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Israelitas em alerta após Hamas convocar 'Dia da Raiva' em todo o mundo
As autoridades de Israel instaram esta quinta-feira israelitas por todo o mundo a permanecerem vigilantes, depois do movimento islamita palestiniano Hamas ter convocado para hoje o 'Dia da Raiva'.
O Conselho de Segurança Nacional e o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelitas alertaram, numa declaração conjunta, que o Hamas "lançou um apelo a todos os seus apoiantes no mundo para realizarem um 'Dia da Raiva' esta sexta-feira, incluindo um apelo para sair e prejudicar os israelitas e judeus".
"A partir disso, é provável que haja eventos de protesto em vários países ao redor do mundo, que podem evoluir para eventos violentos", destacaram estas autoridades, citadas pelo The Jerusalem Post.
Devido à ameaça, estas autoridades recomendaram que "todos os israelitas no estrangeiro se mantenham vigilantes, afastados de manifestações e, se necessário, se mantivessem atualizados com as forças de segurança locais sobre possíveis manifestações e motins".
Esta terça-feira, o ex-líder do Hamas, Khaled Meshaal, apelou aos muçulmanos e apoiantes de todo o mundo para "mobilizarem-se para a jihad [guerra santa muçulmana]" e reunirem-se em todo o mundo na sexta-feira.
"Quando o mundo vir que a nação triunfou para Al-Aqsa, e os comboios dos combatentes começaram a derramar o seu sangue pelo bem da Palestina, o cenário mudará", frisou.
"Digo muito claramente que este é o momento para a nação se envolver na batalha e para lutarmos juntos", acrescentou Meshaal.
As autoridades locais em cidades de todo o mundo intensificaram os esforços para proteger as comunidades judaicas à medida que as ameaças são emitidas pelo Hamas e outros intervenientes 'online'.
O grupo islamita Hamas lançou sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, na operação denominada "Espadas de Ferro".
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.
O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.
Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.
nm