LA-Paredes-Rota dos Móveis quer mais vitórias em 2011
Os responsáveis da equipa acreditam que o primeiro triunfo na Volta a Portugal está para breve.
A LA Paredes Rota dos Móveis apresenta-se para a nova época de ciclismo com o objectivo de «conseguir mais vitórias do que em 2010», enfrentando a crise financeira global com um orçamento «ligeiramente reforçado» de 370 mil euros.
«Podemos esperar aquilo a que a equipa nos habituou: um conjunto que quer estar sempre na frente, competitivo, a lutar pela vitória em todas as provas. Sabemos que não é fácil, mas tentaremos», prometeu o director desportivo, Mário Rocha.
O director desportivo quer «conseguir mais vitórias do que em 2010», época em que se destacou o quinto lugar de Hernâni Broco na Volta a Portugal, o melhor luso na classificação, mas lembra as dificuldades da missão.
«Não corremos sozinhos, mas com outras equipas. Ao contrário de outras modalidades, em que na maior parte das vezes competem apenas duas equipas, no ciclismo são 10, 15 ou 20 na mesma prova e apenas uma vence», advertiu.
A LA-Paredes-Rota dos Móveis nunca ganhou a Volta a Portugal, mas o autarca de Paredes, Celso Ferreira, um dos principais patrocinadores da equipa, confia que esse momento está próximo.
«Mais ano, menos ano vamos ganhar a Volta a Portugal. É uma questão de persistência, continuidade e oportunidade, que só aparece quando estamos lá. Isto não é como no futebol, em que ganham sempre os mesmos», disse.
Delmino Pereira, dirigente da federação, falou de «um ano triste» referindo-se ao facto de o pelotão nacional contar com apenas quatro equipas profissionais, nomeadamente a de Paredes, a Barbot-Efapel, o Tavira-Prio e a Onda (Boavista).
O dirigente falou em «retorno mais profissional» para os patrocinadores, a quem quer dar «mais espaço», numa modalidade que, sem seu entender, «tem a luta mais evoluída e avançada contra o doping».
«O ciclismo está em quebra há 20 anos. Não há ninguém com uma ideia milagrosa e mágica a endireitá-lo. É a comunidade, os seus agentes, que têm de puxar a modalidade para cima. Temos algo que muitas modalidades queriam ter: público e uma paixão que move o país», concluiu.
Joaquim Gomes, responsável pela Volta a Portugal, reconheceu a «conjuntura económica difícil» que está a prejudicar também o ciclismo, mas apelou a um incremento do «esforço» dos que têm apoiado a modalidade.
«A história de 100 anos do nosso ciclismo poderia cair por terra este ano ou nos próximos, não fossem os autarcas e patrocinadores. As dificuldades estão aí. Temos de as enfrentar com ideias e determinação», vincou.
A equipa de Paredes inicia a competição a 13 de Fevereiro na Prova de Abertura e tem como ponto alto a participação na Volta a Portugal (04 a 15 de Agosto), competindo apenas uma vez fora do país, a 10 de Abril, na Clássica da Primavera, em Bilbau, Espanha.
Equipa: Amaro Antunes (ex-Liberty Seguros/SM Feira), Bruno Sancho, Bruno Silva (ex-Aluvia/Valongo), Hernâni Broco, Hugo Sabido, Hugo Sancho (ex-Mortágua/Basi), Márcio Barbosa, Rui Vinhas (ex-Aluvia/Valongo), Vergílio Santos, Edgar Pinto e Miguel Angel Candil.
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