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Febre amarela,Febre Tifóide,Fenilcetonúria,Fibroma,Fibrose cística,Filariose,Outros

migel

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Olá amigos;
Como é do vosso conhecimento, Saúde & Bem Estar consta de variadissimos temas divididos por vários tipos de DOENÇA/INFORMAÇÃO e para que não se verifique dispersão de assuntos, convido todos os membros a postarem por ordem alfabética.


Sendo assim, a partir desta data, todo o tipo de Informação relacionado com a letra F, será lançado neste tópico.

F


Fenilcetonúria
Fibroma
Fibrose cística
Filariose
Outros


Com esta reorganização, pretendemos melhor consulta de quem nos visita, para que seja mais fácil obter o pretendido relativamente ao assunto, Saude & Bem estar.

O nosso muito obrigado a todos vós por cumprirem c/ o determinado.
 
Última edição por um moderador:

cyber_wordl

GF Ouro
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Também conhecida como febre das Montanhas Rochosas, febre do carrapato, febre negra ou doença azul, a febre Maculosa é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida ao homem, basicamente, pelo carrapato-estrela o carrapato-de-cavalo (espécie Amblyomma cajennense) infectado pela essa bactéria, que vive em roedores como capivara e em gambás, coelhos, cavalo, gado, cão, etc. que funcionam como hospedeiros da doença. Conhecida no Brasil há mais de 70 anos (década de 20), a febre maculosa se não for diagnosticada em tempo pode matar o paciente em duas semanas.

Por se tratar de enfermidade antiga, embora pouco conhecida e de diagnóstico sorológico difícil no meio rural, deve-se tomar algumas precauções, principalmente para as pessoas que vivem no campo ou eventualmente visitam essas áreas. Ao se alimentar do sangue desses animais, o carrapato adquire a riquétsia e a transmite os seus filhotes e, o homem, ao ser picado por um desses carrapatos adquirir a doença.

Desde a década de 30 os pesquisadores visavam obter uma vacina contra a febre maculosa. Ente os cientistas se encontrava José Lemos Monteiro da Silva, do Instituto Butantan, que acabou adquirindo a doença juntamente com o seu auxiliar técnico Edison Dias. Os dois trabalhavam no laboratório triturando carrapatos quando foram picados por eles. O cientista do Instituto Butantan e o seu assistente morreram pois na época não havia medicamentos para a doença e a pessoa picada por essa espécie de carrapato infectado morria antes do décimo dia de evolução da enfermidade. Depois disso, as pesquisas que vinham sendo desenvolvidas pelo Instituto Butantan para conseguir uma vacina foram abandonadas. Somente no final da II Guerra Mundial é que surgiram os antibióticos do grupo tetraciclina e cloranfenicol, responsáveis pelo tratamento das pessoas atingidas pela doença.

DIAGNÓSTICO

Apesar de a febre maculosa ser uma doença antiga, é rara e o diagóstico é difícil, principalmente se tiver que ser feito no meio rural. Somente por meio do teste sorológico é possível detectar a doença que se manifesta no homem depois de um período de incubação de dois a 14 dias. Logo que a enfermidade se manifesta, a pessoa sente forte mal-estar, acompanhado de gripe violenta com uma febre repentina de 39 a 40 graus. Abatida, a pessoa fica prostrada por causa do componente tóxico-infeccioso que se encontra em seu organismo. Paralelamente, aparecem máculas (manchas avermelhadas) nos pulsos, tornozelos, palmas das mãos e nas solas dos pés. Caso o diagnóstico não seja feito a tempo, o paciente pode morrer. No início, os sintomas parecem um estado gripal ou outras doenças febris de pequeno risco, o que pode confundir o diagnóstico. Se não tiver tratamento a doença evolui para um quadro de infecção generalizada, com complicações pulmonares, vasculares, desidratação, choques, coma e morte. Em casos de alguns desses sintomas, o médico deve ser procurado imediatamente, principalmente para quem vive na área de risco

CUIDADOS

Trata-se de uma zoonose transmitida do animal para o homem, quando ele fica mais exposto a uma área endêmica. Por esse motivo é importante que as pessoas tomem alguns cuidados quando estiverem no meio rural. "É comum ver pessoas entrarem no mato de bermuda e tênis, correndo riscos, inclusive de serem picadas por carrapatos. As pessoas devem se vestir adequadamente quando forem a esses lugares. A calça e a camisa devem ser compridas e claras, para que se possa ver o carrapato que, quando adulto, atinge o tamanho de uma unha do dedo mindinho. Se acontecer de o carrapato picar, é importante retirá-lo o mais depressa possível, a fim de diminuir o risco de infecção. Ao retirar o carrapato, a pessoa deve fazê-lo bem junto à pele para não deixar as peças bucais do invertebrado no local onde ocorreu a picada.

O combate às diferentes espécies é feito por meio de carrapaticidas, que podem ser diluídos na água em que os animais são banhados. O estudo dos carrapatos tem revelado fatos curiosos, como a reprodução agâmica ou partenogenética, já verificada na espécie Amblyomma rotundatum, comum em sapos e cobras do Brasil.

ANIMAIS DOMÈSTICOS

A febre maculosa é uma zoonose que possibilita a circulação da riquétsia entre carrapatos e mamíferos silvestres. O cão, além de ser o reservatório dessa riquétsia, também atua como um verdadeiro vetor levando os carrapatos para dentro das casas. Os vetores são os carrapatos, mais especificamente os Amblyomas ( A. Cajeunense, carrapato estrela ou do cavalo, A. striatum, comum em cães, A. brasiliensis e A. cooperi).

Como dissemos antes os animais infectados pela essa bactéria, são os roedores como capivara e em gambás, coelhos, cavalo, gado, cão, etc Dos animais domésticos, apenas os cães podem apresentar alguma suscetibilidade à doença, geralmente de forma benigna e dificilmente detectada clinicamente. Uma vez infectados, os cães e demais animais domésticos apresentam baixa concentração de riquétsias circulantes, insuficientes para transformá-los em reservatórios.

Os carrapatos e seus hospedeiros também sofrem as conseqüências das mudanças bruscas introduzidas pelo homem em determinados ecossistemas. Alterações nas condições climáticas ambientais e variações na comunidade de inimigos naturais, entre outros fatores gerais, podem contribuir para a eliminação ou expansão de espécies de carrapatos.

A domesticação de animais para a produção de carne, leite, couro ou finalidade de transporte ou de companhia, permitiu a gradual adaptação de algumas espécies de carrapatos, e a restrição desses animais, outrora nômades e hoje em estábulos, piquetes e canis, houve multiplicação e a reinfestação por carrapatos. No Brasil, por exemplo, as capivaras, reconhecidas como reservatórios naturais do agente causal da febre maculosa, quando confinadas podem sofrer infestações maciças de carrapatos da espécie Amblyomma cajennense.

As capivaras, assim como outros grupos de mamíferos silvestres em condições naturais, são reservatórios transitórios das riquétsias, adquirindo resistência duradoura após período parasitêmico, variável entre alguns dias e algumas poucas semanas. Se os carrapatos não tiverem a possibilidade de se reinfectar periodicamente, a concentração de riquétsias nesses invertebrados previamente infectados tende ao desaparecimento após algumas gerações. É muito importante chamar a atenção para o potencial risco relacionado à domesticação de animais silvestres. E, também temos a obrigação de manter os cães livres dos carrapatos e ter muito cuidado para não trazê-los das regiões endêmicas.

CARRAPATO

FILO: Arthropoda
CLASSE: Arachnida
ORDEM: Acarina
SUBORDEM: Ixodides
FAMÍLIA: Ixodídeos
Nas épocas secas, as larvas de carrapato, comumente chamadas de carrapatinhos, carrapatos-pólvora ou micuins, constituem verdadeiro flagelo nas fazendas onde há grande quantidade de animais, sobretudo éguas, e pastos sujos. Essa criaturas desagradáveis, aparentadas com as aranhas, prendem-se à pele dos animais e sugam tanto sangue a ponto de se tornarem pequenas bolas moles.

O Carrapato tem um ciclo de vida movimentado. Após uma refeição de sangue, a fêmea põe os ovos no solo. As fêmeas morrem logo depois de pôr os ovos, de onde nascem larvas, que utilizam suas seis pernas para alcançar um animal que passa. À medida que vão se alimentando de sangue, as larvas transformam-se em ninfas, algumas com oito patas. São menores que os adultos e não desenvolvidas sexualmente. A maturidade só é alcançada após inúmeras modificações do seu corpo, que geralmente ocorrem no solo.

Os carrapatos são muito vorazes, principalmente as fêmeas, podendo permanecer sugando por horas ou dias. Os carrapatos, contaminados após sugarem cães reservatórios das riquétsias, transmitem os microorganismos ao homem através das picadas, geralmente nas regiões de pele fina e mais vascularizada.

Entre as espécies mais nocivas distingue-se o carrapato-de-boi (Boophilus microplus), responsável pela transmissão da doença conhecida como tristeza bovina ou babesiose. A espécie que mais persegue o homem, nas fases larvar e adulta, é o carrapato-de-cavalo (Amblyomma cajannense), que também costuma infestar outros mamíferos e aves. Capaz de realizar posturas de até 8.000 ovos, pode transmitir o tifo exantemático ou riquettsiose.

Outra espécie de ocorrência freqüente no Brasil é o carrapato-de-galinha (Argas miniatus), que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa causada pelo Treponemo pertenue e que determina alterações semelhantes às da sífilis. De porte avantajado, essa espécie só se fixa nas aves o tempo necessário para sugar-lhes o sangue, o que em geral é feito à noite.

No estado de São Paulo (localizou na região do sudeste de Brasil), infestações de larvas, ninfas e adultos em cavalos, respectivamente, de março a julho, de julho a outubro e de outubro a fevereiro.
 
M

MMAD

Visitante
Frieiras: Uma típica doença do frio

Desde há centenas de anos que as frieiras são uma patologia, frequentemente descrita na literatura europeia. Em 1881, Piffard relatava que, “as frieiras são uma afecção dos climas frios que atinge preferencialmente a face, mãos, nariz e orelhas, não causando problemas durante o Verão, mas originando inconvenientes e padecimentos no Inverno”.

De um modo geral, a perniose é uma resposta inflamatória anormal ao frio. Como tal, o maior factor de risco é a exposição ao frio e humidade, o que é frequente em Portugal, particularmente em habitações ou edifícios sem aquecimento central.

Afecta, preferencialmente, as mulheres, as crianças e idosos sendo que nestes últimos o curso da doença é mais grave. Clinicamente, observam-se nódulos que variam do vermelho ao violeta, que por vezes ulceram, e se distribuem, simetricamente nos dedos das mãos e pés, e, menos frequentemente, nos tornozelos, nariz e orelhas. Estas lesões, habitualmente, provocam dor, ardor e prurido.

As frieiras são benignas e auto-limitadas, melhorando ao fim de três semanas. Contudo, nos idosos e se houver manutenção da exposição aos factores desencadeantes, podem tornar-se crónicas.

A perniose deve ser distinguida de outras doenças induzidas pelo frio, nomeadamente o Lupus pernio e doenças hematológicas sensíveis ao frio. Pelo que alertava que, se alguém tiver um quadro sugestivo de frieiras, mas que se prolongue por mais de quatro semanas, deverá recorrer ao seu médico assistente, e eventualmente ser referenciado a consulta de dermatologia para ser realizado um estudo mais detalhado.



Tratamento

No que toca ao tratamento, sublinhava a importância das medidas preventivas gerais como: vestuário adequado, evicção de exposição ao frio e humidade, manutenção de pés e mãos quentes e secos, e não fumar. Com relação a fármacos, apenas a Nifedipina tem estudos que comprovam a sua eficácia no tratamento da perniose. As outras terapêuticas, habitualmente, sugeridas carecem de ensaios que justifiquem a sua utilização.

As frieiras não necessitam de ser uma causa de sofrimento para a população, pelo que para prevenir o seu aparecimento é fundamental cumprir as medidas preventivas, anteriormente descritas.



Dr. João Goes Pignatelli
 

nita_vsc

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Entenda melhor as fobias e saiba como tratá-las

A sensação não é das mais agradáveis. Tudo começa com o ressecamento da garganta. Em seguida, o coração dispara, a respiração fica ofegante e as pernas, trêmulas. Por fim, o indivíduo transpira como se o perigo fosse real e imediato. O motivo de tanto desassossego pode ser alguns segundos no escuro, uma rápida entrada num lugar fechado ou a proximidade de pequenos insetos.


Segundo a Associação de Psiquiatria Americana, 25% da população mundial sofre de algum tipo de transtorno de ansiedade. Desses, o mais freqüente é a fobia simples ou específica, como medo de inseto, de elevador e até de leite e seus derivados.

"Já tive paciente que sentia náusea e arrepios só de pensar em derivados de leite, como manteiga ou requeijão. O curioso é que ele foi criado em fazenda. Ou seja, as fobias não têm explicação. Podem até ser justificadas por traumas, mas a grande maioria não tem lógica", esclarece a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, autora de Mentes com Medo, da Compreensão à Superação.

Desespero - O técnico de refrigeração Rudney Lourenço Carriço, 39 anos, é um dos muitos que não sabem precisar a origem de sua fobia. Diz apenas que, desde criança, não gosta de entrar em lugares se não sabe como sair deles. Numa das poucas vezes que se aventurou a andar de elevador, teve a infelicidade de ficar preso por 40 minutos devido à queda de energia.

"No dia, entrei totalmente em pânico. Muitos no prédio acharam que estivesse bêbado. Fiquei tão envergonhado que mudei de endereço. Não suportava a idéia de ficar preso naquele elevador novamente", confessa.

A farmacêutica Elizabeth, 42 anos, sabe muito bem do que Rudney está falando. Toda vez que ela tinha de viajar de avião a trabalho passava pelo constrangimento de tomar calmantes, perturbar as comissárias de bordo e visitar a cabine dos pilotos. A última viagem, porém, foi uma de 12 horas, para Miami. Depois de entrar em depressão, pediu dispensa da empresa em que trabalhava.

"No começo, relutei a pedir ajuda porque não queria admitir que estava doente. Mas a minha fobia chegou a um ponto tão insustentável que meu sonho profissional começou a ruir. O pior é que ninguém entende um problema desses. Pensam que é frescura", afirma Elizabeth.

Saída é encarar o problema - Especialistas avisam que já existe tratamento para quem sofre de fobia. É a auto-exposição ao estímulo fóbico, que consiste no enfrentamento gradual dos estímulos que provocam medo no indivíduo. O processo inclui desde técnicas de relaxamento até exibição de filmes que remetam àquela fobia.

"O medo é um sentimento natural. É bom e necessário que sintamos medo. O problema começa quando o medo torna-se incapacitante e interfere no social. Nesses casos, o ideal é fazer com que a pessoa aprenda a lidar com seus medos de forma racional", esclarece a psiquiatra Vera Lemgruber.

Foi exatamente isso o que fez Cristina, 35 anos. Executiva, foi vítima de seqüestro-relâmpago em 2003, quando teve seu Peugeot abordado na Rio-Petrópolis às 19h. Cristina teve o relógio, dinheiro e cartões roubados e, pior, ficou em poder dos seqüestradores por quase 15 horas. No dia seguinte, às 10h, aproveitou um instante de distração para fugir. Apesar de tudo, prometeu que não ficaria refém desse medo para sempre.

"A minha vida virou de ponta-cabeça. Até voltar a dirigir, levei dois ou três anos. Cheguei a entrar em depressão. Até terapia fiz para superar o trauma. Achei que fosse morrer porque eles não estavam encapuzados. Hoje, já me sinto mais forte. Mas nunca teria saído dessa sozinha. É preciso procurar ajuda", recomenda.
 

nita_vsc

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Existem mais de mil tipos de medo catalogados

O tema 'fobia' já virou uma obsessão para o pesquisador e tradutor Igor Rafailov. Desde que se deparou com a palavra 'partenofobia' (medo de mulheres virgens), em 2001, não sossegou mais.

Desde então, ele pesquisa os mais diferentes tipos de fobia em livros, dicionários e sites de Internet. Dos mais freqüentes, como medo de barata, aos mais inusitados, como fobia de ingerir alimentos sólidos. A pesquisa, inclusive, já resultou até em um dicionário de fobias, com 1.029 verbetes.

"Descobri que todos nós temos algumas fobias 'de estimação', em maior ou menor grau, que atrapalham nosso desenvolvimento pessoal, afetivo e profissional. O primeiro passo para exorcizá-las é você reconhecer suas fobias, por mais estranhas ou ridículas que possam parecer, e dar uma risada delas. Como diria Nietzsche, 'aquilo que nos faz rir, nos liberta'", cita Igor, que se declara um medroso assumido de fumaça, ciúme, ignorância e cachorro.

Das fobias existentes, uma das mais comuns é a de avião. A aposentada Elza Pastor Machado, 70 anos, que o diga. Ela já chegou a estar na fila de 'check in' de um aeroporto, prestes a viajar a trabalho para a Argentina, quando um calafrio a fez mudar de idéia. Mesmo com a passagem comprada, deu meia volta e preferiu viajar de ônibus. "O pior é que tenho seis sobrinhos lindos que moram no exterior e não consigo visitá-los. Já estou pensando seriamente em ir de navio", graceja.

Medo superado - Ao contrário de Elza, que ainda não superou o medo de avião, a arquiteta Flávia, 38, se diz curada da fobia de ingerir alimentos sólidos. Por quase 20 anos, ela não fez outra coisa senão se alimentar apenas de sopas, sucos e vitaminas. Tudo por conta de uma tentativa malsucedida da mãe de obrigá-la a tomar um comprimido camuflado num pedaço de pudim. O remédio ficou preso na garganta, e Flávia achou que fosse morrer engasgada.

"Na infância, quando meus pais não estavam em casa, passava as refeições no liquidificador. Raramente ia a festas porque eu passava mal só de ver um brigadeiro ou cajuzinho. Na minha cabeça, eles pareciam comprimidos gigantes. Eu tinha a nítida impressão de que morreria engasgada. Certa vez, cheguei a experimentar um doce, mas resolvi jogá-lo fora no primeiro vaso de planta que encontrei. Hoje, até tomo remédio, mas só com uns três copos d'água ou mais", afirma ela.

Verbetes:
Ablutofobia- De lavar-se ou tomar banho
Acrofobia - De lugares altos
Belonefobia - De objetos pontiagudos
Bienofobia -De contrair doenças em vasos sanitários
Caligenefobia - De mulheres bonitas
Claustrofobia- De lugares fechados
Lalofobia - De falar em público
Lactofobia - De leite e derivados
Motefobia- De borboletas e mariposas
Nasofobia - De ficar doente
Queimofobia- De chuvas e tempestades
Tafefobia - De ser enterrado vivo
Xenofobia - De estrangeiros
 

nita_vsc

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Crianças podem ser afetadas pela febre reumática

As crianças podem apresentar algum tipo de artrite principalmente a partir dos três anos. "A febre reumática chamada no passado de artrite ou reumatismo infeccioso é uma doença bastante referida na infância. Depois de mais ou menos dez dias de a criança ter tido uma infecção de garganta, suas juntas inflamam e tornam-se extremamente dolorosas. A febre, que era alta no início, fica mais leve ou desaparece e, em alguns casos, pode ocorrer um comprometimento cardíaco característico da febre reumática", resume o médico reumatologista Isidio Calich.

Ao contrário da artrite reumatóide que acomete mais as pequenas articulações das mãos e dos pés, a febre reumática ataca principalmente as grandes articulações (joelho, punho, cotovelo, ombro, quadril, tornozelo). A dor não é localizada: migra de uma articulação para outra e há o risco de a doença atingir o coração.

"Algumas crianças não têm o acometimento das articulações - o que torna o diagnóstico mais difícil - mas têm as complicações cardíacas, que podem passar despercebidas. Acredita-se que a criança teve uma dor de garganta que desapareceu em alguns dias sem ter deixado seqüelas. Anos depois, porém, é detectado um sopro indicativo do comprometimento de uma válvula do coração provocado pela febre reumática e que não foi diagnosticado na época por falta do acometimento das articulações. Se do ponto de vista clínico há suspeita de uma doença bacteriana, mesmo sem o respaldo de exames de laboratório, deve-se tratar a infecção de garganta com antibiótico", diz o médico.
 

Navarra

GF Ouro
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Tenho Fibromas. É grave?

Os fibromas são os tumores benignos mais frequentes na pélvis da mulher durante a sua vida reprodutiva. A denominação médica correcta é leiomioma, ou mais correntemente mioma. São como pequenos novelos de fibras musculares que formam nódulos.

Podem ser pequenos ou grandes, e situam-se na espessura do miométrio - uma das camadas que forma o útero -. Encontram-se bem isolados e geralmente separam-se facilmente da parede muscular uterina ao extirpá-los durante o acto cirúrgico.

Localizam-se tanto no colo como no corpo do útero, mas esta última é a colocação mais frequente. O seu tamanho é muito variável: podemos encontrar alguns com apenas alguns milímetros, enquanto que outros atingem vários centímetros de diâmetro.

Basicamente, existem três tipos de miomas, de acordo com a localização que apresentam dentro do útero. Os miomas submucosos - chamados assim porque se desenvolvem por debaixo do endométrio - constituem aproximadamente cinco por cento de todos os casos e embora sejam pequenos, podem produzir sintomas.

Os miomas intramurais ou intersticiais são mais frequentes e encontram-se situados na parede muscular, nem muito perto do endométrio nem da camada serosa. Por último, encontram-se os miomas sub-serosos, chamados assim devido à sua proximidade com a camada serosa, que reveste o útero.

Às vezes estes miomas podem deslocar-se em direcção à pélvis, permanecendo unidos ao corpo de útero através de um pedúnculo.

Como se diagnosticam?

Quando não existem sintomas que motivem a consulta, o diagnóstico efectua-se durante a visita ginecológica habitual. Se ao palpar o útero, durante o exame ginecológico, o médico verifica que o seu tamanho é superior ao normal ou nota algumas irregularidades na sua superfície, certamente que indicará a realização de uma ecografia ginecológica para avaliar as dimensões dos órgãos da pélvis.

O exame ecográfico permite avaliar as dimensões reais do útero, assim como dos miomas, e permite conhecer a sua colocação, quantidade e tamanho. É importante recordar a necessidade da visita habitual ao ginecologista, uma vez que possibilita o diagnóstico precoce desta e de outras patologias.

Soluções “à medida”

Devido a todos os casos serem totalmente diferentes, o ginecologista avaliará as possibilidades terapêuticas de acordo com cada situação em particular. Que uma mulher tenha um mioma não significa, como muitas pessoas pensam, que deva ser objecto de uma intervenção cirúrgica. A decisão dependerá de uma correcta avaliação dos miomas.

Para isso, ter-se-á em atenção a sua colocação dentro do útero, o tamanho alcançado por esse órgão devido à presença dos miomas, se eventualmente - devido ao seu volume - comprometem os órgãos vizinhos como a bexiga ou o intestino, quais foram os sintomas que motivaram a consulta, a idade da paciente, o seu desejo de ter filhos, e muitos outros parâmetros.

Nos casos em que os miomas são pequenos e não produzem nenhuma espécie de sintomas, controlam-se mediante o tacto vaginal e ecografias ginecológicas periódicas para avaliar a sua evolução. Uma alternativa, quando se trata de miomas que causam perturbações no ciclo menstrual, é administrar uma medicação para regularizar o fluxo menstrual.

Às vezes, quando são muito grandes, é necessário efectuar uma intervenção cirúrgica para extraí-los. Nesse caso, uma possibilidade é realizar uma terapia hormonal prévia à cirurgia, que consiste na administração de “análogos da hormona libertadora de gonadrotopinas”.

Estas substâncias bloqueiam a produção de hormonas femininas - estrógenos e progesterona -, o que facilita a redução do tamanho do mioma e permite a sua extracção mais facilmente.

A cirurgia

Há casos que se solucionam simplesmente com a extracção dos miomas, o procedimento chamado miomectomia única ou múltipla, de acordo com o número de miomas extirpados.

Este tipo de cirurgia pode efectuar-se através da laparoscopia - procedimento que actualmente se encontra amplamente difundido para a resolução de numerosas patologias e que tem a vantagem de imediata recuperação da paciente no pós-operatório -, ou também por meio de uma incisão abdominal ou laparotomia. A escolha da técnica cirúrgica também depende de cada caso em particular.

Embora nem sempre seja assim, quando o útero está muito afectado e por alguma razão não existe a possibilidade de conservá-lo, pode efectuar-se a sua extracção, operação conhecida como histerectomia. Face à presença de um ou de vários miomas, será o ginecologista quem avaliará o comportamento e o tratamento mais conveniente para cada caso.

Sinais de alarme

- Um pronunciado aumento da quantidade de sangue menstrual (hipermenorreia).

- Prolongamento da duração habitual da menstruação. Quando a mesma se prolonga por mais de sete dias, e de maneira copiosa chama-se menometrorragia.

- Hemorragia fora da data menstrual prevista (metrorragia).

- Hemorragias tão frequentes ou persistentes que não permitem distinguir um ciclo menstrual de outro.

- Anemia causada pelas hemorragias abundantes.

- Dor e sensação de peso na zona da pélvis.

- Aumento da frequência das micções, prisão de ventre, ou dor ao evacuar o intestino.

É importante ter em atenção que estes sintomas nem sempre indicam a presença de miomas, já que algumas vezes podem obedecer a outras causas.
 

ssyssy

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Fibromialgia

Fibromialgia: doentes chamados a participar no tratamento

É prática comum, cada vez mais, os doentes fazerem perguntas aos médicos sobre a doença.

O Dr. Rui Leitão, reumatologista, sustenta que é obrigação dos clínicos «estarem preparados para explicar, em termos simples, mas sem faltar à verdade, em que consiste a afecção e de que forma pode condicionar o futuro do doente».

O interesse dos doentes pela própria patologia deve ser elogiado, considera Rui Leitão.

«Os indivíduos conhecedores da sua doença enfrentam-na de forma mais apropriada, convivem melhor com os seus sintomas, consomem menos recursos de saúde e têm melhor qualidade de vida».

Um caminho para melhores resultados na fibromialgia é pois ir mais além do que as estritas recomendações do médico. Pelo que é pensamento corrente que o doente «assuma a responsabilidade por uma parte considerável do seu tratamento», defende Rui Leitão.

O corpo moído, constantemente. Esta frase aceita-se como uma síntese sintomática da doença. Aliás, Rui Leitão acrescenta-lhe outros aspectos, que decorrem do seu treino e experiência enquanto especialista.

«É como se o corpo fosse constituído por uma gigantesca ‘nódoa negra’, que não precisa que lhe toquem para doer. Os doentes relatam-nos também sensações de ‘ardor’, de ‘latejar’ ou ‘arrepanhar’».

O que dói afinal? São os músculos. Em grande parte dos casos, estão «contraídos e dolorosos, quando são tocados ou quando se movimentam. Muitos deles revelam no seu interior os chamados ‘pontos-gatilho’ que, quando comprimidos com o dedo, desencadeiam uma dor inicialmente local e, após alguns segundos, irradiada a uma região vizinha», aponta o médico.

A localização destes «pontos-gatilho» e a forma como a dor irradia diferem de pessoa para pessoa.

Porém, na fibromialgia, há 18 pontos que são típicos. E o diagnóstico é estabelecido quando pelo menos 11 são pressionados e o indivíduo reage à dor.

Estes pontos encontram-se centrados sempre nos mesmos locais, de um lado e outro do corpo, numa distribuição simétrica, abaixo ou acima da cintura.
 

ssyssy

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Fibromialgia: problema reside no sistema nervoso central

Rui Leitão explica de modo simplificado, como funciona a dor na fibromialgia. A ideia fundamental passa por uma perturbação do funcionamento dos sistemas de transporte e processamento da dor, na medula e no cérebro – ou seja, no sistema nervoso central.

«Isso faz perceber como muito intensa uma estimulação dolorosa ligeira ou moderada, captada pelos receptores de uma determinada região corporal. Por outro lado, sendo este o facto mais relevante, essa sensação dolorosa mantém-se muito tempo depois de estar curado o problema que lhe deu origem.»

«É como se um doente picado por um alfinete – dor pontual, breve e de curta intensidade – tivesse a sensação de ter sido atingido por uma faca, que corresponde a uma maior área dolorosa, mais prolongada e de grande intensidade.»

«Essa última sensação permanece, mesmo muito tempo depois da picada de alfinete estar completamente sarada e ter deixado de causar qualquer dor».

Este problema, designado por sensibilização central, deve-se provavelmente à criação de uma espécie de circuito permanente de dor.

«Em certas circunstâncias estimulações dolorosas repetidas conseguem desenhar no tecido nervoso do cérebro e da medula ‘auto-estradas’ de dor que, uma vez construídas, continuam a desencadear na consciência do doente uma sensação de dor permanente.»

Depois de instalado este processo, qualquer novo estímulo doloroso recebido é capaz de desencadear nova crise de dor intensa e de duração prolongada, a qual pode generalizar-se a todo o corpo, que é típico da fibromialgia.»

«Isto pode ser causado por um traumatismo, dores de cabeça, artrose, inflamação de uma articulação, por exemplo».
 

ssyssy

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Fibromialgia: acamado não

Perante a dor, o alívio é muitas vezes procurado no deitar na cama e esperar que tudo passe. No entanto, essa imobilização tem um efeito contrário e perverso.

«Esta tendência é reforçada por conselhos de amigos e familiares e até médicos. É uma atitude errada, dado que o acamamento e a imobilização levam à redução da força muscular e da flexibilidade que, quando o doente tenta retomar as suas actividades, facilitam o reagravamento dos sintomas.»

Este médico avisa inclusivamente que «quanto mais tempo o doente passar acamado ou reduzir a sua actividade habitual, mais dificuldade virá a ter em retomar a sua vida, sendo conhecido que quase nenhum doente com fibromialgia que esteja de baixa dois anos seguidos voltará ao seu trabalho».

O exercício físico deve ser uma das premissas a integrar na parte do tratamento entregue à responsabilidade do doente.

O objectivo passa por evitar a redução da força e a perda da flexibilidade dos músculos. Salienta Rui Leitão que «músculos comprometidos são mais sensíveis ao esforço e ao movimento».

Além disso, podem sofrer pequenas lesões traumáticas com maior facilidade, que podem desencadear novas crises de fibromialgia.

E, por isso, Rui Leitão sublinha que «a prática regular de exercício físico reduz a intensidade da dor e da fadiga, os sintomas que os doentes consideram mais incapacitantes».

Se é verdade que os primeiros dois meses de actividade física podem significar um agravamento da intensidade das dores, também é preciso ter em conta que, como reconhece o médico, «ultrapassada essa fase poderão registar-se melhorias».
 

ssyssy

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Fibromialgia: fadiga permanente

Outra queixa importante nas pessoas afectadas relaciona-se com a fadiga crónica, característica que é regra em 80% dos casos. Há pessoas que revelam frequentemente que se levantam pela manhã ainda mais cansadas.

Segundo Rui Leitão, esta particularidade «está presente sem razão aparente, isto é sem ter havido um esforço prévio que a justifique e não melhora com o repouso.»

«Isto pode ser muito assustador para o indivíduo. Levando-o a pensar que o seu organismo se encontra num estado geral de debilidade, cuja única explicação só poderá ser uma doença grave, ainda não detectada, mas de mau prognóstico.» Para o quadro de fadiga podem contribuir situações também inerentes a quem sofre de fibromialgia, como sejam a depressão, a ansiedade e as perturbações do sono.

No que diz respeito ao sono, por exemplo, existe a noção actualmente de que estes doentes não atingem na plenitude aquela fase mais profunda, que garante um descanso reparador, através da reposição da vitalidade global e da função muscular.

«Através de encefalogramas descobriu-se que existe interferência de ondas cerebrais de vigília, como se o doente tivesse curtíssimos períodos de acordar de que não se percebe, quando devia estar em sono profundo».
 

ssyssy

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Fibromialgia: não é problema psiquiátrico

Na relação com o próximo – familiares, amigos, colegas de trabalho – podem ocorrer focos de tensão, por via da incompreensão que muitas vezes este quadro clínico gera.

Há mesmo acusações de que o indivíduo é «calão», utilizando uma expressão corrente. Tudo por que a dor não se vê. As pessoas até aparentam estar de boa saúde e nem as análises ou outros exames revelam qualquer tipo de patologia.

Neste contexto, Rui Leitão admite que «o doente corre o risco de passar a ser considerado uma pessoa conflituosa ou negligente, que inventa queixas dolorosas para se furtar às suas obrigações familiares, profissionais e sociais, o que desperta animosidade naqueles que o rodeiam. Esta é uma das maiores preocupações dos doentes».

Já foi o tempo em que a fibromialgia era rotulada como sendo um problema psiquiátrico. Sabe-se hoje que essa consideração não tem suporte científico que a sustente.

«No entanto há uma relação estreita entre acontecimentos e patologia do foro afectivo e o desencadear ou perpetuar das crises de fibromialgia. É indiscutível que os doentes têm mais sintomas do foro psicológico, mas só cerca de 25% têm uma depressão grave.»

«Também não existe evidência de que os doentes tenham algum tipo de personalidade particular, que facilite o aparecimento da afecção»
 

ssyssy

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Frutas e legumes

Fruta e legumes na alimentação: a nova Roda dos Alimentos

A Roda dos Alimentos mudou e também as recomendações da OMS sobre Alimentação Saudável.

Para tentarmos perceber estas alterações, fizemos uma série de perguntas à Drª. Alexandra Bento, Presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas. Eis o que nos respondeu.

Como é constituída a nova Roda dos Alimentos e quais são as principais alterações, relativamente ao tínhamos aprendido anteriormente?

A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária.

É um símbolo em forma de círculo que se divide em segmentos de diferentes tamanhos que se designam por Grupos e que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes.

A Roda dos Alimentos Portuguesa foi criada já em 1977 para a Campanha de Educação Alimentar “Saber comer é saber viver”. A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa conduziram à necessidade da sua reestruturação.

A nova Roda dos Alimentos agora apresentada mantém o seu formato original, pois este é já facilmente identificado e associa-se ao prato vulgarmente utilizado. Por outro lado, e ao contrário da pirâmide, o círculo não hierarquiza os alimentos mas atribui-lhes igual importância.

A subdivisão de alguns dos anteriores grupos e o estabelecimento de porções diárias equivalentes constituem as principais alterações implementadas neste novo guia.

A nova Roda dos Alimentos é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária:

Cereais e derivados, tubérculos – 28%
Hortícolas – 23%
Fruta – 20%
Lacticínios – 18%
Carnes, pescado e ovos – 5%
Leguminosas – 4%
Gorduras e óleos – 2%

A água, não possuindo um grupo próprio, está também representada em todos eles, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos. Sendo a água imprescindível à vida, é fundamental que se beba em abundância diariamente. As necessidades de água podem variar entre 1,5 e 3 litros por dia.

Cada um dos grupos apresenta funções e características nutricionais específicas, pelo que todos eles devem estar presentes na alimentação diária, não devendo ser substituídos entre si.

Dentro de cada grupo estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes, podendo e devendo ser regularmente substituídos uns pelos outros de modo a assegurar a necessária variedade.

De uma forma simples, a nova Roda dos Alimentos transmite as orientações para uma Alimentação Saudável, isto é, uma alimentação:

completa - comer alimentos de cada grupo e beber água diariamente;

equilibrada - comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão, de forma a ingerir o número de porções recomendado;

e variada - comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do ano.
 

ssyssy

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Fruta e legumes na alimentação: a alimentação dos portugueses

A alimentação dos portugueses é, geralmente, correcta ou errada? Quais os tipos de erros mais frequentes? Quais as atitudes correctas?

Em Portugal, cometem-se vários erros alimentares que têm uma influência directa no padrão de morbilidade e mortalidade da nossa população.

Assim, torna-se urgente o combate aos seguintes erros alimentares:
Elevado consumo de sal:


O elevado consumo de sal é responsável pela elevada prevalência de doenças como a hipertensão arterial, cancro do estômago, doenças cérebro-vasculares e cardio-circulatórias.


Elevado consumo de bebidas alcoólicas:

Portugal encontra-se entre os maiores consumidores mundiais de álcool per capita. Problemas psico-sociais e afectivos, cirrose hepática e diversos acidentes de viação e de trabalho têm no elevado consumo de álcool o grande responsável.



Elevado consumo de gorduras:


Doenças cardiovasculares, dislipidemias e obesidade são causadas pelo elevado consumo de gorduras na nossa alimentação.


Elevado consumo de açúcar e alimentos açucarados:
Os doces e bebidas açucaradas, quando consumidos em excesso, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como a obesidade, diabetes e a cárie dentária.


Reduzido consumo de alimentos ricos em fibras:

Frutos e vegetais são excelentes fornecedores de fibras alimentares, vitaminas e minerais. Sabemos que o seu reduzido consumo está relacionado com o aumento da prevalência de doenças crónicas não transmissíveis: diabetes, problemas cardiovasculares, obesidade e alguns tipos de neoplasias.


Saltar refeições e não tomar o pequeno-almoço:

Saltar refeições intercalares, como as merendas da manhã e da tarde, contribui para a perda da massa muscular, que é consumida para produzir a glicose essencial ao funcionamento das células, nomeadamente dos neurónios.
Começar o dia sem tomar o pequeno almoço é um erro alimentar muito frequente. As suas consequências são hipoglicemias matinais, falta de atenção, diminuição do rendimento intelectual na escola e no trabalho, entre outras.




Algumas regras para uma alimentação saudável

Uma alimentação saudável e equilibrada é uma das condições necessárias para viver uma vida longa e plena.



Para que a alimentação seja saudável devem seguir-se algumas regras:

Evitar todos os erros alimentares anteriormente referidos.

A Alimentação deve ser muito variada, tendo em conta as recomendações emanadas pela nova Roda dos Alimentos Portugueses.

Promover um consumo adequado de alimentos do grupo dos frutos (20% do total diário a ingerir), e dos vegetais (23% do total diário a ingerir), devido à sua riqueza em fibras alimentares, vitaminas, minerais e fitonutrientes.

Restringir o consumo de calorias totais (adequar as calorias ingeridas às necessidades reais e à actividade desempenhada).

Preferir preparados culinários mais saudáveis como cozidos, cozidos a vapor, grelhados e estufados. Evitar consumir fritos, refogados e assados. Rejeitar sempre as partículas queimadas resultantes da confecção dos alimentos (nomeadamente nos fritos, assados e grelhados).

Fazer cinco ou seis refeições diárias, distribuindo assim as calorias ingeridas de forma harmoniosa.

Ter o cuidado de comer calmamente, mastigando e ensalivando bem os alimentos.

Ingerir água, infusões, tisanas e chá ao longo do dia. Nunca esquecer que durante o Verão as necessidades hídricas aumentam.

Adoptar hábitos saudáveis como praticar desporto, não fumar e tentar viver de forma calma e sem stress.

É preciso investir diariamente na nossa saúde, alterando comportamentos alimentares, para ser possível colher os bons frutos desse investimento no futuro, que se pretende longo e saudável.
 

ssyssy

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Fruta e legumes na alimentação: o que é uma porção

Os nutricionistas falam em porções. O que é uma porção?

Uma porção é uma quantidade específica de alimento.

A nova Roda dos Alimentos estabelece porções diárias equivalentes, dentro dos sete grupos de alimentos:
Cereais e derivados, tubérculos - 28%
Hortícolas - 23%
Fruta - 20%
Lacticínios - 18%
Carnes, peixes e ovos - 5%
Leguminosas - 4%
Óleos e gorduras - 2%.

Diariamente deve-se comer porções de todos os grupos de alimentos, podendo e devendo ser regularmente substituídos uns pelos outros de modo a assegurar a necessária variedade.

O número de porções recomendado depende das necessidades energéticas individuais. As crianças de um a três anos devem guiar-se pelos limites inferiores e os homens activos e os rapazes adolescentes pelos limites superiores; a restante população deve orientar-se pelos valores intermédios.

Dentro dos 7 grupos da nova roda dos alimentos as porções necessárias diariamente variam entre os seguintes valores:

Cereais e derivados, tubérculos – 4 a 11 porções
Hortícolas – 3 a 5 porções
Fruta –3 a 5 porções
Lacticínios – 2 a 3 porções
Carnes, pescado e ovos –1,5 a 4,5 porções
Leguminosas – 1 a 2 porções
Gorduras e óleos – 1 a 3 porções

Os valores limite (mínimo e máximo) das porções recomendadas foram calculados para os valores energéticos de 1300 Kcal e 3000 Kcal, sendo a quantidade intermédia correspondente a um plano alimentar de 2200Kcal.

Assim, no grupo dos Cereais e derivados, tubérculos, são porções equivalentes:

1 pão (50g)
1 fatia fina de broa (70g)
1 e 1/2 batata - tamanho médio (125 g)
5 colheres de sopa de cereais de pequeno-almoço (35 g)
6 bolachas - tipo Maria ou água e sal (35 g)
2 colheres de sopa de arroz ou massa crus (35 g)
4 colheres de sopa de arroz ou massa cozinhados (110 g)

No grupo Hortícolas são porções equivalentes:

2 chávenas almoçadeiras de hortícolas crus (180 g)
1 chávena almoçadeira de hortícolas cozinhados (140 g)

No grupo da Fruta, uma porção é:

1 peça de fruta - tamanho médio (160 g)

No grupo dos Lacticínios, uma porção corresponde a:

1 chávena almoçadeira de leite (250 ml)
1 iogurte líquido ou 1 e 1/2 iogurte sólido (200 g)
2 fatias finas de queijo (40 g)
1/4 de queijo fresco - tamanho médio (50 g)
1/2 requeijão - tamanho médio (100 g)

No grupo das Carnes, pescado e ovos são porções equivalentes:

Carnes ou pescado crus (30 g)
Carnes ou pescado cozinhados (25 g)
1 ovo - tamanho médio (55 g)

No grupo das Leguminosas são porções equivalentes:

1 colher de sopa de leguminosas secas cruas (ex: grão de bico, feijão, lentilhas) (25 g)
3 colheres de sopa de leguminosas frescas cruas (ex: ervilhas, favas) (80 g)
3 colheres de sopa de leguminosas secas ou frescas cozinhadas (80 g)

No grupo das Gorduras e óleos uma porção equivalente corresponde a:

1 colher de sopa de azeite ou óleo (10 g)
1 colher de chá de banha (10 g)
4 colheres de sopa de nata (30 ml)
1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina (15 g)

As equivalências alimentares apresentadas tiveram por base os seguintes valores estabelecidos de nutrientes:

glícidos/hidratos de carbono - nos grupos dos cereais e derivados, tubérculos (28 g), hortícolas (6 g) e fruta (14 g);
proteínas - no caso de lacticínios (8 g) (onde também se teve em linha de conta o valor de
cálcio - 300 ml), carnes, pescado e ovo (6 g) e leguminosas (6 g); e
lípidos - para o grupo de gorduras e óleos (10 g).
 

ssyssy

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Fruta e legumes na alimentação: os legumes e a fruta

Basta comer legumes ou fruta ou devem comer-se as duas espécies de alimentos? Que benefícios tem a fruta?

Apesar de terem muitas semelhanças nutricionais, também existem diferenças suficientes para que frutas e legumes não se substituam e por isso devem comer-se os dois tipos de alimentos.

Aliás é por esta razão que na nova Roda dos Alimentos estes dois tipos de alimentos surgem agora em dois grupos separados.

Que benefícios tem a fruta para o nosso corpo?

As frutas são alimentos protectores, reguladores e activadores das funções vitais. Isto porque a fruta é rica em vitaminas, minerais e fibras, bem como os micronutrientes essenciais, que fazem da fruta um bem tão vital à nossa saúde.

Comer fruta é, por isso, essencial à saúde e bem-estar da população.

A acção benéfica dos frutos no nosso organismo é intensa e variada. Pela sua natureza, a fruta possui uma potente acção preventiva de vários cancros, tem benefícios sobre a flora intestinal e regula o trânsito intestinal, bem como o funcionamento da vesícula biliar.

Comer fruta auxilia substancialmente a regulação do colesterol sanguíneo com o consequente benefício em termos de doença cárdio-vascular.

Pela sua elevada densidade nutricional e baixa densidade energética, a fruta torna-se um interessante instrumento na ajuda do controlo de peso e combate da obesidade.

Algumas das propriedades protectoras das frutas, nomeadamente a luta contra o envelhecimento precoce e a acção preventiva de vários cancros, devem-se ao elevado nível de antioxidantes.

Estes antioxidantes que combatem os radicais livres (moléculas oxigenadas, tóxicas, produzidas pelo nosso organismo como resultado de diversos factores como fumar, exposição a raios solares, stress, poluição, e que originam danos ao nível celular, alguns deles irreversíveis e que podem mesmo levar à morte celular) são, assim, responsáveis pelas propriedades protectoras que fazem da fruta um bem tão vital à nossa saúde.

As vitaminas A, C e E, que se encontram nas frutas, são os antioxidantes mais conhecidos.

Existem centenas, talvez milhares, de outros antioxidantes fitoquímicos, que ocorrem naturalmente nas frutas. Os carotenóides e os flavonóides são exemplo deste tipo de substancias presentes nas frutas. Os fitoquímicos são objecto de estudo intenso devido aos seus potenciais benefícios para a saúde.
 

ssyssy

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Como convencer as crianças que não gostam de fruta a comê-la? Que truques podemos usar?

O exemplo é sempre uma excelente forma de convencer as crianças. Contudo, por vezes são necessários alguns “truques” para que elas aprendam a apreciar alguns alimentos.

No caso das frutas as seguintes dicas podem ser interessantes:

Brincar com as cores das frutas, para se tornarem mais apelativas, para além de que uma maior variedade de frutas garante o consumo de diferentes nutrientes e sabores, evitando a monotonia.

Variar o tipo de corte e a forma de preparo das frutas para estimular o consumo.

Preferir fruta mais madura.

Nos lanches as frutas ficam saborosas quando combinadas com iogurte, com cereais, ou com bolachas.

Quando necessário alterar a consistência esmagando ou triturando ligeiramente, mas sem desperdiças nenhuma parte.

Sempre que necessário utilizar sumo de fruta.
 

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Fruta e legumes na alimentação: mais questões sobre a fruta

A fruta crua e a fruta cozinhada ou de conserva têm o mesmo valor alimentar?

De um modo genérico a fruta crua é mais rica nutricionalmente, pois a cozedura da fruta provoca perda de algumas vitaminas e a fruta de conserva, para além das perdas vitamínicas que pode apresentar, pode muitas das vezes apresentar-se em calda de açúcar o que diminui o seu valor nutricional.

É possível comer fruta ou legumes em demasia?

O excesso de fruta e legumes é menos prejudicial à saúde do que o excesso comparativo de outro grupo de alimentos.

Contudo, o equilíbrio é uma das regras de ouro da alimentação saudável e por isso, no tocante a frutas e legumes, devem, segundo a nova Roda dos Alimentos, ser ingeridas 6 a 10 porções diariamente, ou seja três a cinco porções de fruta e outras tantas de legumes, quantidade variável nomeadamente consoante o sexo, a idade e a actividade física.
 

ssyssy

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Fibras

andar informado. As fibras alimentares são fundamentais. Pães e cereais pouco refinados, fruta, produtos hortícolas e leguminosas – são os melhores fornecedores.

Alimentação saudável também é andar informado, porque a informação é essencial para se poder particar uma alimentação saudável, de tal modo que, se devem fazer parte de uma refeição, o modo como se podem substituir uns pelos outros, as quantidades recomendadas para cada caso individual, o ritmo a que a ingestão dos alimentos deve obedecer, e a melhor maneira de os cofeccionar, torna-se muito mais fácil fazer uma selecção de alimentos correcta, não só no acto da compra como também na composição das ementas diárias.

Deste modo, reduz-se significativamente a possibilidade de compor refeições menos aconselháveis ao mesmo tempo que diminui a probabilidade em cometer erros nutricionais graves.

Para além disso, o facto de se ter conhecimento sobre o assunto proporciona a independência necessária para se praticar um regime alimentar suficientemente maleável e que se adapte às diferentes variações circunstanciais do dia a dia (casamentos, baptizados, festas de anos, etc.)

As fibras alimentares ou complantix são um bom exemplo do que acabámos de dizer.

Só em fibras alimentares há pelo menos três variedades, cada qual com as suas características próprias e efeitos sobre o organismo.

As linhinhas têm um efeito predominantemente mecânico, actuando no peristaltismo intestinal; as celuloses e hemiceluloses são fibras não solúveis com um efeito menos acentuado no intestino; as gomas, pectinas e mucilagens são hidrosolúveis e actuam como resinas quelantes no ciclo entero-hepático, removendo o colesterol para fora do organismo.

Pelo facto de cada uma destas fibras ter uma determinada função a nível da digestão, absorção e regulamento dos alimentos e nutrientes, não é indiferente comer uma maçã ou uma carcaça integral, uma salada de alface ou uma peça de frutas, e assim por diante, exactamente porque enquanto que as linhinas por exemplo, existem predominantemente nos cereais integrais, as celuloses e hemiceluloses já existem mais nas verduras, e as gomas, pectinas e mucilagens existem com maior frequência nas frutas.
 

ssyssy

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Fitoterapia

Fitoterapia: plantas, uma opção preventiva

A fitoterapia usa os princípios activos das plantas para tratamento de algumas doenças e, sobretudo, como meio de prevenção. Pode, ainda, ser um excelente coadjuvante da nutrição e dos fármacos tradicionais.

O ananás tem outras finalidades, para além de uma boa sobremesa. O talo contém uma substância – a bromeleína – utilizada em medicamentos anti-inflamatórios e para tratamento de certas formas de celulite.

O botão e as primeiras folhas dos ramos da planta do chá verde são muito utilizados para o emagrecimento, mas a sua acção é essencialmente diurética, não devendo ser utilizados indiscriminadamente.

Desde tempos idos que o homem desenvolve o conhecimento e a utilização das virtudes das plantas. Ao conhecimento das plantas e respectivas aplicações terapêuticas dá-se o nome de fitoterapia.

«É uma ciência que aplica os princípios activos de alimentos – aqueles que tradicionalmente não eram designados como nutrientes ou nutrimentos – e que podem ser utilizados sobretudo para prevenir e/ou controlar algumas doenças», diz o Dr. Sérgio Cunha Velho, nutricionista, referindo-se à fitoterapia.

Simplificando, trata-se de uma terapêutica em que se usam componentes naturais, sendo que os mesmos podem ser utilizados, essencialmente, como forma de prevenção.

Em termos de fármacos, a Medicina, no passado recente, foi buscar às plantas princípios activos que, posteriormente, foram isolados e concentrados. Actualmente, são também sintetizados.

Por exemplo, a substância activa da Aspirina – ácido salicílico – derivou da casca do salgueiro.

«Para prevenir as complicações relacionadas com a menopausa são utilizados já com bastante frequência os fitoestrogénios de soja isolados ou em combinação com outros provenientes de outras leguminosas secas como uma alternativa à terapia hormonal de substituição (THS)», exemplifica Sérgio Cunha Velho, continuando:

«O estanol (derivado do fitoesterol) é utilizado para controlar e reduzir a absorção do colesterol e o cardo mariano (planta muito usada no Alentejo na confecção de alimentos) é excelente para doenças do fígado.»
 
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