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Ucrânia? Rússia aberta ao diálogo, mas sem propostas concretas
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, está aberto ao diálogo sobre a resolução da guerra na Ucrânia, mas não recebeu propostas concretas dos líderes ocidentais, declarou hoje o porta-voz da presidência russa.
"Putin disse repetidamente que continua aberto a comunicar, a falar", disse Dmitri Peskov em declarações à agência TASS.
Peskov admitiu que o diálogo não será fácil, mas sustentou que "de uma forma ou de outra, todas as guerras terminam na mesa de negociações".
Questionado sobre se os Estados Unidos ou a Alemanha solicitaram até agora conversações com a Rússia, o porta-voz do Kremlin respondeu que não.
O porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz, Steffen Hebestreit, reiterou na semana passada que Scholz esteve sempre disposto a conversar, mas que no momento não está previsto qualquer contacto.
Segundo o chefe da Administração Militar Regional de Kiev, Sergei Popko, no seu canal na rede social Telegram, a Rússia atacou na última noite a capital ucraniana durante mais de três horas com 'drones' e, apesar de os sistemas antiaéreos da Ucrânia terem intercetado todos os veículos aéreos não tripulados, uma mulher ficou ferida.
Rússia e Ucrânia trocam mais 95 prisioneiros de cada lado
A Rússia e a Ucrânia trocaram esta noite 95 prisioneiros de guerra de cada lado, entre os quais se encontra o ativista de direitos humanos Maksim Butkevich, que se alistou no Exército ucraniano em 2022.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou no canal Telegram o regresso a casa de soldados que defendiam Mariopol, Azovstal, Donetsk, Lugansk, Karkiv, Kiev, Chernguiv e Kherson.
O Centro de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Presidência ucraniana explicou que esta troca permitiu o regresso a casa de "muitos ucranianos sentenciados a longas penas de prisão" e mesmo a prisão perpétua "na sua própria terra", ocupada pela Rússia.
Entre os libertados do cativeiro russo -- 69 sargentos e soldados e 26 oficiais -- encontram-se guardas nacionais, marinheiros, soldados das Forças Armadas da Ucrânia, guardas fronteiriços e representantes de outras unidades das Forças de Segurança e Defesa.
Entre os libertados também figura Maksim Butkevich, um defensor dos direitos humanos e cofundador do Centro para os Direitos Humanos ZIMA, segundo o pai.
Em 2023, foi condenado pela Rússia na ocupada região de Lugansk a 13 anos de prisão, por alegadamente ferir duas mulheres em Siverskodonetsk, ao disparar um lançagranadas contra a entrada de um condomínio de vivendas.
Trata-se do 58.º intercâmbio organizado pela Ucrânia, que conseguiu libertar até agora 3.767 pessoas do cativeiro russo.
Opositor de Putin encontrado morto. Terá caído de janela de 10.º andar
Mikhail Rogachev foi vice-presidente de uma empresa petrolífera.
Um antigo executivo russo do sector petrolífero foi encontrado morto depois de, aparentemente, ter caído da janela do seu apartamento em Moscovo, na Rússia.
Mikhail Rogachev foi encontrado sem vida junto ao prédio onde vivia, num 10.º andar, com ferimentos consistentes com uma queda.
O homem, de 64 anos, era um antigo vice-presidente da Yukos, gigante petrolífero entretanto dissolvido, depois de o seu proprietário, Mikhail Khodorkovsky, ter sido preso por ter desafiado Vladimir Putin.
O corpo do homem terá sido encontrado por um funcionário dos serviços secretos russos e estará a ser tratado como tendo sido um caso de suicídio, referem os meios locais.
Ataque russo provoca dois mortos e 15 feridos em Zaporíjia
Pelo menos duas pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas hoje num ataque russo a uma zona residencial da cidade de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, segundo o governador da região, Ivan Fedorov.
"Dois mortos e 15 feridos" afirmou o representante numa mensagem na rede social Telegram, ao dar conta do último balanço de vítimas dos "bombardeamentos hostis" em Zaporíjia.
O governador regional informou que "os médicos continuam a examinar as vítimas e a prestar-lhes toda a assistência necessária".
No domingo, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou na rede social X que "todos os dias" a Rússia ataca cidades num "ato deliberado de terror".
Só na semana passada, indicou, foram usadas "cerca de 800 bombas aéreas guiadas e mais de 500 'drones' de ataque de diferentes tipos contra a Ucrânia".
Envio de tropas norte-coreanas para Ucrânia levaria a escalada na guerra
O envio de soldados norte-coreanos para combater ao lado das forças russas na Ucrânia levaria a uma escalada significativa na guerra, declarou hoje o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
"O envio de tropas pela Coreia do Norte para combater com a Rússia na Ucrânia marcaria uma escalada significativa" na guerra, declarou o responsável da Aliança Atlântica na rede social X.
"Conversei com o Presidente sul-coreano [Yoon Suk Yeol] sobre a estreita parceria entre a NATO e Seul, a cooperação da indústria da defesa e a segurança interligada das [regiões] Euro-atlântica e Indo-Pacífico", afirmou Rutte.
A Coreia do Sul convocou hoje o embaixador russo em Seul para manifestar descontentamento com a decisão de Pyongyang de enviar milhares de soldados para apoiar Moscovo na guerra com a Ucrânia, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Kim Hong-kyun, expressou, em comunicado, as "graves preocupações" de Seul sobre o recente envio de tropas norte-coreanas para a Rússia e exigiu firmemente a retirada imediata das forças norte-coreanas e a cessação da cooperação nesta área.
Kim Hong-kyun, transmitiu a posição do Governo de Yoon Suk-yeol durante um encontro com o embaixador russo, Georgy Zinoviev, segundo a agência Yonhap, citando fontes diplomáticas.
Zinoviev confirmou aos meios de comunicação social, à saída do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Seul, que se encontrou com Kim, mas recusou responder a mais perguntas.
Na sexta-feira, o Serviço Nacional de Informações da Coreia do Sul (NIS) garantiu que Pyongyang pretende enviar cerca de 12 mil soldados para a Ucrânia e que 1.500 já foram transferidos na semana passada para instalações militares russas nas regiões de Primorye, Khabarovsk e Amur, no Extremo Oriente.
As autoridades ucranianas informaram que Moscovo planeia enviar cerca de 10.000 soldados norte-coreanos para a região de Kursk a partir de 01 de novembro para conter os avanços ucranianos.
Moscovo considerou uma farsa as acusações, enquanto Pyongyang está a ignorar a questão.
Os analistas consideram que este acordo entre a Coreia do Norte e a Rússia está em linha com o tratado de parceria estratégica bilateral assinado em junho e que apela à assistência militar mútua no caso de um dos dois países ser atacado.
Ucrânia. Três pessoas morreram em ataque com 'drones' em Sumi
Três pessoas, incluindo uma criança, morreram na região de Sumi, no nordeste da Ucrânia, num ataque de tropas russas com 'drones' que atingiu uma casa numa zona residencial, disseram hoje as autoridades locais.
"Como resultado do impacto dos 'drones' inimigos sobre uma vivenda no centro da região, três pessoas morreram, incluindo uma criança", disse a administração militar regional ucraniana na rede social Telegram.
De acordo com a força aérea ucraniana, a Rússia lançou 60 'drones' iranianos Shahed e outros tipos de aparelhos aéreos não tripulados contra o território ucraniano na noite passada, dos quais o exército ucraniano abateu 42, a maioria destes sobre a região de Sumi.
Outros 10 'drones' russos foram abatidos por interferência eletrónica pelas forças ucranianas.
Forças russas avançam em bastião ucraniano no leste e apertam o cerco
Os soldados russos conseguiram atravessar um canal, uma importante linha de defesa natural em Chassiv Yar, um bastião no leste da Ucrânia, onde Moscovo continua o seu avanço, anunciou hoje um oficial do exército ucraniano.
Chassiv Yar, que tinha cerca de 12 mil habitantes antes da invasão russa, está localizada em terreno elevado, o que lhe confere uma visão estratégica sobre outras cidades importantes para a logística das forças ucranianas.
"O inimigo conseguiu romper a nossa linha de defesa, mas não há falha crítica e não estamos prestes a perder Chassiv Yar", garantiu em declarações à televisão nacional Ivan Petrychak, porta-voz da 24.ª brigada ucraniana, declarou em cadeia nacional.
Os soldados russos conseguiram atravessar um canal a leste da cidade, que os separava das tropas ucranianas, e que durante muito tempo serviu de barreira natural.
No entanto, o seu avanço foi bloqueado e os combates continuam, acrescentou Ivan Petrychak.
As tropas russas conseguiram atravessar este canal várias vezes no passado, mas até então estas pareciam ser incursões limitadas.
Os mapas da linha da frente, baseados em dados de fonte aberta, mostram que as tropas russas avançaram nas últimas semanas em ambos os lados da cidade, que acaba por correr o risco de ser cercada.
A captura de Chassiv Yar poderá aumentar o perigo para cidades como Kramatorsk e Sloviansk, importantes bases logísticas do exército ucraniano e onde ainda se encontram muitos habitantes.
As tropas de Moscovo avançam na região oriental de Donetsk e os soldados ucranianos, em menor número e menos bem armados, lutam para as deter.
Dois adultos e uma criança foram mortos num ataque noturno na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, e dois outros civis num ataque separado na região oriental de Donetsk, adiantaram hoje as autoridades ucranianas.
Em Sumy, capital da região com o mesmo nome, o ataque mortal de drones atingiu casas, referiu a administração regional.
A cidade tinha mais de 250.000 habitantes antes do início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apelou mais uma vez aos aliados ocidentais para que entreguem mais sistemas de defesa aérea às forças ucranianas, numa reação a este ataque.
Zelensky quer também que o seu exército seja autorizado a atacar alvos militares nas profundezas do território russo.
A Rússia intensificou recentemente os seus ataques nesta área, em resposta à ofensiva surpresa ucraniana lançada no início de Agosto na região russa de Kursk, situado do outro lado da fronteira e onde as forças de Kiev que entraram em agosto ainda controlam centenas de quilómetros quadrados.
Na região de Donetsk, um atentado à bomba na madrugada de hoje fez dois mortos e um ferido, de acordo com os serviços de emergência regionais.
O Ministério da Defesa russo reivindicou a captura da pequena cidade de Novosadovoye nesta região, confirmando o avanço das suas tropas face à retirada do exército ucraniano.
Nos territórios ocupados pela Rússia, um homem foi morto num ataque ucraniano com drone em Energodar, cidade controlada pelas forças russas e localizada perto da central nuclear de Zaporijia, segundo o governador regional empossado por Moscovo, Yevgeny Balitsky.
Rússia. Soldados norte-coreanos já terão chegado à zona de combate
As primeiras unidades de soldados norte-coreanos já chegaram à zona de combates na região russa de Kursk, onde as tropas ucranianas controlam centenas de quilómetros quadrados, afirmaram hoje as autoridades militares da Ucrânia.
"As primeiras unidades do exército norte-coreano, que foram treinadas em campos de treino no leste da Rússia, já chegaram à zona de combate" entre a Ucrânia e a Rússia, indicaram os serviços de inteligência militar ucranianos (GUR) num comunicado de imprensa.
"No dia 23 de outubro de 2024", ou seja, quarta-feira, "a sua aparição foi registada na região [russa] de Kursk", acrescentaram.
A afirmação surge no mesmo dia em que os deputados russos votaram, por unanimidade, a ratificação do "tratado de parceria estratégica abrangente" com a Coreia do Norte, que prevê a assistência mútua em caso de agressão armada por parte de um terceiro país.
A presença de soldados norte-coreanos em território russo tem preocupado, nos últimos dias, o Ocidente, que teme que a sua participação nos combates possa levar a uma grande escalada na guerra.
Por sua vez, a Coreia do Norte nega ter fornecido à Rússia novas forças para o seu ataque à Ucrânia, com um representante de Pyongyang na ONU a chamar-lhe um "rumor infundado".
Mas de acordo com um porta-voz da Casa Branca, "entre o início e meados de outubro, a Coreia do Norte deslocou pelo menos 3.000 soldados" para o leste da Rússia, confirmando informações inicialmente fornecidas por Seul.
Washington, no entanto, disse não saber se iriam combater ao lado do exército russo na Ucrânia, embora considerasse que se trata de uma "possibilidade muito preocupante".
Se for este o caso, estes soldados serão "alvos militares legítimos", alertou o porta-voz norte-americano.
Os serviços de informação sul-coreanos garantiram na semana passada que a Coreia do Norte decidiu enviar até 12 mil soldados para ajudar a Rússia.
Nos últimos meses, Pyongyang já tinha sido acusado pelo Ocidente de fornecer bombas e mísseis ao exército russo.
Zelensky recusou-se a receber Guterres depois de "humilhação" em Kazan
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou-se a receber o secretário-geral da ONU, António Guterres, em Kyiv devido à visita do português à cidade russa de Kazan no âmbito da cimeira dos BRICS, informou a France-Presse.
"Depois de Kazan, ele (Guterres) quis vir à Ucrânia, mas o presidente não confirmou a sua visita" face ao que Zelensky considerou uma humilhação infligida ao direito internacional em Kazan, afirmou um alto funcionário presidencial ucraniano à AFP, sob condição de anonimato.
Na quinta-feira, António Guterres defendeu um "cessar-fogo imediato" em Gaza e apelou à paz no Líbano e na Ucrânia, ao intervir na reunião dos BRICS, bloco das principais economias emergentes, com os países do Sul Global.
"Precisamos de paz em todo o lado. Precisamos de paz em Gaza com um cessar-fogo imediato e uma libertação imediata e incondicional de todos os reféns", disse Guterres, recentemente declarado 'persona non grata' pelo Governo israelita.
Em solo russo, Guterres também apelou à paz na Ucrânia: "Uma paz justa, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O grupo BRICS, fundado informalmente em 2006 e que realizou a sua primeira cimeira em 2009, inclui países que representam cerca de um terço da economia mundial e mais de 40% da população global.
Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Etiópia, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos integram atualmente o bloco.
Kyiv deteve alegado espião ucraniano a soldo de Moscovo
Kyiv anunciou hoje a detenção de um cidadão ucraniano que trabalhava como voluntário para o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas, acusado de espiar para as forças russas no leste do país.
"Sob o pretexto do serviço de voluntariado, o traidor espiava as posições das forças de defesa no setor de Pokrovsk", declarou o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) em comunicado.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, Kyiv investigou supostos atos de "colaboração e traição", acusações que podem ser punidos com pesadas penas de prisão.
"Durante as buscas, o SBU apreendeu o telemóvel do detido com uma conversa de mensagens anónimas, que utilizava para comunicar com um oficial do FSB", os serviços secretos russos, acrescenta o comunicado oficial de Kyiv.
O SBU disse que a missão do voluntário de 34 anos era identificar as posições das forças ucranianas e da artilharia na cidade de Pokrovsk e arredores, que a Rússia poderia atingir com aparelhos aéreos não tripulados e artilharia.
Moscovo tem vindo a ganhar terreno em Pokrovsk, o centro logístico da região oriental de Donbass, que as forças ucranianas tentam proteger contra um exército russo maior e mais bem equipado.
De acordo com o SBU, o suspeito, que já se encontra detido, "enfrenta uma pena de prisão perpétua com confisco dos seus bens".
Ataque ucraniano com drones provoca incêndio em fábrica na Rússia
Dois trabalhadores ficaram feridos na sequência do ataque de domingo, revelou o governador regional, Alexander Gusev.
Um ataque ucraniano com drones provocou um incêndio numa fábrica de etanol em Anninsky, na região de Voronezh, na Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia. A informação foi avançada através da rede social Telegram, citada pela Reuters.
O governador regional, Alexander Gusev, revela que cerca de dez drones foram destruídos ou intercetados na região, no domingo, e que os destroços danificaram dois outros edifícios industriais. Em declarações, revela que dois trabalhadores da fábrica ficaram feridos e que o incêndio já foi extinto pelos bombeiros.
Ainda no seguimento do ataque, foram relatadas explosões em Krasnoye, no distrito de Novokhopersky, que é perto dos serviços de segurança russos, relataram vários canais de informação russos no Telegram.
Durante a noite, as unidades de defesa aérea russas intercetaram, ainda, 21 veículos aéreos não tripulados sobre várias regiões.
Tropas norte-coreanas enviadas para a frente de batalha na Ucrânia
O Serviço Nacional de Inteligência (NIS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse hoje ter indicações de que algumas tropas norte-coreanas podem estar já a deslocar-se para combater na Ucrânia.
"As transferências de tropas entre a Coreia do Norte e a Rússia estão em curso e estamos a estudar a possibilidade de que algum pessoal, incluindo generais militares, passe para a frente de batalha", disse o NIS.
O exército da Rússia está a ensinar aos norte-coreanos uma centena de termos na língua russa para tentar prevenir "problemas de comunicação", acrescentou, citado pela agência de notícias pública sul-coreana Yonhap.
"Acreditamos que um importante responsável de segurança russo envolvido no envio de tropas norte-coreanas estava a bordo do avião especial do governo russo que viajou entre Moscovo e Pyongyang nos dias 23 e 24 de outubro", disse o NIS, indicando que o objetivo da viagem seria coordenar o envio de tropas.
A cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang representa uma "ameaça significativa à segurança da comunidade internacional e pode representar um sério risco para a segurança" da Coreia do Sul, afirmou o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol.
Na segunda-feira, o Departamento de Defesa norte-americano tinha anunciado que cerca de dez mil militares da Coreia do Norte foram enviados para treinar na Rússia e combater na Ucrânia nas próximas semanas.
"Estamos cada vez mais preocupados com a intenção da Rússia de utilizar estes soldados em combate ou para apoiar operações de combate contra as forças ucranianas na região russa de Kursk", disse a porta-voz do Pentágono aos jornalistas.
Sabrina Singh lembrou que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, já tinha avisado publicamente que, caso os soldados da Coreia do Norte fossem utilizados no campo de batalha, seriam considerados beligerantes e alvos legítimos, com sérias implicações para a segurança na região do Indo-Pacífico.
Austin vai ter um encontro com os responsáveis da Defesa da Coreia do Sul no final desta semana no Pentágono, no qual se espera que seja discutido o uso de soldados norte-coreanos no conflito da Ucrânia.
Também na segunda-feira, a NATO afirmou que algumas das tropas norte-coreanas já foram enviadas para a região fronteiriça de Kursk, onde a Rússia tem tentado repelir uma incursão ucraniana iniciada no verão.
Entretanto, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, partiu na segunda-feira para uma visita oficial à Rússia, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, sem adiantar o motivo da deslocação.
Envio de soldados norte-coreanos para a Rússia é "ameaça significativa"
A cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang representa uma "ameaça significativa à segurança global", afirmou hoje o Presidente sul-coreano, depois de o Pentágono anunciar a chegada de dez mil soldados da Coreia do Norte à Rússia.
"Esta cooperação militar ilegal entre a Rússia e a Coreia do Norte é uma ameaça significativa à segurança da comunidade internacional e pode representar um sério risco para a nossa segurança nacional", disse Yoon Suk-yeol.
Também hoje, a imprensa estatal norte-coreana anunciou que a ministra dos Negócios Estrangeiros, Choe Son-hui, partiu para uma visita oficial à Rússia.
Choe deixou na segunda-feira o Aeroporto Internacional de Pyongyang, avançou a agência de notícias KCNA, sem revelar o motivo da visita.
Na segunda-feira, o Departamento de Defesa norte-americano tinha anunciado que cerca de dez mil militares da Coreia do Norte foram enviados para treinar na Rússia e combater na Ucrânia nas próximas semanas.
"Estamos cada vez mais preocupados com a intenção da Rússia de utilizar estes soldados em combate ou para apoiar operações de combate contra as forças ucranianas na região russa de Kursk", disse a porta-voz do Pentágono aos jornalistas.
Sabrina Singh recordou que o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, já tinha avisado publicamente que, caso os soldados da Coreia do Norte fossem utilizados no campo de batalha, seriam considerados beligerantes e alvos legítimos, com sérias implicações para a segurança na região do Indo-Pacífico.
Austin vai ter um encontro com os responsáveis da Defesa da Coreia do Sul no final desta semana no Pentágono, no qual se espera que seja discutido o uso de soldados norte-coreanos no conflito da Ucrânia.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, alertou na segunda-feira que o envio de militares norte-coreanos para a Rússia é "muito perigoso".
Horas antes, a NATO afirmou que algumas das tropas norte-coreanas já foram enviadas para a região fronteiriça de Kursk, onde a Rússia tem tentado repelir uma incursão ucraniana iniciada no passado verão.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, defendeu que este destacamento representa "uma escalada significativa" no envolvimento da Coreia do Norte no conflito e marca "uma perigosa expansão da guerra da Rússia", iniciada com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
O secretário-geral indicou que a Aliança Atlântica está a "consultar ativamente" os países da organização, a Ucrânia e os parceiros do Indo-Pacífico sobre estes desenvolvimentos e que iria falar em breve com o Presidente da Coreia do Sul e com o ministro da Defesa de Kyiv.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, ignorou os comentários de Rutte e observou que Pyongyang e Moscovo assinaram um pacto de segurança conjunto em junho passado, mas não chegou a confirmar que os soldados norte-coreanos estavam na Rússia.
"Surreal". Zelensky acusa Guterres de mostrar posição "pró-Rússia"
O presidente ucraniano afirmou que "entre o agressor e a vítima não pode haver neutralidade".
Volodymyr Zelensky criticou a presença do secretário-geral das Nações Unidas, em Kazan, no âmbito da cimeira dos BRICS, caracterizando-a como "uma coisa surreal", numa entrevista dada ao The Times of India.
O presidente da Ucrânia defendeu que "entre o agressor e a vítima não pode haver neutralidade" e que "considera isso um apoio oculto à Rússia". Diz ainda que "aqueles que estiveram presentes na cimeira e falaram sobre serem neutros e que gostavam de ajudar a resolver o conflito" parecem "pró-Rússia".
Na quinta-feira, António Guterres defendeu um "cessar-fogo imediato" em Gaza e apelou à paz no Líbano e na Ucrânia, ao intervir na reunião dos BRICS, bloco das principais economias emergentes, com os países do Sul Global.
Em solo russo, Guterres também apelou à paz na Ucrânia: "Uma paz justa, em conformidade com a Carta das Nações Unidas, o direito internacional e as resoluções da Assembleia Geral".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
O grupo BRICS, fundado informalmente em 2006 e que realizou a sua primeira cimeira em 2009, inclui países que representam cerca de um terço da economia mundial e mais de 40% da população global.
Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Etiópia, Irão, Egito e Emirados Árabes Unidos integram atualmente o bloco.
Ucrânia. Pelo menos dois mortos e oito feridos em ataque russo a Kherson
Pelo menos duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas hoje num bombardeamento das forças russas sobre a província de Kherson, que está parcialmente ocupada pela Rússia.
O governador ucraniano de Kherson, Alexander Prokudin, informou que o ataque ocorreu na província por volta das 08:45, no horário local, e algumas pessoas tiveram de ser levadas para o hospital devido à gravidade dos ferimentos.
As autoridades de Lugansk reportaram também um ataque ucraniano contra posições russas nesta província. O alvo foi um depósito de munições, segundo o governador regional ucraniano, Artem Lisohor.
"Provavelmente armazenavam ali munições para serem fornecidas à linha da frente", disse Lisohor na rede social Telegram, que acusou ainda as autoridades russas de instalarem este tipo de depósitos perto dos aglomerados populacionais.
"Para eles, as vidas humanas não valem nada", afirmou Lisohor.
Hoje, o exército russo reivindicou a tomada da cidade de Selydove, no leste da Ucrânia, um feito que aumenta ainda mais a pressão sobre as forças ucranianas na zona de Pokrovsk, um importante centro logístico.
Selydove, que tinha cerca de 20.000 habitantes antes da guerra, "foi libertada graças às ações bem-sucedidas das formações e unidades militares do agrupamento Centro", afirmou o Ministério da Defesa russo num breve comunicado de imprensa divulgado no Telegram.
Pouco antes, o ministério russo tinha anunciado a tomada de três localidades na mesma região: Guirnyk, Katerynivka e Bogoyavlenka.
A cidade de Selydove situa-se a cerca de 15 quilómetros a sudeste de Pokrovsk, uma cidade que tinha 60.000 habitantes antes da guerra. Ali existe a única mina controlada pela Ucrânia que produz coque, um carvão necessário para a produção de aço.