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A erosão costeira é um fenómeno que está a acontecer um pouco por todo o
> país. Apenas não se fala disso porque "não dá jeito".
>
> Um dos casos mais badalados do género, é sem dúvida a Costa da Caparica,
> porquê? Porque é uma praia de muita aderência populacional e porque estava
> lá perto um Parque de Campismo no qual pessoas viviam.
>
> Sou bióloga marinha e sei, de fonte segura, que os recuos e avanços do mar
> sempre aconteceram, e vão continuar mesmo após o nosso desaparecimento. E
> infelizmente a erosão costeira vai prolongar-se e não podemos fazer nada
> contra isso.
>
> O problema começou logo quando decidimos construir casas com vista para o
> mar, o mais perto da praia para não termos de andar sobre as dunas, sim
> porque faz um calor infernal no Verão e ninguém quer carregar os chapéus de
> sol durante muito tempo.
>
> Ao termos destruído as dunas como fizemos, acabámos por deixar os terrenos a
> descoberto e agora assistimos impávidos aos avanços do mar, que já começou a
> levar plantações e, inclusivamente, casas. Falo de Esposende, onde estive
> (juntamente com colegas de mestrado) a "tratar" desse assunto, e onde
> tentamos dar resposta a esse "mal".
>
>
>
> Conclusão: não se pode fazer nada. Apenas resignarmo-nos com o facto que "o
> mar vai levar o que lhe pertence", como ouvi tantos pescadores de Fão dizer,
> e que só podemos aceitar isso e minimizar os impactos com a criação de
> barreiras físicas (que não servem de nada senão prolongar o tempo de vida
> das construções em 10/15 anos).
>
>
>
> Bem-haja.
>
>
>
> Helga Rodrigues :right:
> país. Apenas não se fala disso porque "não dá jeito".
>
> Um dos casos mais badalados do género, é sem dúvida a Costa da Caparica,
> porquê? Porque é uma praia de muita aderência populacional e porque estava
> lá perto um Parque de Campismo no qual pessoas viviam.
>
> Sou bióloga marinha e sei, de fonte segura, que os recuos e avanços do mar
> sempre aconteceram, e vão continuar mesmo após o nosso desaparecimento. E
> infelizmente a erosão costeira vai prolongar-se e não podemos fazer nada
> contra isso.
>
> O problema começou logo quando decidimos construir casas com vista para o
> mar, o mais perto da praia para não termos de andar sobre as dunas, sim
> porque faz um calor infernal no Verão e ninguém quer carregar os chapéus de
> sol durante muito tempo.
>
> Ao termos destruído as dunas como fizemos, acabámos por deixar os terrenos a
> descoberto e agora assistimos impávidos aos avanços do mar, que já começou a
> levar plantações e, inclusivamente, casas. Falo de Esposende, onde estive
> (juntamente com colegas de mestrado) a "tratar" desse assunto, e onde
> tentamos dar resposta a esse "mal".
>
>
>
> Conclusão: não se pode fazer nada. Apenas resignarmo-nos com o facto que "o
> mar vai levar o que lhe pertence", como ouvi tantos pescadores de Fão dizer,
> e que só podemos aceitar isso e minimizar os impactos com a criação de
> barreiras físicas (que não servem de nada senão prolongar o tempo de vida
> das construções em 10/15 anos).
>
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>
> Bem-haja.
>
>
>
> Helga Rodrigues :right:
