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Ataques israelitas fazem dezenas de mortos em Rafah e Gaza
Dezenas de palestinianos foram mortos durante a madrugada em Rafah, a cidade mais a sul da Faixa de Gaza, e no norte do enclave devido a ataques militares israelitas, segundo fontes médicas citadas por agências locais.
Em Rafah, as forças militares israelitas tomaram, numa ofensiva lançada a 07 de maio, as zonas da passagem para o Egito e do ponto de Kerem Shalom, para Israel, bem como de outros 31 quilómetros quadrados de onde a população foi mandada retirar-se um dia antes.
Os aviões israelitas voltaram a atacar as zonas em torno do posto fronteiriço de Rafah, que permanece encerrado, disparando projéteis contra os bairros orientais de Al-Shuweika e Al-Jeneina, enquanto a força naval utilizou também metralhadoras contra as zonas ocidentais da cidade de Rafah, informou agência palestiniana Wafa.
No bairro de Zeitun, no norte de Gaza, pelo menos 10 casas foram bombardeadas perto da mesquita Hasan Al Banna e da Universidade de Gaza, deslocando milhares de pessoas que se abrigavam nas escolas.
"Dezenas de pessoas foram mortas na sequência dos bombardeamentos dos aviões de guerra ocupantes", indiciou a Wafa.
O número total de mortos desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro de 2023, ascende a 34.844, segundo a contagem das autoridades palestinianas, enquanto pelo menos 78.404 pessoas ficaram feridas.
Além disso, milhares de corpos estão ainda enterrados sob os escombros e não podem ser alcançados pelas equipas de salvamento.
Israel declarou guerra ao movimento Hamas após um ataque surpresa em território israelita que fez cerca de 1.200 mortos e mais de 200 raptos.
Hamas diz que morreram 35.386 pessoas desde início da guerra
O Ministério da Saúde do Hamas atualizou hoje, para 35.386 pessoas, o número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino.
Em comunicado, o Ministério da Saúde de Gaza, organismo dependente do Hamas, refere que em 24 horas morreram 83 pessoas, isto numa noite de "intensos bombardeamentos" em Jabalia, no norte do enclave, e de se terem registado novos movimentos de tropas em Rafah, no sul.
Em mais de sete meses de guerra, registaram-se 79.366 feridos, refere o mesmo organismo, citado quer pela agência AFP, quer pela EFE.
"Israel cometeu massacres contra famílias na Faixa de Gaza, causando 83 mortos e 105 feridos durante as últimas 24 horas", lê-se no comunicado que dá conta de uma contagem nos hospitais do enclave.
O número total de feridos atingiu hoje 79.366 desde 07 de outubro, após 225 dias de combates.
Mais de 1,7 milhões de habitantes de Gaza -- a maioria da população -- foram deslocados e mais de um milhão passam fome.
O porta-voz da Defesa Civil na Faixa de Gaza, independente do Hamas, disse hoje que a destruição em Jabalia é "massiva", depois de mais de 300 casas terem sido "completamente destruídas".
Na sexta-feira, a chegada de ajuda humanitária começou através do cais flutuante, ancorado na costa de Gaza, numa altura em que, segundo a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), o número de veículos com alimentos e combustível que entram em Gaza caiu para níveis "perigosamente baixos" nas últimas duas semanas.
Após o encerramento da passagem sul de Rafah, apenas cerca de 100 camiões entram no enclave por dia, em comparação com os 600 que seriam necessários para resolver a situação de fome.
Bombardeamento atribuído a Israel na Síria fez pelo menos 16 mortos
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos disse hoje que 16 membros de grupos pró iranianos morreram na sequência de um ataque israelita contra uma fábrica perto de Alepo, norte da Síria, no domingo à noite.
Os ataques noturnos visaram uma fábrica onde estão instalados grupos pró iranianos, "provocando fortes explosões", segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização com sede em Londres.
"Dezasseis pessoas, entre sírios e estrangeiros, foram mortas", acrescentou a organização não-governamental britânica que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria, sem especificar se as vítimas eram combatentes.
A ONG tinha indicado inicialmente um balanço provisório de 12 mortos.
Desde o início da guerra civil síria, em 2011, Israel efetuou centenas de ataques contra o Exército do regime de Bashar al-Assad e contra os grupos pró-iranianos que apoiam Damasco.
O Ministério da Defesa sírio anunciou em comunicado que "depois da meia-noite (...), o inimigo israelita lançou um ataque aéreo (...) visando certas posições perto de Alepo".
O OSDH acrescentou que a zona de Hayyan, atingida pelo bombardeamento, era "controlada por grupos pró iranianos compostos por sírios e estrangeiros".
Os ataques israelitas intensificaram-se desde o início da guerra, a 07 de outubro, entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
As autoridades israelitas raramente comentam estes ataques contra território sírio.
No passado dia 01 de abril, um ataque atribuído a Israel teve como alvo o consulado iraniano em Damasco, matando vários altos funcionários iranianos.
Teerão retaliou a 13 de abril com um ataque sem precedentes contra Israel.
Após a resposta iraniana, a intensidade dos ataques israelitas na Síria diminuiu, antes de aumentar novamente em maio, de acordo com o OSDH.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos contabilizou 44 ataques atribuídos a Israel contra a Síria, a maioria dos quais ataques aéreos, desde janeiro.
Pelo menos 20 mortos em ataques de Israel no sul e centro de Gaza
Mais de 20 habitantes de Gaza, incluindo três crianças, foram mortos hoje de madrugada em Khan Younis, no sul e no centro do enclave palestiniano, durante ataques aéreos israelitas.
Pelo menos 10 pessoas, incluindo três crianças, foram mortas e outras ficaram feridas, informaram hoje fontes médicas de Gaza, em bombardeamentos israelitas contra duas casas na zona de Rumaydah, a leste da cidade de Khan Younis.
Dois outros cidadãos palestinianos foram mortos em bombardeamentos israelitas contra uma casa pertencente à família Abu Jater, também em Khan Younis, segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa, que também relatou uma incursão militar perto de um hospital da mesma zona.
Estas mortes ocorrem poucas horas depois de 10 civis terem sido mortos num ataque da aviação de guerra israelita contra duas casas situadas nos campos de refugiados de Bureij e Nuseirat, centro de Gaza, disseram fontes locais à agência noticiosa Wafa.
Enquanto Israel prossegue a ofensiva terrestre em Rafah, a situação continua a agravar-se para os habitantes do enclave.
As Nações Unidas disseram no domingo que 36 abrigos em Rafah estão vazios, depois de cerca de 1,7 milhões de pessoas terem sido deslocadas à força para Khan Younis e para as zonas centrais de Gaza.
"O espaço humanitário continua a diminuir", denunciou a ONU que voltou a apelar a um cessar-fogo imediato, após quase oito meses de ataques e bombardeamentos israelitas, em que mais de 36.400 habitantes de Gaza foram mortos, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
"Nenhum local" de Israel será poupado em caso de guerra, diz Hezbollah
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, advertiu hoje que "nenhum local" em Israel ficará imune aos mísseis do movimento xiita libanês, caso os dirigentes israelitas decidam concretizar as suas ameaças de atacar o Líbano.
"O inimigo sabe perfeitamente que estamos preparados para o pior (...). Sabe que nenhum local (...) será poupado pelos nossos mísseis", assinalou num discurso transmitido pela televisão, acrescentando: "Deve esperar-nos por terra, por mar e por ar".
No seu discurso, Nasrallah também ameaçou o Chipre caso a ilha decida disponibilizar os seus aeroportos e bases a Israel em caso de guerra contra o seu movimento no Líbano.
"A abertura dos aeroportos e de bases cipriotas ao inimigo israelita para atacar o Líbano significaria que o Governo cipriota é parte integrante da guerra", afirmou.
No seu discurso, o clérigo xiita libanês assegurou que a sua formação possui atualmente mais de 100.000 combatentes e revelou que diversos movimentos aliados se ofereceram para enviar milícias ao Líbano para combater Israel.
"Ultrapassámos os 100.000 combatentes e que ultrapassam as necessidades da frente [de combate], incluindo nas piores condições de uma guerra", garantiu Nasrallah.
Nesse sentido, acrescentou que os líderes de diversas formações regionais "de resistência" contactaram o Hezbollah para o envio de combatentes para o Líbano, sugestão de momento recusada devido ao "número suficiente de membros" nas suas fileiras.
"Dissemos-lhes que o que temos é suficiente, incluindo demais, para a batalha", referiu Nasrallah na sua intervenção.
Na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ameaçou o Hezbollah de destruição na sequência de uma "guerra total", num momento em que se intensificam os confrontos transfronteiriços entre o Exército de Telavive e o movimento libanês.
"Estamos muito próximo do momento em que decidiremos alterar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Numa guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano duramente atingido", afirmou Katz através de um comunicado oficial e numa mensagem publicada na rede social X.
Em paralelo, o Hezbollah confirmou hoje a morte de três combatentes na sequência de ataques israelitas no sul do Líbano, e quando um enviado norte-americano regressou a Israel após encontros com responsáveis oficiais libaneses.
Os 'media' libaneses referiram-se a múltiplos ataques israelitas ao longo da fronteira e numa região a norte da cidade costeira de Tiro, a cerca de 30 quilómetros da fronteira.
O poderoso movimento xiita libanês não especificou o local e o momento da morte dos três combatentes, indicou a estação televisiva Al Manar, vinculada a esta formação, que até agora confirmou cerca de 350 mortos em combate.
Por seu turno, os militares israelitas indicaram que dois disparos de lança-foguetes pelo Hezbollah danificaram vários veículos no norte de Israel.
Amos Hochstein, enviado especial do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, regressou a Israel após encontros mantidos na terça-feira no Líbano. Não foram reveladas informações sobre eventuais progressos nos esforços para evitar uma guerra em larga escala na região.
Ainda em Beirute, Hochstein afirmou que uma solução "política e rápida" do conflito "é do interesse de todos", antes de frisar a necessidade de "impedir uma maior escalada entre Israel e o Líbano e uma guerra aberta", apesar de a situação na fronteira "ser extremamente perigosa".
Os confrontos transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, eclodiram na sequência da incursão do movimento islamita palestiniano em Israel em 07 de outubro de 2023, com uma imediata e arrasadora intervenção do Exército israelita na Faixa de Gaza.
O Hezbollah afirma que já efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 08 de outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.
Mais de oito meses de violência provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis, indica a agência noticiosa AFP.
Segundo Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
Pelo menos 25 palestinianos, entre os quais 5 jornalistas, morreram hoje
Pelo menos 25 palestinianos, incluindo cinco jornalistas, morreram hoje em vários ataques israelitas no campo de refugiados de Nuseirat e na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, enquanto as tropas israelitas continuam a sua ofensiva.
Fontes médicas palestinianas confirmaram pelo menos 25 mortos em ataques em vários locais do campo de Nuseirat, incluindo escolas da UNRWA, em Deir al Balah, mas também nos campos de Bureij e Maghazi, todos no centro da Faixa de Gaza.
Dos seus ataques no centro, o exército relatou apenas um ataque a um lançador de foguetes localizado "perto de abrigos civis" na área de Deir al-Balah
"A Força Aérea conduziu um ataque preciso contra o lançador e, antes do ataque, foram tomadas medidas para mitigar o risco de ferir civis, incluindo avisos à população na área, bem como avaliação de informações em tempo real", revelou o exército.
Foram ainda confirmadas as mortes de pelo menos cinco jornalistas: Saadi Madoukh, Adeeb Sukkar, Amjad Al-Jahjouh e sua mulher, Wafa Abu Dabaan, e Rizq Abu Shakyan.
As equipas de salvamento encontraram 10 corpos, incluindo sete irmãos, na residência de Abu Shakyan no campo de Nuseirat, onde mais de 270 pessoas foram mortas num único dia no mês passado, quando Israel efetuou um resgate de quatro reféns.
Até ao momento, foram também encontrados dois corpos em Deir al-Balah, mas as equipas de emergência estão a procurar outros nos escombros, na sequência de vários bombardeamentos a casas nessa cidade.
Os meios de comunicação social palestinianos referem igualmente ataques aéreos e de artilharia em vários bairros da cidade de Gaza, incluindo Sheikh Ajlin, Tal al Hawa, Zaytun e Shujaiya, onde as tropas têm vindo a realizar uma nova ofensiva terrestre há mais de uma semana em resposta ao regresso e reagrupamento do Hamas na zona.
"No último dia, as tropas operaram contra células terroristas armadas e destruíram armas e infraestruturas terroristas subterrâneas e acima do solo em Shujaiya", refere um comunicado militar.
O exército também informou sobre as suas "atividades operacionais baseadas em informações" em Rafah, a ponta sul do enclave na fronteira com o Egito, onde Israel lançou a sua ofensiva terrestre em maio, quando havia 1,4 milhões de pessoas deslocadas na cidade, mais de metade de toda a população de Gaza.
"Durante os controlos dos soldados, foram destruídas várias infraestruturas subterrâneas e confiscadas armas e equipamento militar. As células terroristas que constituíam uma ameaça perto das tropas foram eliminadas", refere o comunicado militar.
Desde o início da guerra, cerca de 38.100 habitantes de Gaza foram mortos em quase nove meses, mais de 70% dos quais mulheres e crianças, e mais de 87.700 ficaram feridos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
O ministério, que não pôde atualizar os seus números nos últimos dois dias, informou hoje que, entre quinta e sexta-feira, 87 pessoas foram mortas e cerca de 260 ficaram feridas na Faixa de Gaza.
A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro.
Após o ataque sem precedentes, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou no dia seguinte uma ofensiva militar em Gaza, que também destruiu significativamente as infraestruturas do enclave de 2,3 milhões de habitantes.
Apenas um dia após os ataques e o início da ofensiva, o Hezbollah iniciou uma onda de ataques com projéteis, mísseis e drones contra o norte de Israel a partir do Líbano, o que desencadeou confrontos que continuaram desde então.
Hamas reúne-se com resistência palestiniana para discutir cessar-fogo
A direção do Hamas reuniu-se na noite passada com outros líderes das fações da "resistência palestiniana" para discutir a proposta de cessar-fogo do grupo a Israel, que será negociada na próxima semana em Doha.
"No âmbito do trabalho nacional conjunto e da comunicação contínua face à agressão sionista e à firmeza heroica do nosso povo, uma delegação de dirigentes do Hamas reuniu-se com o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziyad Nakhala, e com o secretário-geral adjunto da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Jamil Mezher", avançou o Hamas num comunicado divulgado nos seus canais oficiais.
O comunicado não especifica o local da reunião nem quais os dirigentes do Hamas que nela participaram, mas refere que nas reuniões se discutiram "os desenvolvimentos políticos e os esforços da resistência para travar a agressão sionista na Faixa de Gaza".
"Os líderes do Hamas analisaram as ideias pormenorizadas trocadas com os mediadores e sublinharam que os objetivos da resistência são pôr termo à agressão contra o nosso povo, retirar as forças de ocupação, prestar socorro ao nosso povo e a reconstrução, bem como um acordo justo de troca de prisioneiros.
O líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, apresentou aos mediadores uma nova proposta de acordo na quarta-feira à noite, e o chefe da Mossad, David Barnea, que dirige a equipa de negociação israelita, fez na sexta-feira uma viagem relâmpago para receber a proposta e reunir-se com o primeiro-ministro do Qatar, o principal mediador.
Após a viagem, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu deu instruções à sua equipa de negociação para regressar a Doha na próxima semana e retomar as negociações para um acordo de tréguas na Faixa de Gaza, embora tenha admitido que ainda existem "lacunas" nas posições das duas partes.
O Hamas mantém como exigência fundamental que qualquer pacto culmine com a cessação definitiva das hostilidades e a saída das tropas israelitas, enquanto Netanyahu insiste que a guerra só terminará quando Israel tiver concluído a destruição das capacidades militares e governativas dos islamitas e conseguido o regresso de todos os reféns, vivos e mortos.
Mohamed Nazzal, membro do gabinete político do Hamas, afirmou que, após terem apresentado a sua proposta aos mediadores, prosseguem os contactos com as outras "fações da resistência" e sublinhou que "a bola está agora no lado de Netanyahu".
"As ideias que apresentámos respeitam os princípios de base, mas caracterizam-se pela flexibilidade para pôr termo à agressão a Gaza", afirmou o líder do Hamas no Líbano e membro do gabinete político, Osama Hamdan.
O Ministério da Saúde do Governo do Hamas, que administra a Faixa de Gaza, fez hoje um novo balanço de 38.098 mortos no território palestiniano desde o início da guerra com Israel, há quase nove meses.
Pelo menos 87 pessoas foram mortas nas últimas 48 horas, indicou o ministério em comunicado, acrescentando que 87.705 pessoas ficaram feridas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro do ano passado.
Uma delegação de dirigentes do Hamas, liderada por Jalil al Hayya, reuniu-se na sexta-feira em Beirute com o secretário-geral do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, para discutir a proposta de acordo em cima da mesa, que poderá também traduzir-se numa acalmia na fronteira entre Israel e o Líbano, que vive o mais longo período de troca de tiros desde 2006.
"A delegação apreciou o papel do Hezbollah no apoio a Gaza, elogiando as suas ações, os seus sacrifícios e a firmeza do povo libanês face à entidade sionista", declarou o Hamas.
A delegação do grupo islamita palestiniano também se reuniu com os líderes do Ansarallah, dos Houthis do Iémen e da Resistência Islâmica no Iraque, que também lançaram ataques com mísseis e drones contra Israel paralelamente à guerra na Faixa de Gaza, embora nenhum tenha representado um risco grave.
Ministro da Defesa diz que Israel eliminou 60% dos combatentes do Hamas
O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, afirmou hoje que o Exército israelita "eliminou ou feriu 60%" dos combatentes do Hamas, após nove meses de guerra na Faixa de Gaza, considerando tratar-se de um "êxito" militar.
O conflito entre Israel e o Hamas entrou no décimo mês no domingo passado.
"Houve muitos êxitos", declarou Yoav Gallant na tribuna do Knesset, o Parlamento israelita.
O Exército está atualmente a operar em vários setores da Faixa de Gaza e, nos últimos dias, intensificou a ofensiva na cidade de Gaza.
No início de janeiro, porém, o ministro anunciou que tinha "concluído o desmantelamento da estrutura militar" do Hamas no norte do território palestiniano, onde se situa a cidade, antes de lançar as operações terrestres no centro e no sul do enclave.
"Eliminámos ou ferimos 60% dos terroristas do Hamas", disse Gallant, assegurando que as forças israelitas "desmantelaram a grande maioria" dos batalhões do Hamas e que "os soldados [de Israel] lutam há nove meses com dedicação, sacrifício e sucesso".
Questionado pela Agência France-Presse (AFP) sobre o número de combatentes correspondente à percentagem apresentada pelo ministro, o Exército israelita disse estar a verificar a informação.
O Ministério da Defesa também não esclareceu de imediato a percentagem.
"Trouxemos de volta metade dos reféns e estamos determinados a trazer os restantes", acrescentou o Ministro da Defesa, referindo-se às 116 das 251 pessoas raptadas no dia 07 de outubro de 2023 e que continuam detidas em Gaza, de acordo com o Exército israelita. "Todo o aparelho de segurança está determinado a cumprir os objetivos da guerra" fixados por Israel, disse Gallant, nomeadamente erradicar o Hamas e libertar os reféns, 42 dos quais já morreram.
Após meses de negociações infrutíferas sobre um cessar-fogo, uma fonte próxima das conversações disse que os chefes dos serviços de informações dos Estados Unidos (CIA) e de Israel são esperados hoje em Doha, Qatar.
As hostilidades foram desencadeadas em 07 de outubro por um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, que causou a morte de 1.195 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
A campanha militar de retaliação de Israel devastou a Faixa de Gaza, matando 38.295 pessoas, a maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas no enclave palestiniano.
Hezbollah ameaça atacar novas localidades em Israel
O líder xiita libanês do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou hoje atacar localidades israelitas que ainda não foram visadas se Israel continuar a matar civis nos bombardeamentos contra o sul do Líbano.
"Se o inimigo continuar a atacar civis como tem feito nos últimos dias, isso levar-nos-á a atacar locais que até agora não tínhamos atacado", disse Nasrallah por ocasião da celebração da Ashura, a mais importante festa muçulmana xiita.
O dirigente do Hezbollah fez a ameaça um dia depois de pelo menos cinco civis, incluindo três crianças, terem sido mortos em bombardeamentos israelitas no sul do Líbano, segundo os meios de comunicação libaneses.
A Unicef condenou o "assassinato de três outras crianças por um ataque aéreo (enquanto brincavam em frente à sua casa" no sul do Líbano.
O Hezbollah, que tem o apoio do Irão, respondeu aos bombardeamentos com o lançamento de várias rajadas de obuses contra posições no norte de Israel.
"A Resistência respondeu ontem [terça-feira] à noite com dezenas de foguetes, entre 60 e 70, para além de 120 mísseis que atingiram seis ou sete povoações", disse Nasrallah, citado pela agência espanhola EFE.
Nasrallah advertiu contra uma hipotética invasão terrestre israelita do Líbano, num contexto de escalada das tensões entre o Hezbollah e Israel, após mais de nove meses de intensas trocas de tiros transfronteiriças entre as duas partes.
"Se os vossos tanques chegarem ao Líbano, não sofrerão uma perda de tanques, porque não terão tanques", afirmou, num discurso transmitido pela televisão.
Nasrallah disse que uma ameaça de guerra com Israel "não assusta" o Hezbollah.
Reiterou que os ataques do Hezbollah contra Israel não vão parar "enquanto a agressão contra a Faixa de Gaza continuar".
Disse também que, se a guerra no enclave palestiniano cessar, será o Estado libanês a negociar "o futuro do sul" do Líbano.
"Toda a conversa sobre um acordo preparado para a situação na fronteira não é correta. Até à data, não existe qualquer acordo. Há esboços, ideias, propostas... mas, deixemos isso para a altura certa", afirmou.
Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado desde 08 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.
Os confrontos nas zonas fronteiriças causaram 511 mortos no Líbano, na maioria combatentes, mas incluindo pelo menos 104 civis, segundo a agência francesa AFP.
Do lado israelita, 17 soldados e 13 civis foram mortos, de acordo com as autoridades.
O Hezbollah integra o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes houthis do Iémen.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 38.700 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.
Forças de Israel reclamam morte de comandante do Hamas no Líbano
O Exército de Israel reclama ter matado Mohamed Jabarah, comandante das Brigadas Izz ad-Din Al-Qassam, braço armado do Hamas, durante um ataque aéreo no vale de Bekaa no Líbano.
"(Mohamed Jabarah) foi responsável por levar a cabo ataques terroristas e disparos de mísseis contra o Estado de Israel, incluindo ataques coordenados com a organização terrorista Jamma Islamiya", refere um comunicado militar israelita difundido hoje.
Para Israel "a eliminação" de Jabarah "diminui as capacidades do Hamas" no que diz respeito à planificação e execução de ataques na zona de fronteira com o território israelita.
Antes do anúncio de Israel, as Brigadas Al-Qassam comunicaram a morte do "comandante Mohamed Hamed Jabarah, aliás 'Abu Mahmud', durante uma operação de assassinato levada a cabo por aviões sionistas na zona de ocidental do vale de Bekaa, no Líbano".
Os confrontos fronteiriços, entre Israel e forças do grupo xiitas Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano, começaram no dia 08 de outubro de 2023, um dia após o ataque do Hamas contra território israelita que fez 1.200 mortos.
Desde essa altura também ocorrem confrontos entre Israel e o grupo sunita libanês Jamaa Islamiya.
Os ataques de Israel contra o Líbano concentram-se no sul mas a aviação também ataca a zona de Bekka, a 90 quilómetros a nordeste da fronteira onde o Hezbollah mantém posições.
A Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANN) identificou Jabarah como "líder do grupo sunita libanês Jamaa al Islamiya, aliado do Hamas e fundado há 60 anos como ligação libanesa do grupo islâmico Irmandade Muçulmana, organização que tem um peso político limitado em Beirute, com apenas um membro no Parlamento.
De acordo com a agência EFE, o grupo sunita Jamaa al Islamiya tem-se envolvido em confrontos com Israel, nos últimos meses.
A fronteira entre Israel e o Líbano enfrenta o maior período de violência desde 2006 tendo morrido desde outubro de 2023 mais de 530 pessoas, a maior parte libaneses do Hezbollah mas também cidadãos da Síria e civis.
Em Israel morreram 29 pessoas no norte do país na sequência de ataques projetados a partir de território libanês: 17 militares e 12 civis.
Israel reivindica morte de cem militantes em Khan Yunis
O exército israelita reivindicou hoje ter matado pelo menos uma centena de milicianos desde que lançou na segunda-feira a sua nova ofensiva contra o Hamas no leste de Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza.
"Outras sete células terroristas que disparavam morteiros contra as nossas tropas foram atacadas e eliminadas por um avião do exército", referiu a nota, esclarecendo que não foram registados feridos durante estes combates.
As tropas israelitas estão a operar na zona de Khan Yunis pelo quinto dia consecutivo.
Na segunda-feira, o exército de Israel ordenou a evacuação da parte oriental de Khan Yunis e enviou os palestinianos para a "zona humanitária" de Al-Mawasi, localizada na costa, apesar de essa área já ter sido atacada pelos israelitas noutras ocasiões. No passado dia 13 de julho, um bombardeamento israelita na zona matou 90 pessoas e feriu outros 300.
As tropas israelitas haviam abandonado a cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, em abril, alegando que tinham atingido todos os seus "objetivos militares". Agora, justificaram o seu regresso com a tese de que o grupo islamita palestiniano Hamas estava a disparar projéteis a partir desse ponto.
Desde então, mais de 129 palestinianos, incluindo mulheres e crianças, morreram nessa operação israelita, que também deixou mais de 400 feridos e obrigou mais de 150 mil palestinianos a deslocarem-se para a zona humanitária de Al-Mawasi, uma área que está cada vez mais reduzida.
A situação dos hospitais da região é crítica. O hospital Al-Nasser, mais importante, está à beira do colapso devido ao elevado número de mortos e ao fluxo ininterrupto de feridos.
Na tarde de quinta-feira, o exército de Israel informou que os corpos recuperados de cinco reféns israelitas estavam na parte excluída da "zona humanitária" de Al-Mawasi.
Outro ponto do enclave que continua a concentrar os principais combates é a cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza.
O exército israelita indicou no seu comunicado que no último dia conseguiram eliminar vários milicianos armados que encontraram a operar na zona e que encontraram "novos túneis e armas, incluindo lança-foguetes de longo alcance e explosivos" no bairro de Tal Al-Sultan (Rafah).
"O nosso exército atacou aproximadamente 45 alvos terroristas, incluindo células, túneis, estruturas militares e dois poços de lançamento utilizados para disparar contra Beer Sheva durante a guerra", referiu a nota militar israelita.
Em quase dez meses de guerra, os ataques israelitas por terra, mar e ar contra a devastada Faixa de Gaza já fizeram mais de 39 mil mortos, a maioria mulheres e crianças, e mais de 90 mil feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
As baixas entre as fileiras exército israelita também continuam a crescer e já registam 328 mortos.
Exército israelita garante que ataque matou comandante do Hezbollah
Fuad Shukr era o alvo principal do ataque de hoje na capital do Líbano.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram, esta terça-feira, que o comandante Fuad Shukr, que era o alvo do ataque de hoje no Líbano, morreu.
A notícia foi avançada em conferência de imprensa pelo exército israelita, depois de vários relatos contraditórios.
"Numa operação de assassínio seletivo, caças atacaram Beirute, matando Fouad Chokr 'Sayyid Muhsan', o comandante militar de mais alta patente da organização terrorista Hezbollah e responsável pela formação estratégica da organização", explicou o exército.
As autoridades israelitas responsabilizam Fouad Chokr pela morte de doze crianças, no sábado, num ataque com 'rockets', atribuído ao Hezbollah, na cidade drusa de Majdal Shams, nos Montes Golãs ocupados por Israel, bem como pelo "assassinato de muitos cidadãos israelitas e estrangeiros ao longo dos anos".
"Serviu como braço direito e conselheiro em planeamento e gestão de guerra do secretário-geral da organização terrorista Hezbollah, Hasan Nasrallah", acrescentou o Exército.
Quem era Fouad Chokr?
Considerado o "chefe de estado-maior" do grupo, era responsável pelo arsenal de armas mais avançado do Hezbollah, especialmente mísseis de precisão, mísseis de cruzeiro, mísseis costeiros, 'rockets' de longo alcance e veículos aéreos não tripulados (drones) e foi responsável pelo planeamento de ataques contra Israel, segundo o Exército.
Trabalhava no Hezbollah há mais de 30 anos e participou no planeamento e execução do ataque à Marinha dos EUA em Beirute, a 23 de outubro de 1983, que resultou na morte de 241 soldados norte-americanos.
Desde então aparece na lista dos mais procurados do Departamento de Estado norte-americano, que ofereceu 5 milhões de dólares por informações sobre o seu paradeiro.
Ingressou no Hezbollah em 1985 e desde então ocupou vários cargos importantes na organização, incluindo no Conselho da Jihad, o principal fórum militar do grupo.
Na década de 1990, segundo Israel, promoveu "ataques terroristas" contra as Forças de Defesa de Israel e o Exército do Sul do Líbano (pró-Israel), e em 2000 esteve diretamente envolvido no sequestro dos corpos dos três soldados israelitas mortos por Hezbollah enquanto patrulhava a fronteira.
O ataque (e os diferentes relatos)
O Exército israelita não demorou muito a reivindicar o ataque no sul de Beirute, logo após uma grande explosão ter sido ouvida. De início, afirmou que o objetivo erra eliminar o "comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams".
Fonte do Hezbollah tinha adiantado à agência France-Presse (AFP) que Fouad Chokr, comandante militar alvo do ataque israelita, tinha sobrevivido ao ataque.
Israel tinha prometido responder duramente a este ataque provocado pelo impacto de um 'rocket' contra um ca
mpo de futebol onde brincavam crianças e adolescentes, matando doze, todos entre os 10 e os 16 anos.
A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está a mediar para que a resposta seja contida e não conduza a uma guerra aberta na fronteira entre Israel e o Líbano, que vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006, quando o Exército israelita e o Hezbollah já travou uma guerra.
Esta manhã, Israel tinha atacado já 10 alvos do Hezbollah em várias regiões do Líbano, matando outro combatente do grupo; enquanto a milícia xiita lançou várias rajadas de 'rockets' em direção ao norte, matando um civil israelita.
A fronteira entre Israel e o Líbano tem vivido desde outubro uma intensa troca de tiros, que custou a vida a mais de 560 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 355 vítimas, algumas na Síria, além de cem civis.
Em Israel, morreram 46 pessoas no norte: 22 militares (cinco em acidentes operacionais) e 25 civis, incluindo 12 crianças e adolescentes no ataque de Majdal Shams e outro hoje.
Hamas anuncia morte do líder em Teerão. "Não vai ficar impune"
O grupo islamita Hamas anunciou hoje a morte do líder, Ismail Haniyeh, num ataque, que atribuiu a Israel, em Teerão, onde se encontrava em visita oficial.
"O irmão líder, mártir combatente Ismail Haniyeh, líder do movimento, morreu em resultado de um ataque traiçoeiro sionista na residência em Teerão, depois de participar na cerimónia de posse do novo Presidente iraniano", confirmou o Hamas em comunicado.
O anúncio da morte de Haniyeh foi feito pelos Guardas da Revolução iranianos na televisão estatal do país.
Em comunicado, difundido no 'site' Sepah, os Guardas da Revolução, divisão ideológica das Forças Armadas do Irão, afirmaram que o chefe do Hamas e um guarda-costas morreram num ataque à residência de Haniyeh, na capital iraniana.
"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da resistência islâmica do Hamas, foi atacada em Teerão e, devido a este incidente, ele e um guarda-costas morreram", de acordo com um comunicado no 'site' Sepah.
Também a Autoridade Palestiniana (ANP) e países como Irão, Turquia e Rússia juntaram-se ao coro de vozes que condenaram a morte do líder.
O líder da ANP, Mahmud Abbas, que governa partes da Cisjordânia ocupada, "condenou veementemente o assassínio do líder do Hamas e considerou-o um ato cobarde e um acontecimento perigoso", informou a agência de notícias oficial palestiniana Wafa. Além disso, "apelou às massas e às forças do povo palestiniano para a unidade, a paciência e a firmeza face à ocupação israelita".
Já o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, descreveu "o assassínio" de Haniyeh como "um ato cobarde".
"Obriga-nos a permanecer mais firmes diante da ocupação", sublinhou nas redes sociais.
Até ao momento, as autoridades israelitas não reivindicaram a autoria do atentado nem confirmaram a morte de Haniyeh.
Numa reação, o Irão afirmou que a morte de Haniyeh vai servir para reforçar os laços entre o país e o povo palestiniano.
"O martírio do irmão Ismail Haniyeh em Teerão reforçará os laços profundos e inquebráveis entre a República Islâmica do Irão e a amada Palestina e a Resistência", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kan'ani, citado pela agência de notícias oficial Mehr.
Kan'ani expressou ainda "condolências pelo martírio de Ismail Haniyeh".
Outros países já reagiram à morte do chefe do Hamas, com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, que denunciar um "inaceitável assassínio político".
A Turquia condenou o "desprezível assassínio" de Haniyeh, um aliado próximo do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Mais uma vez, ficou demonstrado que o governo de Netanyahu não tem qualquer intenção de alcançar a paz", escreveu o gabinete do chefe da diplomacia turca, Hakan Fidan.
Haniyeh nasceu no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza ocupada pelo Egito em 1962. Estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas. Licenciou-se em literatura árabe em 1987.
Foi escolhido para dirigir um gabinete do Hamas em 1997 e em 2006 liderava a lista do movimento que ganhou as eleições legislativas palestinianas, transformando-se no primeiro-ministro de um governo de unidade com o Fatah de Mahmud Abbas.
As divergências entre as duas formações terminaram com a expulsão do Fatah de Gaza
Líder supremo do Irão ameaça castigar Israel pela morte de Haniyeh
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou "castigar" Israel pela morte do líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque durante a madrugada na casa onde se encontrava em Teerão.
Teerão, 31 jul 2024 (Lusa) - O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou "castigar" Israel pela morte do líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque durante a madrugada na casa onde se encontrava em Teerão.
"Com este ato criminoso e terrorista, o regime sionista [Israel] preparou o terreno para um duro castigo e consideramos que é nosso dever vingar o assassinato em território da República Islâmica do Irão", declarou Khamenei em comunicado citado pela agência de notícias IRNA.
Pouco antes, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, acusava diretamente Israel de ter assassinado o líder palestiniano do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e prometeu fazer com que o país "se arrependa" de um ato que considerou "cobarde".
"A República Islâmica do Irão vai defender a integridade territorial, a honra, o orgulho e a dignidade, e vai fazer com que os invasores terroristas [Israel] se arrependam do ato cobarde", disse Pezeshkian numa mensagem publicada nas redes sociais.
Na mesma mensagem, o Presidente do Irão prestou homenagem a Ismail Haniyeh, que foi descrito como "líder corajoso".
Os Guardas da Revolução iranianos comunicaram hoje que o chefe do Hamas e um guarda-costas morreram num ataque à casa onde Haniyeh se encontrava em Teerão.
"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da resistência islâmica do Hamas, foi atacada em Teerão e, devido a este incidente, ele e um guarda-costas morreram", refere o comunicado.
Até ao momento, o ataque não foi reivindicado.
As autoridades israelitas não confirmaram qualquer operação em Teerão.
Haniyeh nasceu no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza ocupada pelo Egito em 1962 e estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas.
Licenciou-se em literatura árabe em 1987.
Foi escolhido para dirigir um gabinete do Hamas em 1997 e em 2006 liderava a lista do movimento que venceu as eleições legislativas palestinianas, transformando-se no primeiro-ministro de um governo de unidade com o Fatah de Mahmud Abbas.
As divergências entre as duas formações terminaram com a expulsão do Fatah de Gaza e a tomada do poder no enclave pelas forças fundamentalistas, governado pelo Hamas desde 2007.
Hezbollah confirma que chefe militar do grupo estava em edifício atacado
O grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Hamas, confirmou hoje que o seu chefe militar, Fuad Sukr, estava no edifício atacado na terça-feira pelas forças israelitas no sul de Beirute, incursão que provocou também quatro mortos civis.
"O inimigo sionista lançou um ataque na terça-feira nos subúrbios do sul de Beirute (...) durante o qual um edifício residencial foi atingido. Fuad Shukr (...) encontrava-se no edifício na altura", indicou o Hezbollah, num comunicado.
O exército israelita anunciou na terça-feira à noite que tinha "eliminado" o comandante do grupo xiita pró-iraniano, que considerou responsável por um ataque ocorrido no sábado em Majdal Shams, nos Montes Golã sírios, anexados em grande parte por Israel, que matou 12 crianças e adolescentes.
O Hezbollah negou qualquer envolvimento no ataque em Majdal Shams.
Sobre o ataque de terça-feira nos subúrbios de Beirute, o grupo acrescentou que as equipas de emergência estão a trabalhar para remover os destroços e determinar a verdadeira dimensão da incursão israelita.
"Ainda estamos a aguardar os resultados para que possam ser tomadas as medidas necessárias", afirmou a mesma fonte, citada pela estação de televisão pró-Hezbollah Al Manar.
O Ministério da Saúde libanês anunciou hoje que quatro civis, duas mulheres e duas crianças, tinham sido mortos no ataque. Um relatório anterior referia três mortos e 74 feridos, mas foi divulgado que uma mulher ferida morreu no hospital.
De acordo com o exército israelita, Fuad Sukr é o "oficial militar mais graduado" do Hezbollah e "o braço direito de Hassan Nasrallah", o líder do movimento.
A imprensa local sugere que o ataque em Beirute tenha sido perpetrado por um avião israelita, que lançou três mísseis contra um edifício perto do hospital Bahman, alegadamente com o objetivo de matar o chefe militar do Hezbollah.
O exército israelita garantiu ter sido um ataque "direcionado" a um "quartel-general do grupo" no sul da capital libanesa.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu na segunda-feira uma "resposta severa" ao ataque de sábado.
Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, depois de um ataque sem precedentes dos islamitas palestinianos do Hamas em outubro no sul de Israel, o movimento libanês e o exército israelita têm estado envolvidos num intenso fogo cruzado transfronteiriço.
Em 2017, os Estados Unidos ofereceram cinco milhões de dólares por informações sobre o paradeiro de Shukr, que identificam como um alto comandante do Hezbollah que integra o conselho da 'jihad', o órgão máximo da milícia e encarregado de coordenar as suas atividades militares.
Segundo Washington, Shukr foi um membro-chave do Hezbollah no planeamento dos atentados bombistas de 1983 em Beirute contra uma base militar norte-americana e que mataram 241 militares, além de 58 cidadãos franceses e seis civis.
Primeiro-ministro israelita convoca reunião após morte de líder do Hamas
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou para hoje uma reunião do gabinete de segurança para analisar as possíveis ameaças após a morte do líder político do Hamas em Teerão, num ataque que o grupo islamita palestiniano atribuiu a Israel.
A reunião acontece após Ismail Haniyeh e um dos seus guarda-costas terem sido mortos num ataque ocorrido hoje na capital do Irão e um dia depois de o exército israelita ter efetuado um ataque nos subúrbios a sul de Beirute, capital do Líbano, no qual alega ter eliminado o líder militar do movimento xiita libanês Hezbollah, Fuad Shukr.
Hoje, os ministros do Património e da Diáspora de Israel, Amichay Eliyahu e Amichai Chikli, respetivamente, declararam que o mundo está "um pouco melhor" agora que Haniyeh morreu.
Os governantes israelitas expressaram a sua satisfação com o sucedido em diversas mensagens divulgadas nas redes sociais.
Por exemplo, Chikli divulgou uma fotografia de Haniyeh numa reunião em que o líder político do Hamas exigia, segundo o ministro israelita, a destruição de Israel, escrevendo na legenda: "É preciso ter cuidado com o que se deseja".
Perante os últimos acontecimentos, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou, por sua vez, que Israel "não quer uma guerra, mas está a preparar-se para qualquer possibilidade".
Gallant foi o primeiro alto funcionário do Governo israelita a falar após a morte do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas.
O grupo islamista palestiniano Hamas confirmou hoje o assassinato do seu líder político, Ismail Haniyeh, em Teerão, onde se encontrava em visita oficial, e responsabilizou Israel pelo ataque, alertando que tal ato "não ficará impune".
Até ao momento, as autoridades israelitas não reivindicaram a autoria do ataque, nem o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não se pronunciou sobre o assunto.
Hezbollah confirma morte de líder após ataque israelita em Beirute
O corpo do dirigente do Hezbollah Fuad Shukr foi hoje encontrado nos escombros de um prédio atingido na terça-feira por um ataque israelita, indicou à agência noticiosa AFP fonte próxima da organização político-militar xiita libanesa.
"O corpo foi encontrado nos escombros do edifício atingido", nos subúrbios sul de Beirute, bastião do Hezbollah, precisou a mesma fonte sob anonimato.
Na noite de terça-feira o Exército israelita tinha reivindicado a "eliminação" de Shukr, definido como "o mais alto responsável militar" da formação xiita libanesa que mantém relações próximas com o Irão.
Numa primeira reação, o chefe de estado-maior do Exército israelita, Herzi Halevi, congratulou-se hoje pelo ataque em Beirute que matou Fuad Shukr, ao sublinhar que as forças israelitas têm capacidade para atacar pontos muito precisos e inclusivamente incursões no terreno.
"Ontem à tarde [terça-feira] tivemos a oportunidade de eliminar Muhsan", disse o chefe militar numa referência a Shukr, no decurso de um treino de soldados israelitas perto da fronteira com o Líbano.
"Era uma figura militar de alta patente no Hezbollah, e também uma pessoa muito próxima [do líder da organização paramilitar xiita libanesa] de Hassan Nasrallah", sublinhou.
Segundo o chefe militar israelita, Shukr foi responsável pelo ataque de sábado na povoação drusa de Majdal Shams, nos Montes Golã ocupados e anexados por Israel, que provocaram a morte de 12 crianças e adolescentes, apesar de o Hezbollah ter desmentido qualquer envolvimento.
"As Forças de Defesa de Israel sabem como operar e alcançar uma determinada janela num bairro de Beirute, sabem como apontar a um determinado ponto subterrâneo, e também sabemos atuar no interior com muita força", disse ainda Halevi perante os soldados, que praticaram "cenários extremos", como combates em bosques e montanhas, ativação de fogo e combates em zonas urbanizadas.
Em contraste, nos subúrbios sul de Beirute, centenas de pessoas participaram hoje nos funerais de duas crianças mortas no ataque de terça-feira que vitimou Fuad Shukr.
"Morte a Israel", entoou a multidão, numa homenagem aos quatro civis mortos, duas mulheres e duas crianças, Amira Fadlallah, de seis anos, e o seu irmão Hassan, dez anos, que se encontravam em casa da tia.
"Estou colérica porque (...) a vida das nossas crianças pouco vale", lamentou Aya Ahmad, 38 anos, amiga da mãe das duas crianças mortas.
"As duas crianças que perdemos juntam-se à lista de 17.000 crianças mortas em Gaza sem que ninguém exija que seja feita justiça", declarou à AFP.
Foi a segunda vez que os subúrbios sul de Beirute foram atingidos por fogo israelita após o Hezbollah ter aberto uma frente contra Israel em 08 de outubro, em solidariedade com o Hamas palestiniano.
Em 02 de janeiro, o número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto nesta zona xiita de Beirute num ataque atribuído a Israel.
Israel diz ter matado 70 combatentes palestinianos a leste de Khan Yunis
O Exército israelita anunciou hoje o fim das operações da 7.ª brigada de combate na zona de Beni Suhaila, a leste de Khan Yunis, afirmando ter matado mais de 70 membros de milícias palestinianas nas últimas semanas.
As operações naquela área consistiram em combates a curta distância e ataques aéreos, indicou o Exército num comunicado.
Tropas do 603.º batalhão e da unidade Yahalom das Forças Armadas de Israel "localizaram, investigaram e destruíram uma via subterrânea a dezenas de metros de profundidade", na qual encontraram oficinas do Hamas e três salas dedicadas ao fabrico de armas.
Pouco antes do anúncio do fim das operações desta brigada, o porta-voz dos serviços de Defesa Civil da Faixa de Gaza, Mahmud Basal, informou da morte de sete pessoas "em resultado do bombardeamento de artilharia israelita contra um conjunto de tendas de campanha para deslocados em Abbasan", a leste de Beni Suhaila.
"Mais três cidadãos morreram num bombardeamento dos ocupantes [israelitas] a uma tenda de campanha de deslocados em Beni Suhaila", informou também a agência de notícias palestiniana Wafa.
Khan Yunis tornou-se uma das localidades mais atingidas da Faixa de Gaza desde que, a 22 de julho, o Exército israelita começou a emitir ordens de evacuação da parte oriental da cidade, bem como a reduzir o perímetro da zona de fuga dos civis, a "zona humanitária" de Mawasi, alegando que as milícias palestinianas estavam a instalar as suas infraestruturas na sua fronteira.
No domingo, o Exército voltou a ordenar uma evacuação - apenas 14% de Gaza tem sido poupada a estas ordens - de vários bairros da cidade, depois de ter detetado disparos de 'rockets' a partir de alguns deles, encaminhando de novo os civis palestinianos que ali se encontravam para Mawasi, onde milhares de pessoas estão amontoadas em tendas de campanha, em condições humanitárias precárias.
Entre 22 e 30 de julho, na primeira semana da ofensiva contra a cidade, os serviços de Defesa Civil recuperaram 300 cadáveres de palestinianos em Khan Yunis.
Hoje, as Forças Armadas israelitas ordenaram também a evacuação da cidade de Beit Hanun, no extremo setentrional da Faixa de Gaza, e instou os residentes a deslocarem-se para sul, para a cidade de Gaza, afirmando que o Exército vai atuar na área, utilizada pelas milícias para lançar 'rockets' para Israel.
Horas depois do anúncio, o porta-voz do Exército em língua árabe, Avichay Adraee, anunciou que a estrada de Salah al-Din - que atravessa Gaza de norte a sul - foi considerada uma "estrada segura e uma passagem rápida" para os residentes de Beit Hanun se deslocarem para Deir al-Balah e Zawaida, no centro do enclave palestiniano.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
A guerra, que hoje entrou no 306.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 39.677 mortos e 91.645 feridos, além de cerca de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após dez meses de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.
Irão exorta ocidentais a terminarem apoio a Israel para "evitar a guerra"
O Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, exortou hoje os países ocidentais a terminar com o apoio a Israel para "evitar" uma guerra regional, e quando se receia uma escalada militar após o assassinato em Teerão do chefe político do Hamas.
"Se os Estados Unidos e os países ocidentais pretendem evitar a guerra e a insegurança na região, devem imediatamente interromper a venda de armas e de apoiar o regime sionista", declarou Pezeshkian no decurso de um contacto telefónico com o homólogo francês, Emmanuel Macron, de acordo com um comunicado da Presidência iraniana.
O chefe de Estado iraniano sustentou que estes países "apoiam um regime que não respeita quaisquer leis e acordos internacionais".
As tensões no Médio Oriente agravaram-se após o assassinato de Ismail Haniyeh em 31 de julho na capital iraniana, atribuído a Israel, que não comentou este ataque.
Haniyeh encontrava-se em Teerão para a cerimónia de investidura do Presidente reformador recentemente eleito.
Irão e os seus aliados, o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês, prometeram retaliar, suscitando fortes inquietações num contexto muito explosivo relacionado com a guerra na Faixa de Gaza entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel, que hoje entra no 11.º mês.
"A República Islâmica do Irão considera que evitar a guerra e tentar estabelecer a paz e a segurança no mundo é um dos princípios fundamentais", prosseguiu Pezeshkian, para precisar que "no âmbito dos tratados e das leis internacionais, jamais permanecerá silenciosa face às violações dos seus interesses e da sua segurança".
A morte de Haniyeh, principal negociador do Hamas nas conversações de cessar-fogo em Gaza, também suscitou receios sobre o futuro do processo negocial.
No decurso do contacto telefónico, o Presidente iraniano também apelou aos países ocidentais a "forçarem o regime [Israel] a pôr termo ao genocídio e aos ataques contra Gaza e aceitar um cessar-fogo".
O Irão não reconhece Israel e elegeu a causa palestiniana como um elemento central da sua política externa desde a Revolução islâmica de 1979.
Hutis do Iémen e Hezbollah felicitam novo líder do Hamas
Os rebeldes Hutis do Iémen e o grupo xiita libanês Hezbollah, principais aliados do Irão no Médio Oriente, felicitaram hoje Yahya Sinwar depois de ter sido eleito chefe do gabinete político do movimento islâmico palestiniano Hamas.
Yahya Sinwar substitui Ismail Haniyeh assassinado na semana passada em Teerão, num ataque atribuído a Israel.
"Parabenizamos o Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, e o resiliente povo palestino pela eleição do líder combatente, Yahya Ibrahim Sinwar", escreveu o porta-voz político dos rebeldes Houthi, Mohamed Abdelsalam, na sua conta da rede social X.
O Hezbollah também felicitou Sinwar, a quem desejou que "Alá Todo-Poderoso lhe conceda a vitória", considerando que "a bandeira é passada de mão em mão, encharcada no sangue dos mártires".
Yahya Sinwar foi nomeado na terça-feira novo líder político do Hamas.
É visto como um ativista radical e pragmático, considerado o mentor do ataque de 07 de outubro contra Israel e a "cara do diabo" pelas forças israelitas.
Israel defende que o novo líder do Hamas seja "eliminado rapidamente"
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, afirmou hoje à noite que Yahya Sinwar, nomeado pelo Hamas como novo líder político em substituição de Ismail Haniyeh, morto em Teerão na semana passada, deve ser "eliminado rapidamente".
"A nomeação do arqui-terrorista Yahya Sinwar como líder do Hamas, em substituição de Ismail Haniyeh, é mais uma razão para o eliminar rapidamente e riscar esta organização desprezível do mapa", afirmou Katz na rede social X.
O exército e as autoridades israelitas acusam Sinwar de ser um dos mentores do ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, o que faz dele um dos homens mais procurados por Israel.
A 07 de outubro, comandos do Hamas, infiltrados no sul de Israel a partir de Gaza, levaram a cabo ataques que causaram a morte de 1.198 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da agência AFP baseada em dados oficiais israelitas.
Das 251 pessoas raptadas na altura, 111 continuam detidas em Gaza, 39 das quais morreram, segundo o exército.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já causou 39.653 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do Governo de Gaza, liderado pelo Hamas, que não dá pormenores sobre o número de civis e combatentes mortos
Blinken diz que cabe ao novo líder do Hamas decidir sobre um cessar-fogo
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou hoje que cabe ao novo líder do Hamas, Yahya Sinwar, decidir sobre um cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza.
"O Sr. Sinwar foi e continua a ser o primeiro decisor no que diz respeito à conclusão de um cessar-fogo" no território palestiniano, disse Blinken após o Hamas ter anunciado hoje que o seu líder em Gaza, Yahya Sinwar, um dos homens mais procurados por Israel, tinha sido nomeado chefe do movimento islamita palestiniano.
O Hamas anunciou hoje que o seu chefe em Gaza, Yahya Sinwar, foi designado como novo líder político do movimento islamita palestiniano, uma semana após o assassínio em Teerão do seu antecessor, Ismail Haniyeh.
O Irão e o Hamas acusaram Israel de responsabilidade pelo ataque, mas as autoridades israelitas recusaram até ao momento qualquer comentário.