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Cartografia

Freundlich

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A Cartografia manifesta-se como uma linguagem essencial para a produção de imagens geográficas através de conceitos espaciais como Localização, Densidade, Distribuição, Escala, Distância, etc. A cartografia clássica juntou-se com a abordagem mais moderna de análise geográfica, baseada em sistemas de informações geográficas computadorizadas (GIS).

A cartografia estuda a representação da superfície de Terra com símbolos abstractos. Pode-se, sem muita controvérsia, dizer que a cartografia é a semente da qual nasce, um campo Maior, a Geografia. Ainda que outras subcategorias da geografia confiem nos mapas para nos mostrar a sua análise, o actual fabrico de mapas é suficientemente abstracto para ser visto separadamente. Cresceu duma colecção de projetos e técnicas até à ciência actual. Os cartógrafos devem aprender psicologia cognitiva e ergonómica para compreender quais os símbolos conduzem a uma informação sobre a Terra mais eficaz, e psicologia do comportamento para induzir os leitores dos seus mapas a actuar de acordo com a informação. Eles devem aprender correctamente geodesia e matemáticas avançadas para perceber como a forma da Terra distorce um mapa que está projectado numa superfície plana.

Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) processam a informação sobre a Terra num computador, de um modo preciso e apropriado ao propósito de informar. Por esse fato, em todas as subcategorias da geografia, os especialistas de SIG devem dominar o computador e sistemas de base de dados. O SIG revolucionou o campo da cartografia de tal forma que para se fazer um mapa hoje em dia recorre-se sempre a algum tipo de software de SIG.
 

Satpa

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Cartografia

Representação de espaços e distâncias

Luiz Carlos Parejo*


Cartografia é a arte, a ciência e a técnica de se construírem mapas e outras representações da superfície terrestre.

A cartografia possui normas e procedimentos internacionais que exigem elementos básicos para ser considerada correta, como título, legenda, escala, fonte, autor, etc.

A escala é particularmente importante pois a partir dela podemos ter a dimensão aproximada da área representada e saber as distâncias que separam determinados lugares.

O IBGE define escala como a relação entre as dimensões dos elementos representados em um mapa, carta, fotografia ou imagem e as correspondentes dimensões no terreno e escala cartográfica como a relação matemática entre as dimensões dos elementos no desenho e no terreno.

Reduzindo o espaço

A escala é, portanto, uma proporção entre as distâncias de uma mapa e as distâncias na realidade ou corresponde a quanta vezes a realidade foi reduzida para estar naquele mapa especificamente. Aqueles mapas mundi que os professores levam à sala de aula e colocam à frente da lousa, geralmente possuem uma escala de 1 para 30 milhões ou E=1:30.000.000:

# neste caso, 1cm (centímetro) no mapa corresponde a 30 milhões de centímetros na realidade;
# ou 1 milímetro no mapa corresponde a 30 milhões de milímetros na realidade.

Calculando distâncias

Quando se conhece a escala numérica, pode-se calcular as distâncias reais. Para calcular a distâncias entre lugares, você deve proceder da seguinte forma:

1) Pegue um mapa e observe a escala, por exemplo E=1:500.000.

2) Usando a régua, descubra a distância entre 2 pontos do mapa, por exemplo 5 cm.

3) Podemos perguntar: A partir dos dados acima, qual é a distância, em quilômetros, na realidade?

4) Trabalhando com a escala:

Primeiro, como na pergunta a distância no mapa é de 5cm, vamos usar o centímetro como padrão, portanto: 1cm no mapa corresponde a 500.000cm na realidade (divida os 500.000cm por 100, pois 100cm é igual a 1 m), assim, 1cm no mapa corresponde a 5.000m na realidade (divida os 5.000m por 1.000, pois 1000m é igual a 1 km), então 1cm no mapa corresponde a 5km (quilómetros) na realidade.

Note que 500.000cm, 5.000m e 5km são a mesma distância.

5) Conclusão: Se 1cm no mapa corresponde a 5km na realidade, 5cm no mapa correspondem a 25km na realidade, isto é 5 vezes mais.


*Luiz Carlos Parejo é professor de geografia.
 

Satpa

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Como interpretar reduções em mapas

Escala cartográfica

Como interpretar reduções em mapas

Cláudio Mendonça*

O mapa é uma imagem reduzida de uma determinada superfície. Essa redução - feita com o uso da escala - torna possível a manutenção da proporção do espaço representado. É fácil reconhecer um mapa do Brasil, por exemplo, independente do tamanho em que ele é apresentado, pois a sua confecção obedeceu a determinada escala, que mantém a sua forma. A escala cartográfica estabelece, portanto, uma relação de proporcionalidade entre as distâncias lineares num desenho (mapa) e as distâncias correspondentes na realidade.

As escalas podem ser indicadas de duas maneiras, através de uma representação gráfica ou de uma representação numérica.

Escala gráfica

A escala gráfica é representada por um pequeno segmento de recta graduado, sobre o qual está estabelecida directamente a relação entre as distâncias no mapa, indicadas a cada trecho deste segmento, e a distância real de um território. Observe:


escala.gif



De acordo com este exemplo cada segmento de 1cm é equivalente a 3 km no terreno, 2 cm a 6 km, e assim sucessivamente. Caso a distância no mapa, entre duas localidades seja de 3,5 cm, a distância real entre elas será de 3,5 X 3, ou 10,5 km (dez quilômetros e meio). A escala gráfica apresenta a vantagem de estabelecer direta e visualmente a relação de proporção existente entre as distâncias do mapa e do território.

Escala numérica

A escala numérica é estabelecida através de uma relação matemática, normalmente representada por uma razão, por exemplo: 1: 300 000 (1 por 300 000). A primeira informação que ela fornece é a quantidade de vezes em que o espaço representado foi reduzido. Neste exemplo, o mapa é 300 000 vezes menor que o tamanho real da superfície que ele representa.

Na escala numérica as unidades, tanto do numerador como do denominador, são indicadas em cm. O numerador é sempre 1 e indica o valor de 1cm no mapa. O denominador é a unidade variável e indica o valor em cm correspondente no território. No caso da escala exemplificada (1: 300 000), 1cm no mapa representa 300 000 cm no terreno, ou 3 km. Trata-se portanto da representação numérica da mesma escala gráfica apresentada anteriormente.


escala1.gif



Caso o mapa seja confeccionado na escala 1 300, cada 1cm no mapa representa 300 cm ou 3 m. Para fazer estas transformações é necessário aplicar a escala métrica decimal:


escala2.gif



ou


escala3.gif



Aplicação da escala

A escala (E) de um mapa é a relação entre a distância no mapa (d) e a distância real (D). Isto é:


escala4.gif



As questões que envolvem o uso da escala estão geralmente relacionadas a três situações:

1. Calcular a distância real entre dois pontos, separados por 5 cm (d), num mapa de escala (E) 1: 300 000.


escala5.gif



2. Calcular a distância no mapa (d) de escala (E) 1: 300 000 entre dois pontos situados a 15 km de distância (D) um do outro.


escala6.gif



3. Calcular a escala (E), sabendo-se que a distância entre dois pontos no mapa (d) de 5 cm representa a distância real (D) de 15 km.


escala7.gif



Grande e pequena escala

Para a elaboração de mapas de superfícies muito extensas é necessário que sejam utilizadas escalas que reduzam muito os elementos representados. Esses mapas não apresentam detalhes e são elaborados em pequena escala. Portanto, quanto maior o denominador da escala, maior é a redução aplicada para a sua elaboração e menor será a escala.

As escalas grandes são aqueles que reduzem menos o espaço representado pelo mapa e, por essa razão, é possível um maior detalhe dos elementos existentes. Por isso, são aquelas cujo denominador é menor. As escalas maiores normalmente são denominadas de plantas que podem ser utilizadas num projecto arquitectónico ou para representar uma cidade. De acordo com os exemplos já citados a escala 1: 300 é maior do que a escala 1: 300 000.

A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Numa pequena escala o mais importante é representar as estruturas básicas dos elementos representados e não a exactidão de seu posicionamento ou os detalhes que apresentam.

Aliás, o detalhe neste tipo de mapa compromete a sua qualidade e dificulta a sua leitura. Numa grande escala, como plantas de uma casa ou de uma cidade, existe uma maior preocupação com os detalhes, mas assim mesmo as informações devem ser seleccionadas para atender apenas o objectivo pelo qual foram elaboradas.


*Cláudio Mendonça é professor do Colégio Stockler e autor de "Geografia Geral e do Brasil" (Ensino Médio) e "Território e Sociedade no Mundo Globalizado" (Ensino Médio).
 

orban89

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Early modern Venezia (Venice), 1676.


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