Ovarense-benfica, 59-75 Final Do "playoff" - Jogo 3
Após a vitória, em Ovar, por 75-59, no terceiro jogo da final do "playoff", o Benfica está a um só triunfo de conquistar o título principal do basquetebol nacional, algo que não sucede há 13 temporadas.
Depois dos desaires em Lisboa, a Ovarense esteva obrigada a fazer mais e melhor diante dos seus adeptos mas, pese o bom período inicial (21-19), rapidamente se percebeu que o rendimento ofensivo dos vareiros iria continuar a ser fraco (nos primeiros jogos concretizaram 61 e 62 pontos, respectivamente). Assim, restava-lhes tentar fazer a diferença na defesa.
Ao intervalo, mesmo em desvantagem (33-36), a Ovarense ainda estava na corrida, mas a segunda parte foi muito má para os pupilos de Mário Leite. O terceiro parcial foi determinante (8-21). Enquanto os locais coleccionavam "turnovers" (terminaram com 23!) e sofriam para acertar os lançamentos (36-16 em "tiros" de dois e 19-5 em triplos), os encarnados, mais tranquilos, aproveitavam todas as oportunidades para dilatar a vantagem.
À entrada dos derradeiros 10 minutos, o Benfica tinha 16 pontos à maior (57-41). A experiência dos seus internacionais foi, a partir daí, essencial para gerir o pecúlio alcançado. E nem foi preciso jogar muito bem, aliás algo que já tinha sucedido nos embates anteriores. Bastou estar mais certeiro (38-27 em lançamentos de dois pontos) e concentrado.
Sem nenhum elemento em plano de grande evidência, o Benfica tirou partido da extensa qualidade (e profundidade) do seu plantel. Doliboa e Elvis Évora foram os melhores marcadores com 14 pontos, mas João Santos (12), Sérgio Ramos (11) e Tavares (9) não estiveram longe. Entre os jogadores da casa, Roberts (15) foi o melhor concretizador, mas a nota de destaque, mais uma vez (e pela negativa), vai para o também norte-americano Greg Stempin. Com escassos 4 pontos voltou a ser um jogador a menos numa equipa que, naturalmente, precisava de contar com o seu melhor jogador em bom ritmo na final. Só que isso ainda não aconteceu...
Sob a arbitragem do trio composto por Fernando Rocha, Nuno Monteiro e Paulo Marques as equipas alinharam e marcaram:
OVARENSE (59) - Nuno Manarte (0), John Waller (10), Miguel Miranda (10), Greg Stempin (4) e Rolan Roberts (15). Jogaram ainda João Abreu (6), André Pinto (0), Rui Mota (5), Nuno Cortez (9) e Mário Fernandes (0). Treinador: Mário Leite.
BENFICA (75) - Diogo Carreira (5), João Santos (12), Sérgio Ramos (11), Seth Doliboa (14) e Elvis Évora (14). Jogaram ainda António Tavares (9), Miguel Minhava (6), Ekjersey Viana (2) e Miguel Barroca (2). Treinador: Henrique Vieira.
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- O Benfica vence 75-59.
- Diogo Carreira marca depois da paragem e no lance seguinte, Elvis faz um desarme. O Benfica volta a serenar... Faltam disputar 1-50 minutos.
- Henrique Vieira não quer correr riscos e a 2.50 minutos do termo, com vantagem de 14 pontos (71-57), pede desconto de tempo.
- Os vareiros já não acreditam na reviravolta. Mais uma bola perdida a 3.52 do final, com 18 pontos à maior (71-53).
- A Ovarense dá o tudo por tudo. À entrada dos derradeiros 5 minutos reduz para 53-69.
- João Santos acerta um triplo e com 6.03 minutos para jogar, o Benfica atinge os 20 pontos de vantagem.
- Doliboa faz cesto (com falta) e ainda tira uma falta. O Benfica continua a gerir a vantagem e Sérgio Ramos marca também da linha de lance-livre. 66-49 a 6.20 minutos do final.
- Quando a Ovarense parecia estar a animar, um "turnover" de Stempin permite a João Santos ir sozinho para um espectacular afundanço.
- Stempin faz os primeiro pontos do último período, mas na resposta Ekjersey marca após boa assistência de Diogo Carreira.
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- Um longo triplo de Doliboa, em cima do final do período, coloca o resultado em 57-41 para o Benfica. A 10 minutos do final, o Benfica tem 16 pontos de vantagem e o triunfo na mão...
- Waller, com um triplo, volta a fazer pontos para a Ovarense, mas as dificuldades são imensas...
- João Santos volta a acertar e a vantagem encarnada sobe para 15 (51-36).
- Dois lances-livres de Sérgio Ramos possibilitam ás águias a maior vantagem do jogo: 13 pontos (49-36).
- João Santos faz uma jogada de 3 pontos (2+1) e recoloca o Benfica com uma vantagem na casa das dezenas.
- A Ovarense reduz para 36-44 e o Benfica troca mais uma vez de bases. Agora é Diogo quem comanda o ataque da equipa.
- O Benfica entra forte na segunda parte. Elvis (duas vezes), Doliboa (dois lances-livres) e Minhava (em contra-ataque) fazem um parcial de 8-0. Os visitantes possuem agora a maior vantagem da partida: 44-33. Mário Leite pede desconto de tempo (com 8.13 minutos para jogar no período) e troca os bases. Mário Fernandes rende Manarte.
- A Ovarense recomeça o jogo com o seu cinco inicial tradicional, enquanto o Benfica surge com Miguel Minhava em vez de Diogo Carreira.
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- Termina a primeira parte. Sérgio Ramos falha o último lançamento (triplo). As águias lideram 36-33.
- É a vez de Henrique Vieira solicitar o desconto de tempo quando faltam jogar 19 segundos. Um triplo de Miguel Miranda, no limite do tempo de ataque, deixa o marcador em 36-33 favorável ao Benfica.
- Miguel Barroca (de costas) e Sérgio Ramos marcam dois "tiros" curtos e dão uma vantagem de 6 pontos ao Benfica. Mário Leite pára a partida. Faltam 1.11 minutos para o intervalo.
- Muitas substituições dos dois lados, numa altura em que as equipas sentem imensas dificuldades para marcar.
- Um lançamento curto de Cortez, com falta de Ekjersey, seguido do respectivo lance-livre, vale o empate à Ovarense: 28-28.
- Diogo Carreira cede o lugar a Miguel Barroca.
- Henrique Vieira também procura mais soluções no seu banco e manda avançar Ekjersey Viana.
- Desconto de tempo para o Benfica, quando a Ovarense se prepara para reintroduzir Stempin no jogo e estrear o internacional português Mário Fernandes.
- A Ovarense lança André Pinto.
- O Benfica volta a trocar os bases. Diogo Carreira regressa ao jogo por troca com Minhava. E Tavares acerta outra vez (7 pontos).
- Rui Mota é o primeiro a marcar no segundo período, mas o Benfica responde com Sérgio Ramos e depois Miguel Minhava. Empate no marcador: 23-23.
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- Rui Mota (mais um suplente a saltar para o jogo) acerta um triplo e deixa a Ovarense na frente no final do primeiro período (21-19).
- Miranda marca um triplo e Abreu dois lances-livres, o que recoloca a Ovarense na frente. Entretanto, Sérgio Ramos entra para o lugar de Doliboa.
- Mário Leite pede desconto de tempo, quando o Benfica comanda 17-13.
- Os bancos começam a proceder à rotação habitual. João Abreu e Nuno Cortez rendem Manarte e Roberts, nos locais, enquanto Tavares ocupa o posto de Sérgio Ramos nas águias.
- Miguel Minhava é o primeiro suplente a entrar no jogo, rendendo Diogo Carreira. Elvis volta a marcar (já tem 6 pontos) e o Benfica regressa à liderança.
- Sérgio Ramos marca o primeiro triplo dos lisboeta e depois é a vez de Doliboa concluir um contra-ataque (9-9).
- Roberts converte dois lançamentos consecutivos, o último através de um afundanço. A Ovarense foge para 9-4.
- Miguel Miranda acerta no primeiro ataque dos locais e pouco depois é a vez de Waller marcar. E logo um triplo.
- João Santos tenta o primeiro lançamento do encontro (triplo), mas falha. Vale ao Benfica a forte presença de Elvis Évora no ressalto para inaugurar o marcardor.
- Sem surpresas, a Ovarense arranca com Nuno Manarte, John Waller, Miguel Miranda, Greg Stempin e Rolan Roberts, enquanto o Benfica aposta em Diogo Carreira, João Santos, Sérgio Ramos, Seth Doliboa e Elvis Évora.
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Ovarense e Benfica voltam a encontrar-se esta noite, agora para a realização do jogo 3 da final do "playoff" da Liga Portuguesa de Basquetebol. Com a série (disputada à melhor de 7) inclinada para o lado dos encarnados (ganharam os dois primeiros embates, na Luz), os vareiros precisam de vencer para não ficarem, desde já, sem qualquer margem de erro.
Este vai ser o sexto duelo da temporada entre as duas formações. Até à data, a Ovarense só venceu uma vez (90-88), no Barreiro, durante as meias-finais da Taça de Portugal. De resto, o Benfica dominou todas as partidas referentes à Liga (89-73, em casa, e 76-59, fora, durante a fase regular e 77-61 e 70-62, nos dois embate caseiros do "playoff").
Nos últimos dois confrontos, o Benfica foi sempre mais forte, o que não significa que tenha jogado ao seu melhor nível. O que se verificou é que a Ovarense, contrariando as previsões, apresentou-se muito mal no ataque, conforme se atesta pelos registos de 61 e 62 pontos. De resto, os pupilos de Mário Leite têm sentido muitas dificuldades para armar o ataque. Os 20 "turnovers" cometidos no jogo 2 foram outra das razões que impediram os actuais campeões de lograr vencer na Luz.
Mesmo em caso de triunfo nos jogos em casa - a partida 4 está agendada para as 16 horas de sábado -, a Ovarense continuará a necessitar de ganhar pelo menos 1 jogo em Lisboa para assegurar a conquista do título. Contudo, esta temporada, somente o FC Porto, no segundo jogo da primeira ronda do "playoff", conseguiu triunfar na Luz. Recorde-se, aliás, que durante a temporada regular a equipa orientada por Henrique Vieira estabeleceu um recorde nacional: somou por vitórias os 30 encontros realizados!
Autor: LUÍS AVELÃS