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História do Sexo Através dos Tempos!
Como era o Sexo na Pré-História?
Os homens da Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos naturais, faziam sexo em posições bem diferentes do clássico habitual, e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais. Pelo menos é isso que indicam os estudos feitos por arqueólogos baseados em objectos como estátuas e pinturas rupestres. Na Idade da Pedra, métodos anticoncepcionais e masturbação já faziam parte da rotina sexual. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 A.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Uma outra imagem pré-histórica mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás também aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral. No Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos. Já no Neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a ser predominante. Nessa época, os homens passaram a domesticar animais. Observando o estilo de vida dos animais e o papel do macho na procriação, os homens passaram à monogamia. Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-História: existem desde estátuas a bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 A.C. Outra retrata um homem sentado masturbando em 5000 A.C. Os homens usam plantas medicinais à pelo menos 40 mil anos. Não há provas directas, mas arqueólogos desconfiam que plantas do género Aneilema eram usadas para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco para os homens. Pesquisadores apontam que a actividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insectos, o que poderia indicar que também era praticada pelos homens pré-históricos. Entre os grandes macacos, como chimpanzés e gorilas, existe o hábito de praticar sexo homossexual. A relação do homem pré-histórico com os animais era bem próxima - até demais! Há uma pintura rupestre de cerca de 3000 A.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens copulando com alces.
Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da Pornografia!
A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf:
uma mulher de nádegas e peitos grandes com traços
de corante vermelho, encontrada numa região com
traços de ocupação de até 40 mil anos atrás.
Naquela época, a Europa vivia a Era Glacial, e as mulheres gordinhas teriam maior potencial de resistência.
Na hora da relação sexual, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extractos de beladona eram usados para dilatar as pupilas e assim, chamar mais a atenção. Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele, e jóias feitas de pedras, madeira ou dentes de animais.
Corpo a Corpo!
Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atracção sexual. Os peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente grandes, passaram a ser tão atractivos quanto o traseiro. Assim, o ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara, enquanto outros animais praticam o coito por trás.
Como era o Sexo na Antiguidade?
Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 A.C. ao século V D.C. de acordo com a datação convencional, mostram curiosidades sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e egípcios. Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato: solteiros e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios. Foi também na Idade Antiga que os conhecimentos científicos começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século II. Mesmo assim, algumas crenças sexuais bizarras permaneciam. Na Grécia, por exemplo, acreditava-se que o contacto com uma mulher menstruada faria o vinho novo ficar azedo e faria as árvores não dar mais frutos. Prostituição e homossexualidade eram comuns, mas havia leis severas para punir abusos. Os gregos e romanos eram monogâmicos - no império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os greco-romanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte - isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio.
Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objectos de uso quotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas.
Na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egipto, a masturbação era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sémen de sua masturbação! Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pedofilia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pedofilia começou com o músico Tamíris, que foi seduzido pelo belo Jacinto.
Ciência!
O grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de humidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses actuais, e prescreveu semente de cenoura como anticoncepcional e abortivo.
Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro "A Arte de Amar", do poeta Ovídio, escrito entre I A.C. e I D.C. Entre as dicas dadas pelo escritor, estava o uso do goró: "O vinho prepara os corações e os torna aptos aos ardores amorosos". Ovídio também incentivava os praticantes a melhorar o visual: "Esconda os defeitos, e o quanto possível, dissimule suas imperfeições físicas".
No Tribunal!
A legislação sexual da Roma antiga era polémica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima - se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva! Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egipto, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.
Prostituição!
Regras para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma.
Grécia!
As prostitutas não eram todas iguais - elas seguiam uma hierarquia. A maioria delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas aos bordéis pelos pais ou irmãos:
- Classe alta: Prostitutas de primeira classe, com treino intelectual e cultural.
- Classe média: Tocadoras de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e sexo oral. Eram imigrantes.
- Classe baixa: Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos.
Roma!
Registadas e pagadoras de impostos, as prostitutas se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar mais comum de trabalho delas era sob arcos arquitectónicos: a palavra fornicação vem do latim «fornice», que significa arco.
Como era o Sexo na Idade Moderna?
Os costumes medievais recatados continuaram na Idade Moderna, mas a Reforma Protestante ajudou a tornar alguns deles menos rígidos. O divórcio, por exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja Anglicana. A Idade Moderna vai de 1453 a 1789, data da Revolução Francesa. Nesse período, a Europa viu o monopólio da Igreja Católica cair, mas as igrejas protestantes que surgiram na Alemanha, Inglaterra e Holanda continuaram bem rigorosas no que se refere às práticas sexuais. O que mudou foram os padrões de beleza - mulheres com cinturas fina e seios fartos passaram a ser as mais desejadas. Tanto é que, no século XVI, surgiu o espartilho, peça de roupa que projectava o peito da mulher para cima e afinava suas cinturas. A liberdade sexual aumentou, mas leis para punir traição ficaram bizarras na Idade Moderna. O engate às moças solteiras tinha até uma data para ser realizada: Nas noites de 30 de Abril, árvores parecidas com pinheiros, chamada Maio eram plantadas diante das casas das moças casadoiras. As plantas tinham significado: as plantas espinhosas eram dedicadas às garotas orgulhosas e o sabugueiro, que exala mau odor, era uma forma de debochar das pobrezinhas.
Amor!
Na Idade Moderna, começaram a ser mais comuns os casamentos por amor, e não apenas por interesse.
O hábito de trocar cartas entre os apaixonados tornou-se comum. Muitas vezes, as cartas tinham códigos secretos e ininteligíveis - o rei Henrique IV, que governou a Inglaterra de 1399 a 1413, usava por exemplo, o $ em seus textos quando queria esconder algo.
Casamento!
De 1545 a 1563, o Concilio de Trento tornou a Igreja a responsável pelo casamento - antes, os casamentos eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. A partir daí, passaram a acontecer diante de um membro da igreja. Com a Reforma Protestante, houve novidades nesse segmento: o rei Henrique VIII, da Inglaterra, rompeu com a igreja Católica e fundou a Anglicana em 1534 apenas para poder se divorciar e casar com outra mulher. E os anabastistas, outra denominação protestante surgida na época, defendiam a poligamia.
No século XVI, o pintor italiano Giulio Romano pintou uma série de 16 desenhos para um livro de sonetos obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições sexuais. Em um dos quadros, um homem de joelhos segura uma mulher, que está na diagonal e com uma das pernas sobre seu pescoço! A série acabou confiscada pela igreja em 1524.
As pinturas de Giulio Romano são comparadas ao Kama Sutra, que foi escrito provavelmente entre os séculos III E IV, mas só foi popularizado no Ocidente a partir de 1883, quando ganhou uma tradução em inglês. O livro de Giulio Romano contém a descrição de 529 posições sexuais. Há desde posições comple-
xas, como o Acto das Cabras, em que vários homens transam com uma mulher, a situações "simples", como abraços.
Homossexualidade!
Mesmo com a pena de morte por enforcamento, os homossexuais não deixavam de sair do armário. No século XVIII, começaram a surgir vário bordéis masculinos na Inglaterra, as "molly houses" ("molly" era a palavra em inglês para "efeminado"). Mas eles funcionavam na surdina. Em 1726, Margaret Clap, dona de um deles, foi descoberta e condenada a dois anos de prisão.
Prostituição!
As prostitutas eram chamadas de cortesãs e seus quartos eram cheios de pentes, caixas de pó e frascos de perfume. Havia dois tipos de cortesãs: Algumas atendiam em casa (geralmente, depois da morte do chefe de família, quando ficavam sem dinheiro para o sustento) e tinham uma agente, a alcoviteira, que buscava clientes nas ruas; Havia ainda as que trabalhavam em bordéis, tabelados pelo Estado.
Pornografia!
Quem estudou a Idade Moderna na escola já ouviu falar de Rousseau e Voltaire. O que os professores não contam é que esses intelectuais também escreviam pornografia. Na era moderna, tornaram-se comuns livros de contos eróticos. Voltaire escreveu o livro "Candide", que tem alguns textos eróticos, Diderot fala de sexo em "Les bijoux indiscrets", e Montesquieu também resvala no assunto em "Le temple de Cnide".
Leis!
As leis da Idade Moderna humilhavam mais do que puniam. O adultério, por exemplo, era punido na França com um desfile dos maridos traídos e das mulheres traidoras! Os homens eram obrigados a montar um asno e passear pela cidade usando chifres, e as mulheres adúlteras também tinham que montar em um asno, besuntadas de mel e cobertas de penas, com um cesto na cabeça!
Ciência!
Como os conhecimentos sobre sexo evoluíram na Idade Moderna:
1495 - Soldados franceses em Nápoles dão sinais de tumores genitais. É o início da sífilis na Europa.
1527 - É empregada pela primeira vez a expressão "doença venérea" por Jacques Bethercourt.
1550 - Por volta dessa data, o médico italiano Gabriel Fallopius descreveu os órgãos reprodutivos femininos, e um deles ganhou seu nome: as trompas de Falópio, hoje chamadas de tubas uterinas.
1550 - A invenção do preservativo moderno conhecido por «camisa de Vénus», também é creditada a Fallopius e ocorreu nessa década. Ele que recomendava o uso de um envoltório de linho sobre a glande para evitar a disseminação da sífilis.
1554 - O médico alemão Johannes Lange descreve uma doença bizarra: a clorose, que atacava quem não fizesse sexo! Entre os sintomas, letargia e palidez. O tratamento: sexo, claro.
1595 - Invenção do microscópio moderno na Holanda; ele ganha esse nome somente em 1625, com Galileu Galilei.
1677 - O holandês Antoine van Leeuwenhoek descobre o espermatozóide
Como é o Sexo hoje?
Ao mesmo tempo em que o sexo é praticado com uma liberdade nunca vista na história, as doenças sexualmente transmissíveis atacam em escala também inédita. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 infecções curáveis provocadas por vírus, bactérias e protozoários são transmissíveis sexualmente. Todo ano, 340 milhões de novos casos de sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase ocorrem com adultos entre 15 e 49 anos. Isso sem contar a SIDA, que atinge 33 milhões de pessoas no planeta. Fora da OMS, não se sabe, por exemplo, qual a posição sexual mais praticada na Terra. A maior pesquisa sobre o assunto foi feita pela Durex, fabricante de preservativos em 2005, mas o Brasil ficou de fora dos 41 países investigados - A principal pesquisa foi conduzida por Carmita Abdo, professora da USP, e publicada em 2008, depois de 8200 entrevistas em dez cidades do país. O resultado: os brasileiros pensam mais do que fazem sexo. Enquanto transam em média três vezes por semana, sonham com 6,3 relações por semana. Na prática, a teoria é outra.
Matemática do Sexo!
As Estatísticas mais picantes sobre os Prazeres Sexuais no Mundo!
Quantidade versus Qaulidade:
- Brasileiros fazem mais sexo do que a média mundial, mas têm menos parceiros.
Número de Parceiros Sexuais:
- Média mundial: 9;
- Maior do mundo: 14,5 Turquia;
- Menor do mundo: 3 Índia.
Brasil: Os Cariocas são os que tiveram mais namoradas (4,3), e as meninas de Porto Alegre são as que contam mais parceiros (2,4).
Requerência do sexo por ano:
- Média mundial: 103;
- Maior do mundo: 138 (Grécia);
- Menor do mundo: 45 (Japão).
Brasil: Os líderes nacionais são os brasileiros de Belo Horizonte, com 3,8 relações semanais, e as mulheres de Manaus, com 2,7 transas por semana.
Idade em que perdeu a virgindade:
- Média mundial: 15 e 16 anos.
Brasil: As meninas de Manaus, as mais precoces, fizeram sexo pela primeira vez aos 16 anos, e as mineiras, aos 19 anos.
Fetcihes: Cada região do mundo tem seus apetrechos e manias sexuais preferidas.
Pornografia:
- Média mundial: 41%;
- Maior do mundo: 62% (Tailândia);
- Menor do mundo: 21% (Itália).
Sexo no carro:
- Média mundial: 50%;
- Maior do mundo: 82% (Itália);
- Menor do mundo: 5% (Vietname).
Sexo anal:
- Média mundial: 35%;
- Maior do mundo: 75% (Chile);
- Menor do mundo: 1% (Taiwan).
Sexo Tântrico:
- Média mundial: 7%;
- Maior do mundo: 75% (Hong Kong);
- Menor do mundo: 1% (Turquia e Japão).
Casamento:
- Brasil: 46%.
Quase metade dos brasileiros são ou já foram casados, segundo o censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só em 2007, 916 mil casais se uniram - 152.291 assinaram o divórcio. Dos 136 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade:
- 37% eram casados;
- 1,9% separados judicialmente;
- 1,6 divorciados;
- 4,5% viúvos.
Homossexualidade:
- Mulheres: 4,9% | Homens: 7,8%.
No Brasil, 4,9% das mulheres declararam-se homossexuais, contra 7,8% dos homens.
O número de bissexuais é menor: 1,4% das mulheres e 2,6% dos homens. Não há uma estatística mundial, mas nos Estados Unidos, por exemplo, os estudos de Alfred Kinsey, na década de 1950, afirmaram que cerca de 10% dos americanos haviam tido relações homossexuais por pelo menos três anos na vida adulta.
Ciência:
SIDA:
- Média mundial: 33%;
- Maior do mundo: 22,5% (África Subsaariana);
- Menor do mundo: 0,026 (Oceânia).
Outras doenças venéreas (em milhões de novos casos por ano):
- Média mundial: 340;
- Maior do mundo: 151 (Sudeste da Ásia);
- Menor do mundo: 1 (Oceânia).
Brasil:
- Sífilis - 937 mil.
- Gonorreia - 1,54 milhão.
- Clamídia - 1,96 milhão.
- Herpes genital - 641 mil.
- HPV - 685 mil.
Sexo sem preservativo:
- Média mundial: 47%;
- Maior do mundo: 73%;
- Menor do mundo: 21%
Brasil: 68%
Cerca de 32% dos brasileiros usam sempre preservativos nas relações sexuais. Os mais prevenidos são os homens de Cuiabá (38,3% sempre usam) e as mulheres de Manaus (40%).
Como será o Sexo no Futuro?
As previsões variam desde um mundo em que humanos e robôs conviverão bem de pertinho a um planeta parecido com o do presente - não tão high tech, mas com algumas mudanças de comportamento. Segundo o pesquisador britânico David Levy, especialista em inteligência artificial e autor do livro "Amor e Sexo com Robôs", sem edição em português, o sexo entre homens e robôs deve ser possível em menos de 50 anos. "Muitas pessoas solitárias não têm ninguém com quem fazer sexo a não ser que paguem por isso. Essas pessoas seriam as maiores beneficiárias do sexo com robôs", disse Levy em entrevista à ME. A intimidade com robôs é apenas um dos prognósticos para o futuro do sexo.
Futurologia Sexual!
Previsão é de clima quente no futuro, incluindo relações sexuais com robôs, mesmo a bordo de naves espaciais.
Engate!
Previsão dos Estudos da Universidade Emory, nos E.U.A.
Boa notícia para os tímidos: no futuro, o engate pode ser facilitado por poções do amor à base de hormonas encontrados em alguns mamíferos. A oxitocina, libertada no parto, estimula o cérebro a adoptar comportamentos carinhosos e a vasopressina está relacionada à fidelidade. Se os cientistas conseguirem sintetizá-las, o vidrinho do amor poderá ser vendido numa farmácia perto de si.
Homossexualidade!
Previsão de Umberto Veronesi, oncologista e ex-ministro da Saúde da Itália.
A disseminação de métodos de reprodução artificial fará com que no futuro, o sexo seja apenas recreativo, e não voltado a fazer bebés. Por isso, segundo Veronesi, a humanidade caminha para a bissexualidade. Como fariam sexo só por prazer, homens e mulheres não teriam por que transar apenas com o sexo oposto. Por que não experimentar com os dois géneros de uma vez?
Reprodução Artificial!
Previsão de Severino Antinori que afirma já ter clonado humanos.
Depois da ovelha Dolly, clonada em 1996, vários mamíferos - nossos parentes mais próximos - já foram clonados. O cão Snuppy, em 2005, os lobos Snuwolf e Snuwolffy, em 2007, além de camundongos, porcos, bois. Em 2002, o embriologista italiano Severino Antinori chegou a anunciar um clone humano, mas não apresentou provas. Apesar do debate ético em torno do assunto, os primeiros clones humanos logo devem surgir.
Ciência!
Previsão do Instituto Alemão de Consultoria para Preservativos.
O preservativo continuará a ser usado para prevenir doenças. Mas no futuro, em vez de um preservativo, pode vir a ser usado um spray direccionado no pénis. Na Alemanha, investigadores estão desenvolvendo latas de spray (em tamanho P, M e G) em que o homem coloca o pénis, após cinco segundos, sai com ele coberto com uma camada quase invisível e pronto para acção.
Robôs!
Previsão de David Levy, Especialista em Inteligência Artificial.
Falta muito pouco para a indústria de robôs com aparência humana chegar a modelos que façam sexo. Robôs de silicone como as Honey Dolls japonesas ou os do site Realdoll já gemem quando acariciadas, reconhecem formas através de softwares e câmaras nos olhos. O que a robótica ainda precisa melhorar são os movimentos das pernas e a variedade de emoções que os robôs expressam.
Sexo Virtual!
Previsão dos Pesquisadores da Universidade de Ottawa, Canadá.
No futuro, podem existir maneiras de transmitir sensações tácteis sincronizadas com dados audiovisuais. Isso tem até um nome: tecnologia háptica. Duas pessoas distantes usariam espécies de luvas, ou para o corpo inteiro, macacões. A webcam perceberia o movimento feito por uma pessoa e transmitiria para a luva do interlocutor distante o movimento feito, fazendo-a vibrar, por exemplo. Daí para carícias mais íntimas.
Sexo no Espaço!
Previsão de Pierre Kohler, Jornalista Francês.
O turismo espacial já é uma realidade. No futuro, os casais poderão passar a lua-de-mel no espaço - que romântico uma noite de amor com a Terra ao fundo. O problema é que, sem gravidade, os amantes vão ter que estudar bem os movimentos. Segundo Pierre Kohler, a NASA (Agência Espacial Americana) teria até feito estudos sobre o assunto, indicando as melhores posições para transar no espaço - em seis delas, os pombinhos necessitariam da ajuda de uma cinta elástica na cintura. A NASA nega as informações.
Anticoncepcionais!
Previsão de Regine Sitruk-Ware, Endocrinologista Reprodutiva e Directora do Population Council's Center for Biomedical Research.
A pílula feminina hoje é feita a partir de hormonas, causando efeitos colaterais. Os estudos sobre genoma podem ajudar a descobrir, por exemplo, as proteínas que agem na fusão entre espermatozóide e óvulo. A pílula desabilitaria essas substâncias, impedindo assim a concepção sem mexer no ciclo menstrual.
Histórias curiosas sobre Sexo!
A maneira como a Humanidade lidou com o sexo, ao longo dos tempos, é fascinante: criou tabus, cometeu excessos, riu-se dele, tentou banir o prazer, mas não conseguiu. Existem poucos temas tão férteis em episódios caricatos que, ao mesmo tempo, nos façam reflectir no quanto evoluíram as mentalidades. Eis alguns exemplos contados por Richard Lewinsohn em 'História da Vida Sexual' (Livros do Brasil):
Origem da Masturbação!
Isso é pecado! A palavra onanismo, que significa masturbação, deve o seu nome a um episódio do Antigo Testamento. Onan, por morte do irmão, é obrigado a casar-se com a viúva deste para não a deixar desamparada. Mas no momento da verdade, "emporcalha a sua honra e a da família, lançando o esperma no chão em vez de o consagrar e dar uma posteridade ao irmão", conta Lewinsohn. Deus castiga-o com a morte. Resta saber se a descrição corresponde a masturbação ou ao coito interrompido.
Experimentar o Kama Sutra!
À letra, Kama Sutra significa "Preceitos de Amor", nasceu na Índia, criado por Malaniga Vatsyayana, um homem sábio e religioso que acreditava que as alegrias dos sentidos são para se desfrutar em pleno e que a mulher devia poder sentir prazer intenso. Mas este clássico milenar não é apenas um compêndio sexual. Descreve 64 posições sexuais diferentes, onde os beijos e abraços tem papel de destaque; acrescentou conselhos para vencer a frigidez, aumentar a virilidade, "preservar a mulher da infidelidade" e compatibilizar temperamentos. No entanto, Lewinsohn desvaloriza o Kama Sutra: "A técnica indiana do amor não ultrapassa o que, noutros países, os jovens amantes descobrem sem qualquer estudo científico prévio."
Messalina, a Ninfomaníaca!
Entre as classes altas de Roma as mulheres pareciam gozar de uma espantosa e voraz emancipação sexual, diz Lewinsohn. A mais conhecida era Valéria Messalina, mulher do imperador Cláudio, uma devoradora de homens, que chegava a mandar raptar os que mais lhe agradavam para a satisfazer entre lençóis, e ai dos que não conseguissem! Rezam as crónicas que Messalina se divertia num bordel onde tinha um quarto próprio no qual atendia clientes sob o nome de guerra 'Licisca'.
Um prazer dos diabos!
Na Idade Média, o prazer era considerado pecado, obra de Satanás. Acreditava-se em bruxas e que os seus contratos com o diabo eram selados com sexo. Quando não era com o patrão dos infernos, era com os seus subalternos: íncubos - que significa "deitados por cima", responsáveis por "angústias sexuais" - e súcubos - ou "deitados por baixo", que garantiam prazeres inconfessáveis. Para tramar uma vizinha, bastava dizer que a tínhamos surpreendido numa sessão de sexo infernal. Os teólogos achavam que a esfera sexual do diabo era o rabo e acreditavam que as mulheres que lhe beijassem as nádegas ganhavam poderes misteriosos.
Área de acesso vedado!
O cinto de castidade terá aparecido em Florença e foi moda na Europa nos séculos XV e XVI. Um dia, um marido ciumento, provavelmente da burguesia, pensou numa peça de metal, com a largura de uma mão, que cobria completamente o sexo feminino e deixando apenas uma minúscula abertura para as necessi-
dades. Era fechado na anca e só o marido ficava com a chave. É claro que as mais astuciosas tratavam de arranjar uma cópia. Os mais ricos esmeravam-se e mandavam decorar os cintos de castidade com jóias.
O Protocolo do Sexo!
Em 1621, a moral sexual em Espanha era tão severa que nem os reis escapavam. Sempre que Filipe IV queria fazer uma visita conjugal a Maria Ana de Áustria, tinha que seguir o protocolo. Vestia uma capa negra, segurava um escudo debaixo do braço e uma espada na mão, enquanto uma aia ia à frente com um candelabro numa mão e um penico na outra. Não admira que Maria Ana, que nunca se habituou a estas visitas nocturnas, dissesse nas cartas que "preferia ser a última das freiras de Graz que rainha em Espanha".
A ousada Valsa!
Hoje parece-nos uma inocente dança de salão, mas, quando apareceu, a valsa causou escândalo por ser considerada demasiado sensual. A dança era muito rápida, o contacto corporal intenso e podiam trocar-se olhares e palavras mais ousadas. Os bailes eram autênticas feiras de noivado e as mães rejubilavam sempre que viam as filhas valsar com um bom partido. Os protestos não tardaram. Até Lorde Byron, que de modelo de virtudes não tinha nada e se fartava de seduzir raparigas, a classificou como uma vergonhosa forma de promiscuidade.
Bidé? O que é isso?
Em meados do séc. XIX, um século depois da invenção do bidé pelos franceses, os ingleses vitorianos ainda desconheciam a existência desta peça sanitária. E quando chegaram os primeiros relatos, o seu uso foi muito evitado. Aliás, Lewinsohn conta que a higiene íntima era banida da rotina das raparigas decentes por poder incitar à masturbação e a maus pensamentos.
O perigoso Shakespeare!
A era vitoriana, em Inglaterra, trouxe uma razia a livros e autores considerados indecentes. "Ulisses", de James Joyce, e "A Terra", de Emile Zola, foram banidos das livrarias por uns tempos, e até a Bíblia era considerada extremamente perigosa, quando lida com impuros pensamentos, conta Lewinsohn. De todos os autores, o pior era Shakespeare. Fizeram-se edições onde as passagens mais sensuais (que qualquer inglês culto conhecia de cor) foram retiradas.
Como era o Sexo na Pré-História?
Os homens da Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos naturais, faziam sexo em posições bem diferentes do clássico habitual, e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais. Pelo menos é isso que indicam os estudos feitos por arqueólogos baseados em objectos como estátuas e pinturas rupestres. Na Idade da Pedra, métodos anticoncepcionais e masturbação já faziam parte da rotina sexual. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 A.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Uma outra imagem pré-histórica mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás também aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral. No Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos. Já no Neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a ser predominante. Nessa época, os homens passaram a domesticar animais. Observando o estilo de vida dos animais e o papel do macho na procriação, os homens passaram à monogamia. Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-História: existem desde estátuas a bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 A.C. Outra retrata um homem sentado masturbando em 5000 A.C. Os homens usam plantas medicinais à pelo menos 40 mil anos. Não há provas directas, mas arqueólogos desconfiam que plantas do género Aneilema eram usadas para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco para os homens. Pesquisadores apontam que a actividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insectos, o que poderia indicar que também era praticada pelos homens pré-históricos. Entre os grandes macacos, como chimpanzés e gorilas, existe o hábito de praticar sexo homossexual. A relação do homem pré-histórico com os animais era bem próxima - até demais! Há uma pintura rupestre de cerca de 3000 A.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens copulando com alces.
Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da Pornografia!

A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf:
uma mulher de nádegas e peitos grandes com traços
de corante vermelho, encontrada numa região com
traços de ocupação de até 40 mil anos atrás.
Naquela época, a Europa vivia a Era Glacial, e as mulheres gordinhas teriam maior potencial de resistência.
Na hora da relação sexual, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extractos de beladona eram usados para dilatar as pupilas e assim, chamar mais a atenção. Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele, e jóias feitas de pedras, madeira ou dentes de animais.
Corpo a Corpo!
Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atracção sexual. Os peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente grandes, passaram a ser tão atractivos quanto o traseiro. Assim, o ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara, enquanto outros animais praticam o coito por trás.
Como era o Sexo na Antiguidade?
Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo! Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 A.C. ao século V D.C. de acordo com a datação convencional, mostram curiosidades sobre a vida sexual de povos como gregos, romanos e egípcios. Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato: solteiros e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios. Foi também na Idade Antiga que os conhecimentos científicos começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século II. Mesmo assim, algumas crenças sexuais bizarras permaneciam. Na Grécia, por exemplo, acreditava-se que o contacto com uma mulher menstruada faria o vinho novo ficar azedo e faria as árvores não dar mais frutos. Prostituição e homossexualidade eram comuns, mas havia leis severas para punir abusos. Os gregos e romanos eram monogâmicos - no império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os greco-romanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte - isso só mudou após uma lei do imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio.
Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objectos de uso quotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores, indicando que poderiam ser mais valorizadas.
Na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egipto, a masturbação era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sémen de sua masturbação! Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pedofilia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pedofilia começou com o músico Tamíris, que foi seduzido pelo belo Jacinto.
Ciência!
O grego Hipócrates, pioneiro da medicina, achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de humidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses actuais, e prescreveu semente de cenoura como anticoncepcional e abortivo.
Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro "A Arte de Amar", do poeta Ovídio, escrito entre I A.C. e I D.C. Entre as dicas dadas pelo escritor, estava o uso do goró: "O vinho prepara os corações e os torna aptos aos ardores amorosos". Ovídio também incentivava os praticantes a melhorar o visual: "Esconda os defeitos, e o quanto possível, dissimule suas imperfeições físicas".
No Tribunal!
A legislação sexual da Roma antiga era polémica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima - se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva! Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egipto, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.
Prostituição!
Regras para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma.
Grécia!
As prostitutas não eram todas iguais - elas seguiam uma hierarquia. A maioria delas era escrava, mas havia também mulheres vendidas aos bordéis pelos pais ou irmãos:
- Classe alta: Prostitutas de primeira classe, com treino intelectual e cultural.
- Classe média: Tocadoras de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e sexo oral. Eram imigrantes.
- Classe baixa: Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos.
Roma!
Registadas e pagadoras de impostos, as prostitutas se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar mais comum de trabalho delas era sob arcos arquitectónicos: a palavra fornicação vem do latim «fornice», que significa arco.
Como era o Sexo na Idade Moderna?
Os costumes medievais recatados continuaram na Idade Moderna, mas a Reforma Protestante ajudou a tornar alguns deles menos rígidos. O divórcio, por exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja Anglicana. A Idade Moderna vai de 1453 a 1789, data da Revolução Francesa. Nesse período, a Europa viu o monopólio da Igreja Católica cair, mas as igrejas protestantes que surgiram na Alemanha, Inglaterra e Holanda continuaram bem rigorosas no que se refere às práticas sexuais. O que mudou foram os padrões de beleza - mulheres com cinturas fina e seios fartos passaram a ser as mais desejadas. Tanto é que, no século XVI, surgiu o espartilho, peça de roupa que projectava o peito da mulher para cima e afinava suas cinturas. A liberdade sexual aumentou, mas leis para punir traição ficaram bizarras na Idade Moderna. O engate às moças solteiras tinha até uma data para ser realizada: Nas noites de 30 de Abril, árvores parecidas com pinheiros, chamada Maio eram plantadas diante das casas das moças casadoiras. As plantas tinham significado: as plantas espinhosas eram dedicadas às garotas orgulhosas e o sabugueiro, que exala mau odor, era uma forma de debochar das pobrezinhas.
Amor!
Na Idade Moderna, começaram a ser mais comuns os casamentos por amor, e não apenas por interesse.
O hábito de trocar cartas entre os apaixonados tornou-se comum. Muitas vezes, as cartas tinham códigos secretos e ininteligíveis - o rei Henrique IV, que governou a Inglaterra de 1399 a 1413, usava por exemplo, o $ em seus textos quando queria esconder algo.
Casamento!
De 1545 a 1563, o Concilio de Trento tornou a Igreja a responsável pelo casamento - antes, os casamentos eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. A partir daí, passaram a acontecer diante de um membro da igreja. Com a Reforma Protestante, houve novidades nesse segmento: o rei Henrique VIII, da Inglaterra, rompeu com a igreja Católica e fundou a Anglicana em 1534 apenas para poder se divorciar e casar com outra mulher. E os anabastistas, outra denominação protestante surgida na época, defendiam a poligamia.
No século XVI, o pintor italiano Giulio Romano pintou uma série de 16 desenhos para um livro de sonetos obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições sexuais. Em um dos quadros, um homem de joelhos segura uma mulher, que está na diagonal e com uma das pernas sobre seu pescoço! A série acabou confiscada pela igreja em 1524.
As pinturas de Giulio Romano são comparadas ao Kama Sutra, que foi escrito provavelmente entre os séculos III E IV, mas só foi popularizado no Ocidente a partir de 1883, quando ganhou uma tradução em inglês. O livro de Giulio Romano contém a descrição de 529 posições sexuais. Há desde posições comple-
xas, como o Acto das Cabras, em que vários homens transam com uma mulher, a situações "simples", como abraços.
Homossexualidade!
Mesmo com a pena de morte por enforcamento, os homossexuais não deixavam de sair do armário. No século XVIII, começaram a surgir vário bordéis masculinos na Inglaterra, as "molly houses" ("molly" era a palavra em inglês para "efeminado"). Mas eles funcionavam na surdina. Em 1726, Margaret Clap, dona de um deles, foi descoberta e condenada a dois anos de prisão.
Prostituição!
As prostitutas eram chamadas de cortesãs e seus quartos eram cheios de pentes, caixas de pó e frascos de perfume. Havia dois tipos de cortesãs: Algumas atendiam em casa (geralmente, depois da morte do chefe de família, quando ficavam sem dinheiro para o sustento) e tinham uma agente, a alcoviteira, que buscava clientes nas ruas; Havia ainda as que trabalhavam em bordéis, tabelados pelo Estado.
Pornografia!
Quem estudou a Idade Moderna na escola já ouviu falar de Rousseau e Voltaire. O que os professores não contam é que esses intelectuais também escreviam pornografia. Na era moderna, tornaram-se comuns livros de contos eróticos. Voltaire escreveu o livro "Candide", que tem alguns textos eróticos, Diderot fala de sexo em "Les bijoux indiscrets", e Montesquieu também resvala no assunto em "Le temple de Cnide".
Leis!
As leis da Idade Moderna humilhavam mais do que puniam. O adultério, por exemplo, era punido na França com um desfile dos maridos traídos e das mulheres traidoras! Os homens eram obrigados a montar um asno e passear pela cidade usando chifres, e as mulheres adúlteras também tinham que montar em um asno, besuntadas de mel e cobertas de penas, com um cesto na cabeça!
Ciência!
Como os conhecimentos sobre sexo evoluíram na Idade Moderna:
1495 - Soldados franceses em Nápoles dão sinais de tumores genitais. É o início da sífilis na Europa.
1527 - É empregada pela primeira vez a expressão "doença venérea" por Jacques Bethercourt.
1550 - Por volta dessa data, o médico italiano Gabriel Fallopius descreveu os órgãos reprodutivos femininos, e um deles ganhou seu nome: as trompas de Falópio, hoje chamadas de tubas uterinas.
1550 - A invenção do preservativo moderno conhecido por «camisa de Vénus», também é creditada a Fallopius e ocorreu nessa década. Ele que recomendava o uso de um envoltório de linho sobre a glande para evitar a disseminação da sífilis.
1554 - O médico alemão Johannes Lange descreve uma doença bizarra: a clorose, que atacava quem não fizesse sexo! Entre os sintomas, letargia e palidez. O tratamento: sexo, claro.
1595 - Invenção do microscópio moderno na Holanda; ele ganha esse nome somente em 1625, com Galileu Galilei.
1677 - O holandês Antoine van Leeuwenhoek descobre o espermatozóide
Como é o Sexo hoje?
Ao mesmo tempo em que o sexo é praticado com uma liberdade nunca vista na história, as doenças sexualmente transmissíveis atacam em escala também inédita. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 30 infecções curáveis provocadas por vírus, bactérias e protozoários são transmissíveis sexualmente. Todo ano, 340 milhões de novos casos de sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase ocorrem com adultos entre 15 e 49 anos. Isso sem contar a SIDA, que atinge 33 milhões de pessoas no planeta. Fora da OMS, não se sabe, por exemplo, qual a posição sexual mais praticada na Terra. A maior pesquisa sobre o assunto foi feita pela Durex, fabricante de preservativos em 2005, mas o Brasil ficou de fora dos 41 países investigados - A principal pesquisa foi conduzida por Carmita Abdo, professora da USP, e publicada em 2008, depois de 8200 entrevistas em dez cidades do país. O resultado: os brasileiros pensam mais do que fazem sexo. Enquanto transam em média três vezes por semana, sonham com 6,3 relações por semana. Na prática, a teoria é outra.
Matemática do Sexo!
As Estatísticas mais picantes sobre os Prazeres Sexuais no Mundo!
Quantidade versus Qaulidade:
- Brasileiros fazem mais sexo do que a média mundial, mas têm menos parceiros.
Número de Parceiros Sexuais:
- Média mundial: 9;
- Maior do mundo: 14,5 Turquia;
- Menor do mundo: 3 Índia.
Brasil: Os Cariocas são os que tiveram mais namoradas (4,3), e as meninas de Porto Alegre são as que contam mais parceiros (2,4).
Requerência do sexo por ano:
- Média mundial: 103;
- Maior do mundo: 138 (Grécia);
- Menor do mundo: 45 (Japão).
Brasil: Os líderes nacionais são os brasileiros de Belo Horizonte, com 3,8 relações semanais, e as mulheres de Manaus, com 2,7 transas por semana.
Idade em que perdeu a virgindade:
- Média mundial: 15 e 16 anos.
Brasil: As meninas de Manaus, as mais precoces, fizeram sexo pela primeira vez aos 16 anos, e as mineiras, aos 19 anos.
Fetcihes: Cada região do mundo tem seus apetrechos e manias sexuais preferidas.
Pornografia:
- Média mundial: 41%;
- Maior do mundo: 62% (Tailândia);
- Menor do mundo: 21% (Itália).
Sexo no carro:
- Média mundial: 50%;
- Maior do mundo: 82% (Itália);
- Menor do mundo: 5% (Vietname).
Sexo anal:
- Média mundial: 35%;
- Maior do mundo: 75% (Chile);
- Menor do mundo: 1% (Taiwan).
Sexo Tântrico:
- Média mundial: 7%;
- Maior do mundo: 75% (Hong Kong);
- Menor do mundo: 1% (Turquia e Japão).
Casamento:
- Brasil: 46%.
Quase metade dos brasileiros são ou já foram casados, segundo o censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só em 2007, 916 mil casais se uniram - 152.291 assinaram o divórcio. Dos 136 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade:
- 37% eram casados;
- 1,9% separados judicialmente;
- 1,6 divorciados;
- 4,5% viúvos.
Homossexualidade:
- Mulheres: 4,9% | Homens: 7,8%.
No Brasil, 4,9% das mulheres declararam-se homossexuais, contra 7,8% dos homens.
O número de bissexuais é menor: 1,4% das mulheres e 2,6% dos homens. Não há uma estatística mundial, mas nos Estados Unidos, por exemplo, os estudos de Alfred Kinsey, na década de 1950, afirmaram que cerca de 10% dos americanos haviam tido relações homossexuais por pelo menos três anos na vida adulta.
Ciência:
SIDA:
- Média mundial: 33%;
- Maior do mundo: 22,5% (África Subsaariana);
- Menor do mundo: 0,026 (Oceânia).
Outras doenças venéreas (em milhões de novos casos por ano):
- Média mundial: 340;
- Maior do mundo: 151 (Sudeste da Ásia);
- Menor do mundo: 1 (Oceânia).
Brasil:
- Sífilis - 937 mil.
- Gonorreia - 1,54 milhão.
- Clamídia - 1,96 milhão.
- Herpes genital - 641 mil.
- HPV - 685 mil.
Sexo sem preservativo:
- Média mundial: 47%;
- Maior do mundo: 73%;
- Menor do mundo: 21%
Brasil: 68%
Cerca de 32% dos brasileiros usam sempre preservativos nas relações sexuais. Os mais prevenidos são os homens de Cuiabá (38,3% sempre usam) e as mulheres de Manaus (40%).
Como será o Sexo no Futuro?
As previsões variam desde um mundo em que humanos e robôs conviverão bem de pertinho a um planeta parecido com o do presente - não tão high tech, mas com algumas mudanças de comportamento. Segundo o pesquisador britânico David Levy, especialista em inteligência artificial e autor do livro "Amor e Sexo com Robôs", sem edição em português, o sexo entre homens e robôs deve ser possível em menos de 50 anos. "Muitas pessoas solitárias não têm ninguém com quem fazer sexo a não ser que paguem por isso. Essas pessoas seriam as maiores beneficiárias do sexo com robôs", disse Levy em entrevista à ME. A intimidade com robôs é apenas um dos prognósticos para o futuro do sexo.
Futurologia Sexual!
Previsão é de clima quente no futuro, incluindo relações sexuais com robôs, mesmo a bordo de naves espaciais.
Engate!
Previsão dos Estudos da Universidade Emory, nos E.U.A.
Boa notícia para os tímidos: no futuro, o engate pode ser facilitado por poções do amor à base de hormonas encontrados em alguns mamíferos. A oxitocina, libertada no parto, estimula o cérebro a adoptar comportamentos carinhosos e a vasopressina está relacionada à fidelidade. Se os cientistas conseguirem sintetizá-las, o vidrinho do amor poderá ser vendido numa farmácia perto de si.
Homossexualidade!
Previsão de Umberto Veronesi, oncologista e ex-ministro da Saúde da Itália.
A disseminação de métodos de reprodução artificial fará com que no futuro, o sexo seja apenas recreativo, e não voltado a fazer bebés. Por isso, segundo Veronesi, a humanidade caminha para a bissexualidade. Como fariam sexo só por prazer, homens e mulheres não teriam por que transar apenas com o sexo oposto. Por que não experimentar com os dois géneros de uma vez?
Reprodução Artificial!
Previsão de Severino Antinori que afirma já ter clonado humanos.
Depois da ovelha Dolly, clonada em 1996, vários mamíferos - nossos parentes mais próximos - já foram clonados. O cão Snuppy, em 2005, os lobos Snuwolf e Snuwolffy, em 2007, além de camundongos, porcos, bois. Em 2002, o embriologista italiano Severino Antinori chegou a anunciar um clone humano, mas não apresentou provas. Apesar do debate ético em torno do assunto, os primeiros clones humanos logo devem surgir.
Ciência!
Previsão do Instituto Alemão de Consultoria para Preservativos.
O preservativo continuará a ser usado para prevenir doenças. Mas no futuro, em vez de um preservativo, pode vir a ser usado um spray direccionado no pénis. Na Alemanha, investigadores estão desenvolvendo latas de spray (em tamanho P, M e G) em que o homem coloca o pénis, após cinco segundos, sai com ele coberto com uma camada quase invisível e pronto para acção.
Robôs!
Previsão de David Levy, Especialista em Inteligência Artificial.
Falta muito pouco para a indústria de robôs com aparência humana chegar a modelos que façam sexo. Robôs de silicone como as Honey Dolls japonesas ou os do site Realdoll já gemem quando acariciadas, reconhecem formas através de softwares e câmaras nos olhos. O que a robótica ainda precisa melhorar são os movimentos das pernas e a variedade de emoções que os robôs expressam.
Sexo Virtual!
Previsão dos Pesquisadores da Universidade de Ottawa, Canadá.
No futuro, podem existir maneiras de transmitir sensações tácteis sincronizadas com dados audiovisuais. Isso tem até um nome: tecnologia háptica. Duas pessoas distantes usariam espécies de luvas, ou para o corpo inteiro, macacões. A webcam perceberia o movimento feito por uma pessoa e transmitiria para a luva do interlocutor distante o movimento feito, fazendo-a vibrar, por exemplo. Daí para carícias mais íntimas.
Sexo no Espaço!
Previsão de Pierre Kohler, Jornalista Francês.
O turismo espacial já é uma realidade. No futuro, os casais poderão passar a lua-de-mel no espaço - que romântico uma noite de amor com a Terra ao fundo. O problema é que, sem gravidade, os amantes vão ter que estudar bem os movimentos. Segundo Pierre Kohler, a NASA (Agência Espacial Americana) teria até feito estudos sobre o assunto, indicando as melhores posições para transar no espaço - em seis delas, os pombinhos necessitariam da ajuda de uma cinta elástica na cintura. A NASA nega as informações.
Anticoncepcionais!
Previsão de Regine Sitruk-Ware, Endocrinologista Reprodutiva e Directora do Population Council's Center for Biomedical Research.
A pílula feminina hoje é feita a partir de hormonas, causando efeitos colaterais. Os estudos sobre genoma podem ajudar a descobrir, por exemplo, as proteínas que agem na fusão entre espermatozóide e óvulo. A pílula desabilitaria essas substâncias, impedindo assim a concepção sem mexer no ciclo menstrual.
Histórias curiosas sobre Sexo!
A maneira como a Humanidade lidou com o sexo, ao longo dos tempos, é fascinante: criou tabus, cometeu excessos, riu-se dele, tentou banir o prazer, mas não conseguiu. Existem poucos temas tão férteis em episódios caricatos que, ao mesmo tempo, nos façam reflectir no quanto evoluíram as mentalidades. Eis alguns exemplos contados por Richard Lewinsohn em 'História da Vida Sexual' (Livros do Brasil):
Origem da Masturbação!
Isso é pecado! A palavra onanismo, que significa masturbação, deve o seu nome a um episódio do Antigo Testamento. Onan, por morte do irmão, é obrigado a casar-se com a viúva deste para não a deixar desamparada. Mas no momento da verdade, "emporcalha a sua honra e a da família, lançando o esperma no chão em vez de o consagrar e dar uma posteridade ao irmão", conta Lewinsohn. Deus castiga-o com a morte. Resta saber se a descrição corresponde a masturbação ou ao coito interrompido.
Experimentar o Kama Sutra!
À letra, Kama Sutra significa "Preceitos de Amor", nasceu na Índia, criado por Malaniga Vatsyayana, um homem sábio e religioso que acreditava que as alegrias dos sentidos são para se desfrutar em pleno e que a mulher devia poder sentir prazer intenso. Mas este clássico milenar não é apenas um compêndio sexual. Descreve 64 posições sexuais diferentes, onde os beijos e abraços tem papel de destaque; acrescentou conselhos para vencer a frigidez, aumentar a virilidade, "preservar a mulher da infidelidade" e compatibilizar temperamentos. No entanto, Lewinsohn desvaloriza o Kama Sutra: "A técnica indiana do amor não ultrapassa o que, noutros países, os jovens amantes descobrem sem qualquer estudo científico prévio."
Messalina, a Ninfomaníaca!
Entre as classes altas de Roma as mulheres pareciam gozar de uma espantosa e voraz emancipação sexual, diz Lewinsohn. A mais conhecida era Valéria Messalina, mulher do imperador Cláudio, uma devoradora de homens, que chegava a mandar raptar os que mais lhe agradavam para a satisfazer entre lençóis, e ai dos que não conseguissem! Rezam as crónicas que Messalina se divertia num bordel onde tinha um quarto próprio no qual atendia clientes sob o nome de guerra 'Licisca'.
Um prazer dos diabos!
Na Idade Média, o prazer era considerado pecado, obra de Satanás. Acreditava-se em bruxas e que os seus contratos com o diabo eram selados com sexo. Quando não era com o patrão dos infernos, era com os seus subalternos: íncubos - que significa "deitados por cima", responsáveis por "angústias sexuais" - e súcubos - ou "deitados por baixo", que garantiam prazeres inconfessáveis. Para tramar uma vizinha, bastava dizer que a tínhamos surpreendido numa sessão de sexo infernal. Os teólogos achavam que a esfera sexual do diabo era o rabo e acreditavam que as mulheres que lhe beijassem as nádegas ganhavam poderes misteriosos.
Área de acesso vedado!
O cinto de castidade terá aparecido em Florença e foi moda na Europa nos séculos XV e XVI. Um dia, um marido ciumento, provavelmente da burguesia, pensou numa peça de metal, com a largura de uma mão, que cobria completamente o sexo feminino e deixando apenas uma minúscula abertura para as necessi-
dades. Era fechado na anca e só o marido ficava com a chave. É claro que as mais astuciosas tratavam de arranjar uma cópia. Os mais ricos esmeravam-se e mandavam decorar os cintos de castidade com jóias.
O Protocolo do Sexo!
Em 1621, a moral sexual em Espanha era tão severa que nem os reis escapavam. Sempre que Filipe IV queria fazer uma visita conjugal a Maria Ana de Áustria, tinha que seguir o protocolo. Vestia uma capa negra, segurava um escudo debaixo do braço e uma espada na mão, enquanto uma aia ia à frente com um candelabro numa mão e um penico na outra. Não admira que Maria Ana, que nunca se habituou a estas visitas nocturnas, dissesse nas cartas que "preferia ser a última das freiras de Graz que rainha em Espanha".
A ousada Valsa!
Hoje parece-nos uma inocente dança de salão, mas, quando apareceu, a valsa causou escândalo por ser considerada demasiado sensual. A dança era muito rápida, o contacto corporal intenso e podiam trocar-se olhares e palavras mais ousadas. Os bailes eram autênticas feiras de noivado e as mães rejubilavam sempre que viam as filhas valsar com um bom partido. Os protestos não tardaram. Até Lorde Byron, que de modelo de virtudes não tinha nada e se fartava de seduzir raparigas, a classificou como uma vergonhosa forma de promiscuidade.
Bidé? O que é isso?
Em meados do séc. XIX, um século depois da invenção do bidé pelos franceses, os ingleses vitorianos ainda desconheciam a existência desta peça sanitária. E quando chegaram os primeiros relatos, o seu uso foi muito evitado. Aliás, Lewinsohn conta que a higiene íntima era banida da rotina das raparigas decentes por poder incitar à masturbação e a maus pensamentos.
O perigoso Shakespeare!
A era vitoriana, em Inglaterra, trouxe uma razia a livros e autores considerados indecentes. "Ulisses", de James Joyce, e "A Terra", de Emile Zola, foram banidos das livrarias por uns tempos, e até a Bíblia era considerada extremamente perigosa, quando lida com impuros pensamentos, conta Lewinsohn. De todos os autores, o pior era Shakespeare. Fizeram-se edições onde as passagens mais sensuais (que qualquer inglês culto conhecia de cor) foram retiradas.
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