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1.º Problema Policiário - GForum | Singular

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billshcot

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* os verdadeiros desafios começam agora *

NAQUELA NOITE DE TEMPORAL

Jorge Neves fora sempre um “senhor” ... Bem instalado na vida, activo, alegre, os seus negócios vingavam de “vento em popa”, embora nem sempre completamente isentos de censura, quanto aos métodos usados.

Jorge Neves fora sempre um “senhor” ... Casara muito novo, com uma mulher uma dúzia de anos mais velha, que lhe serviria de trampolim para a ascensão meteórica que a sua vida profissional espelhava.

Jorge Neves fora sempre um “senhor” ... Mas aos 45 anos apaixonara-se por uma das suas “aventuras” e forjara uma acção de divórcio contra a sua mulher Carmelinda de Sousa Neves, para poder casar com Graciete de Almeida. Na 1ª. Instância valera-lhe o testemunho de Carlos Pinto, que diziam, testemunhara falso para fazer prevalecer a posição de Jorge Neves no pleito... Carmelinda de Sousa Neves interpusera recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa, estando marcado para a próxima sessão da Relação o julgamento da causa.

Jorge Neves fora sempre um “senhor” ... Mas estava morto !... Completamente morto !... Assassinado! ...

Xico Dias deitou mais uma mirada ao cadáver estendido na fina alcatifa do amplo salão requintamente mobilado.
O corpo jazia de borco sobre uma poça de sangue, proveniente do buraco resultante de um tiro desfechado à queima-roupa, que lhe desfizera o rosto.
Segurando Isabel [ sua secretária ] por um braço, olhou de viés a porta entreaberta do cofre violado, e aproximou-se da janela olhando a rua ...
Xico Dias olhou o caminho que conduzia à casa, apenas iluminado pela luz do portal, que o criado acendera quando telefonara à Polícia, um caminho quase lúgubre, na escuridão da noite sem luar e da chuva intensa, intermitente, que se arrastava há várias horas.
Xico Dias viu as horas : 01h30 da manhã , já de 19 de Janeiro .

Havia precisamente uma hora que recebera a chamada telefónica, advertindo-o do que se passara. Por acaso fazia serão no seu escritório...
De relance olhou a vidraça, partida recentemente, e irregularmente, junto do puxador que abria a porta-janela que deitava para a varanda, escasso metro e meio acima do nível da fina e cuidada alcatifa .
- Vamos, Isabel !
E saiu, num relance, deitando um derradeiro olhar ao “senhor” que tudo comprara na vida . Tudo, excepto a morte .

Duas horas mais tarde, no silêncio calmo do seu escritório, Xico Dias escutava atentamente a leitura, por Isabel, das notas respeitantes ao caso.
Assim :
a) A hora da morte : Entre as 22h00 e as 24h00, do dia 18 de Janeiro ainda.

b) Indícios visíveis no salão : Nenhuns, para além dos verificados por Xico Dias e já referenciados.

c) Criados : Joaquim, o chefe dos criados, e sua mulher, Ana ,a cozinheira, ambos com cerca de 60 anos ; José, o motorista, filho daqueles, e Henriqueta, mulher do motorista, criada de fora. Tinham ido ao cinema, à cidade, no carro do patrão, devidamente autorizados. Chegaram perto da meia-noite e trinta , debaixo de chuva e, estranhando a luz no salão, Joaquim entrara e deparara com o patrão morto. Não tocaram em nada . A vidraça estava intacta quando sairam para o cinema.

d) Carlos Pinto : Combinara encontrar-se às 11h00 da noite com Jorge Neves, para acertarem os pormenores do depoimento que Pinto devia prestar na sessão de julgamento do divórcio de Neves , que teria lugar na próxima semana. Como ninguém atendesse e não visse qualquer luz, e por estar mau tempo, concluíra que Jorge Neves esquecera a entrevista, e regressara à cidade.

e) Carmelinda de Sousa Neves : Procurara o marido cerca das 22h30, a fim de que este lhe cedesse certos documentos. O marido abrira a porta e recebera-a friamente, recusando. Deixara-o vivo, e de saúde, pelas 22h45, aproximadamente.

f) Graciete de Almeida : Estivera na mansão. Retirara-se, porém, pouco depois das 22h00. Jorge chamou um táxi porque emprestara o carro aos criados, e chovia.

g) Júlio Seixas, secretário particular do falecido : Soubera do evento quando contactado pela Polícia. Examinado o cofre dera por falta das acções da fábrica de celulose que Carmelinda reivindicava publicamente, e da colecção de moedas de ouro .

Xico Dias acendeu o cachimbo e fitou a secretária.
- Então ?...
- Sei lá... Qualquer deles. Um estranho... tudo me parece possível...
Xico Dias sorriu.
-Nada disso, Isabel. Nem tudo é possível...

Comente a afirmação de Xico Dias, subordinado a resposta a duas questões :
a) Quem foi o assassino ?
b) Desenvolva o seu raciocínio.


* PRAZO PARA POSTAGEM das respostas/soluções até 14 de Março de 2013 *
 
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yz.™

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Ainda não percebi como funciona este fórum mas cá vai a minha contribuição;


Partindo do princípio de que as notas respeitantes ao caso não podem ser desmentidas:
O assassino é Júlio Seixas porque os outros já soubemos o que fizeram antes
Se o Júlio Seixas negar posso-lhe contrapor que só ele sabia o segredo do cofre e quem lá entrou foi pela porta já que a janela foi arrombada por dentro

Se as notas podem ser desmentidas:
A luz estava acesa e o assassino é Carlos Pinto mas será pouco provável porque ele não teria o cofre aberto
Eu que sou um polícia pouco esperto ia primeiro ver quem vendia o ouro. Mas o que me faz realmente espécie é como é que a polícia soube tanto em tão pouco tempo:naodigas:
 

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GF Ouro
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Cá para mim a mulher e o filho estâo metidos neste embrulho
e) Carmelinda de Sousa Neves : Procurara o marido cerca das 22h30, a fim de que este lhe cedesse certos documentos. O marido abrira a porta e recebera-a friamente, recusando. Deixara-o vivo, e de saúde, pelas 22h45, aproximadamente.
Isto pode dizer tudo ,o porqiuê de a receber friamente ,algo se passava de grave na relaçâo deles .
Jorge Neves fora sempre um “senhor” ... Casara muito novo, com uma mulher uma dúzia de anos mais velha, que lhe serviria de trampolim para a ascensão meteórica que a sua vida profissional espelhava.
Mulher sabida ,no entanto tem mais cumplices ,o cofre aberto e porquê ,quem colocou a combinaçâo e quem a devia saber ,ora a esposa "sofrida " ,mas esta nâo falha ,é assim que acontece na vida real ,as partilhas ,heranças essas coisas todas suscita ganância ,e mesmo por quem está mais próximo e vida conjunta ,á mulheres para tudo se a relaçâo deles estava a dar indicios de rotura ,ela precaveu-se prevaricando e simulando depois a ausencia
Carmelinda de Sousa Neves esta senhora sabia que o marido a cabriava ,de mâozinhas a abanar nunca daniel ,depois de levar com ele alguns anos ,tinha de ter a sua recompença ,ora como nâo havia maneira do o marido e dono legítimo e titular dos negócios marar ,unga bay disto que se faz tarde ,é coisa leve
O poligrafo ui!! ui!! mas mesmo assim ainda me cheira a esturro ,á aqui qualquer coisa que nâo bate certo a Isabel o Xico Dias ,esses dois rouxinois cantaram muito
- Vamos, Isabel !
E saiu, num relance, deitando um derradeiro olhar ao “senhor” que tudo comprara na vida . Tudo, excepto a morte .



Aqui é que a porca troce o rabo e o boi se baba ,ora rabo é que torce a porca e o boi nâo sabe cuspir ,as horas jogam mal entre si nestes dois passarinhos
Isto é complexo ,muito complexo ,mas tenho de pegar na caneta e tirar tempos e ausencias ,assim como presenças quer imediatas e as "ocasionais" na volta o Xico dos Dias negros mais a patroa dos euros e a Isabel das canetas que um trio amoroso , la amour a lá trois

 
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Pelintra

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Boas!
pPelos factos, tudo indica que o depoimento de Carlos Seixas [ Pinto ] não está correto; a esposa do falecido deixou-o às 22h e 45m os croados chegaram do cinema às 00h e 30me necontraram luz e o patrão morto e como pode o Carlos Seixas dizer que perto das 23 h não viu luz e niunguém o atendeu? A luz acesa no salão seria facilmente visivel da alea de entrada, segundo constatou o Xico Dias. Também não é aceitavel que o defunto se esquecesse do encontro com o Carlos Seixas, conforme este disse, se momentos antes estev com a amante e com a esposa a tratar do mesmo assunto.
 
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yz.™

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Boas!
pPelos factos, tudo indica que o depoimento de Carlos Seixas não está correto;

Não será que queres dizer Carlos Pinto?Mas esse não ia acabar com a "sua galinha de ovos de ouro" e tinha de entrar pela porta o Jorge Neves não ia deixar o cofre aberto ou a porta.
 

ferr0

GF Bronze
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A mulher Carmelinda , não saiu ás 22:45 , estava ocupada a revirar o cofre para ficar com as acções que queria, só leva as moedas para simular um roubo, quando Carlos Pinto chegou ás 23:00 ela apagou as luzes para não ser descoberta
O Carlos vai embora e depois Carmelinda liga a luz e sai então da casa
 

Fonsec@

In Memoriam
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Eu acredito que o assassino foi a mulher, porque foi a ultima a vê-lo com vida.

Na tentativa de encobrir o homicídio simulou um assalto a casa, se fosse alguém do exterior ela teria ouvido o tiro.
 

maar3amt

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Existem duas fortes possibilidades!

- A sua esposa, para evitar o divorcio e perda de algum do seu património.
- A sua actual namorada, aproveitando a tenção entre o casal, para culpar a actual esposa!
 
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