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Concessionário da Tesla atacado com cocktails molotov. Musk já reagiu
"Terrorismo violento", escreveu o CEO da Tesla nas redes sociais.
Um concessionário da Tesla, em Las Vegas, nos EUA, foi vandalizado nas últimas horas. Um indivíduo atacou os veículos com cocktails molotov e tiros, o que originou vários focos de incêndio em vários elétricos.
Desta forma, este é mais um episódio de contestação à Tesla, que tem estado debaixo de 'fogo', devido à postura do seu CEO, Elon Musk.
O diretor executivo da fabricante de elétricos está ligado ao governo de Donald Trump e tem escolhido posicionar-se, cada vez mais, na política internacional.
Além de vários ataques a concessionários, principalmente nos EUA, também têm existido várias manifestações anti-Musk um pouco por toda a Europa.
Elon Musk, através da rede social X, manifestou-se sobre este ataque ao concessionário de Las Vegas, referindo que este ato foi "terrorismo violento".
Cientista francês impedido de entrar nos EUA por críticas a Trump
Um cientista francês teve a sua entrada negada nos Estados Unidos após as autoridades norte-americanas terem encontrado trocas de mensagens no seu telemóvel que expunham uma visão crítica ao Governo de Donald Trump, confirmou Paris na quarta-feira.
"Soube com preocupação que um investigador francês em missão para o CNRS [Centro Nacional Francês de Investigação Científica], que viajava para uma conferência perto de Houston, foi impedido de entrar nos Estados Unidos antes de ser expulso", disse o ministro do Ensino Superior e Investigação francês, Philippe Baptiste, num comunicado enviado à agência noticiosa AFP.
"Essa ação foi aparentemente tomada pelas autoridades dos Estados Unidos porque o telefone do cientista continha trocas de mensagens com colegas e amigos nas quais ele expressava uma opinião pessoal sobre a política de investigação do Governo Trump", acrescentou o ministro.
Baptiste enfatizou que "liberdade de opinião, livre investigação e liberdade académica são valores" que a França "continuará a defender com orgulho".
Segundo uma fonte diplomática, o incidente ocorreu em 09 de março e o académico - que trabalha na área da investigação espacial e cuja identidade não foi revelada - teria passado por uma verificação aleatória na chegada ao território norte-americano, durante a qual o seu computador de trabalho e telefone pessoal foram revistados.
De acordo com a mesma fonte, citada pela AFP, teriam sido encontradas mensagens a discutir o tratamento dado aos cientistas pelo Governo de Donald Trump.
O investigador foi supostamente acusado de divulgar mensagens "que transmitem ódio a Trump e podem ser descritas como terrorismo", referiu a agência noticiosa francesa, indicando que o equipamento profissional e pessoal do académico teria sido confiscado.
O cientista foi enviado de volta para a Europa em 10 de março.
De acordo com outra fonte com conhecimento do caso, o cidadão francês foi acusado de "mensagens de ódio e conspiratórias" e teria ainda sido informado de uma investigação por parte do FBI (polícia federal norte-americana). As acusações acabaram por ser "retiradas", relatou ainda a AFP.
A notícia deste caso chega num momento em que o Governo de Trump acusou recentemente a Europa de restringir a liberdade de expressão, com o vice-presidente norte-americano, JD Vance, a verbalizar ataques contra o continente europeus no mês passado em Munique.
"Acredito profundamente que não há segurança se têm medo das vozes, das opiniões e das consciências que guiam o vosso próprio povo", declarou na ocasião o governante norte-americano.
Este incidente ocorre também num momento em que Donald Trump leva a cabo uma série de ataques direcionados à comunidade científica, desde cortes brutais no orçamento até censura de certos assuntos em investigações subsidiadas.
Ao caso do cientista francês, junta-se o de um investigador da Universidade de Georgetown, que estudava e dava aulas nos Estados Unidos da América (EUA) com um visto de estudante, e que foi detido pelas autoridades de imigração num momento de repressão contra ativistas estudantis acusados de se oporem à política externa norte-americana, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo jornal Politico.
Badar Khan Suri, um cidadão indiano e com uma bolsa de pós-doutoramento, foi detido em Arlington, na Virgínia, na noite de segunda-feira por agentes do Departamento de Segurança Interna e que lhe revogaram o visto e o colocaram em processo de deportação. O académico diz que está a ser punido por causa das opiniões da sua mulher, uma cidadã norte-americana com ascendência palestiniana.
A estes casos soma-se o de uma médica e professora universitária recentemente deportada dos Estados Unidos para o Líbano, que foi detida após as autoridades de imigração terem encontrado "fotos e vídeos favoráveis" aos líderes do grupo xiita libanês Hezbollah no seu telemóvel, o que justificou a expulsão do país.
Também Mahmoud Khalil, um estudante da Universidade de Columbia que liderou protestos contra a guerra na Faixa de Gaza, teve a sua autorização de residência permanente nos Estados Unidos revogada e o processo de deportação iniciado.
Explicações de Trump sobre voos de deportação insuficientes, diz juiz
Um juiz federal instruiu hoje a administração norte-americana, liderada por Donald Trump, a explicar por que razão a sua falha em impedir os voos que transportavam deportados para El Salvador não violou a sua ordem judicial.
O juiz distrital dos EUA, Jeb Boasberg, exigiu respostas depois de voos que transportavam imigrantes venezuelanos, alegados pela administração Trump como membros de gangues, terem aterrado em El Salvador depois de o juiz ter bloqueado temporariamente as deportações ao abrigo de uma lei de guerra do século XVIII.
Boasberg tinha ordenado ao governo que fizesse regressar os aviões que já estavam no ar quando ordenou a interrupção, noticiou a agência Associated Press (AP).
Jeb Boasberg deu à administração até ao meio-dia de hoje (16:00 em Lisboa) para fornecer mais detalhes sobre os voos ou fazer uma alegação de que deveriam ser retidos porque prejudicariam "segredos de Estado".
A administração resistiu ao pedido do juiz, considerando-o como uma expedição de "pesca judicial desnecessária".
Numa ordem escrita, Boasberg classificou a última resposta das autoridades de Trump como "lamentavelmente insuficiente".
O juiz disse que a administração "evadiu-se novamente das suas obrigações" ao simplesmente repetir "as mesmas informações gerais sobre os voos".
E ordenou que a administração "mostrasse causa" para justificar porque não violou a sua ordem judicial de devolução dos aviões, aumentando a possibilidade de poder considerar a responsabilização dos funcionários da administração por desacatos em tribunal.
O Departamento de Justiça disse que as instruções verbais do juiz não contavam, que apenas a sua ordem escrita precisava de ser seguida e que não podia ser aplicada a voos que já tinham saído dos EUA.
Um porta-voz do Departamento de Justiça disse hoje que "continua a acreditar que o questionamento supérfluo do tribunal sobre informações confidenciais de segurança nacional é um exagero judicial inapropriado".
Um funcionário do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA disse ao juiz hoje que o governo precisava de mais tempo para decidir se invocava o privilégio dos segredos de Estado, num esforço para bloquear a divulgação da informação.
Boasberg ordenou que os responsáveis de Trump apresentem até sexta-feira uma declaração jurada de uma pessoa "com envolvimento direto nas discussões a nível de gabinete" sobre o privilégio dos segredos de Estado e informem o tribunal até à próxima terça-feira se o governo o invocará.
Num conflito cada vez mais profundo entre os poderes judicial e executivo, Trump e muitos dos seus aliados apelaram ao 'impeachment' [processo de destituição, em português] de Boasberg, que foi nomeado para o tribunal federal pelo presidente democrata Barack Obama.
Numa rara declaração no início desta semana, o presidente do Supremo Tribunal, John Roberts, rejeitou tais recursos, dizendo que "o impeachment não é uma resposta apropriada a um desacordo sobre uma decisão judicial".
Trump insta Supremo a atuar contra juízes que bloqueiam as suas decisões
O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump instou hoje o Supremo Tribunal a resolver o problema que diz serem os juízes federais que bloquearam as suas decisões desde que regressou à Casa Branca, considerando esta uma "situação tóxica".
"Se o presidente do Supremo Tribunal, Roberts, e o Supremo Tribunal dos Estados Unidos não resolverem imediatamente esta situação tóxica e sem precedentes, o nosso país estará em grave perigo!", frisou Trump numa nota na sua rede social, a Truth Social, num novo ataque ao sistema judicial.
Trump pediu que terminem imediatamente "as injunções nacionais, antes que seja tarde demais".
"Os mandados de segurança ilegais em todo o país por parte de juízes da esquerda radical podem muito bem levar à destruição do nosso país!
Estas pessoas são lunáticas, que não se importam, minimamente, com as repercussões das suas decisões e decisões muito perigosas e incorretas", frisou.
O chefe de Estado norte-americano defendeu que é "obrigação das agências governamentais cumpridoras da lei anular estas ordens".
"Estes juízes querem assumir os poderes da Presidência, sem terem de atingir 80 milhões de votos. Querem todas as vantagens sem qualquer risco. Mais uma vez, é necessário que um presidente seja autorizado a agir rápida e decisivamente sobre questões como a devolução de assassinos, traficantes, violadores e outros criminosos semelhantes à sua terra natal ou a outros locais que permitam que o nosso país esteja seguro", frisou ainda.
A mensagem surge dois dias depois de uma rara reprimenda do presidente do Supremo Tribunal, John Roberts.
"Durante mais de dois séculos, ficou estabelecido que o impeachment não é uma resposta apropriada a um desacordo sobre uma decisão judicial", disse em comunicado, sem nomear diretamente Donald Trump.
"O processo ordinário de recurso existe para este efeito", enfatizou.
As declarações de Roberts foram feitas após um apelo do presidente republicano ao "impeachment" [processo de destituição, em português] de James Boasberg, um juiz federal em Washington.
O magistrado tinha ordenado no fim de semana a suspensão por 14 dias de todas as expulsões de migrantes com base numa lei excecional do século XVIII e, em particular, exigiu que a expulsão para El Salvador de cerca de 200 alegados membros de um gangue venezuelano fosse interrompida.
Muitas das ordens executivas de Donald Trump desde que regressou à Casa Branca, a 20 de janeiro, foram contestadas em tribunal, muitas vezes suspensas por juízes que acreditam que o presidente norte-americano estava a exceder os seus poderes.
Seis dos nove juízes que compõem o Supremo Tribunal são conservadores. Três deles foram nomeados pelo próprio Donald Trump durante o seu primeiro mandato (2017-2021).
Estudante detido nos EUA não pode ser deportado até ordem do tribunal
Uma juíza federal ordenou hoje aos funcionários dos serviços de imigração que não deportassem um estudante de Georgetown detido pelo Governo até que o tribunal tivesse oportunidade de se pronunciar.
A juíza distrital Patricia Tolliver Giles, de Alexandria, na Virgínia, ordenou que Badar Khan Suri "não seja expulso dos Estados Unidos, a menos e "até que o Tribunal emita uma ordem contrária".
Suri, um estudante de pós-doutoramento na Universidade de Georgetown e cidadão da Índia, foi detido na segunda-feira à noite à porta da sua casa na Virgínia por agentes que se identificaram como agentes do Departamento de Segurança Interna e lhe disseram que o seu visto tinha sido revogado, de acordo com um processo judicial apresentado pelo advogado de Suri.
Hassan Ahmad, o advogado de Suri, escreveu num processo judicial que o seu cliente foi visado devido à "identidade da sua mulher como palestiniana e ao seu discurso constitucionalmente protegido".
Suri e a sua mulher, Mapheze Saleh, "há muito que são alvo de 'doxxing' e de difamação", afirma o processo judicial.
'Doxxing' é definido como uma prática virtual de pesquisar e de transmitir dados privados sobre um indivíduo ou de uma organização.
"A administração Trump expressou abertamente sua intenção de usar a lei de imigração como arma para punir os não-cidadãos cujas opiniões são consideradas críticas à política dos EUA no que se refere a Israel", escreveu Hassan Ahmad.
Suri foi acusado de "espalhar propaganda do Hamas e promover o antissemitismo nas redes sociais" e foi considerado deportável pelo gabinete do Secretário de Estado, disse a Secretária Adjunta da Segurança Interna, Tricia McLaughlin, na quarta-feira no X.
Os críticos do visado publicaram a fotografia de Saleh na Internet, juntamente com informações que incluem o seu antigo emprego na Al Jazeera e o seu local de nascimento na Cidade de Gaza "como apoio às suas alegadas ligações ao Hamas".
Nader Hashemi, professor de Médio Oriente e política islâmica em Georgetown, disse à agência de notícias Associated Press que Suri estava intensamente concentrado na sua investigação e ensino. Sentia uma forte solidariedade e simpatia pelos palestinianos, mas não era externamente político no campus.
"Organizámos dezenas de eventos desde 7 de Oc. Organizámos dezenas de eventos desde 7 de outubro, quando começou a guerra entre Israel e Gaza, e não me lembro de o ter visto em nenhum deles", disse Hashemi, que dirige o Centro Alwaleed para a Compreensão Muçulmano-cristã, onde Suri é bolseiro de pós-doutoramento. "Ele não era assim".
Antes da sua detenção, Suri e a sua mulher tinham sido alvos de grupos de direita no campus, em parte porque o pai de Saleh é Ahmed Yousef, um antigo conselheiro do Hamas, disse Hashemi.
Este incidente ocorre também num momento em que Donald Trump leva a cabo uma série de ataques direcionados à comunidade científica, desde cortes brutais no orçamento até censura de certos assuntos em investigações subsidiadas.
A este caso soma-se o de um cientista francês, Philippe Baptiste, que teve a sua entrada negada nos Estados Unidos após as autoridades norte-americanas terem encontrado trocas de mensagens no seu telemóvel que expunham uma visão crítica ao Governo de Donald Trump, confirmou Paris na quarta-feira.
Junta-se também o caso de uma médica e professora universitária recentemente deportada dos Estados Unidos para o Líbano, que foi detida após as autoridades de imigração terem encontrado "fotos e vídeos favoráveis" aos líderes do grupo xiita libanês Hezbollah no seu telemóvel, o que justificou a expulsão do país.
Também Mahmoud Khalil, um estudante da Universidade de Columbia que liderou protestos contra a guerra na Faixa de Gaza, teve a sua autorização de residência permanente nos Estados Unidos revogada e o processo de deportação iniciado.
Juíza impede DOGE de aceder a informações da Segurança Social dos EUA
Um juiz federal bloqueou temporariamente o acesso do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) de Elon Musk aos sistemas da Administração da Segurança Social dos Estados Unidos que detêm dados pessoais de milhões de americanos.
A decisão da juíza distrital norte-americana Ellen Hollander, em Maryland, também exige que a equipa elimine quaisquer dados pessoais identificáveis que possa ter, numa decisão que surge depois de sindicatos e grupos de reformados terem pedido uma ordem de emergência para limitar o acesso do DOGE à agência e aos seus dados pessoais.
Segundo os queixosos, o acesso "quase ilimitado" do DOGE viola as leis de proteção da vida privada e apresenta enormes riscos para a segurança da informação.
Uma funcionária da Segurança Social, que saiu recentemente e que viu a equipa do DOGE invadir a agência, disse estar profundamente preocupada com a exposição de informações sensíveis.
A administração Trump diz que o DOGE tem uma equipa de 10 funcionários federais na Administração da Segurança Social, sete dos quais obtiveram acesso só de leitura aos sistemas da agência ou a informações de identificação pessoal.
A Casa Branca afirma que o DOGE está a combater o desperdício e a fraude no governo federal.
A juíza, no entanto, descobriu que os fins podem não justificar os meios.
"A equipa do DOGE está essencialmente empenhada numa expedição de pesca à SSA, em busca de uma epidemia de fraude, com base em pouco mais do que suspeitas", escreveu Hollander.
Os advogados da administração Trump argumentaram que o acesso do DOGE não se afasta significativamente das práticas normais da agência, onde os funcionários são habitualmente autorizados a consultar as suas bases de dados. Mas os advogados dos queixosos consideraram o acesso sem precedentes.
O DOGE obteve pelo menos algum acesso a outras bases de dados governamentais, nomeadamente no Departamento do Tesouro e no IRS.
Na Segurança Social, funcionários do DOGE entraram na agência dias após a posse de Trump e pressionaram um engenheiro de 'software' para obter rapidamente acesso a sistemas de dados que normalmente são cuidadosamente restritos, mesmo dentro do governo, disse um ex-funcionário em documentos judiciais.
A equipa parecia estar à procura de fraudes com base em imprecisões e mal-entendidos, de acordo com Tiffany Flick, a antiga chefe de gabinete do comissário interino.
Vários juízes já levantaram questões sobre os esforços de redução de custos do DOGE, mas nem sempre concordaram que os riscos são suficientemente iminentes para impedir a entrada da equipa nos sistemas governamentais.
O DOGE, chefiado pelo bilionário Elon Musk, procura ativamente cortar despesas do governo federal, levando a uma vaga de despedimentos de funcionários governamentais e ao desmantelamento de agências como a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Recentemente, um outro juiz federal, Theodore Chuang, também de Maryland, determinou que o desmantelamento da USAID provavelmente viola a Constituição norte-americana.
Chuang disse que as provas sugerem que Musk tomou decisões de fechar a sede e o 'site' da USAID, apesar da alegação do governo de que era apenas um conselheiro do presidente Donald Trump.As declarações públicas e publicações de Musk nas redes sociais demonstram que tem "um controlo firme sobre o DOGE", concluiu o juiz.
Atacar carros da Tesla pode dar 20 anos de prisão, avisa Donald Trump
"Estamos à vossa procura", avisou o presidente dos EUA.
A onda de vandalismo à Tesla parece cada vez maior. Ataques a concessionários e a veículos têm-se sucedido, o que levou o presidente dos EUA a tomar uma posição. Através da rede social Truth Social, Donald Trump avisou que estes ataques à Tesla podem originar penas de prisão até... 20 anos.
"As pessoas quem forem apanhadas a sabotar veículos da Tesla têm uma grande hipótese de apanhar até 20 anos de prisão, e isto inclui os financiadores [dos ataques] Estamos à vossa procura!!!", escreveu Trump.
Já considerados como "terrorismo doméstico", os ataques à Tesla têm acontecido um pouco por toda a América.
Elon Musk, esta quinta-feira, também reagiu a todo o vandalismo para com a Tesla e utilizou as redes sociais para lamentar a sucessão de episódios.
"Já existiu um nível tão grande de violência coordenada contra uma empresa pacífica? Compreendo que não se queira comprar um produto, mas isto é fogo posto e destruição extrema!", lamentou o CEO da Tesla.
"Acredita no Estado de direito". Obama parabeniza juíza Susan Crawford
Apoiada pelos democratas, a juíza Susan Crawford, derrotou o candidato conservador, o juiz Brad Schimel.
O antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parabenizou a juíza Susan Crawford pela sua vitória nas eleições para o Supremo Tribunal de Wisconsin, nos Estados Unidos.
"Parabéns à juíza Susan Crawford pela sua vitória e às pessoas de Wisconsin por elegerem uma juíza que acredita no Estado de direito e na proteção das nossas liberdades", escreveu Barack Obama no seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
A juíza Susan Crawford, apoiada pelos democratas, derrotou o candidato conservador, o juiz Brad Schimel, que, na reta final, recebeu o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de Elon Musk que é um dos principais conselheiros da Casa Branca.
Note-se que o Supremo Tribunal do Wisconsin é atualmente composto por quatro juízes progressistas e três conservadores, pelo que a eleição de Crawford, para um mandato de 10 anos, manterá a maioria progressista.
O resultado é um golpe para Musk, o homem mais rico do mundo, que está atualmente envolvido num processo na justiça do Wisconsin sobre uma lei que proíbe os fabricantes de veículos de terem os seus próprios concessionários e exige que outros vendam os seus veículos.
"Nenhum lugar está a salvo". Trump impõe tarifas a ilhas onde só há focas
Nem os locais mais remotos do globo escapam às taxas anunciadas pelos Estados Unidos. Eis alguns exemplos.
Em algumas regiões do globo, não há ninguém a quem cobrar impostos: apenas focas, pinguins, ursos... e por vezes cientistas em missões temporárias. Mas nem por isso ficaram de fora do aumento de taxas alfandegárias anunciado por Donald Trump no "Dia da Libertação".
É o caso das Ilhas Heard e McDonald, um território desabitado localizado no Oceano Antártico, entre Madagáscar e a Antártida. O presidente norte-americano pretende implementar taxas de 10% sobre os produtos locais.
As ilhas, que formam um território externo da Austrália, estão entre os lugares mais remotos da Terra, acessíveis apenas por uma viagem de barco de duas semanas a partir de Perth, na costa oeste da Austrália. De acordo com o The Guardian, estão completamente desabitadas e acredita-se que a última visita de pessoas tenha ocorrido há quase 10 anos.
A inclusão destas ilhas na lista de países aos quais seriam impostas novas tarifas comerciais levou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, a reagir esta quinta-feira: "Nenhum lugar na Terra está a salvo".
Outro exemplo caricato é a pequena ilha de Northfolk, entre a Austrália e a Nova Zelândia, no Oceano Pacífico, que viu seus impostos alfandegários aumentarem em 29%. Ao contrário da ilha, as taxas alfandegárias da Austrália aumentaram apenas 10%, deixando ainda mais perplexo o primeiro-ministro.
"Da última vez que verifiquei, a Ilha Norfolk fazia parte da Austrália", ironizou.
Mas há outros territórios desabitados na mira, mais a norte. É o caso das ilhas norueguesas de Jan Mayen e Svalbard, no Mar da Gronelândia, onde vivem sobretudo ursos polares, e a cujos produtos também vai ser implementada uma tarifa de 10%.
Trump cede e dá mais 75 dias para o TikTok encontrar comprador
O presidente dos EUA assinou (mais) uma ordem executiva onde estende por mais 75 dias o prazo para se realizar um acordo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, fez uma publicação na rede social Truth Social onde afirma que decidiu dar mais 75 dias para que o negócio do TikTok se concretize e garantir que a plataforma continua ativa no território norte-americano.
“A minha administração tem trabalhado muito num acordo para salvar o TikTok e fizemos um progresso tremendo. O acordo exige mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias são assinadas, motivo pelo qual estou a assinar uma ordem executiva para manter o TikTok ativo por mais 75 dias”, pode ler-se na publicação de Trump.
Serve recordar que este é o segundo período adicional assegurado por Trump para que o TikTok continue ativo nos EUA, com o primeiro a ter terminado no sábado passado, dia 5 de abril.
Sabe-se que várias empresas nos EUA já expressaram interesse em adquirir o TikTok e, entre elas, encontramos gigantes tecnológicas como é o caso da Amazon e da Oracle.
"Não sejam estúpidos". EUA estão a "fazer o que já devia ter sido feito"
Em causa estão as tarifas impostas a praticamente todos os países do mundo.
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, esta segunda-feira, que os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que já deveria ter feito "há décadas", pedindo aos norte-americanos que não sejam "fracos", após ter imposto tarifas a praticamente todos os países do mundo.
Esta declaração foi feita na sua rede social, a Truth Social.
"Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito há DÉCADAS. Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! Não sejam 'PANICAN' (Um novo partido baseado em pessoas Fracas e Estúpidas!). Sejam Fortes, Corajosos e Pacientes, e a GRANDEZA será o resultado!", escreveu Trump.
De realçar que as novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que punem os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.
No entanto, a maioria dos economistas acredita que as tarifas ameaçam mergulhar a economia numa recessão e, ao mesmo tempo, destruir alianças de décadas.
Hoje, as principais bolsas europeias abriram da mesma forma que encerraram na semana passada, com quedas acentuadas pelo receio das consequências da aplicação das tarifas impostas pelo presidente norte-americano.
O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias.
Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50% e faz ultimato
O magnata alertou que Pequim deve voltar atrás no aumento das tarifas até amanhã, dia 8 de abril.
O presidente norte-americano, Donald Trump, alertou, esta segunda-feira, que poderá introduzir tarifas adicionais de 50% contra a China, caso Pequim não volte atrás no aumento de 34% das suas tarifas de retaliação até amanhã, dia 8 de abril.
"Ontem, a China emitiu tarifas de retaliação de 34%, além das suas tarifas recorde, direitos não monetários, subsídios ilegais a empresas e manipulação maciça da moeda a longo prazo, apesar do meu aviso de que qualquer país que retalie contra os Estados Unidos emitindo tarifas adicionais, além do abuso tarifário já existente a longo prazo contra a nossa nação, será imediatamente confrontado com tarifas novos e substancialmente mais elevadas, além das inicialmente estabelecidas", começou por dizer Trump, na sua rede social Truth Social.
Nessa linha, o presidente norte-americano advertiu que "se a China não retirar o seu aumento de 34% em relação aos seus abusos comerciais de longa data até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão à China tarifas ADICIONAIS de 50%, a partir de 9 de abril".
"Além disso, todas as conversações com a China relativas às reuniões que solicitaram connosco serão terminadas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a realizar-se imediatamente", complementou.
Trump voltou hoje a defender a sua decisão de impor tarifas, enquanto os mercados globais continuam a cair e os receios de uma recessão aumentam.
"Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito há décadas", escreveu hoje o governante norte-americano, também na rede social Truth Social.
"Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! (...) Sejam fortes, corajosos e pacientes, e a grandeza será o resultado", referiu ainda.
O presidente republicano tem insistido que as tarifas são necessárias para reequilibrar o comércio global e reconstruir a produção nacional.
Na mensagem, acusou outros países de "se aproveitarem dos bons e velhos Estados Unidos" no comércio internacional e responsabilizou os "'líderes' do passado por permitirem isso".
Trump apontou a China como "o maior abusador de todos".
O Dow Jones Industrial Average caiu 1.200 pontos no início das negociações na manhã de hoje e o S&P 500 estava a caminho de entrar num mercado em baixa, o que significa cair 20% em relação a um máximo recente.
Até mesmo alguns dos aliados de Trump estão a dar o alarme sobre os danos económicos, e as previsões financeiras sugerem mais sofrimento no horizonte para as empresas, consumidores e investidores dos Estados Unidos.
Trump também apelou à Reserva Federal para baixar as taxas de juro.
Dois dias depois do anúncio de Trump sobre as novas tarifas, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, alertou na sexta-feira para o facto de as tarifas poderem aumentar a inflação e disse que "há muita espera e muita observação", antes de serem tomadas quaisquer decisões.
Os investidores esperam que o banco central dos Estados Unidos reduza as taxas de juro de referência pelo menos quatro vezes até ao final deste ano, de acordo com o FedWatch do CME Group, um sinal de que as preocupações com a inflação serão eclipsadas pelos receios de despedimentos e de uma economia em contração.
Tarifas põe Casa Branca num caos. Partido de Trump quer retirar-lhe poder
O perigo de uma recessão global e as perdas de milhões que estão a afetar, sobretudo, os bilionários, levaram um grupo de senadores republicanos a juntar-se à oposição democrata para limitar o poder de Donald Trump. Um anúncio feito no mesmo dia em que a Casa Branca avançou e depois negou uma pausa nas tarifas.
As tarifas anunciadas, na semana passada, pelo presidente norte-americano, Donald Trump, deixaram o mundo em alvoroço. Com o perigo de uma recessão global, que já se faz sentir sobretudo nos bolsos dos bilionários que perderam, só na quinta e sexta-feira, 488 mil milhões de euros, os membros do Partido Republicano, ao qual pertence o próprio chefe de Estado, estão a virar-se contra Trump e a juntar-se à oposição democrata para apoiar um projeto lei capaz de limitar o poder para impor tarifas.
O projeto de lei que pode concretizar essa limitação chama-se "Lei de Revisão do Comércio" e propõe obrigar o presidente a obter a aprovação do Congresso antes de impor tarifas alfandegárias, que só podem ser prorrogadas por um máximo de dois meses, a menos que a legislatura aprove a sua prorrogação.
Além disso, confere à legislatura o poder de cancelar as tarifas antes do prazo de 60 dias, se houver consenso em ambas as câmaras.
Um grupo de sete senadores republicanos, incluindo o antigo líder da Câmara dos Representantes Mitch McConnell, juntou-se à oposição democrata para apoiar um projeto de lei para limitar o poder do presidente Donald Trump para impor tarifas.
Esta iniciativa está a ser promovida pelo congressista republicano Don Bacon, segundo o site informativo Axios, e é apoiada por um grupo de sete senadores republicanos, no qual se inclui o antigo líder da Câmara dos Representantes Mitch McConnell.
As hipóteses de qualquer uma destas duas propostas se tornar lei dependem de um maior número de legisladores republicanos romperem as fileiras do partido, pois é necessária uma votação de dois terços em ambas as câmaras para ultrapassar o veto da Casa Branca.
Pausa nas tarifas é "fake news". Trump recua: "Não sejam fracos!"
Durante alguns minutos de segunda-feira houve esperança de que Trump estivesse a considerar fazer uma pausa nas tarifas, com o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, a avançar que o presidente poderia introduzir uma pausa de 90 dias nas tarifas aplicadas a todos os países, com a exceção da China. A informação foi concedida durante uma entrevista à CNBC, na qual o responsável assinalou que a queda da bolsa não fazia parte da estratégia de Trump.
Mas foi sol de pouca dura. O mesmo meio norte-americano revelou, pouco depois, que a Casa Branca negava as declarações, designando-as como "fake news" [notícias falsas, em português].
Antes desta hipótese surgir, Donald Trump tinha recorrido à sua rede social, Truth Social, para sublinhar que, com as tarifas, os Estados Unidos estavam a ter a oportunidade de fazer algo que já deveria ter feito "há décadas", pedindo aos norte-americanos que não sejam "fracos", após ter imposto tarifas a praticamente todos os países do mundo.
Em causa estão as tarifas impostas a praticamente todos os países do mundo.
"Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito há DÉCADAS. Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! Não sejam 'PANICAN' (Um novo partido baseado em pessoas Fracas e Estúpidas!). Sejam Fortes, Corajosos e Pacientes, e a GRANDEZA será o resultado!", escreveu Trump.
Perante as ameaças de Trump, que prometeu aumentar ainda mais as tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses, a embaixada chinesa nos Estados Unidos quis "deixar claro" que "pressionar ou ameaçar a China não é a forma correta de lidar" com o país, que irá "salvaguardar firmemente os seus direitos e interesses legítimos".
Em Portugal, Governo reúne com associações para analisar impacto
O Ministério da Economia antecipou, para esta terça e quarta-feira, as reuniões com as associações empresariais, devido ao possível impacto das tarifas na economia nacional. As reuniões terão início às 09h00 e irão decorrer "ao longo do dia", indicou o ministério.
Segundo o Governo, estão previstas reuniões com a ANIMEE - Associação Portuguesa de Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico, a AIP - Associação Industrial Portuguesa, a CIP - Confederação Industrial de Portugal, a APF - Associação Portuguesa de Fundição, a CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes e a APIP - Associação Portuguesa das Indústrias do Plástico.
Serão também ouvidas a APIB - Associação Portuguesa dos Industriais da Borracha, a APIMA - Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, a AIMMP - Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal, a APPICAPS - Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos e a APIC - Associação Portuguesa da Indústria de Curtumes.
O Ministério da Economia dá esta terça-feira início às reuniões com as associações empresariais, devido ao possível impacto das tarifas na economia nacional, com os encontros a continuarem na quarta-feira, segundo uma nota de agenda.
A lista de associações empresariais recebidas pelo Governo inclui ainda a ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a ANIVEC - Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, a ANITLAR - Associação Nacional das Indústrias de Têxtil Lar, a ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, a APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça e AEP - Associação empresarial de Portugal e a AQuimica.
China acusa Estados Unidos de não quererem "diálogo sério"
O Governo chinês afirmou esta erça-feira que as ações dos Estados Unidos "não refletem uma vontade genuína de encetar um diálogo sério", no meio de uma escalada de ameaças tarifárias e contramedidas entre as duas maiores economias do mundo.
"Se os EUA querem realmente dialogar, devem demonstrar uma atitude de igualdade, respeito e benefício mútuo", disse Lin Jian, sublinhando que se Washington "insistir numa guerra tarifária ou comercial" sem ter em conta "os interesses de ambos os países e da comunidade internacional", a China "está preparada para ir até ao fim".
Lin falava numa conferência de imprensa, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter ameaçado impor uma nova taxa de 50% sobre todas as importações oriundas da China se Pequim não retirar as contramedidas anunciadas em retaliação contra as taxas de 34% impostas na semana passada.
O porta-voz sublinhou que os interesses de soberania, segurança e desenvolvimento da China são inegociáveis e avisou que o seu país "continuará a tomar medidas firmes e enérgicas" para proteger os seus direitos legítimos.
"Não há vencedores numa guerra comercial", insistiu Lin, denunciando que os EUA "têm vindo a impor tarifas de forma imprudente", uma política que "viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio, mina o sistema multilateral baseado em regras e desestabiliza a ordem económica global".
"Trata-se de unilateralismo, protecionismo e intimidação económica no seu estado mais puro", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Lin acrescentou que "o povo chinês não está à procura de problemas, mas também não tem medo deles" e que "a pressão, as ameaças e a chantagem não são a forma correta de interagir com a China".
Pequim respondeu com um pacote de contramedidas que incluía uma tarifa recíproca de 34% sobre todas as importações oriundas dos EUA, bem como sanções contra certas empresas, restrições à exportação de terras raras e a suspensão das importações agrícolas.
Perdas de 5,3 biliões! Apple, Meta, Tesla, Nvidia, Microsoft, Amazon e Alphabet em queda
As sete maiores empresas de tecnologia do mundo, conhecidas como os “Sete Magníficos”, sofreram uma desvalorização combinada superior a 5,3 biliões de dólares, aproximadamente 4,8 biliões de euros. Apple, Nvidia, Microsoft, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla viram a sua capitalização em bolsa encolher significativamente.
Apple, Nvidia, Microsoft, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla em queda
A turbulência acentuou-se após o anúncio de tarifas globais de 10% por parte de Donald Trump na quarta-feira, 2 de abril, com taxas adicionais previstas para regiões como a China e a União Europeia. Esta medida desencadeou uma queda abrupta em Wall Street, com o índice tecnológico Nasdaq a registar perdas próximas de 12% nas duas sessões seguintes, e o Dow Jones a cair perto de 10%.
Nenhuma das gigantes tecnológicas conseguiu sustentar a marca dos três biliões de dólares em valor de mercado que algumas, como Apple, Microsoft e Nvidia, alcançaram meses antes. A capitalização da Apple recuou de um máximo de 3,89 biliões de dólares para os atuais 2,83 biliões.
A Nvidia viu o seu valor cair de 3,71 biliões para 2,3 biliões de dólares, enquanto a Microsoft desceu de 3,38 biliões para 2,68 biliões de dólares. Já Meta, viu o seu valor de mercado reduzir-se para 1,28 biliões de dólares, face a um pico anterior de 1,87 biliões. Analistas apontam que as avaliações destas empresas se encontravam excessivamente elevadas.
”Sete magnificas” perderam mais de 5,3 biliões de dólares em bolsa
O atual colapso do mercado provoca uma correção violenta. A incerteza paira sobre o fim desta tendência descendente. Os especialistas afirmam ainda que ainda não há sinais claros de quando vão parar. Fatores específicos também pesam sobre algumas destas empresas. Os analistas fazem notar que a forte dependência da Apple na produção asiática a torna vulnerável.
Acrescentam que os Estados Unidos enfrentam um abrandamento económico e uma perda da confiança dos investidores. O impacto das tarifas poderá deteriorar ainda mais os indicadores macroeconómicos e impulsionar a inflação para além do esperado, desafiando as previsões da Reserva Federal dos EUA.
Os “Sete Magníficos” beneficiaram de ganhos robustos nas semanas após a eleição de Trump, impulsionados pela boa relação com o presidente. O seu valor de mercado caiu agora drasticamente e as quedas acumuladas no ano são expressivas. A Tesla lidera as perdas com quase 41%, seguida pela Nvidia com mais de 36%. Apple, Amazon e Alphabet registam quedas próximas de 28%, enquanto a Meta perde 21% e a Microsoft mais de 19%.
"Idiota". Musk insulta publicamente conselheiro de Comércio de Trump
O CEO da empresa automóvel Tesla, Elon Musk, insultou hoje o consultor de Comércio de Donald Trump, Peter Navarro, chamando-lhe "idiota" e "mais burro que um saco de tijolos" em mensagens na sua rede social.
Musk - que é considerado o homem mais rico do mundo e que está a liderar uma missão para reduzir radicalmente as despesas públicas dos Estados Unidos - escreveu em duas mensagens hoje divulgadas na X que Peter Navarro era um "idiota" e que era "mais burro que um saco de tijolos", na tradução literal da expressão que utilizou.
O empresário - que tem sido aliado próximo do Presidente Donald Trump, e que financiou generosamente a sua campanha eleitoral - escreveu estes comentários sobre um vídeo em que o consultor de Comércio da Casa Branca considera que o responsável da Tesla "não é um fabricante de automóveis", mas apenas um "montador" que trabalha com peças importadas da Ásia.
"O que queremos, e é aqui que temos visões diferentes de Elon, é que os pneus sejam feitos" nos Estados Unidos, assim como as transmissões e os motores, explica Peter Navarro neste vídeo, retirado de uma entrevista à cadeia televisiva CNBC.
"Navarro é um completo idiota. O que ele está a dizer aqui é falso e facilmente comprovado", reagiu Musk.
Musk voltou à carga numa terceira mensagem furiosa, acrescentando que, de todos os fabricantes de automóveis, a Tesla tinha "o conteúdo mais americano".
Elon Musk já tinha sinalizado, mas de forma mais discreta, a sua oposição à política radicalmente protecionista de que Peter Navarro é um dos principais arquitetos e que resultou na semana passada no anúncio de taxas alfandegárias, algumas astronómicas, contra os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Os meios de comunicação social norte-americanos já tinham relatado tensões entre o empresário e outros membros do Governo de Trump sobre o desmantelamento de grandes setores da burocracia federal por Musk.
Donald Trump manteve o seu apoio a Musk até agora, mas recentemente sinalizou várias vezes que a missão do empresário hiperativo dentro do seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) não durará para sempre.
Nas últimas semanas, outros grandes nomes do mundo empresarial, muito menos próximos do Presidente norte-americano, também manifestaram, embora com cautela, as suas dúvidas sobre a política comercial da Casa Branca.
Taxas? "Estavam a sugar-nos. Aproveitaram-se do nosso país por décadas"
O presidente norte-americano apontou que "é necessário fazer cirurgia" a um "paciente que está muito doente", referindo-se aos Estados Unidos sob a liderança de Joe Biden.
O presidente norte-americano, Donald Trump, salientou, esta quarta-feira, que haverá "acordos justos para toda a gente", mas que "não foram justos" com os Estados Unidos, horas depois de ter anunciado um aumento das tarifas aplicadas à China para 125%.
"Estavam a sugar-nos. Não podem fazer isso. Temos uma dívida de 36 biliões de dólares (cerca de 32.850.611.856.000,00 euros) por uma razão, não é por divertimento. Aproveitaram-se do nosso país e roubaram-nos durante décadas. Penso nisto há décadas", disse, em conferência de imprensa num evento privado, na Casa Branca.
O responsável assinalou ter começado este trabalho no seu primeiro mandato, mas que, uma vez que teve de devolver "as rédeas depois de uma eleição fraudulenta", não teve "tempo de implementar a grande medida, o que estamos a fazer agora".
Trump considerou ainda que o país "está muito, muito doente" e "necessita de cirurgia", devido às ações da anterior administração.
"Joe Biden devolveu-nos um país em sarilhos economicamente e em qualquer outra esfera. Deixou a China apoderar-se de coisas, deixou outros países apoderarem-se de coisas, e talvez o pior de tudo, deixou que pessoas entrassem no nosso país de forma desenfreada. Muitos eram assassinos e traficantes de droga, ladrões, presidiários de todo o mundo. Havia até pessoas vindas de instituições mentais e asilos. Pegavam nos seus cidadãos dementes e largavam-nos no nosso país", enumerou.
Trump acusou ainda os democratas de quererem implementar a mesma decisão, mas "não terem coragem" para o fazer.
"Vai funcionar. Requererá uma transição, mas creio que será uma transição para a grandeza. Não haverá nada como isto. Haverá pessoas a investir no nosso país", disse, ao mesmo tempo que apontou que "a situação era insustentável".
O magnata anunciou ter subido as tarifas contra Pequim para 125%.
Recorde-se que Trump anunciou, esta quarta-feira, ter aumentado as tarifas contra Pequim para 125%, tendo por base a "falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais". Ainda assim, o republicano decidiu autorizar uma pausa de 90 dias aos países que não tenham "retaliado de qualquer forma ou feitio", bem como "uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%".
Questionado sobre este hiato, o presidente defendeu ser necessário "haver flexibilidade".
De qualquer forma, a China anunciou também que aumentaria as suas taxas de retaliação sobre os produtos americanos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, numa nova escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington.
Pequim deu conta de que voltou a remeter à Organização Mundial do Comércio (OMC) a questão das tarifas, depois de Donald Trump ter imposto um novo aumento, que chegava aos 104%.
As taxas sobre os produtos do gigante asiático aumentaram de 34% para 84%, valores a que juntavam os 20% impostos desde janeiro.
Wall Street e os mercados bolsistas mundiais registaram perdas nos últimos dias, com os investidores assustados com a guerra comercial desencadeada pelos direitos aduaneiros determinados por Donald Trump e com as medidas de retaliação que começam a ser aplicadas pela China e pelo Canadá.
Cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da União Europeia (UE), são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que entraram em vigor às 00h00 de hoje em Washington (05h00 em Lisboa).
"Dia da Libertação" durou... horas. Trump pausa taxas a todos (menos um)
China decidiu retaliar com uma tarifa de 84% sobre os produtos norte-americanos. Trump decide responder com uma tarifa ainda mais alta, mas concede uma pausa aos países que não retaliaram.
Desde quinta-feira da semana passada que a economia global vive numa espécie de limbo causada pelas tarifas que Donald Trump decidiu impor a todos os produtos que não sejam produzidos em território norte-americano.
O presidente dos EUA quer “tornar a América grande novamente” e considera que estas tarifas representam a ”Dia da Libertação” dos mercados americanos perante países como a China, a Ásia e a União Europeia.
E se, por um lado, alguns países decidiram responder a Trump na mesma moeda, outros preferiram manter a calma e esperar pela disponibilidade dos EUA para negociar. Volvida pouco mais de uma semana após o anúncio das tarifas e menos de um dia após a sua entrada em vigor, eis que Trump anuncia uma pausa de 90 dias na aplicação das tarifas. Mas a medida não é para todos.
Casa Branca alegou 'fake news', mas afinal...
Foi esta segunda-feira que começaram a surgir as primeiras notícias de que Trump estaria a ponderar uma pausa na sua polémica medida.
Com o perigo de uma recessão global, que já se faz sentir sobretudo nos bolsos dos bilionários, que perderam, só na quinta e sexta-feira, 488 mil milhões de euros, os membros do Partido Republicano, viraram-se contra Trump e começaram a apoiar um projeto lei capaz de limitar o poder para impor tarifas.
O perigo de uma recessão global e as perdas de milhões que estão a afetar, sobretudo, os bilionários, levaram um grupo de senadores republicanos a juntar-se à oposição democrata para limitar o poder de Donald Trump. Um anúncio feito no mesmo dia em que a Casa Branca avançou e depois negou uma pausa nas tarifas.
Durante alguns minutos de segunda-feira houve esperança de que Trump estivesse a considerar fazer uma pausa nas tarifas, com o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, a avançar que o presidente poderia introduzir uma pausa de 90 dias nas tarifas aplicadas a todos os países, com a exceção da China, algo que a Casa Branca viria a definir como “fake news”. Certo é que ,três dias depois, essa medida aconteceu mesmo.
Novas tarifas para a China. Uma "pausa" para os restantes
Esta quinta-feira, e depois de a China ter retaliado com uma taxa de 84% sobre os produtos norte-americanos, Donald Trump decidiu anunciar que a guerra com a China está longe de acabar. Já os países que não responderam da mesma forma, passam a ter um tratamento diferente.
O presidente dos Estados Unidos anunciou que decidiu autorizar uma pausa de 90 dias aos países que não tenham "retaliado de qualquer forma ou feitio". São no total 72 os países abrangidos por esta pausa.
"Com base na falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais, aumentei a tarifa cobrada à China pelos Estados Unidos para 125%, com efeitos imediatos”, disse, autorizando ainda “uma PAUSA de 90 dias, e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante este período, de 10%", aos países que não tenham "retaliado de qualquer forma ou feitio".
O presidente norte-americano, Donald Trump, salientou, esta quarta-feira, que haverá "acordos justos para toda a gente", mas que "não foram justos" com os Estados Unidos, horas depois de ter anunciado um aumento das tarifas aplicadas à China para 125%.
"Estavam a sugar-nos”, disse, defendendo que o país "está muito, muito doente" e "necessita de cirurgia", devido às ações da anterior administração.
UE saúda decisão
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou hoje o anúncio do presidente norte-americano de suspender temporariamente as novas tarifas recíprocas como as aplicadas à União Europeia (UE), esperando a estabilização da economia mundial.
"Congratulo o anúncio do presidente Trump de suspender as tarifas recíprocas. Trata-se de um passo importante para estabilizar a economia mundial. Condições claras e previsíveis são essenciais para o funcionamento do comércio e das cadeias de abastecimento", reagiu a líder do executivo comunitário numa declaração hoje publicada.
Para a presidente da instituição que detém a competência da política comercial da UE, "as tarifas são impostos que só prejudicam as empresas e os consumidores"
Recorde-se que cerca de 60 países, incluindo os 27 membros da União Europeia (UE), são afetados pelas sobretaxas adicionais impostas por Trump, que tinham entrado em vigor às 00h00 de ontem em Washington (05h00 em Lisboa).
Trump volta a subir tarifas contra a China: Agora, passam a ser de 145%
Washington e Pequim têm estado a 'medir forças' na guerra comercial, com a China a garantir que não tem receio destes aumentos.
Os Estados Unidos aumentaram novamente a taxa sobre as importações da China, passando estas agora a estar na ordem dos 145%.
A informação foi avançada pelos meios de comunicações dos EUA, que lembram que a última subida contra Pequim a que Donald Trump tinha dado 'luz verde' ia até 125%.
De acordo com uma nota citada pela Bloomberg, este valor inclui uma taxa de 125% que abrange os direitos "recíprocos", bem como as taxas impostas à China por retaliar contra os impostos de importação dos EUA. Inclui ainda, escreve a publicação, uma taxa de 20% imposta por Trump no início deste ano devido ao tráfico de fentanil.
Note-se que após a apresentação das tarifas, na semana passada, alguns países tentaram negociar com Washington - ao contrário da China, que retaliou. Para estes países, Trump anunciar uma suspensão temporária de 90 dias na cobrança de tarifas sobre produtos.
A medida, divulgada pela rede social Truth Social, inclui uma tarifa reduzida de 10% em alguns casos. para 125%.
Esta pausa mexeu com os mercados, com, inclusive, a bolsa de Lisboa a abrir a disparar mais de 5% nesta quinta-feira.
Note-se que ao longo dos últimos dias Pequim reforçou que não tem receio destes anúncios por parte da administração Trump, tendo já garantido que "lutará até ao fim" e que tem, para além da "vontade firme" de o fazer, os recursos.
Na quarta-feira, o Ministério do comércio chinês reforçou que "não há vencedores numa guerra comercial" e que "a China não quer uma", mas "não ficará de braços cruzados se os direitos legítimos do seu povo forem violados".
Se houver anexação... Trump pondera dar 10.000 dólares a cada gronelandês
A administração de Donald Trump está a ponderar oferecer a cada gronelandês um cheque anual de 10 mil dólares, como parte do plano para assumir o controlo da ilha dinamarquesa, noticia o The New York Times.
Representantes do executivo republicano consideram que o custo de tal pagamento poderia ser compensado pelas receitas provenientes da extração de recursos naturais do território, que poderiam incluir terras raras, cobre, ouro, urânio e petróleo.
Os Estados Unidos querem explorar esta via para anexar a ilha ártica devido à sua importância estratégica e reiterar aos seus habitantes que a Dinamarca os abandonou.
O cheque em causa poderia ser utilizado para os mobilizar para a causa do Presidente Trump, diz o jornal.
O New York Times refere que o executivo norte-americano está a considerar substituir os 600 milhões de dólares de subsídios que a Dinamarca dá atualmente à ilha por 10 mil dólares (cerca de 8.800 euros) por ano para cada cidadão da Gronelândia.
A Gronelândia, segundo o Governo dinamarquês, é oficialmente a maior ilha não continental do mundo.
Foi uma colónia dinamarquesa até 1953, altura em que foi redefinida como distrito da Dinamarca, e tem cerca de 56.000 habitantes que vivem nos 20% do território que não estão cobertos por gelo ou neve.
"Precisamos da Gronelândia para a segurança nacional e até para a segurança internacional, e estamos a trabalhar com todos os envolvidos para tentar que isso aconteça", disse Trump ao Congresso em março, enquanto o Governo local sublinhou que a ilha não está à venda nem quer ser americana.
No meio da controvérsia desencadeada pelas intenções de Washington, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, visitou em março a base espacial americana aí localizada com a sua mulher, Usha Vance, mas o facto de não ter um convite oficial das autoridades locais fez com que a sua viagem se limitasse apenas a esse enclave.
O Pentágono anunciou ontem a demissão da comandante da base, depois de se ter descoberto que ela tinha enviado uma carta a todos os que estavam sob o seu comando, distanciando-se da posição de Vance aquando da sua visita.
A coronel Susannah Meyers foi demitida na quinta-feira por "perda de confiança na sua capacidade de liderança", refere o comunicado emitido pela Força Espacial, responsável pela base no Ártico.
Isenções são temporárias! EUA vão aplicar tarifas sobre semicondutores
As políticas de Trump têm vindo a ser criticadas por todo o mundo. O governo de Trump concedeu isenções tarifárias para uma série de produtos eletrónicos importados. No que diz respeito aos semicondutores... será "sol de pouca dura"!
Vem aí uma tarifa específica para o setor dos semicondutores
Apesar das isenções, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que recentemente que são temporárias. Em entrevista à ABC News, Lutnick referiu que, dentro de um a dois meses, será implementada uma tarifa específica para o setor dos semicondutores.
O objetivo é reduzir a dependência dos EUA em relação à China para produtos considerados essenciais, como medicamentos e semicondutores.
De referir que a China respondeu às isenções definindo-as como um "pequeno passo" e instou os EUA a eliminarem completamente as tarifas recíprocas, classificando-as como medidas unilaterais prejudiciais ao comércio global. Atualmente, a maioria dos produtos chineses ainda está dependente de uma tarifa geral de 145% para entrar nos Estados Unidos.
Segundo os analistas, há vários alertas! Embora as isenções permitam um alívio temporário, a introdução de tarifas específicas para semicondutores poderá impactar negativamente o setor tecnológico global. Empresas com cadeias de produção integradas globalmente podem enfrentar desafios logísticos e financeiros adicionais.
Obama saúda Harvard por rejeitar "tentativa ilegal de reprimir liberdade"
O antigo chefe de Estado disse esperar "que outras sigam o exemplo" da universidade.
O antigo presidente norte-americano, Barack Obama, saudou a Universidade de Harvard, esta terça-feira, por ter rejeitado as exigências do chefe de Estado, Donald Trump, que classificou como “uma tentativa ilegal e desajeitada de reprimir a liberdade académica”.
“Harvard deu o exemplo para outras instituições de ensino superior, rejeitando uma tentativa ilegal e desajeitada de reprimir a liberdade académica, ao mesmo tempo em que tomou medidas para garantir que os alunos possam beneficiar de um ambiente de investigação intelectual, debate rigoroso e respeito mútuo. Esperemos que outras sigam o exemplo”, escreveu o democrata, na rede social Blue Sky.
Recorde-se que, na segunda-feira, a Administração Trump congelou 2,2 mil milhões de dólares (1,94 mil milhões de euros) de subsídios plurianuais a Harvard, de acordo com um grupo de trabalho conjunto para combater o antissemitismo, na sequência de uma mensagem do presidente da escola, Alan Garber, em que garantia que não iria "renunciar à sua independência ou aos seus direitos constitucionais".
A declaração de Harvard "reforça a preocupante mentalidade de direito que é endémica nas universidades e faculdades mais prestigiadas da nossa nação - que o investimento federal não vem com a responsabilidade de defender as leis dos direitos civis", escreveu o grupo de trabalho do Departamento de Educação na segunda-feira.
A Administração Trump disse no mês passado que estava a examinar até 9 mil milhões de dólares (7,94 mil milhões de euros) em subsídios e contratos federais para Harvard como parte dos seus esforços para combater o antissemitismo nos campus universitários dos Estados Unidos.
A escola emergiu como um dos principais alvos da Casa Branca enquanto a Administração procurava obter compromissos semelhantes nas principais faculdades do país, que foram agitadas por protestos estudantis pró-palestinos após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e a resposta retaliatória do Estado judeu em Gaza.
Harvard já havia sinalizado anteriormente que trabalharia para combater o antissemitismo no seu campus e tomou medidas para restringir os procedimentos disciplinares e remover alguns professores, mas Garber deixou claro que as novas exigências do governo eram inaceitáveis.
O presidente da prestigiada universidade revelou que a Administração tinha exigido, na sexta-feira, condições alargadas, que incluíam a reforma da governação da instituição, o fim dos programas de diversidade, equidade e inclusão, alterações às admissões e contratações e a redução do "poder" de certos estudantes, professores e administradores devido às respetivas opiniões ideológicas.
"Isto torna claro que a intenção não é trabalhar connosco para combater o antissemitismo de uma forma cooperativa e construtiva. […] Embora algumas das exigências delineadas pelo governo tenham como objetivo combater o antissemitismo, a maioria representa uma regulamentação governamental direta das 'condições intelectuais' em Harvard", escreveu.
Trump ameaça tirar benefícios fiscais à universidade de Harvard
O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou hoje retirar importantes benefícios fiscais a Harvard, um dia depois de a prestigiada universidade norte-americana ter recusado satisfazer as exigências feitas pela Casa Branca.
"Talvez Harvard devesse perder o seu estatuto de isenção fiscal e ser tributada como uma entidade política, se continuar a defender a 'doença' política, ideológica, de inspiração/apoio ao terrorismo", escreveu o Presidente republicano na sua rede social Truth Social.
"Lembrem-se, o Estatuto de Isenção Fiscal está totalmente condicionado à atuação no INTERESSE PÚBLICO!", frisou Trump, recorrendo a letras maiúsculas para acentuar o conteúdo da mensagem.
A nova crítica à instituição académica ocorre um dia depois de a administração dos Estados Unidos ter decidido retirar 2,2 mil milhões de dólares (1,94 mil milhões de euros) de subsídios federais plurianuais a Harvard.
A universidade privada com sede perto de Boston, que possui um património de mais de 50 mil milhões de dólares (44,1 mil milhões de euros), beneficia de uma isenção de impostos federais e estaduais, neste caso do estado de Massachusetts.
Tal como outras universidades norte-americanas, Harvard foi palco de protestos estudantis contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza, e tem sido alvo de críticas por parte da Casa Branca desde que Donald Trump regressou ao poder, em janeiro passado.
O chefe de Estado tem acusado Harvard e as outras instituições de permitirem que o antissemitismo se desenvolva nos seus campus, tendo a administração republicana solicitado que pusessem em prática uma série de medidas - incluindo uma "auditoria" às opiniões dos estudantes e do pessoal docente - sob pena de o governo federal travar subsídios.
Ao contrário da Universidade de Columbia, em Nova Iorque, Harvard recusou-se a cumprir.
Numa carta dirigida aos estudantes e professores, o reitor da universidade, Alan Garber, garantiu-lhes na segunda-feira que Harvard não renunciaria "à sua independência, nem aos seus direitos constitucionalmente garantidos".