que todos os morcegos tenham ido embora. O último passo é fechar a abertura, para que os morcegos não passem mais por ela.

Antes de iniciar esse procedimento de expulsão, é importante ter certeza de que não existem filhotes dentro. Por não saberem ainda voar, os filhotes ficarão aprisionados e morrerão de fome, causando um sério problema de mau cheiro, além do que seria uma crueldade desnecessária. Caso você tenha dúvidas de como proceder, peça a orientação um especialista ou de um órgão oficial em sua região, que poderá informá-lo sobre a época de procriação dos morcegos e o período mais seguro para evitar a possibilidade de existência de filhotes.
 

Grunge

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Lista de Morcegos Existentes

Morcego-de-ferradura-grande

r_ferru1.jpg



Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: Trata-se da maior espécie europeia pertencente a este género. As membranas alares são castanhas escuras. Nas estruturas membranosas que rodeiam o nariz, as margens da sela são fortemente côncavas, formando um ápice arredondado e o processo conectivo é redondo e salienta-se aproximadamente o mesmo que a sela. Pelagem: O seu pêlo é castanho claro, com as extremidades mais escuras no dorso. PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 57-71 mm; Comp. cauda: 35-43 mm; Comp. antebraço: 54-61 mm; Envergadura: 350-400 mm; Peso: 17-34 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente. VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência constante (77-83 kHz) e longa duração (30-40 ms). LONGEVIDADE: Idade máxima registada de 30 anos.

Habitat

Surge em zonas calcárias, onde utiliza grutas como abrigo, utilizando também minas e construções humanas, em particular durante a época de criação. Parece caçar essencialmente em zonas bem arborizadas, utilizando ocasionalmente zonas abertas próximas destas.

Utilização do Espaço


MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Espécie sedentária. Distâncias entre diferentes abrigos geralmente reduzidas (20-30 Km); o maior movimento registado na Europa é de 180 Km.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Abandona o abrigo ao anoitecer. SAZONAL: Hiberna no Inverno, podendo no entanto alimentar-se junto à entrada do abrigo em condições climáticas amenas. ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Ao longo de todo o ano, os indivíduos desta espécie formam em geral pequenas colónias pouco compactas ou mesmo dispersas. A sua dimensão é muito variável, sendo frequente encontrar grupos desde menos de 10 indivíduos até colónias com muitas dezenas de animais. Mais raramente, é possível observar grupos com algumas centenas de indivíduos. Não se abrigam, em geral, em associação próxima com outras espécies de morcegos, ainda que tal possa, por vezes, acontecer.

Alimentação

A sua dieta é essencialmente constituída por grandes insectos, especialmente borboletas nocturnas e escaravelhos. Caça em voo geralmente baixo e lento, podendo planar e capturar insectos do solo.

Reprodução

MATURAÇÃO: Regra geral, as fêmeas atingem a maturidade sexual no terceiro ou quarto ano de idade, enquanto que os machos se tornam maturos a partir do segundo ano.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Outono e talvez Inverno.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Apenas uma cria por ano.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), Coruja-das-torres (Tyto alba), Mocho-galego (Athene noctua) e Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 
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Morcego-de-ferradura-pequeno

Morcego-de-ferradura-pequeno


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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Trata-se da mais pequena espécie de Rhinolophus existente na Europa. A sela é mais proeminente que as de todos os restantes Rhinolophus ibéricos e as suas margens são fortemente convergentes. As membranas alares são mais escuras que o pêlo dorsal. Pelagem: O pêlo é longo, castanho-acinzentado muito pálido, tendo no dorso extremidades com uma tonalidade muito mais escura.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 37-45 mm; Comp. cauda: 23-33 mm; Comp. antebraço: 37-42,5 mm; Envergadura: 192-254 mm; Peso: 5-9 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência constante e de longa duração a 105-111 kHz, com uma pequena queda da frequência no fim. Duração de 20-30 ms. LONGEVIDADE: Idade máxima registada de 21 anos, média de quatro anos.

Habitat


Espécie não exclusivamente cavernícola, podendo abrigar-se em construções humanas com grandes espaços obscuros e pouco perturbados, como casas abandonadas e caves. Quando em minas e grutas, ainda que possam ocupar qualquer parte destas, parecem tolerar níveis de luz elevados, abrigando-se geralmente junto às entradas. Não são exigentes quanto às dimensões das cavidades, podendo abrigar-se em pequenos túneis ou em minas de água. Caça em áreas florestadas com coberto arbustivo bem estruturado, utilizando também zonas agrícolas. Parece também caçar em pequenos espaços abertos, em zonas de matos, ao longo de galerias arbóreas ripícolas e mesmo sobre corpos de água.

Utilização do Espaço


MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Espécie muito sedentária, sendo os abrigos de Inverno e de Verão muito próximos, em geral (distanciados de menos de 20 Km). O maior movimento registado na Europa é de 153 Km.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Mais frequentemente encontrado isolado. No entanto, forma colónias de criação com dezenas, ou mesmo centenas, de indivíduos. Durante a hibernação pode também ser encontrado em pequenos grupos. Ao contrário de outros morcegos cavernícolas, não se abriga na proximidade de indivíduos de outras espécies.

Alimentação


Captura as presas em voo mas também de superfícies como pedras, ramos e folhas. Alimenta-se essencialmente de típulas, borboletas nocturnas, mosquitos e moscas-de-água.

Reprodução

MATURAÇÃO: Fêmeas e machos sexualmente maturos no seu primeiro ano. ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Outono e tavez Inverno. ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), Coruja-das-torres (Tyto alba), Mocho-galego (Athene noctua) e Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação
 
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Morcego-de-ferradura-mediterrânico

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: Morcego pequeno. O patágio é castanho e as orelhas castanho-amareladas. Pelagem: O pêlo é comprido, castanho muito claro, sendo as extremidades, no dorso, castanhas mais escuras. PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 43-58 mm; Comp. cauda: 22-30 mm; Comp. antebraço: 43-51 mm; Envergadura: 300-320 mm; Peso: 8-17,5 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente. VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência constante a 101-108 kHz, com uma pequena queda de frequência na parte final. Duração de 20-30 ms. LONGEVIDADE: Desconhecida.

Habitat

Espécie essencialmente cavernícola, parece ocupar quase exclusivamente grutas e minas de dimensões relativamente grandes, em todas as épocas do ano, inclusivé durante a reprodução. Parece caçar principalmente junto ao solo em zonas com coberto arbóreo e arbustivo relativamente bem desenvolvido.

Utilização do Espaço


MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Espécie sedentária, permanece frequentemente no mesmo abrigo ao longo de todo o ano. Fazem, no entanto, alguns movimentos, tendo sido registados no nosso país dois particularmente longos - 32 e 41 Km - entre abrigos de criação e hibernação. Na Europa, a maior deslocação registada é de 134 Km.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: Actividade nocturna. Abandona o abrigo já noite avançada.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Tanto de Verão como de Inverno forma, em geral, colónias com algumas dezenas ou centenas de indivíduos. Mistura-se frequentemente com o morcego-lanudo e com outras espécies do seu género.

Alimentação

Captura borboletas nocturnas e outros insectos. Voo lento e muito manobrável, podendo planar.

Reprodução


MATURAÇÃO: Não existe informação.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Não existe informação. ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem,, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 
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Morcego-de-ferradura-mourisco

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Morcego de tamanho médio. A sela tem as margens paralelas ou curvadas para dentro. O processo conectivo é pontiagudo e salienta-se claramente acima da sela. Manchas de pêlo ligeiramente escurecido em volta dos olhos. Membranas bastante claras. Pelagem: O pêlo é comprido e bicolor, ventralmente branco-acastanhado e no dorso castanho-acinzentado. Alguns indivíduos apresentam uma tonalidade geral alaranjada. PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 55-64 mm; Comp. cauda: 24-29 mm; Comp. antebraço: 50-55 mm; Envergadura: 330-340 mm; Peso: 10-18 g.
DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
LONGEVIDADE: desconhecida.

Habitat

No nosso país, abriga-se unicamente em grutas e minas de grandes ou médias dimensões, não parecendo utilizar edifícios. Parece caçar preferencialmente em áreas de matos mediterrânicos e zonas húmidas com vegetação ribeirinha bem estruturada, não parece utilizar áreas urbanas.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Trata-se de uma espécie sedentária, permanecendo frequentemente no mesmo abrigo durante todo o ano. A deslocação máxima registada no nosso país foi de 90 Km.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Abandona o abrigo logo após o ocaso.
SAZONAL: Embora seja considerada como uma espécie hibernante, não existem dados concisos sobre o seu período de hibernação, sendo frequente encontrar indivíduos em plena actividade durante o Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Forma colónias com dezenas ou centenas de indivíduos, tanto de Verão como de Inverno. Durante o Verão as suas colónias misturam-se frequentemente com as de outras espécies de morcegos.

Alimentação

Espécie insectívora. Captura moscas e outros insectos.

Reprodução

MATURAÇÃO: Não existem dados precisos sobre a idade de maturação sexual desta espécie.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Não existem dados precisos sobre o período de acasalamento desta espécie.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), Coruja-das-torres (Tyto alba), Mocho-galego (Athene noctua) e Geneta (Genetta genetta). O impacto destes sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzida, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a sua capacidade de vôo reduz, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 
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Morcego-de-bigodes

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Descrição geral

MORFOLOGIA GERAL: Menor espécie de Myotis na Ibéria. As membranas e orelhas são muito escuras. Comprimento do calcar é cerca de metade do uropatágio e o pé é geralmente menor que metade do comprimento da tíbia. Pelagem: O pêlo, comprido, é castanho muito escuro, mas como as extremidades são muito mais claras, principalmente na zona ventral, a sua cor é, de um modo geral, relativamente clara. Os juvenis podem ser quase pretos. PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 35-48 mm; Comp. cauda: 30-43 mm; Comp. antebraço: 32-36 mm; Envergadura: 190-225 mm; Peso: 4-8 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência modulada de 75-32 kHz e com maior intensidade nos 40-50 kHz. A duração de cada pulso é de 2,5-3 ms, com taxa de repetição de 10 sinais por segundo em voo de caça. Alcance de 5 a 20 metros.
LONGEVIDADE: Idade máxima de 23 anos, média de quatro anos.

Habitat

No Norte da Europa surge em parques, jardins e aldeias, geralmente bastante associado a meios urbanos. Abrigos de criação geralmente em forros de telhados, hibernando em grutas, minas e celeiros. A única colónia de criação conhecida em Portugal situa-se numa ponte velha de granito. Parece caçar essencialmente em zonas florestadas e em cursos de água, mas também sobre pastagens.

Utilização do Espaço


MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Espécie sedentária, que migra ocasionalmente. Maior distância referenciada de 240 Km.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna.
SAZONAL: Hiberna durante o Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Fêmeas formam colónias de criação com algumas dezenas de indivíduos, permanecendo os machos isolados. Parece hibernar isolado ou em pequenos grupos.

Alimentação

Alimenta-se de mosquitos, efémeras, pequenas libelinhas, escaravelhos e borboletas nocturnas. O seu voo é rápido, ágil e sinuoso, caçando próximo do solo.

Reprodução

MATURAÇÃO: Fêmeas sexualmente maturas no segundo ano, mais raramente no primeiro.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Entre o Outono e a Primavera.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego-lanudo

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Myotis de tamanho médio. As orelhas e patágio são castanhos. A orelha apresenta uma chanfradura particularmente bem marcada. Pelagem: O pelo é peculiar entre os morcegos europeus, sendo de textura lanosa. É tricolor no dorso e bicolor no ventre. No geral, o pelo é castanho-avermelhado no dorso, sendo mais claro na zona ventral.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 41-53 mm; Comp. caudal: 38-46 mm; Comp. antebraço: 36-41 mm; Envergadura: 220-245 mm; Peso: 7-15 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
LONGEVIDADE: Idade máxima referenciada de 16 anos, média de três anos.

Habitat

Apesar de ocupar casas durante o Verão no Centro e Norte da Europa, parece preferir minas e grutas para criar no Sul. Durante o período de hibernação, parece ocupar também grutas e minas, facto ainda não confirmado no nosso país devido à escassez de observações. Em Portugal, apenas se conhece uma colónia de criação desta espécie. Tem cerca de 200 indivíduos e abriga-se num complexo sistema de grutas, frequentemente em zonas muito iluminadas. Parece caçar em bosques, no copado de árvores isoladas e sobre corpos de água.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Não existe, em Portugal, informação sobre as deslocações desta espécie, sendo, no entanto, de referir que a colónia de criação conhecida não se encontra no mesmo local durante todo o ano. A bibliografia indica a espécie como sendo predominantemente sedentária, com movimentos geralmente inferiores a 40 Km e com uma deslocação máxima registada de 106 Km.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Abandona o abrigo ao anoitecer.
SAZONAL: Hiberna durante o Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Forma colónias de criação com dezenas ou centenas de indivíduos, frequentemente em conjunto com morcegos-de-ferradura. Hiberna isolado ou, mais raramente, em pequenos grupos.

Alimentação

Alimenta-se essencialmente de aranhas, mas também captura mosquitos e borboletas nocturnas. Voo muito manobrável; captura as presas em voo, mas também de ramos ou do solo.

Reprodução

MATURAÇÃO: As fêmeas parecem dar à luz apenas no segundo ano, apesar de algumas acasalarem ainda no primeiro.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Apesar de referenciada como tendo início no Outono, não há muita informação sobre o período de acasalamento desta espécie.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: 1 cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego-de-franja

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Uma das mais pequenas espécies deste género. As membranas e orelhas são castanhas. O trago é proporcionalmente mais comprido do que o de qualquer outra espécie europeia de Myotis, sendo mais comprido que metade da orelha. Uma fileira de pêlos rígidos, com cerca de 1 mm de comprimento, ao longo da extremidade do uropatágio, permite distinguir esta espécie dos restantes Myotis existentes na Europa. Pelagem: Pêlo bicolor, castanho ou castanho-acinzentado no dorso e esbranquiçado no ventre. A linha de separação entre a coloração ventral e dorsal é muito bem definida.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 42-50 mm; Comp. cauda: 38-47 mm; Comp. antebraço: 36-43 mm; Envergadura: 245-300 mm; Peso: 5-12 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência modulada a 78-35 kHz, com maior intensidade nos 50 kHz. A duração de cada pulso é de 2 ms, com taxa de repetição de 11-14 sinais por segundo. Alcance de 5 a 20 metros. LONGEVIDADE: Idade máxima registada de 20 anos.

Habitat

Referenciado como morcego florestal no Norte da Europa, ocupando cavidades de árvores durante o período de criação. Em Portugal só são conhecidas colónias de criação em grutas e minas. No inverno hibernam em fissuras nas paredes de abrigos subterrâneos. Parecem caçar em áreas florestadas, sobre massas de água, existindo também observações de captura de presas pousadas em ervas.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Em Portugal não foi registada ainda nenhuma migração de indivíduos desta espécie. No resto da Europa é considerada como uma espécie sedentária, com maior deslocação registada de 90 Km.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Abandonam os abrigos já noite escura.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Forma colónias de criação com muitas dezenas ou mesmo centenas de fêmeas e, por vezes, alguns machos. Parece hibernar isolado ou em pequenos grupos.

Alimentação

As presas são capturadas de superfícies, como pedras e folhas, ou mesmo do solo. Alimenta-se essencialmente de artrópodes de actividade diurna ou não voadores, como aranhas, lagartas, escaravelhos e moscas. Voo lento, muito manobrável mesmo em espaços confinados; capaz de pairar durante curtos períodos.

Reprodução

MATURAÇÃO: Não existem informações precisas sobre o início da maturação sexual desta espécie.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Do Outono à Primavera.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego de Bechstein

Morcego de Bechstein

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: Bem caracterizado pelas suas grandes orelhas, mais compridas que metade do antebraço. As orelhas e patágio são castanho muito escuro. Pelagem: A pelagem dorsal é castanha clara e a zona ventral cinzenta.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 45-55 mm; Comp. cauda: 41-45 mm; Comp. antebraço: 38-47 mm; Envergadura: 250-300 mm; Peso: 7-14 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Dois tipos de sinais durante o voo: 1) Pulsos FM de 80-38 kHz, com 2-2,5 ms de duração e taxa de repetição de 10-15 sinais por segundo; 2) Pulsos FM de 60-32 kHz, com 4-5 ms de duração e taxa de repetição de 9-10 sinais por segundo.
LONGEVIDADE: Idade máxima de 21 anos.

Habitat


Ocupa zonas florestais. Em Portugal não foi ainda encontrada nenhuma colónia de criação, o que indica que, à semelhança do que acontece no resto da Europa, esta espécie cria em cavidades de árvores. Pode abrigar-se em grutas e minas durante o Inverno. Parece caçar em zonas florestadas e, menos frequentemente, em pastos com coberto arbóreo.

Utilização do Espaço


MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Não existem quaisquer dados sobre os movimentos desta espécie no nosso país, em resultado da sua raridade. É, no entanto, referida como sedentária, no resto da Europa, com deslocação máxima registada de 35 Km.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Passam o dia no interior dos abrigos, que abandonam após o anoitecer.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Forma pequenas colónias de fêmeas durante a época de criação, em geral com menos de 20 indivíduos. Hiberna em regra isolado.

Alimentação


Voo lento e muito ágil, muito próximo do solo de onde frequentemente captura as suas presas. Alimenta-se de borboletas nocturnas, mosquitos e escaravelhos.

Reprodução


MATURAÇÃO: Não existe informação sobre o início da maturação sexual desta espécie.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Do Outono à Primavera.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: 1 cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego-rato-grande

Morcego-rato-grande

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Trata-se de uma das maiores espécies europeias de morcegos e é a maior do género. As orelhas e o patágio são castanhos, variando de tom. Pelagem: O pêlo é castanho-acinzentado no dorso, contrastando com o branco-acinzentado do ventre. Os pêlos são nitidamente bicolores, sendo a metade basal mais escura.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 67-79 mm; Comp. cauda: 45-60 mm; Comp. antebraço: 54-68 mm; Envergadura: 350-450 mm; Peso: 28-40 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Emissões fortes com ritmo lento. Trata-se de sinais de frequência modulada entre 62-28 kHz com duração de 2-3 ms.
LONGEVIDADE: Máxima de 28 anos, média de cinco anos.

Habitat


Espécie preferencialmente cavernícola, ocupa em geral grutas e minas. Apesar de, em Portugal, a maioria das colónias de criação se localizar em abrigos subterrâneos, na Europa Central cria apenas em edifícios. A diferença na localização das colónias deve-se ao facto de, no Sul da Europa, as cavidades subterrâneas atingirem temperaturas suficientemente elevadas. Caça em geral em zonas arborizadas, principalmente na ausência de coberto arbustivo.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Migrador ocasional. A maior deslocação registada verificou-se em Espanha, tendo sido percorridos 390 Km. Em Portugal, a distância máxima detectada foi de 100 Km, mas a espécie parece ser relativamente sedentária, já que têm sido poucos os movimentos detectados. Sabe-se, porém, que em Portugal não passam, em geral, o Inverno nos locais onde criam, e a escassez de movimentos pode, em parte, dever-se ao facto de não se conhecerem abrigos de hibernação importantes.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Abandona o abrigo muito depois do pôr-do-sol (geralmente 2-3 horas).
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Forma em geral colónias com centenas ou poucos milhares de animais durante a época de criação. No inverno as populações estão mais dispersas mas também se podem encontrar alguns grupos. Cada macho pode ter um harém (até 5 fêmeas). Em Portugal, aparece frequentemente associado a Miniopterus schreibersii e, por vezes, a Myotis blythii.

Alimentação


Captura as suas presas em voo ou, mais frequentemente, do solo. Alimenta-se essencialmente de escaravelhos, mas também captura outros insectos como gafanhotos verdes, ralos, grilos e lagartas.

Reprodução


MATURAÇÃO: Uma pequena percentagem das fêmeas pode reproduzir-se no primeiro ano, mas a maioria reproduz-se apenas a partir do segundo. Os machos são sexualmente maturos no segundo ano.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: A partir de Agosto.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Entre Março e Maio.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano, raramente duas.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego-rato-pequeno

Morcego-rato-pequeno

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: Morcego de grandes dimensões. A maioria dos exemplares apresenta uma inconspícua mancha de pêlos brancos na cabeça. Pelagem: O pêlo é bicolor, de um cinzento muito claro na zona ventral, sendo a zona dorsal predominantemente castanha.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 62-71 mm; Comp. cauda: 53-59 mm; Comp. antebraço: 52-59 mm; Envergadura: 350-400 mm; Peso: 15-28 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência modulada (62-28 kHz) breves e secos (2-3 ms).
LONGEVIDADE: Idade máxima de 25 anos.

Habitat

Espécie preferencialmente cavernícola, ocupa em geral grutas e minas. Apesar de não termos conhecimento de indivíduos abrigados em edifícios, é muito provável que existam, ainda que esporadicamente, dado que em Espanha já foram encontrados. Cria em cavidades subterrâneas. Parece caçar em estepes e prados, utilizando também pastos; evita as zonas urbanas, vinhas, zonas de floresta decídua e mista, bem como pomares.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Migrador ocasional. A maior deslocação registada verificou-se em Espanha, tendo sido percorridos 600 Km. Em Portugal, foram detectados alguns movimentos, mas só no Algarve, onde a espécie é mais abundante. Durante o período quente fazem viagens entre grutas próximas, que utilizam como abrigos alternativos. Os machos podem passar esta época a uma distância de até 50 Km das grutas de criação.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Abandona o abrigo muito depois do pôr-do-sol.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: É uma espécie muito social que forma, em especial durante o Verão, grandes colónias. No entanto, em qualquer época do ano, podem ser encontrados bastantes indivíduos, isolados ou formando pequenos grupos. Em Portugal, aparece por vezes associado a Miniopterus schreibersii e Myotis myotis, com os quais pode formar colónias conjuntas.

Alimentação


Captura predominantemente gafanhotos verdes, escaravelhos e lagartas. Voo lento e muito ágil, geralmente muito baixo. Aparentemente paira sobre as presas, capturando-as do solo sem pousar.

Reprodução


MATURAÇÃO: Maturidade sexual atingida no segundo ano de idade.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Outono, provavelmente até à Primavera.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego-de-água

Morcego-de-água

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: Espécie de tamanho médio quando comparada com as restantes do mesmo género. As patas são particularmente grandes, sendo tão grandes ou maiores que metade do comprimento da tíbia. As membranas são castanho-acinzentado. Pelagem: A zona dorsal é castanho médio a escuro, com um tom cinzento variável. A zona ventral é mais clara, cinzento ou cinzento-amarelado. Os pêlos são bicolores, mais escuros na base, sendo este contraste particularmente evidente no ventre.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 45-55 mm; Comp. cauda: 31-44,5 mm; Comp. antebraço: 35-41,7 mm; Envergadura: 240-275 mm; Peso: 7-15 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência modulada entre 69 e 25 kHz e com duração de 3-4 ms. A frequência de maior intensidade é de 45 kHz. Taxa de emissão de cerca de 13 sinais por segundo quando em voo de caça. Possui um alcance de 20-40 m.
LONGEVIDADE: Idade máxima registada de 20 anos. A média é de quatro anos.

Habitat

Surge predominantemente em zonas florestadas e parques, geralmente perto de água. Os abrigos localizam-se em cavidades nos troncos de árvores e em sótãos, assim como os locais de reprodução. Por vezes podem encontrar-se poucos indivíduos em fendas de pontes. Caça sobre a água, geralmente apenas a 5-20 cm da superfície, mas por vezes pode também ser encontrado junto ao copado das árvores.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Migra apenas pequenas distâncias, geralmente inferiores a 100 Km. O maior movimento registado é de 240 Km. Para caçar não se deslocam mais de 2-5 Km do abrigo.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: De actividade nocturna. Passam o dia no interior dos abrigos, que abandonam ao anoitecer.
SAZONAL: Hibernam durante o Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Durante a época de criação, as fêmeas formam colónias com dezenas ou mesmo poucas centenas de animais. A maior parte dos machos permanecem em grupos separados das fêmeas. Na Europa central hibernam em colónias compactas, mas os seus hábitos de hibernação em climas mediterrânicos são mal conhecidos.

Alimentação

Voo muito rápido e ágil. Captura pequenos insectos voadores (borboletas nocturnas e mosquitos), que ingere em voo.

Reprodução


MATURAÇÃO: Provavelmente, algumas fêmeas são sexualmente maturas logo no seu primeiro ano de vida, mas a maioria atinge a maturidade apenas no segundo. Machos sexualmente maturos no segundo ano.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Outono e Inverno.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: 1 cria por ano.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.

 

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Morcego de Nathusius

Morcego de Nathusius

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Apesar das suas pequenas dimensões é a maior espécie do género em Portugal. A cauda, as orelhas e as membranas alares são castanho muito escuro. Pelagem: A base dos pêlos é castanho-escuro. O dorso é castanho-avermelhado no Verão e castanho mais escuro no resto do ano, sendo a zona ventral castanho claro a castanho-amarelado.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 46-55 mm; Comp. cauda: 32-40 mm; Comp. antebraço: 32-37 mm; Envergadura: 220-250 mm; Peso: 6-15,5 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Sinais de frequência modulada, terminando numa componente de frequência constante; variação entre 70 e 38 kHz, duração de 5 ms e taxa de repetição de 8-10 pulsos por segundo.
LONGEVIDADE: Idade máxima registada de sete anos.

Habitat

No Norte e Centro da Europa é referenciado como ocupando fendas em rochas e edifícios durante o Verão (onde cria), abrigando-se em grutas, fendas em rochas e provavelmente em cavidades nos troncos durante o Inverno. Aparentemente caça em zonas com coberto arbóreo disperso, voando ao nível dos troncos, mas nunca no meio da folhagem. Utiliza frequentemente estruturas lineares da paisagem como margens de áreas florestadas, caminhos ou linhas de água.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Uma das espécies europeias que efectua maiores migrações. O movimento máximo conhecido na Europa é de 1600 Km.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: Actividade nocturna.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Forma colónias de criação com dezenas ou poucas centenas de animais. Os machos podem ter territórios onde se constituem haréns (com até 10 fêmeas).

Alimentação


Alimenta-se de insectos voadores de tamanho pequeno a médio-grande. Voo rápido, não muito manobrável em espaços confinados.

Reprodução


MATURAÇÃO: Fêmeas sexualmente maturas no seu primeiro ano e machos a partir do segundo.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Outono.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Julho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Duas crias por ano no Norte e Centro da Europa.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego-anão

Morcego-anão

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Descrição geral


MORFOLOGIA EXTERNA: É a espécie mais pequena dos morcegos europeus. As orelhas, face e patágio são castanho muito escuro. Pelagem: De modo geral, a sua cor é um castanho-avermelhado, variável no tom. Os jovens são mais escuros e acinzentados.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 36-51 mm; Comp. cauda: 23-36 mm; Comp. antebraço: 28-35 mm; Envergadura: 180-240 mm; Peso: 3,5-8,5 g.
DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Emite dois tipos de vocalizações: 1) Mais frequentemente, usa um sinal de frequência modulada entre 50 e 58 kHz, com duração de 4-6 ms, podendo terminar numa componente de frequência constante. Maior intensidade nos 58 kHz. Taxa de repetição de 12 sinais por segundo. 2) Sinal de frequência constante nos 51 kHz com 10 ms de duração; cada sequência deste tipo de sinal dura 95 ms (10,5 sinais por segundo). Estes sinais não são utilizados alternadamente. Estudos recentes das vocalizações revelaram a existência de dois grupos fónicos, que correspondem provavelmente a espécies diferentes, ainda que morfologicamente muito semelhantes. O grupo fónico de 55 kHz existe em todo o território nacional, mas a presença do grupo fónico de 46 kHz ainda não está confirmada.
LONGEVIDADE: Idade máxima de 16 anos. Longevidade média de quatro anos.

Habitat

Ocupa predominantemente construções humanas, principalmente fendas nas paredes com acesso para o exterior, onde cria. Caça geralmente em zonas onde a densidade de insectos é muito elevada. Assim, apesar de surgir praticamente em todos os tipos de habitat é nitidamente mais abundante em zonas húmidas e em zonas urbanas.

Utilização do Espaço


MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Na Europa central as populações desta espécie parecem ser bastante sedentárias, com distâncias entre abrigos de criação e hibernação de cerca de 10-20 Km. O maior movimento conhecido é de 770 Km.

Actividades/Hábitos


ACTIVIDADE CIRCADIANA: Actividade nocturna. No entanto, por vezes abandonam os abrigos muito antes do anoitecer.
SAZONAL: Hibernam, regra geral, desde Dezembro até Fevereiro. Interrompem frequentemente a hibernação, entrando em actividade quando o clima está ameno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Os machos ocupam territórios estabelecidos individualmente, que defendem de outros machos durante a época de acasalamento. Para tal, emitem umas vocalizações sociais durante os voos de acasalamento, emitindo também um cheiro forte. As fêmeas visitam temporariamente os abrigos de acasalamento dos machos. Durante a época de criação formam colónias com muitas dezenas ou mesmo muitas centenas de fêmeas. Parecem também hibernar principalmente em grupo.

Alimentação

A sua dieta está fortemente relacionada com a disponibilidade de presas no meio, capturando essencialmente mosquitos e moscas-de-água. Voo rápido e ágil, a cerca de 5 a 10 m do solo.

Reprodução


MATURAÇÃO: As fêmeas e alguns machos tornam-se sexualmente maturos no seu primeiro ano, sendo mais frequente nos machos ser apenas no segundo ano.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Final do Verão.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano, frequentemente duas.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego de Kuhl

Morcego de Kuhl

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Espécie pequena. As orelhas, as membranas e o nariz são de um castanho muito escuro. Pelagem: A cor do pêlo é muito variável, dependendo, por exemplo, da idade, mas de um modo geral é castanho a castanho-amarelado no dorso e cinzento claro a cinzento-esbranquiçado no ventre. Apresenta uma linha clara e bem definida, quase branca, no bordo do plagiopatágio.
PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 40-47 mm; Comp. cauda: 30-34 mm; Comp. antebraço: 31-36 mm; Envergadura: 210-240 mm; Peso: 5-10 g. DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.
VOCALIZAÇÕES: Pulsos de frequência modulada, com frequência relativamente baixa, maior intensidade nos 40 kHz. Ritmo lento, durando os pulsos entre 8 e 12 ms, com intervalos de cerca de 100 ms.
LONGEVIDADE: Idade máxima referenciada de oito anos.

Habitat

Espécie muito associada a áreas urbanas, ocupando fendas em paredes e espaços no revestimento dos telhados. Frequentemente, é encontrado a caçar junto à iluminação pública; no entanto surge também em zonas de bosque e sobre água.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Não são conhecidos, mesmo ao nível da Europa. Provavelmente sedentário.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: Actividade nocturna. Abandona o abrigo já noite avançada.
SAZONAL: Hiberna no Inverno.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Comportamento social muito mal conhecido. Parece formar pequenas colónias de criação, com algumas dezenas de indivíduos.

Alimentação

Esta espécie caracteriza-se pelo seu voo rápido, ágil e geralmente baixo. Captura borboletas nocturnas e pequenos insectos voadores. Em zonas iluminadas, parece caçar frequentemente em grupo (até cinco indivíduos).

Reprodução


MATURAÇÃO: Fêmeas sexualmente maturas no seu primeiro ano de vida. ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Não existe informação.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano, muitas vezes duas.

Predadores/Competidores

No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 

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Morcego da Madeira

Morcego da Madeira

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Descrição geral

MORFOLOGIA EXTERNA: Espécie de pequeno tamanho. A coloração é, de um modo geral, acastanhada e as membranas mais escuras. Pelagem: Não apresenta muito contraste entre a coloração do dorso e do ventre. PESO E DIMENSÕES: Comp. cabeça-corpo: 35-47 mm; Comp. cauda: 35-40 mm; Comp. antebraço: 29,9-34,5 mm; Peso: 2,9-5,7 g.
DIMORFISMO SEXUAL: Inexistente.

Habitat

Abriga-se em fendas de rochas e edifícios abandonados. Locais de reprodução não conhecidos. Surge em quase todos os habitats das ilhas, entre o nível do mar e os 2150 m de altitude, mas parece caçar essencialmente em áreas arborizadas e em torno da iluminação pública em zonas urbanas.

Utilização do Espaço

MOVIMENTOS/MIGRAÇÕES: Não são conhecidos movimentos migratórios, embora pareça que realiza deslocações em altitude como consequência do clima e da disponibilidade de alimento.

Actividades/Hábitos

ACTIVIDADE CIRCADIANA: Actividade nocturna.
SAZONAL: Apesar de acumularem reservas, indicando um período de hibernação, foram observados indivíduos em actividade em Dezembro, a temperaturas de 1 a 8ºC. O número de indivíduos em actividade era, no entanto, reduzido em relação ao Verão. (informações relativas às Ilhas Canárias).
ORGANIZAÇÃO SOCIAL: A pouca informação disponível sugere que formam colónias de criação com algumas dezenas de fêmeas.

Alimentação


Caça borboletas nocturnas e mosquitos.

Reprodução


Não existe qualquer informação sobre a reprodução desta espécie no Arquipélago da Madeira, sendo os dados indicados a seguir referentes a estudos realizados nas Ilhas Canárias.
MATURAÇÃO: Desconhecida.
ÉPOCA DE ACASALAMENTO: Final do Verão e Outono.
ÉPOCA DE NASCIMENTOS: Maio-Junho.
Nº DE CRIAS/NINHADA: Uma cria por ano.

Predadores/Competidores


No que se refere aos predadores, não existe nenhuma espécie europeia especializada na captura de morcegos. No entanto, são numerosas as espécies referenciadas como predadores ocasionais: o Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), a Coruja-das-torres (Tyto alba), o Mocho-galego (Athene noctua) e a Geneta (Genetta genetta). O impacto destes predadores ocasionais sobre as populações de morcegos é, no entanto, muito reduzido, podendo ter alguma importância apenas ao nível local. A actividade nocturna e a capacidade de voo dos morcegos reduzem, por outro lado, os potenciais competidores deste grupo. Entre os morcegos, as diferentes estratégias de caça e preferências alimentares resultam numa redução extrema da competição entre espécies que utilizem os mesmos locais de alimentação.
 
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