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«Clubes incumpridores são casos crónicos» - Fiusa
O presidente do Gil Vicente acredita que o alargamento não vai contribuir para o flagelo dos salários em atraso. Garante que o clube de Barcelos é credor do Estado e não devedor.
«Ao contrário do que muitos querem fazer crer, o alargamento não implicará a existência de mais clubes com salários em atraso.
Até porque os clubes incumpridores são casos crónicos com problemas que se arrastam há muitos anos. O alargamento irá garantir que mais dois clubes deixarão de cair ao Inferno, que é o que significa a descida de divisão.
Acredito também que o alargamento aumentará a competitividade da nossa Liga», disse António Fiusa em declarações a A BOLA, defendendo Mário Figueiredo das críticas de quem vindo a ser alvo.
«Não é justo que se crucifique o presidente da Liga pelo incumprimento salarial. Ele não tem culpa dessa situação, muito pelo contrário. Ele só está há três meses na presidência e muito tem feito em prol da Liga e dos clubes profissionais», prosseguiu, lembrando que o futebol português tem vindo a mudar de há cinco anos para cá.
«O facto de os clubes pequenos se terem juntado é o sinal do fim do tempo de subserviência que começou com a eleição de Hermínio Loureiro contra os interesses dos grandes e prosseguiu com a eleição de Fernando Gomes para a Liga e para a Federação contra os lobbies instalados», frisou.
António Fiusa espera ainda que o alargamento da Liga a 18 clubes seja aprovado na Assembleia Geral desta tarde: «Acredito que, desta vez, a Federação não irá chumbá-lo porque a proposta que o "movimento de Fátima" irá apresentar, com a criação de um "liguilha", vai de encontro à reunião com o presidente da Federação a 30 de março.
Estou convencido de que a maioria registada na última Assembleia, a 12 de março, vai repetir-se hoje. (...)
Não estamos de má-fé neste processo.
Porque reunimo-nos com a Federação, explicámos o que pretendemos e saímos convencidos de que o Dr. Fernando Gomes irá apoiar-nos.»
No dia em que o Gil Vicente assinala o seu 88.º aniversário, o presidente falou ainda do "plano Mateus", assegurando que o clube não tem qualquer dívida com o Estado: «Não assinámos nada de cruz.
Queremos saber o que realmente devemos ao Estado - pelas nossas contas e pelas da Liga, o Gil Vicente só deve oito mil euros.
Segundo o Estado, devemos 300 mil, o que é de todo incompreensível.
Aliás, de há um ano e três meses para cá que não recebemos qualquer verba do totobola.
Por isso, estamos em crer que não somos devedores mas sim credores.»
abola.pt