
Presidente da República visitou ontem, na zona de entre o Douro e Vouga, empresas onde a inovação faz a diferença em tempos de crise.
Inovação. Eis a palavra que o Presidente da República mais utilizou e mais ouviu, ontem, durante a visita a três empresas e duas instituições de "sucesso, e exemplo de boas práticas", na zona de entre Douro e Vouga. Cavaco Silva, que apelou a uma "mobilização geral no País para a recuperação económica, vê nas comunidades locais inovadoras um contributo significativo no combate à crise económica.
O roteiro começou em Ovar, na Flex2000, que produz esponja e cordoaria. Uma empresa familiar, de sucesso, mesmo em tempo de crise. Do administrador, Carlos Pereira, o Presidente ouviu apenas um lamento: "Por favor, os industriais portugueses precisam de ser respeitados". Ou seja, devem ter tratamento igual ao que é dado aos estrangeiros. Esses, disse, "não têm rosto", mal desponta a crise,abandonam o País.
Cavaco não concordou com essa posição, disse-o no fim da visita: "Portugal precisa do investimento estrangeiro". No primeiro Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, que termina hoje, Cavaco Silva esteve ainda na Cerciespinho e em duas unidades fabris de sucesso, numa delas - a Deficiprodut - 40 por cento dos seus trabalhadores tem alguma deficiência.
DN