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As autoridades da República Centro-Africana abriram uma investigação após um jato ter largado explosivos perto de uma base para mercenários russos que trabalhavam com os militares do país.
Oataque teve lugar nas primeiras horas de segunda-feira na base de Cotenaf, em Bossangoa, onde testemunhas disseram que tanto a base utilizada pelo Grupo Wagner, da Rússia, como as casas circundantes, tinham sido atingidas.
"Os paramilitares russos mostraram a sua indignação, disparando para o ar das 5h00 às 6h00. De momento, a cidade está tranquila, as lojas ainda não estão abertas e as pessoas têm medo de fazer negócios", disse Robert Faradanga, um jornalista comunitário local.
Não ficou imediatamente claro quem foi o responsável pela aeronave que lançou os explosivos.
O ministro da Informação, Serge Ghislain Djorie, disse numa declaração que a aeronave desconhecida se dirigiu para norte após o incidente, antes de deixar o espaço aéreo do país.
"Este ato desprezível perpetrado pelos inimigos da paz não ficará impune", avisou Djorie.
Na República Centro-Africana, os mercenários do grupo Wagner percorrem a capital Bangui em veículos militares sem marca e guardam as minas de ouro e diamantes do país. Ajudaram a manter os grupos rebeldes armados e o Presidente Faustin-Archange Touadera no poder.
Contudo, o grupo mercenário também tem sido acusado de cometer violações dos direitos humanos.
Um relatório divulgado no início deste ano pelo perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na República Centro-Africana citou uma série de ataques que alegadamente foram efetuados sob as ordens das forças armadas do país e dos seus aliados do Grupo Wagner.
Num caso, mercenários russos impediram as forças de manutenção da paz da ONU de aceder a uma aldeia onde as forças armadas do país e os russos tinham, "alegadamente, aberto fogo sobre civis indiscriminadamente".
Num dos ataques alegadamente ordenados pelos russos, os militantes foram à aldeia de Boyo e mataram 19 civis. O relatório de Yao Agbetse, o perito independente da ONU, também declarou que os feridos tinham sido enterrados vivos.
nm
