Robalo
European seabass
dicentrarchus labrax
ordem: perciformes
Como todos os pescadores desportivos bem sabem, o robalo é um dos grandes campeões da pesca desportiva, dos mais apreciados tanto na pesca como na mesa. A sua beleza natural e dimensões que pode atingir fazem dele um dos melhores troféus de pesca. Quem não sonha com a captura de um belo robalo cada vez que sai para a pesca? E em que história de pescador não aparece um robalo de vários quilos? E os segredos que os pescadores de robalos guardam só para si e seus amigos mais próximos?
É um peixe que aparece habitualmente junto à costa onde a ondulação varre as praias e nas zonas rochosas onde a agitação do mar produz "águas brancas", e também em estuários e rios, onde procura águas de menor salinidade mais adequadas à conclusão do seu ciclo reprodutivo, normalmente entre Novembro e Março. Pode ser encontrado em toda a costa portuguesa ainda com relativa abundância. Trata-se de um predador voraz e imprevisível que se alimenta de peixes e crustáceos, com especial predilecção pelo camarão, alternando períodos de extrema voracidade com desconfiança e desinteresse pelos iscos e amostras, transformando assim a sua pesca num verdadeiro desafio, numa verdadeira paixão, exigindo do pescador conhecimento e experiência - o robalo é um peixe de luta e caça - os predadores são os peixes mais inteligentes, já que usam todos os seus sentidos na detecção e captura das presas!
É um peixe verdadeiramente elegante, com uma silhueta emblemática e uma poderosa barbatana caudal. De cor cinzenta/prateada reluzente e abdomén esbranquiçado, cabeça forte e boca grande com dentes finos e ponteagudos e opérculos com dois espinhos - que por vezes causam ferimentos ao pescador quando desferram o peixe. Pode atingir cerca de 1m e 20cm de comprimento e cerca de 15 quilos de peso.
É um nadador extraordinário, muito ágil e rápido - enquanto jovem desloca-se normalmente em grandes cardumes de peixes c/ o mesmo tamanho, tornando-se mais solitário à medida que vai crescendo. Muda o seu comportamento com muita facilidade e as alterações ambientais (vento, movimento da maré, temperatura, transparência da água, luminosidade e pressão atmosférica) interferem consideravelmente no seu comportamento.
Nomes populares: robalo, robalete, robalote, cachaço, chaliço (aparece frequentemente na nossa costa uma espécie semelhante (dicentrarchus punctatus), vulgarmente chamada robalo mosqueado ou sarapintado ou baila - trata-se de um peixe muito parecido e da mesma família do robalo, com manchas ou pontos negros no corpo, mas de menor tamanho, não ultrapassando os 60 cm.
Época para pesca: todo o ano, principalmente entre Setembro e Abril. A pesca tem habitualmente melhores resultados durante o período diurno, c/ a Lua em quarto crescente ou quarto minguante e com a maré na vazante sem a água muito fria, pois prefere as águas mais quentes (entre 20 e 25 graus C), embora suporte temperaturas desde os 2 graus C até aos 34 graus C - mas parece alimentar-se só em águas de temperatura superior aos 7 graus C. Com a a água a uma temperatura superior a 21 graus torna-se activo à superfície - abaixo desta e até aos 15 graus é encontrado a meia água e no fundo!
Para a pesca do robalo tem particular importância o estado do mar, as condições meteorológicas, a hora do dia, a altura da maré, a fase da lua e....a experiência do pescador! Note que o robalo utiliza muitas vezes, como forma de captura da presa a sucção, seguida da mordida - é por isso necessário estar atento para não se retirar o isco da boca do peixe na altura do "esticão" - obviamente este problema não se põe na pesca ao corrico...
Tenha em atenção que a medida mínima permitida na captura de robalos é 36 cm - e que só se a mesma for cumprida se pode continuar a contar com a presença desta espécie, e até mesmo aumentar a sua população.
Técnicas de pesca: São várias as técnicas utilizadas para a pesca do robalo - desde a pesca à bóia, c/ bóia de água (buldo), c/ chumbada (fundo) até ao surf casting e spinning, conforme a zona em que se pesca e o gosto do pescador - isto quando se pesca de terra. De barco a melhor forma é ao corrico ou spinning.
Iscos: caranguejo mole, lingueirão, camarão/camarinha, sardinha, buzios, camarão da pedra vivo, casulo e ganso, mexilhão, etc, até às amostras artificiais. Atenção ... o robalo prefere o isco vivo - e os seus hábitos alimentares mudam consoante os locais e as épocas do ano.
Fonte:
KATEMBE