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Irão a ferro e fogo

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Irão admite melhoria das relações se Ocidente abandonar abordagem hostil


O recém-nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano afirmou hoje que a nova liderança de Teerão tenciona reduzir as "tensões" com os Estados Unidos e restabelecer as relações com os países europeus, desde que estes abandonem a "abordagem hostil".



Irão admite melhoria das relações se Ocidente abandonar abordagem hostil





Nas mesmas declarações, citadas pelas agências internacionais, Abbas Araghchi também instou o Ocidente a tentar reavivar o acordo nuclear firmado em 2015.


Araghchi recordou que, durante o seu primeiro discurso no parlamento iraniano, já tinha sublinhado a necessidade de levantar as sanções ocidentais contra Teerão, nomeadamente as impostas unilateralmente, através da diplomacia e das negociações, mas "respeitando sempre os princípios fundamentais da região"



Estas declarações foram feitas à agência de notícias japonesa Kyodo, a primeira entrevista do novo chefe da diplomacia iraniana a um 'media' estrangeiro.



A nomeação de Araghchi e dos restantes ministros do novo Governo iraniano foi confirmada na quarta-feira pelo parlamento da República Islâmica.



O chefe da diplomacia iraniana declarou que é um "passo decisivo" conseguir a normalização das relações com a comunidade internacional, que se têm agravado precisamente desde que os Estados Unidos decidiram unilateralmente abandonar o acordo nuclear de 2015.



O próprio Araghchi participou como vice-ministro dos Negócios Estrangeiros nas negociações do acordo que foi firmado em julho de 2015 entre a República Islâmica do Irão, o grupo P5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e, mais tarde, Alemanha), e a União Europeia (UE).



Há quase uma década, Teerão aceitou reduzir o seu programa nuclear em troca das Nações Unidas e da comunidade internacional levantarem as sanções económicas que sufocavam a economia iraniana. No entanto, em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump decidiu retirar Washington do acordo.



Em reação, o Irão rompeu progressivamente com os compromissos assumidos no âmbito do acordo internacional.



Araghchi lidera um dos 19 ministérios que compõem a equipa governativa do Presidente iraniano, Masud Pezeshkian, que na quarta-feira obteve a aprovação do parlamento para todos os seus ministros, algo que não acontecia desde o mandato de Mohammad Khatami há mais de duas décadas.



Diplomata de profissão, Araghchi fez carreira como embaixador na Finlândia, Estónia e Japão, e é visto como um defensor da melhoria das relações com o Ocidente, embora com uma posição crítica em relação aos Estados Unidos.




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Programa nuclear? Irão manifesta abertura para negociações com EUA


O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, manifestou hoje abertura para iniciar novas negociações com os Estados Unidos da América (EUA) sobre o programa nuclear iraniano, mas expressou igualmente alguns avisos em relação a Washington.



Programa nuclear? Irão manifesta abertura para negociações com EUA





"Não precisamos depositar a nossa esperança no inimigo. Para os nossos planos, não devemos esperar pela aprovação dos inimigos", disse Khamenei num vídeo transmitido pela televisão estatal.


"Não é contraditório negociar com o mesmo inimigo em algumas situações, não há barreira", afirmou ainda.



As observações de Ali Khamenei estabelecem no entanto limites para quaisquer negociações a realizar pelo novo Governo do Presidente iraniano, Masud Pezeshkian, renovando as suas advertências sobre os EUA.



"Não confiem no inimigo", alertou Khamenei, que tem a palavra final sobre todos os assuntos de Estado.



Ainda não é claro quanto espaço de manobra terá Pezeshkian para negociar, especialmente porque as tensões continuam elevadas em todo o Médio Oriente devido à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.



O líder supremo iraniano, de 85 anos, já aceitou negociações com os Estados Unidos em outras ocasiões, mas passou a rejeitá-las depois de os EUA terem saído unilateralmente em 2018 do acordo nuclear, uma decisão tomada pelo então Presidente norte-americano Donald Trump.



Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), o Departamento de Estado norte-americano não respondeu a um pedido de comentário sobre as declarações de Khamenei.



De acordo com a AP, houve conversações indiretas entre o Irão e os EUA nos últimos anos, mediadas pelo Qatar e Omã.




Desde o colapso do acordo, assinado em 2015 entre várias potências internacionais e o regime de Teerão, o Irão abandonou todos os limites que o pacto impôs ao seu programa nuclear e enriquece urânio até aos 60% de pureza -- perto dos níveis de qualidade militar de 90%.



As câmaras de vigilância instaladas pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) em centrais iranianas foram desligadas e o Irão impediu a entrada de alguns dos inspetores mais experientes da agência nos complexos nucleares.



As autoridades iranianas também ameaçaram avançar com a produção de armas atómicas.



Entretanto, as tensões entre Irão e Israel, que são inimigos declarados, atingiram um novo pico com a guerra entre Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.



Teerão lançou um ataque sem precedentes com 'drones' e mísseis contra Israel em abril, depois de anos de uma guerra secreta entre os dois países ter atingido o clímax com o presumível ataque de Israel a um edifício consular iraniano na Síria, que matou dois generais iranianos e outras pessoas.



O assassínio em Teerão do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, atribuído a Telavive, levou também o Irão a ameaçar retaliar contra Israel.



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Irão. AI alerta para continuação de "repressão" após grandes protestos


A Amnistia Internacional (AI) alertou hoje para a continuação da "repressão brutal das autoridades" do Irão e da impunidade que as protege, dois anos após os grandes protestos para exigir igualdade de género e respeito pelos direitos fundamentais.


Irão. AI alerta para continuação de repressão após grandes protestos






"As pessoas no Irão continuam a sofrer as consequências devastadoras da repressão brutal das autoridades contra o protesto 'Mulher, Vida e Liberdade', num contexto de impunidade sistemática dos crimes cometidos ao abrigo do direito internacional", acusa a AI em comunicado hoje divulgado para assinalar o segundo aniversário das manifestações ocorridas entre setembro e dezembro de 2022.


Os protestos foram desencadeados pela morte, em 16 de setembro, de uma jovem curda de 22 anos, Mahsa Amini, detida três dias antes pela polícia dos costumes iraniana, por suposto uso indevido do véu islâmico.



Os protestos contra o uso da força no Irão foram dando lugar a manifestações de apoio às mulheres cada vez maiores e em mais cidades, e alargando-se às denúncias contra a atuação da Guarda Revolucionária, a força ideológica do regime de Teerão.



A repressão que se seguiu provocou a morte a mais de 400 pessoas e cerca de 17 mil foram detidas, gerando ampla condenação da comunidade internacional.



Dois anos depois, a Amnistia lamenta que não tenham sido realizadas "investigações criminais eficazes, imparciais e independentes sobre as graves violações dos direitos humanos e os crimes de direito internacional", que incluíram o uso de armas de fogo, espingardas de assalto, balas, gás lacrimogéneo e espancamentos com bastões.



"As autoridades têm procurado silenciar os familiares que procuram a verdade e a justiça para as mortes ilegais dos seus entes queridos através de detenções arbitrárias, ações judiciais injustas, ameaças de morte e outras perseguições implacáveis", declara a AI.



Além disso, prossegue a organização de direitos humanos sediada em Londres, as autoridades intensificaram os seus abusos e desencadearam "uma guerra contra as mulheres e as raparigas" que desafiam "as leis draconianas sobre o uso obrigatório do véu".



Em abril desde ano, destaca o comunicado, as autoridades iranianas lançaram uma nova campanha com o nome Plano Noor, que resultou num "aumento visível das patrulhas de segurança a pé, de mota, de carro e de carrinhas da polícia nos espaços públicos para impor o uso obrigatório do véu" e até perseguições perigosas, confisco de veículos, mais detenções e penas de flagelação ou equivalentes a tortura.



O comunicado revela vários exemplos destas práticas por parte das forças de segurança e alerta que o parlamento iraniano prepara-se para aprovar o "Projeto de Lei de Apoio à Cultura da Castidade e do Hijab", com o objetivo de "legalizar o ataque intensificado às mulheres e raparigas que desafiam o uso obrigatório do véu".



Nesse período desde os grandes protestos no Irão, a AI assinala também o reforço substancial do recurso à pena de morte para silenciar a dissidência, tendo em 2023 sido registado o maior número de execuções dos últimos oito anos e que afeta particularmente a minoria étnica perseguida Baluchi.



De açodo com a Amnistia, dez homens foram executados arbitrariamente em ações relacionadas com os protestos de 2022, na sequência de "julgamentos fictícios, grosseiramente injustos que se basearam em 'confissões' extraídas sob tortura e outros maus-tratos, incluindo violência sexual, e que não foram investigados de forma independente e imparcial".



A AI alerta em concreto para a situação da defensora dos direitos humanos Sharifeh Mohammadi e da ativista da sociedade civil curda Pakhshan Azizi, que foram recentemente condenadas à morte por tribunais revolucionários em casos separados, "unicamente devido ao seu ativismo pacífico", a que se somam outros casos de pessoas submetidas a tortura e maus-tratos.



Estes atos e denúncias de violações e vários crimes sexuais ocorridos durante a repressão dos protestos foram negados pelo Irão, apesar de descrições "em pormenor" reveladas no ano passado pela AI, que "tem documentado consistentemente a forma como as autoridades judiciais e de acusação têm rejeitado ou encoberto provas de violência sexual, incluindo queixas de sobreviventes".



A Amnistia refere-se também à Comissão Especial para o Exame dos Distúrbios de 2022, que descreve como "não judicial e tendenciosa", e que considerou que as forças de segurança agiram "de forma responsável" em resposta aos protestos, "apesar do uso consistente e bem documentado de força ilegal, incluindo força letal".



De igual modo, lamenta que as autoridades iranianas continuam a recusar-se a cooperar com o organismo independente criado entretanto pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e a negar o acesso dos seus membros ao país.



Nesse sentido, a AI apela a todos os estados para que iniciem investigações criminais contra funcionários iranianos "razoavelmente suspeitos de crimes ao abrigo do direito internacional, ao abrigo do princípio da jurisdição universal, independentemente de o acusado estar ou não presente no seu território".



A Amnistia pede ainda "investigações estruturais sobre a situação geral ligada aos protestos de 2022 sem um suspeito identificado".




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Irão condena novas sanções europeias e ameaça com resposta


O Irão condenou as sanções impostas por Alemanha, Reino Unido e França, devido ao fornecimento de mísseis balísticos à Rússia, e advertiu que vai tomar medidas recíprocas em resposta.


Irão condena novas sanções europeias e ameaça com resposta





"Esta ação dos três países europeus é uma continuação das políticas hostis do Ocidente e do terrorismo económico contra o povo do Irão", disse, na terça-feira à noite, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanaani.


"A República Islâmica do Irão vai tomar medidas correspondentes e proporcionais", advertiu o diplomata.



Kanaani voltou a negar que Teerão tenha fornecido mísseis balísticos à Rússia, algo que qualificou de "completamente infundado e falso".


O responsável afirmou ainda que EUA, Alemanha, Reino Unido e França são a principal fonte de armas de Israel e "parceiros no massacre em massa do povo palestiniano e no genocídio em Gaza".



Os Governos alemão, francês e britânico anunciaram a revogação dos acordos bilaterais de transporte aéreo com o Irão e vão insistir na adoção de medidas contra a companhia aérea estatal Iran Air.



Por seu lado, os EUA anunciaram sanções contra empresas e dirigentes iranianos, bem como contra cinco navios russos, pelo papel no transporte de material militar do Irão para a Rússia.



O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Segurança, Josep Borrell, propôs novas sanções contra o Irão, depois de ter recebido "informações credíveis" de que Teerão forneceu mísseis balísticos à Rússia.



Nos últimos anos, Teerão e Moscovo - ambos sob sanções económicas dos EUA - reforçaram as relações em vários domínios, incluindo político, militar e económico.



No passado, os EUA e a UE acusaram Teerão de fornecer 'drones' a Moscovo, algo que o Irão negou repetidamente, apesar das provas apresentadas pela Ucrânia.



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Irão convoca diplomatas ocidentais para contestar novas sanções


O Irão convocou hoje as missões diplomáticas da França, Reino Unido, Países Baixos e Alemanha, na sequência das sanções anunciadas pelo Ocidente em represália pela alegada entrega de mísseis balísticos à Rússia para serem utilizados contra a Ucrânia.



Irão convoca diplomatas ocidentais para contestar novas sanções






Os quatro diplomatas foram "convocados para o Ministério dos Negócios Estrangeiros na sequência das sanções e dos comentários não construtivos das partes europeias", anunciou a agência noticiosa oficial Irna, citada pela France-Presse (AFP).



O Irão já tinha ameaçado tomar "medidas" em resposta às sanções ocidentais e voltou a negar as acusações de que teria entregado mísseis à Rússia.



Ao convocar os diplomatas europeus, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano "condenou veementemente" as "recentes declarações e ações destrutivas" da Europa, segundo a Irna.



"A persistência destas posições e ações é vista como a continuação de uma política ocidental hostil para com o povo iraniano", acrescentou a mesma fonte.



"Durante as reuniões com os embaixadores europeus, o diretor-geral do Departamento da Europa Ocidental do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que a República Islâmica dará uma resposta adequada ao comportamento hostil do Ocidente contra a nação iraniana", avançou a agência noticiosa Mehr, citada pela Europa Press.



A convocação dos diplomatas europeus surge dois dias depois de o Reino Unido, os Estados Unidos, a Alemanha e a França terem anunciado novas sanções contra o Irão, em represália pelo alegado fornecimento de mísseis à Rússia.



A companhia aérea iraniana Iran Air, acusada de ter efetuado tais entregas, deixará de poder operar nos territórios destes países.
Londres tinha convocado o encarregado de negócios iraniano na quarta-feira.



Por seu lado, os Estados Unidos, inimigo declarado do Irão, anunciaram que impuseram, juntamente com os seus aliados, sanções a seis empresas iranianas de drones e mísseis balísticos, fornecedoras da Rússia ao abrigo de um contrato assinado no final de 2023, e a 10 dos seus dirigentes e empregados.


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Prisioneiras iranianas em greve de fome para lembrar morte de Mahsa Amini


Mais de 30 prisioneiras na cadeia de Evin, perto de Teerão, a capital iraniana, iniciaram hoje uma greve de fome, para assinalar os dois anos da morte de Mahsa Amini, anunciou Narges Mohammadi, detida na unidade.


Prisioneiras iranianas em greve de fome para lembrar morte de Mahsa Amini






Numa publicação em inglês, alemão e francês na rede social Instagram, a ativista e Nobel da Paz Narges Mohammadi, detida desde novembro de 2021, informa que é uma de 34 prisioneiras que começaram hoje uma greve de fome.



"De novo, as prisioneiras políticas e ideológicas de Evin começaram uma greve de fome em solidariedade com o povo em protesto no Irão contra as políticas opressivas do governo" de Teerão, escreve.



A Nobel da Paz 2023 -- uma das vozes mais importantes na defesa dos direitos humanos no Irão, condenada em seis ocasiões a um total de 13 anos e três meses de prisão e 154 chicotadas -- já no sábado havia conseguido utilizar a rede social Instagram para divulgar o protesto de dezenas de detidas em Evin, clamando "mulher, vida, liberdade", o grito do movimento criado após a morte de Mahsa Amini, aos 22 anos.




Segundo Mohammadi, as prisioneiras queimaram véus no pátio da prisão, ato habitual durante os protestos desencadeados após a morte de Amini.




A morte de Amini -- que assinalará dois anos na segunda-feira -- foi seguida de protestos que duraram meses e foram brutalmente reprimidos pelas autoridades iranianas, com um balanço de 500 mortes, dez execuções e 22 mil detenções.




Sob as palavras de ordem "mulher, vida, liberdade", milhares de manifestantes pediram o fim do regime teocrático iraniano.




Masha Amini foi detida pela polícia de costumes iraniana, em 13 de setembro de 2022, por alegadamente não estar a usar devidamente o véu islâmico, acabando por morrer, três dias depois, ainda sob custódia policial.



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Prémio Nobel da Paz iraniana apela ao "fim do silêncio" face à opressão


A iraniana Narges Mohammadi, Prémio Nobel da Paz, apelou hoje à comunidade internacional para "pôr fim ao silêncio e à inação" face à opressão das mulheres no Irão, exatamente dois anos após a eclosão do movimento "Mulher Vida Liberdade".



Prémio Nobel da Paz iraniana apela ao fim do silêncio face à opressão







"Apelo às instituições internacionais e aos povos para que atuem. Exorto as Nações Unidas a pôr fim ao seu silêncio e inação face à opressão e discriminação devastadoras perpetradas por governos teocráticos e autoritários contra as mulheres, criminalizando o apartheid de género", declarou Mohammadi, detida desde novembro de 2021, numa mensagem transmitida por pessoas próximas nas redes sociais.




Domingo, Mohammadi anunciou que ela própria e 33 outras mulheres iniciaram uma greve de fome para assinalar, hoje, os dois anos da morte de Mahsa Amini, detida pela polícia de costumes iraniana, a 13 de setembro de 2022, por alegadamente não estar a usar devidamente o véu islâmico, acabando por morrer, três dias depois, ainda sob custódia policial.




"De novo, as prisioneiras políticas e ideológicas de Evin [prisão nos arredores da capital iraniana] começaram uma greve de fome em solidariedade com o povo em protesto no Irão contra as políticas opressivas do governo" de Teerão, escreve.




A Nobel da Paz 2023 -- uma das vozes mais importantes na defesa dos direitos humanos no Irão, condenada em seis ocasiões a um total de 13 anos e três meses de prisão e 154 chicotadas -- já no sábado conseguira utilizar a rede social Instagram para divulgar o protesto de dezenas de detidas em Evin, clamando "mulher, vida, liberdade", o grito do movimento criado após a morte de Amini.




Segundo Mohammadi, as prisioneiras queimaram véus no pátio da prisão, ato habitual durante os protestos desencadeados após a morte de Amini.




A morte da ativista foi seguida de protestos que duraram meses e foram brutalmente reprimidos pelas autoridades iranianas, com um balanço de 500 mortes, dez execuções e 22 mil detenções.




Sob as palavras de ordem "mulher, vida, liberdade", milhares de manifestantes pediram o fim do regime teocrático iraniano.




Domingo, centenas de pessoas marcharam em Paris para manifestar o seu apoio à sociedade civil iraniana.




Chirinne Ardakani, advogada franco-iraniana e membro do Coletivo de Justiça do Irão, afirmou, em declarações à AFP, que os "sacrifícios" feitos pelos iranianos que se opõem ao regime "não foram em vão".



"Tudo mudou no Irão, nas atitudes, na sociedade. Passámos de uma cultura absolutamente patriarcal, em que as mulheres não podiam revelar-se na rua, para um apoio maciço a estas mulheres", disse a ativista.




A marcha, organizada por um grupo de cerca de 20 associações de defesa dos direitos humanos, também recebeu o apoio de Benjamin Brière e Louis Arnaud, dois franceses que foram presos e detidos arbitrariamente no Irão, antes de serem libertados em maio de 2023 e em junho passado, respetivamente.




O Irão é acusado de prender ocidentais sem motivo e de os utilizar como moeda de troca em negociações entre Estados. Os diplomatas franceses descrevem estes prisioneiros como "reféns do Estado".




Embora os protestos sejam agora limitados e esporádicos, as autoridades iranianas continuam a calá-los metodicamente: o Irão executou dez homens condenados à morte em processos ligados ao movimento, o último dos quais, Gholamreza Rasaei, de 34 anos, foi enforcado em agosto, poucos dias depois da tomada de posse do novo Presidente, Massoud Pezeshkian.




Os grupos de defesa dos direitos humanos denunciam igualmente o número crescente de execuções por todo o tipo de delitos, destinadas a criar medo e a dissuadir os opositores de qualquer predisposição para a dissidência.




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PR iraniano promete trabalhar para que polícia deixe de visar mulheres


O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, afirmou hoje que a chamada polícia da moralidade "deveria" ter cessado atividades, dois anos após a morte de Mahsa Amini, jovem detida por esta força por não usar corretamente o lenço islâmico.



PR iraniano promete trabalhar para que polícia deixe de visar mulheres






" A Policia da moralidade continua a incomodar as pessoas?", questionou o líder iraniano após ser confrontado com o tema por um jornalista, na primeira conferência de imprensa após a tomada de posse no final de julho.



"Vou investigar o assunto. Era suposto terem parado", acrescentou Pezeshkian, que durante a campanha eleitoral deu a entender que, se pudesse, tiraria das ruas a temida Polícia da Moralidade.



O Presidente iraniano respondia a uma jornalista que lhe disse que, para chegar ao local da conferência de imprensa, em Teerão, teve de fazer vários desvios para evitar a força encarregada de fazer cumprir o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.



Mais tarde, outra jornalista levantou a questão da Polícia da Moralidade e do véu, tendo o Presidente afirmado que iria abordar o assunto de forma a "chegar a um compromisso" com a outra parte, numa aparente referência aos setores mais conservadores da política do país islâmico.



A Polícia da Moralidade regressou às ruas do país em meados de abril e voltou a deter as mulheres que não usam o 'hijab', que acabam normalmente libertadas depois de assinarem um documento em que se comprometem a usar o véu.



As declarações de Pezeshkian surgem no mesmo dia em que as mulheres iranianas estão a manifestar-se em todo o país em memória da morte da jovem curda Mahsa Amini, detida pela polícia de costumes iraniana a 13 de setembro de 2022, por alegadamente não estar a usar devidamente o véu islâmico, acabando por morrer, três dias depois, ainda sob custódia policial.



Nesse contexto, a iraniana Narges Mohammadi, Prémio Nobel da Paz, apelou hoje à comunidade internacional para "pôr fim ao silêncio e à inação" face à opressão das mulheres no Irão, exatamente dois anos após a eclosão do movimento "Mulher, Vida Liberdade", na sequência da morte de Amini.



"Apelo às instituições internacionais e aos povos para que atuem. Exorto as Nações Unidas a pôr fim ao seu silêncio e inação face à opressão e discriminação devastadoras perpetradas por governos teocráticos e autoritários contra as mulheres, criminalizando o apartheid de género", declarou Mohammadi, detida desde novembro de 2021, numa mensagem transmitida por pessoas próximas nas redes sociais.



Domingo, Mohammadi anunciou que ela própria e 33 outras mulheres iniciaram uma greve de fome para assinalar o segundo aniversário da morte de Amini.



"De novo, as prisioneiras políticas e ideológicas de Evin [prisão nos arredores da capital iraniana] começaram uma greve de fome em solidariedade com o povo em protesto no Irão contra as políticas opressivas do governo" de Teerão, escreve.



A Nobel da Paz 2023 -- uma das vozes mais importantes na defesa dos direitos humanos no Irão, condenada em seis ocasiões a um total de 13 anos e três meses de prisão e 154 chicotadas -- já no sábado conseguira utilizar a rede social Instagram para divulgar o protesto de dezenas de detidas em Evin, clamando "mulher, vida, liberdade", o grito do movimento criado após a morte de Amini.



Segundo Mohammadi, as prisioneiras queimaram véus no pátio da prisão, ato habitual durante os protestos desencadeados após a morte de Amini.



A morte da ativista foi seguida de protestos que duraram meses e foram brutalmente reprimidos pelas autoridades iranianas, com um balanço de 500 mortes, dez execuções e 22 mil detenções.



Sob as palavras de ordem "mulher, vida, liberdade", milhares de manifestantes pediram o fim do regime teocrático iraniano.



Embora os protestos sejam agora limitados e esporádicos, as autoridades iranianas continuam a calá-los metodicamente: o Irão executou dez homens condenados à morte em processos ligados ao movimento, o último dos quais Gholamreza Rasaei, de 34 anos, foi enforcado em agosto, poucos dias depois da tomada de posse do novo Presidente.



Os grupos de defesa dos direitos humanos denunciam igualmente o número crescente de execuções por todo o tipo de delitos, destinadas a criar medo e a dissuadir os opositores de qualquer predisposição para a dissidência.




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Execuções no Irão cresceram 75% desde a morte de Mahsa Amini


As execuções aumentaram 75% no Irão nos dois anos após a morte da jovem Mahsa Amini, que desencadeou protestos sob o lema "Mulher, Vida, Liberdade", denunciou hoje a Organização Não Governamental (ONG) Iran Human Rights.


Execuções no Irão cresceram 75% desde a morte de Mahsa Amini





Pelo menos 1.425 pessoas foram executadas no Irão desde 16 de setembro de 2022, quase o dobro dos dois anos anteriores aos protestos, quando se registaram 815 execuções, de acordo com a ONG que tem desse em Oslo, num comunicado hoje divulgado e citado pela agência EFE.



A aplicação da pena de morte por crimes relacionados com drogas aumentou 162% no mesmo período, de 302 para 796 após o início dos protestos contra o regime iraniano.



As execuções relacionadas com acusações políticas como 'rebelião', 'corrupção na terra' ou 'inimizade para com Deus' também aumentaram em 84%, de 31 para 57.



Tendo em conta estes dados, a ONG Iran Human Rights apelou à comunidade internacional que investigue o uso da pena de morte no Irão como parte da repressão aos protestos do movimento "Mulher, Vida, Liberdade".



"A pena de morte é a ferramenta mais importante da República Islâmica para criar medo na sociedade, com o objetivo de reprimir os protestos e prevenir novos", afirmou o diretor da ONG, Mahmood Amiry-Moghaddam.



Cumprem-se hoje dois anos da morte de Mahsa Amini. Detida pela polícia de costumes iraniana em 13 de setembro de 2022, por alegadamente não estar a usar devidamente o véu islâmico, a jovem iraniana acabou por morrer, três dias depois, ainda sob custódia policial.



À morte de Amini seguiram-se protestos que duraram meses e foram brutalmente reprimidos pelas autoridades iranianas.



De acordo com a Iran Human Rights, pelo menos 551 manifestantes, entre os quais 68 menores e 49 mulheres, morreram às mãos da polícia durante os protestos.



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EUA impõem sanções a mais 12 iranianos por táticas violentas e coercivas


Os Estados Unidos anunciaram hoje sanções contra 12 pessoas associadas às táticas violentas e coercivas do Irão em repressão da onda de protestos sociais dentro e fora do país pela morte da jovem Mahsa Amini, há dois anos.



EUA impõem sanções a mais 12 iranianos por táticas violentas e coercivas






As medidas de hoje são dirigidas contra membros do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, funcionários da Organização Prisional Iraniana e responsáveis por operações letais no estrangeiro.


Num comunicado, o Departamento de Estado norte-americano refere que as medidas foram tomadas em coordenação com a Austrália e Canadá, que também aplicaram esta semana novas sanções contra os responsáveis pelas violações dos direitos humanos no Irão.



Vários dos hoje sancionados, cuja identidade não foi fornecida, são responsáveis por violações dos direitos humanos, ações relacionadas com a morte e repressão violenta de prisioneiros que protestavam contra as suas condições e pelo uso de tortura e agressão sexual contra prisioneiros.



A jovem curda Mahsa Amini, detida pela polícia de costumes iraniana a 13 de setembro de 2022, por alegadamente não estar a usar devidamente o véu islâmico, acabou por morrer três dias depois, a 16 de setembro, ainda sob custódia policial.



Segunda-feira, ao cumprirem-se dois anos sobre a morte de Amini, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, afirmou que a chamada polícia da moralidade "já deveria" ter cessado as atividades.



"A polícia da moralidade continua a incomodar as pessoas?", respondeu o líder iraniano a um jornalista na primeira conferência de imprensa após a tomada de posse, no final de julho.



"Vou investigar o assunto. Era suposto terem parado", acrescentou Pezeshkian, que durante a campanha eleitoral das eleições presidenciais de julho deu a entender que, se pudesse, tiraria das ruas a temida Polícia da Moralidade.



O Presidente iraniano respondia a uma jornalista que lhe disse que, para chegar ao local da conferência de imprensa, em Teerão, teve de fazer vários desvios para evitar a força encarregada de fazer cumprir o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.



Pouco depois, ainda na mesma conferência de imprensa, outra jornalista levantou a questão da Polícia da Moralidade e do véu, tendo o Presidente afirmado que iria abordar o assunto de forma a "chegar a um compromisso" com a outra parte, numa aparente referência aos setores mais conservadores da política do país islâmico.



A Polícia da Moralidade regressou às ruas do país em meados de abril e voltou a deter as mulheres que não usam o 'hijab', que acabam normalmente libertadas depois de assinarem um documento em que se comprometem a usar o véu.



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Irão indulta cantor que compôs hino a protestos pela morte de Mahsa Amini


As autoridades iranianas concederam um indulto ao cantor iraniano Shervin Hajipour, condenado por compor uma canção em homenagem aos protestos que eclodiram no país após a morte do jovem Mahsa Amini sob detenção policial.



Irão indulta cantor que compôs hino a protestos pela morte de Mahsa Amini






"Aparentemente, uma nova parte da história veio ao de cima. O meu caso foi encerrado. Estou muito grato a todos vocês, serei sempre grato", referiu o artista em dois vídeos publicados na rede social Instagram.



A decisão acontece depois de a justiça iraniana ter anunciado, em agosto, uma redução da sua pena para metade.




O artista tinha sido condenado em março a três anos e oito meses de prisão por "propaganda contra o sistema" e "incitação a motins".




Hajipour deu voz com a sua música aos milhares de pessoas que saíram à rua após a morte de Amini, que morreu sob detenção policial depois de ter sido detida por usar o véu de forma incorreta.




'Baraye' recebeu um Grammy na categoria 'Melhor Canção para a Mudança Social'.



A organização não-governamental (ONG) iraniana Agência de Notícias dos Ativistas dos Direitos Humanos (HRANA) denunciou que as autoridades judiciais obrigaram o artista, de 27 anos, a escrever uma canção sobre as "atrocidades dos Estados Unidos".



Foi também obrigado a publicar nas redes sociais as "conquistas" da revolução iraniana em setores como a cultura ou a ciência, entre outras reivindicações.



O artista iraniano, que foi detido pelas forças de segurança durante os protestos de 2022, está proibido de sair do país por um período de dois anos, pena que tem sido criticada por organizações de defesa dos direitos humanos e pela comunidade internacional.


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Pelo menos seis mortos em ataques armados no sudeste do Irão


Pelo menos seis pessoas, incluindo um comandante da Guarda Revolucionária, foram mortas hoje em ataques na província iraniana de Sistão-Baluchistão, tendo sido atingida uma escola.


Pelo menos seis mortos em ataques armados no sudeste do Irão






"Quatro pessoas foram mortas quando homens num carro abriram fogo contra as pessoas que participavam num evento escolar na cidade de Nikshahr, província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do Irão", indicou a agência noticiosa estatal IRNA, citando fontes não identificadas.


Num outro ataque, dois polícias foram mortos quando homens armados dispararam contra o carro em que viajavam na cidade de Khash, na mesma província que faz fronteira com o Paquistão.



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Biden desaconselha Israel a atacar instalações petrolíferas e nucleares do Irão “Pensem em opções!”​



 

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Voos civis no Irão retomados após suspeitas de ataque israelita


A Autoridade da Aviação Civil do Irão anunciou no domingo o levantamento das restrições de voo, por considerar que as condições são seguras, após as suspeitas de um ataque israelita.



Voos civis no Irão retomados após suspeitas de ataque israelita






O alerta para o ataque israelita foi dado na sequência do disparo de mísseis balísticos contra bases aéreas israelitas em retaliação pela morte do líder do movimento sunita Hamas, Ismail Haniye, e do líder da milícia xiita libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah.



"As restrições de voo anunciadas foram canceladas e os voos voltaram ao normal a partir das 23:00. Este assunto foi comunicado às companhias aéreas e os voos serão efetuados a partir desta noite de acordo com os seus horários", afirmou o porta-voz da instituição, Yafar Yazerlu, num comunicado divulgado pela agência noticiosa IRNA.



Os voos no aeroporto de Mehrabar, na capital iraniana, Teerão, e no aeroporto Imam Khomeini, a cerca de 30 quilómetros a sul da capital, voltaram à normalidade, depois de "asseguradas condições de voo favoráveis e seguras pela Autoridade da Aviação Civil", referem as autoridades iranianas.



Horas antes, autoridades haviam anunciado o cancelamento dos voos previstos entre as 21:00 de domingo e as 06:00 de segunda-feira, devido ao que qualificou de "constrangimentos operacionais", relacionado com o espaço aéreo.



Na ocasião, o porta-voz tinha indicado que os passageiros não deveriam "preocupar-se com o preço dos bilhetes".



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Irão condena Nobel da Paz Narges Mohammadi a mais 6 meses de prisão


Um tribunal de Teerão condenou Narges Mohammadi, laureada com o Prémio Nobel da Paz, a mais seis meses de prisão por protestar contra a execução de um prisioneiro, disse hoje a sua família.



Irão condena Nobel da Paz Narges Mohammadi a mais 6 meses de prisão






"Esta nova sentença vem em resposta ao seu protesto pacífico contra a execução de Reza Rasai dentro da prisão de Evin", disse nas redes sociais a família da laureada do Nobel, sobre aquela que é a sétima sentença contra Mohammadi, encarcerada desde 2021.





As sentenças contra Mohammadi, Pakhshan Azizi, Varishe Moradi, Mahbubeh Rezai e Parivash Moslemi foram proferidas no sábado na sala 2 do tribunal criminal do complexo judicial Ghods de Teerão pelo juiz Abolfazl Amari Shahabi.



Foram todas condenadas a mais seis meses de prisão, com a exceção de Moslemi, a quem foram acrescentados à sua pena três meses e um dia.



A condenação deve-se à "resistência às ordens" durante um protesto na prisão, a 06 de agosto, contra a execução de Rasai pelo seu alegado envolvimento no assassínio de um oficial dos serviços secretos durante a revolta desencadeada pela morte de Mahsa Amini, em setembro de 2022.




Amini, de 22 anos, morreu após ter sido detida por não usar corretamente o véu islâmico, o que desencadeou protestos sem precedentes no país, que só abrandaram após uma repressão que resultou em 500 mortos, 22.000 detidos e na execução de 10 manifestantes.



Durante o protesto contra a execução em Evin, Mohammadi foi atingida no peito e desmaiou, de acordo com a declaração da família.



No início deste mês, a família da ativista queixou-se de que as autoridades iranianas lhe negaram tratamento médico e, em três ocasiões recentes, impediram-na de ser levada ao hospital para fazer exames a problemas cardíacos e ao aparecimento de um nódulo no peito direito, em julho deste ano.



Mohammadi, de 52 anos, detida na prisão de Evin, em Teerão, foi condenada sete vezes desde 2021 a um total de 13 anos e nove meses de prisão e 154 chicotadas, entre outras punições.



Apesar das condenações e da prisão, a ativista continua a denunciar as violações dos direitos humanos no Irão, incluindo a aplicação da pena de morte e a violência contra as mulheres que não usam o véu islâmico ('hijab').



A ativista foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz de 2023 "pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irão e pela promoção dos direitos humanos e da liberdade para todos".



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Oficial da Guarda Revolucionária acusado de tentar matar ativista


Em causa, está uma tentativa de assassinato a Masih Alinejad, uma mulher iraniana-americana, ativista dos direitos humanos e jornalista, que vive exilada em Nova Iorque.


EUA. Oficial da Guarda Revolucionária acusado de tentar matar ativista






Um oficial da Guarda Revolucionária iraniana, juntamente com outros três homens com ligações ao governo do país, foram acusados de participar na tentativa de assassinato de Masih Alinejad. A nova acusação foi feita, esta terça-feira, pela procuradoria de Manhattan. segundo escreve o New York Times.





É a primeira vez que, nestas acusações, surge o nome de um oficial dos Guardas Revolucionários envolvido na tentativa de assassinato.




Segundo o jornal norte-americano, o oficial, identificado como Ruhollah Bazghandi "é descrito na acusação como general da brigada e, anteriormente, chefe do departamento de contra-inteligência da Guarda Revolucionária".



Masih Alinejad já se pronunciou dizendo que "é muito significativo termos provas de que os membros da Guarda Revolucionária do Irão, membros mais experientes, estavam sentados, no Irão, e mandaram um homem a Nova Iorque matar uma cidadã norte-americana". Acrescenta ainda que "está mais determinada em dar voz ao povo iraniano, em especial às mulheres, que enfrentam os mesmos assassinos no seu país".



A ativista e jornalista tem vivido no exílio em Nova Iorque e apesar da sua identidade não constar dos documentos do tribunal, a própria confirmou à agência Associated Press que era a visada no caso.



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Irão anuncia pelo menos quatro mortos em operação antiterrorista


Pelo menos quatro pessoas morreram numa operação das forças de segurança no sudeste do Irão, depois de 10 polícias terem morrido no sábado num ataque de um grupo independentista, avançou hoje a imprensa iraniana.



Irão anuncia pelo menos quatro mortos em operação antiterrorista






Os quatro alegados terroristas morreram no domingo, numa operação realizada com um aparelho aéreo não tripulado ('drone'), enquanto outras quatro pessoas foram detidas na província de Sistão e Baluchistão, avançou a IRNA.



A agência de notícias estatal iraniana não mencionou onde decorreu a operação, mas indicou que tanto os mortos como os detidos estavam ligados ao ataque de sábado, no qual morreram 10 membros da força policial nacional na região de Taftan, cerca de 1.200 quilómetros a sudeste da capital iraniana, Teerão.




O ataque foi reivindicado pelo grupo independentista sunita Yeish al Adl, que se opõe ao regime xiita do Irão, que o considera uma organização terrorista.



A província de Sistão e Baluchistão tem uma população maioritariamente sunita e aí operam movimentos fundamentalistas deste ramo do Islão, bem como grupos de contrabandistas e traficantes de droga.



No início de Abril, o Yeish al Adl levou a cabo uma série de ataques coordenados contra quartéis da Guarda Revolucionária do Irão e duas esquadras de polícia que resultaram na morte de cerca de 30 pessoas, dez das quais membros das forças de segurança.



Também no sábado, Israel lançou um ataque no Irão.



As autoridades de Defesa iranianas reconheceram "danos limitados" após o ataque israelita a instalações militares nas províncias de Teerão (norte), Khuzestan (sudoeste) e Ilam (sudeste), embora sem especificarem a dimensão do bombardeamento.



"Embora o nosso sistema de defesa aérea tenha intercetado e combatido com êxito os ataques, algumas áreas sofreram danos limitados", afirmou o quartel-general da defesa aérea iraniana num comunicado divulgado pela IRNA.



"As dimensões deste ataque estão a ser investigadas", acrescentaram os militares.




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Rede social X suspende conta em hebraico do líder supremo do Irão


A rede social X suspendeu a conta que o líder supremo do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei, tinha aberto em hebraico no sábado, avançou hoje a imprensa israelita.



Rede social X suspende conta em hebraico do líder supremo do Irão






A conta 'Khamenei_Heb' aparece com um aviso de suspensão por ter alegadamente violado as regras da rede social.




A suspensão ocorreu poucas horas depois de Khamenei ter publicado uma mensagem em hebraico, referindo-se ao ataque que Israel realizou contra bases militares iranianas no sábado, noticiou o jornal The Times of Israel.




"Os danos causados pelo regime sionista não devem ser exagerados nem minimizados", afirmou o líder supremo do Irão, denunciando o "erro de cálculo" de Israel, na primeira reação ao ataque israelita.



"Não conhecem o Irão e os jovens iranianos. Não conhecem a nação do Irão. Ainda não foram capazes de compreender adequadamente o poder, a capacidade, a iniciativa e a determinação do povo do Irão. Devemos fazê-los compreender isso", disse Khamenei.



Notícias ao Minuto





Esta não é a primeira vez que o líder supremo iraniano é suspenso ou removido das redes sociais.



Em fevereiro, o grupo tecnológico norte-americano Meta removeu as contas de Khamenei no Facebook e no Instagram devido a demonstrações de apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas, depois do ataque de 07 de outubro de 2023 contra Israel.



As redes sociais, como a X e o Facebook, estão bloqueadas no Irão há anos, obrigando os iranianos a utilizarem uma rede privada virtual, conhecida como VPN (sigla em inglês), ou um outro serviço de ocultação de localização para aceder a estas plataformas.



Pela primeira vez, Israel anunciou publicamente que tinha atacado o Irão, lançando ataques aéreos na madrugada de sábado contra instalações de fabrico de mísseis em três províncias do país, incluindo a capital, Teerão.



As forças armadas iranianas afirmaram que apenas os "sistemas de radar" tinham sido danificados e informaram que quatro militares foram mortos.



As autoridades e os meios de comunicação social iranianos minimizaram o impacto do ataque, elogiando as capacidades defensivas do Irão.
Israel estava a responder a um ataque de mísseis iranianos contra território israelita em 01 de outubro.



Teerão indicou que aquele ataque destinava-se a vingar a morte, em 27 de setembro, do então líder do Hezbollah Hassan Nasrallah, morto num bombardeamento israelita perto de Beirute, bem como a morte, em 31 de julho, em Teerão, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, numa operação também atribuída a Israel.



O Irão afirmou o direito a defender-se após os ataques de sábado de Israel, inimigo declarado.



E Israel ameaçou fazer com que o Irão "pague um preço elevado" se retaliar.



Entretanto, Teerão pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para "tomar uma posição firme e condenar forte e claramente" os ataques de Israel.




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Irão amputa dedos de dois homens condenados por roubo


As autoridades do Irão amputaram os dedos de dois homens condenados por roubo, uma pena raramente aplicada no país, embora o código penal autorize a sua utilização, denunciaram hoje organizações de defesa dos direitos humanos.


Irão amputa dedos de dois homens condenados por roubo






Aos dois homens, irmãos de origem curda, foram amputados na terça-feira quatro dedos da mão direita com uma guilhotina, na prisão de Urmia, no noroeste do Irão, segundo diversos relatórios divulgados por essas organizações não-governamentais (ONG).



Em seguida, foram transferidos para um hospital para receberem tratamento médico, precisam os documentos.



A associação Human Rights Activists News Agency (HRANA), com sede nos Estados Unidos, indicou que os dois irmãos -- Shahab e Mehrdad Teimuri -- foram inicialmente detidos por roubo em 2019 e condenados a uma pena de prisão e à amputação de dedos.



De acordo com a ONG Hengaw Group, sediada na Noruega e que regularmente denuncia as violações dos direitos humanos no Curdistão e no Irão, os dois homens não tiveram o direito de comunicar com o exterior nem de receber visitas desde a sua condenação.



"As amputações utilizadas como forma de punição são proibidas pelo direito internacional, em particular pela proibição da tortura e de tratamentos cruéis, desumanos ou humilhantes, como estipulam a Convenção contra a Tortura e o Pacto Internacional relativo aos Direitos Civis e Políticos, de que o Irão é signatário", recordou o Center for Human Rights in Iran, instalado em Nova Iorque.



A amputação de dedos é autorizada pela República Islâmica do Irão, ao abrigo da aplicação da 'Sharia' (lei islâmica). Segundo o Centro Abdorrahman Borumand, com sede nos Estados Unidos, as autoridades iranianas amputaram os dedos a pelo menos 131 homens desde janeiro de 2000.



Contudo, a aplicação de tais penas tem sido menos frequente nos últimos anos: de acordo com a Amnistia Internacional, foram amputados dedos a um homem em maio de 2022, bem como a outro condenado por roubo em julho de 2022, na prisão de Evin, na capital, Teerão.



Às pessoas condenadas a esta sentença, são amputados quatro dedos da mão direita, de forma a restar-lhes apenas a palma da mão e o polegar.



Estes casos de amputação surgem num contexto de preocupação crescente com o aumento do número de execuções no Irão nos últimos meses, entre as quais o enforcamento esta semana do dissidente iraniano naturalizado alemão Jamshid Sharmahd, que, segundo a família, foi detido pelas autoridades iranianas em 2020 quando viajava pelos Emirados Árabes Unidos.



De acordo com a ONG Iran Human Rights, com sede na Noruega, o Irão executou 633 pessoas desde o início deste ano.




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Consulados iranianos encerrados na Alemanha após execução de dissidente


A Alemanha decidiu encerrar os três consulados iranianos no seu território em reação à execução em Teerão do dissidente iraniano naturalizado alemão Jamshid Sharmahd, anunciou hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã.


Consulados iranianos encerrados na Alemanha após execução de dissidente





Annalena Baerbock declarou, durante um discurso, que "decidiu encerrar os três consulados-gerais iranianos em Frankfurt, Munique e Hamburgo" após o "assassínio" do dissidente Jamshid Sharmahd por "um regime ditatorial e injusto".



Segundo a ministra, a Alemanha vai manter a sua embaixada em Teerão e os seus canais diplomáticos com o Irão, em particular para defender os outros alemães que "o regime detém injustamente".



"O regime iraniano estava mais do que consciente da importância, para o Governo Federal alemão, dos casos de detenção de alemães", disse a ministra, recordando que Berlim "deu a conhecer regularmente e claramente a Teerão que a execução de um cidadão alemão levaria a consequências graves".



Segundo Annalena Baerbock, o assassínio de Sharmahd, diante dos "últimos desenvolvimentos no Médio Oriente, mostra que um regime ditatorial e iníquo como o dos mulás não funciona de acordo com a lógica diplomática normal".



Israel está envolvido num conflito com o Irão e os seus aliados desde o início da guerra na guerra na Faicxa de Gaza contra o Hamas, em 07 de outubro de 2023. Além do Hamas, enfrenta o Hezbollah libanês na sua fronteira norte.



Jamshid Sharmahd, de 69 anos, foi executado na segunda-feira, depois de ter passado vários anos na prisão pelo seu alegado envolvimento num ataque a uma mesquita em Shiraz (sul), em abril de 2008.



O chanceler alemão, Olaf Scholz, classificou a execução como um "escândalo". O encarregado de negócios iraniano na Alemanha foi convocado poucas horas após este anúncio.



O iraniano naturalizado alemão, um opositor acusado de liderar um movimento monárquico, foi detido pelas autoridades iranianas em 2020 quando estava de passagem pelos Emirados Árabes Unidos.



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Cidadão iraniano judeu condenado por homicídio foi executado em Teerão


O Irão executou hoje um membro da comunidade judaica do país após condenação por homicídio, anunciou o organismo Iran Human Rights (IHR), com sede na Noruega.



Cidadão iraniano judeu condenado por homicídio foi executado em Teerão






De acordo com a organização não-governamental, Arvin Ghahremani foi enforcado numa prisão da cidade de Kermanshah, oeste do Irão, depois de ter sido condenado por homicídio durante um desacato de rua.




A execução ocorre num contexto de tensões bélicas entre o Irão e Israel.




"No meio de ameaças de guerra com Israel, a República Islâmica executou Arvin Ghahremani, um cidadão iraniano judeu", declarou Mahmood Amiry-Moghaddam, diretor do IHR, acrescentando que o processo judicial ficou marcado pelo que considerou "grandes falhas".




"Arvin era judeu e o antissemitismo institucionalizado na República Islâmica desempenhou, sem dúvida, um papel crucial na execução da sentença", acrescentou Mahmood Amiry-Moghaddam



O número de membros da comunidade judaica, no passado relevante no Irão, país dominado por muçulmanos xiitas, diminuiu desde a revolução islâmica de 1979, mas continua a ser a maior do Médio Oriente fora de Israel.



Embora tenham sido executados iranianos judeus no rescaldo da revolução de 1979, a execução de um iraniano judeu não tem precedentes nos últimos anos.



A mãe do condenado, Sonia Saadati, tinha pedido para que a vida do filho fosse poupada.



A família de Arvin pediu aos familiares da vítima que aceitassem a retribuição ('qesas') ao abrigo da lei islâmica iraniana.




O portal do aparelho judiciário iraniano confirmou a execução de Ghahremani, afirmando que a família da vítima "recusou dar o consentimento" a um acordo.



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Amnistia Internacional pede libertação "imediata" de aluna detida no Irão


A jornalista e ativista iraniana Masih Alinejad denunciou que a jovem tinha sido "assediada pela polícia da sua universidade por causa do uso 'impróprio' do hijab".


Amnistia Internacional pede libertação imediata de aluna detida no Irão







A Amnistia Internacional pediu a libertação “imediata” da estudante que foi “violentamente detida”, a 2 de novembro, depois de alegadamente se ter despido para protestar contra o assédio da Guarda Revolucionária, na Universidade Azad de Teerão, no Irão.





“As autoridades iranianas devem libertar imediata e incondicionalmente a estudante universitária que foi violentamente detida a 2 de novembro depois de ter tirado a roupa em protesto contra a aplicação abusiva do véu obrigatório pelos agentes de segurança da Universidade Islâmica Azad de Teerão”, escreveu a entidade, na rede social X (Twitter).



O organismo sublinhou ainda que, “enquanto se aguarda a sua libertação, as autoridades devem protegê-la da tortura e de outros maus tratos e garantir-lhe o acesso à família e a um advogado”.



“As alegações de espancamento e violência sexual contra ela durante a detenção devem ser objeto de investigações independentes e imparciais. Os responsáveis devem ser chamados a prestar contas”, complementou.



A jornalista e ativista iraniana Masih Alinejad denunciou, no mesmo dia, que a jovem tinha sido “assediada pela polícia da sua universidade por causa do uso ‘impróprio’ do hijab”.



“Não recuou. Transformou o seu corpo num protesto, despindo-se até às cuecas e marchando pelo campus, desafiando um regime que controla constantemente o corpo das mulheres. O seu ato é uma poderosa recordação da luta das mulheres iranianas pela liberdade. Sim, usamos os nossos corpos como armas para lutar contra um regime que mata mulheres por mostrarem os seus cabelos”, escreveu, na rede social X.




Contudo, a instituição de ensino negou que a estudante tenha sido agredida pela guarda por não usar o véu islâmico e afirmou que a jovem sofre de um "distúrbio mental".



"As investigações mostram que, devido à sua perturbação mental, ela começou a filmar os colegas e o professor, que se opuseram", escreveu Amir Mahjob, diretor de relações públicas da unidade de ciência e investigação da Universidade Azad de Teerão, na rede social X.



Mahjob disse que, depois de várias tentativas de aproximação por parte dos seguranças, a jovem decidiu não se vestir, e foi levada para a esquadra da polícia.



"Após o ato indecente de um dos estudantes, a segurança da universidade interveio e entregou-a à esquadra da polícia. As razões da ação da estudante estão a ser investigadas", indicou.



Saliente-se que há dois anos que as autoridades iranianas tentam reintroduzir o ‘hijab’ com punições como a confiscação de veículos e o regresso às ruas da polícia da moralidade, que prende as mulheres que não usam o véu.



Apesar disso, muitas iranianas continuam a não cobrir o cabelo, num gesto de desobediência e desafio à República Islâmica, depois da morte da jovem Mahsa Amini, em 2022, sob custódia policial, após ter sido detida por alegadamente não usar corretamente o véu.



No final de setembro, o Conselho dos Guardiães - o órgão que veta a legislação - aprovou um projeto de lei sobre a castidade e o ‘hijab’, que endurece as penas para quem não usa o véu, podendo ir até cinco anos de prisão.



O parlamento já tinha aprovado o projeto de lei, esperando-se a sua promulgação pelo Presidente reformista do Irão, Masud Pezeshkian, que prometeu, durante a campanha eleitoral, flexibilizar o rigoroso código de vestuário do país, o que não aconteceu.



O movimento Woman Life Freedom tem sido fortemente reprimido pelas autoridades iranianas, tendo sido mortas pelo menos 551 pessoas e detidas milhares, segundo as ONG




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Teerão alega que cidadão iraniano-alemão morreu antes de ser executado


As autoridades iranianas afirmaram hoje que um cidadão iraniano-alemão morreu na semana passada, antes de ser executado por terrorismo


Teerão alega que cidadão iraniano-alemão morreu antes de ser executado





"Jamshid Sharmahd foi condenado à morte e a sua execução estava iminente, mas morreu antes de poder ter lugar (a execução)", informou o porta-voz do poder judicial, Asghar Jahangir, aos jornalistas em Teerão, sem dar mais pormenores.



Depois de o Irão ter anunciado a execução do homem de 69 anos, provocando uma crise diplomática com Berlim, que encerrou os três consulados iranianos na Alemanha.



Sharmahd tinha sido condenado à morte em fevereiro de 2023 por um tribunal de Teerão pelo seu alegado envolvimento num ataque a uma mesquita em Shiraz, no sul do Irão, que provocou a morte de 14 pessoas em abril de 2008.




A Alemanha considerou a sentença "absolutamente inaceitável" e, como represália, expulsou dois diplomatas iranianos de Berlim. O Irão tomou medidas semelhantes contra dois diplomatas alemães estabelecidos em Teerão.



O Irão não reconhece a dupla nacionalidade aos seus cidadãos e nos últimos anos tem executado vários cidadãos com dupla nacionaldiade.



Em 2020, o Irão anunciou a detenção do dissidente, que na altura vivia nos Estados Unidos, no âmbito de uma "operação complexa", sem especificar onde, como ou quando foi detido.



Segundo a sua família, foi raptado pelos serviços de segurança iranianos quando se encontrava em trânsito no Dubai e regressou à força ao Irão.



Nascido em Teerão, Jamshid Sharmahd emigrou para a Alemanha na década de 1980 e viveu nos Estados Unidos a partir de 2003. Tornou-se conhecido com declarações hostis à República Islâmica em canais por satélite de língua persa.



Jamshid Sharmahd foi igualmente acusado de liderar o grupo Tondar, considerado uma organização "terrorista" pelo Irão.



O grupo Tondar ("Trovão" em persa), também conhecido como Associação Monárquica do Irão, afirma querer derrubar a República Islâmica.



A justiça iraniana acusou ainda Jamshid Sharmahd de ter estabelecido contactos com "agentes do FBI e da CIA" e de ter "tentado contactar agentes da Mossad israelita".



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Irão condena 3 pessoas à morte pelo assassínio de físico nuclear em 2020


A justiça iraniana condenou três pessoas à morte pelo assassínio, em 2020, de um dos principais físicos nucleares do Irão, Mohsen Fakhrizadeh, anunciaram hoje as autoridades de Teerão.



Irão condena 3 pessoas à morte pelo assassínio de físico nuclear em 2020







"Os processos judiciais relativos a estas três pessoas foram conduzidos perante o Tribunal Revolucionário de Urmia, tendo sido condenadas à morte em primeira instância", disse o porta-voz do poder judicial, Asghar Jahangir, numa conferência de imprensa em Teerão.



"O processo encontra-se atualmente em fase de recurso", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.




Mohsen Fakhrizadeh foi morto em novembro de 2020, perto de Teerão, num ataque contra a caravana automóvel em que seguia.




O Irão acusou Israel de ser o mandante do atentado, que, segundo as autoridades iranianas, foi realizado com recurso a uma bomba e a uma metralhadora telecomandada.




Israel nunca respondeu às acusações.



"Após investigação, três das oito pessoas detidas na província do Azerbaijão Ocidental foram acusadas de espionagem a favor do regime de ocupação israelita", afirmou Jahangir.



Os três acusados são também "suspeitos de transportar material para o Irão para o assassinato do mártir Fakhrizadeh, sob o pretexto de contrabando de bebidas alcoólicas".



No final de 2022, a justiça iraniana acusou nove pessoas de corrupção e de "cooperação com Israel" para o assassinato do físico.



Mohsen Fakhrizadeh tinha sido sujeito a sanções dos Estados Unidos pelo seu papel no programa nuclear do Irão.




Em 2018, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou Fakhrizadeh como o diretor de um programa nuclear militar secreto que o Irão sempre negou existir.




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Irão diz ter eliminado suspeitos do grupo terrorista sunita Jaish al-Adl


A Guarda Revolucionária iraniana declarou hoje ter desferido um golpe significativo no grupo armado Jaish al-Adl, após ter morto quatro dos seus membros numa nova operação na província do Sistão-Baluchistão, no sudeste do país.



Irão diz ter eliminado suspeitos do grupo terrorista sunita Jaish al-Adl






O porta-voz da operação "Mártires da Segurança", perpetrada pela Guarda Revolucionária Iraniana, Ahmad Shafaei, falou de uma "missão bem sucedida" que resultou na apreensão de armas e munições, antes de confirmar que um oficial tinha sido morto durante os confrontos.




"Continuam a feitos esforços para perseguir e destruir os restantes membros deste grupo terrorista", afirmou, segundo o Sepah News, a ala de informação da Guarda Revolucionária, num contexto de intensificação das operações contra o grupo após a morte de dez operacionais num ataque na mesma província na semana passada.



O Jaish al-Adl, sunita, afirma ser um grupo separatista que luta pela independência da província de Sistão-Baluchistão e direitos mais amplos para o povo baluchi.




A organização foi fundada em 2012 por antigos membros de um outro grupo extremista da província, uma das mais pobres do Irão.



Teerão tem apelado repetidamente ao Paquistão -- que também enfrenta operações de grupos separatistas Baluchis no oeste do país -- para aumentar a sua cooperação no combate a estas organizações.




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