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Luana

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Depois do teste positivo é tempo de esperar, relaxar e entrar no novo mundo da maternidade. Deixamos-lhe um mapa do início do caminho.


POSSO CONFIAR NO TESTE DA FARMÁCIA?


Os testes de gravidez vendidos nas farmácias para serem feitos em casa são baratos (custam cerca de dez euros), rápidos (resultados em cinco minutos) e bastante seguros (entre 97 e 99 por cento de fiabilidade), desde que utilizados conforme as instruções.

O diagnóstico da gravidez é feito através da presença da hormona gonadotropina coriónica (hCG) – vulgarmente chamada hormona da gravidez – na urina. Esta hormona começa a ser produzida cerca de uma semana depois da fecundação, no momento em que o blastocisto (grupo de 70 a 100 células) se implanta no revestimento do útero – nidação. A função desta hormona é avisar o corpo lúteo (de onde saiu o ovócito) para continuar a produzir progesterona, que, por sua vez, vai impedir que o revestimento do útero se desintegre e se inicie a hemorragia menstrual. Os níveis de hCG vão aumentando e só a partir de algum tempo é que a hormona existe em quantidade suficiente para ser registada pelo teste. Daí que o ideal será fazê-lo três ou quatro dias depois da falta do período e usar a primeira urina da manhã, para que a hormona esteja mais concentrada.

QUE MUDANÇAS FÍSICAS VOU SENTIR?

Há quem espere ansiosamente pelos sinais da gravidez, para além da ausência de menstruação, e nunca os chegue a sentir. A gravidez varia imensamente de mulher para mulher. E qualquer sintoma estranho pode ser sinal de que vem um bebé caminho e não sentir nada de diferente também é normal. Os enjoos matinais – assim chamados, apesar de poderem ocorrer a qualquer hora do dia – são, geralmente, o incómodo maior. Estima-se que afectem 90 por cento das mulheres, mas muitas passam incólumes a esta espécie de praxe. Outro sintoma muito comum é a sensibilidade mamária. Poucos dias depois da concepção, os seios começam a aumentar de volume, preparando-se para a amamentação. É normal, por isso, que se tornem mais pesados e intumescidos. Algumas mulheres sentem também picadas nas mamas. Além destes, pode ainda sentir mais sono, mais vontade de ir à casa-de-banho, mais fome, mais cansaço, alguma dor abdominal Ou alterações mais subtis como: olfacto apurado, gosto metálico na boca, corrimento vaginal mais espesso. Ou outra coisa qualquer estranha. Ou nada, mesmo nada.

QUANDO DEVO IR AO MÉDICO?

O ideal é fazer a primeira consulta entre as seis e as oito semanas de gravidez, ou seja, uma semana ou duas depois de faltar o período, já que o tempo de gestação começa a contar-se a partir da data da última menstruação. Nesta consulta, o médico vai avaliar o peso e a tensão arterial, fará um exame ginecológico para despiste de patologias – como lesões genitais, leucorreia (corrimento vaginal anormal) – e para relacionar o volume uterino com o tempo de gestação. Será ainda realizado um exame de palpação mamária. E será pedida uma amostra de urina para ser analisada de imediato com um bastonete. O objectivo é detectar a presença de glucose (açúcar), de sangue ou de proteína e rastrear possíveis infecções. Além disso, serão pedidas análises ao sangue, uma citologia (exame para rastreio do cancro do colo do útero), se a última tiver sido realizada há mais de um ano, e a ecografia do primeiro trimestre (para fazer às 12 semanas). Não é usual, nem necessário, fazer uma ecografia na primeira consulta. Se a consulta for realizada num gabinete com ecógrafo será difícil resistir à tentação de ver o “feijãozinho”, mas não tem grande utilidade fazer uma eco agora.

O QUE TENHO DE FAZER JÁ?

Tomar ácido fólico diariamente. Deixar de fumar e de beber álcool. Reduzir o café. Se, de resto, mantém um estilo de vida saudável, isto é apenas o que terá de mudar na sua vida. Poderá fazer estas mudanças mesmo antes de ir ao médico. O ácido fólico – para evitar defeitos do tubo neural no bebé – pode ser adquirido na farmácia, sem receita médica e não é muito caro (cerca de cinco euros, sem a comparticipação). Tanto o álcool como o café têm sido alvos de vários estudos contraditórios: uns dizem que um copo por semana e um café por dia não prejudicam o bebé, outros concluem que o mais seguro é abandonar estes hábitos. Deixar de fumar pode ser complicado, mas aqui não existem grandes dúvidas. São muitos os estudos que têm demonstrado os malefícios do tabaco para o feto: problemas no crescimento, problemas na placenta, aumento do risco de parto prematuro, aumento do risco de infecções respiratórias após o nascimento. Vale a pena o esforço.

COMO ACALMO TANTAS DÚVIDAS?

A partir do aparecimento do risco certo no teste, a cabeça começa a andar à roda. São dúvidas e dúvidas e mais dúvidas. Primeiro sobre o que se fez no último mês: bebi álcool há uma semana, fará mal ao bebé? Tomei medicamentos, fará mal ao bebé? Fiz um raio-x, fará mal ao bebé? Depois, surgem as dúvidas sobre as medidas a tomar: tenho de deixar de mexer no gato para evitar a toxoplasmose? Tenho de diminuir a actividade física? Tenho de comer por dois? Será que vai correr tudo bem? Vamos por partes: Álcool: se bebeu demais em uma ou duas ocasiões enquanto desconhecia que estava grávida, não deverá ser prejudicial para o bebé. Não vale a pena culpar-se por isso. O importante é não beber a partir de agora. Medicamentos: depende de quais foram. É importante dizer ao seu médico todos os medicamentos que tomou desde o dia da concepção. Se tem alguma doença crónica e precisa de tomar medicação diariamente, o mais provável é que precise de continuar o tratamento, mas fale também sobre isso com o médico. Raio-x: só há risco de anomalia fetal se tivesse feito várias radiografias abdominais ou pélvicas (pelo menos oito) antes da oitava semana de gravidez e, mesmo assim, o risco seria de apenas 0,1 por cento (um caso em mil). Por isso, uma única radiografia feita inadvertidamente durante a gravidez não será nociva para o bebé. Gatos e toxoplasmose: se tem gatos em casa, provavelmente já é imune à toxoplasmose. Para evitar a doença, que pode ter efeitos graves no bebé, não é preciso deixar de brincar com o gato, mas apenas evitar o contacto com as fezes. Na primeira consulta, será pedida uma análise ao sangue para atestar a imunidade. Actividade física: só deverá ser iniciada após os três meses de gravidez, altura em que o feto já estará bem implantado no útero. Comer por dois: não tem obviamente de comer por dois, mas sim manter uma alimentação equilibrada, evitando o excesso de doces, fritos, ou fast-food. O futuro: manter o optimismo é meio caminho para que tudo corra bem.

QUANTO TEMPO VAI DURAR A GRAVIDEZ?

A resposta parece fácil: nove meses. Mas isso é uma forma muito generalista de contar o tempo de uma gravidez. O mais correcto é falar em semanas. A média é 40 semanas – 280 dias –, mas o bebé pode nascer entre as 37 e as 42 semanas. Se nascer antes é considerado prematuro. No caso de ser necessário induzir o parto ou fazer uma cesariana electiva, o ideal é que se espere, pelo menos, pelas 39 semanas de gravidez, para diminuir as probabilidades de o bebé ter problemas respiratórios. Para saber a data provável para o parto é preciso fazer algumas contas. Para efeitos médicos, a gravidez começa no primeiro dia da última menstruação, dia em que se inicia o ciclo reprodutivo. Existe uma regra simples para calcular a data provável para o parto, que consiste em somar sete dias à data da última menstruação e, depois, diminuir três meses. Por exemplo, se menstruou no dia 1 de Dezembro, a data provável para o parto será dia 8 de Setembro. Mas atenção que apenas cinco por cento dos partos ocorrem na data prevista. O bebé poderá nascer entre 15 dias antes e 15 dias depois.

QUANDO DEVO ANUNCIAR A GRAVIDEZ?

Muitas mulheres optam por anunciar a gravidez a familiares e amigos apenas depois de chegarem aos três meses. Isto porque o risco de aborto espontâneo diminui significativamente a partir desta data e, por isso, sentem o bebé mais seguro. Sentem-se, elas próprias, mais seguras e convencidas da ideia de uma gravidez. Outras não conseguem esconder a boa notícia e dizem imediatamente a toda a gente. Em relação à entidade empregadora não há um limite legal para anunciar a gravidez, mas para poder gozar os direitos que a lei lhe atribui, deve informar por escrito o empregador e apresentar o respectivo atestado médico. Para saber todos os seus direitos vá a Página Inicial - CITE. Aqui fica o resumo:


- A trabalhadora grávida tem direito a dispensa do trabalho para comparecer a consultas pré-natais (incluindo a preparação para o parto) pelo tempo e número de vezes necessários e justificados, sem perda de quaisquer direitos, incluindo a retribuição.

- A partir da segunda metade da gravidez, a grávida é dispensada do trabalho nocturno (entre as 20 e as setes horas).

- A legislação laboral protege as trabalhadoras grávidas de actividades com determinados agentes físicos (choques, ruídos, temperaturas extremas, etc), agentes biológicos (vírus da rubéola, transmissão de toxoplasmose) e agentes químicos (mercúrio, chumbo, etc.). É também proibido à trabalhadora grávida a prestação de trabalho subterrâneo em minas.

- A trabalhadora grávida não é obrigada a prestar trabalho suplementar.

- O despedimento da trabalhadora grávida não pode ser efectuado sem parecer prévio da entidade competente na área da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres (actualmente a CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego), solicitado pelo empregador.

TENHO DE TRATAR DE ALGUNS PAPÉIS E BUROCRACIAS?

Deverá dirigir-se ao seu centro de saúde para ter direito à isenção das taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde. Esta isenção durará até dois meses depois da data prevista para o parto. Na primeira consulta pré-natal ser-lhe-á entregue o Boletim da Grávida, um livro verde onde todos os factos médicos relevantes serão anotados, que deverá andar sempre consigo.

QUE PROBLEMAS PODEM SURGIR NESTA FASE?

Nesta fase, em que a felicidade e a ansiedade se misturam, ninguém quer ouvir falar na possibilidade de algo correr mal. Felizmente, na maior parte dos casos corre tudo bem e ponto. Final feliz. Mas é importante saber que sinais devem ser motivo de preocupação. A situação mais alarmante que pode surgir nesta fase são dores abdominais fortes, acompanhadas (ou não) de hemorragia vaginal. Neste caso, o melhor é falar com o seu médico e ir logo para o hospital, pois poderá tratar-se de um aborto espontâneo. Uma situação que afecta entre 10 a 25 por cento das gravidezes. As razões para um aborto são várias e, muitas vezes, não identificáveis. Durante o primeiro trimestre, período em que o risco de aborto espontâneo é maior, a principal causa são anormalidades nos cromossomas do bebé.

O QUE SE ESTÁ A PASSAR COM O BEBÉ?

Quando se descobre a gravidez, normalmente já passaram 15 dias da fecundação. O óvulo e o espermatozóide fundiram-se e o ovo caminhou até à cavidade uterina, onde se terá implantado. Na segunda semana o ovo irá fixar-se no útero (nidação). Após cerca de 12 dias, está finalmente instalado e a cada hora que passa há uma constante multiplicação de células. Embora o diâmetro deste ovo não ultrapasse um milímetro, ele já é portador de uma estrutura complexa. Na terceira semana, altura em que se descobre a gravidez, o conjunto de células divide-se em dois: uma parte transforma-se na placenta e a outra metade virá a ser o bebé. A camada exterior forma o cordão umbilical, as bolsas amnióticas e a membrana protectora. Por volta da quinta semana, o aglomerado de células alonga-se e já se consegue distinguir uma cabeça e uma cauda. O sistema nervoso central começa a desenvolver-se e o cordão espinal e o cérebro começam a ganhar forma. O coração começa a bater a partir da sexta semana, mas só será possível ouvi-lo na consulta das 12 semanas. Muitas mulheres só neste momento, ao ouvir o tum-tum forte e apressado, é que acreditam realmente que vão ser mães.
 

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depois do teste positivo é tempo de esperar, relaxar e entrar no novo mundo da maternidade. Deixamos-lhe um mapa do início do caminho.


posso confiar no teste da farmácia?


os testes de gravidez vendidos nas farmácias para serem feitos em casa são baratos (custam cerca de dez euros), rápidos (resultados em cinco minutos) e bastante seguros (entre 97 e 99 por cento de fiabilidade), desde que utilizados conforme as instruções.

O diagnóstico da gravidez é feito através da presença da hormona gonadotropina coriónica (hcg) – vulgarmente chamada hormona da gravidez – na urina. Esta hormona começa a ser produzida cerca de uma semana depois da fecundação, no momento em que o blastocisto (grupo de 70 a 100 células) se implanta no revestimento do útero – nidação. A função desta hormona é avisar o corpo lúteo (de onde saiu o ovócito) para continuar a produzir progesterona, que, por sua vez, vai impedir que o revestimento do útero se desintegre e se inicie a hemorragia menstrual. Os níveis de hcg vão aumentando e só a partir de algum tempo é que a hormona existe em quantidade suficiente para ser registada pelo teste. Daí que o ideal será fazê-lo três ou quatro dias depois da falta do período e usar a primeira urina da manhã, para que a hormona esteja mais concentrada.

que mudanças físicas vou sentir?

há quem espere ansiosamente pelos sinais da gravidez, para além da ausência de menstruação, e nunca os chegue a sentir. A gravidez varia imensamente de mulher para mulher. E qualquer sintoma estranho pode ser sinal de que vem um bebé caminho e não sentir nada de diferente também é normal. Os enjoos matinais – assim chamados, apesar de poderem ocorrer a qualquer hora do dia – são, geralmente, o incómodo maior. Estima-se que afectem 90 por cento das mulheres, mas muitas passam incólumes a esta espécie de praxe. Outro sintoma muito comum é a sensibilidade mamária. Poucos dias depois da concepção, os seios começam a aumentar de volume, preparando-se para a amamentação. é normal, por isso, que se tornem mais pesados e intumescidos. Algumas mulheres sentem também picadas nas mamas. Além destes, pode ainda sentir mais sono, mais vontade de ir à casa-de-banho, mais fome, mais cansaço, alguma dor abdominal ou alterações mais subtis como: Olfacto apurado, gosto metálico na boca, corrimento vaginal mais espesso. Ou outra coisa qualquer estranha. Ou nada, mesmo nada.

quando devo ir ao médico?

o ideal é fazer a primeira consulta entre as seis e as oito semanas de gravidez, ou seja, uma semana ou duas depois de faltar o período, já que o tempo de gestação começa a contar-se a partir da data da última menstruação. Nesta consulta, o médico vai avaliar o peso e a tensão arterial, fará um exame ginecológico para despiste de patologias – como lesões genitais, leucorreia (corrimento vaginal anormal) – e para relacionar o volume uterino com o tempo de gestação. Será ainda realizado um exame de palpação mamária. E será pedida uma amostra de urina para ser analisada de imediato com um bastonete. O objectivo é detectar a presença de glucose (açúcar), de sangue ou de proteína e rastrear possíveis infecções. Além disso, serão pedidas análises ao sangue, uma citologia (exame para rastreio do cancro do colo do útero), se a última tiver sido realizada há mais de um ano, e a ecografia do primeiro trimestre (para fazer às 12 semanas). Não é usual, nem necessário, fazer uma ecografia na primeira consulta. Se a consulta for realizada num gabinete com ecógrafo será difícil resistir à tentação de ver o “feijãozinho”, mas não tem grande utilidade fazer uma eco agora.

o que tenho de fazer já?

tomar ácido fólico diariamente. Deixar de fumar e de beber álcool. Reduzir o café. Se, de resto, mantém um estilo de vida saudável, isto é apenas o que terá de mudar na sua vida. Poderá fazer estas mudanças mesmo antes de ir ao médico. O ácido fólico – para evitar defeitos do tubo neural no bebé – pode ser adquirido na farmácia, sem receita médica e não é muito caro (cerca de cinco euros, sem a comparticipação). Tanto o álcool como o café têm sido alvos de vários estudos contraditórios: Uns dizem que um copo por semana e um café por dia não prejudicam o bebé, outros concluem que o mais seguro é abandonar estes hábitos. Deixar de fumar pode ser complicado, mas aqui não existem grandes dúvidas. São muitos os estudos que têm demonstrado os malefícios do tabaco para o feto: Problemas no crescimento, problemas na placenta, aumento do risco de parto prematuro, aumento do risco de infecções respiratórias após o nascimento. Vale a pena o esforço.

como acalmo tantas dúvidas?

a partir do aparecimento do risco certo no teste, a cabeça começa a andar à roda. São dúvidas e dúvidas e mais dúvidas. Primeiro sobre o que se fez no último mês: Bebi álcool há uma semana, fará mal ao bebé? Tomei medicamentos, fará mal ao bebé? Fiz um raio-x, fará mal ao bebé? Depois, surgem as dúvidas sobre as medidas a tomar: Tenho de deixar de mexer no gato para evitar a toxoplasmose? Tenho de diminuir a actividade física? Tenho de comer por dois? Será que vai correr tudo bem? Vamos por partes: álcool: Se bebeu demais em uma ou duas ocasiões enquanto desconhecia que estava grávida, não deverá ser prejudicial para o bebé. Não vale a pena culpar-se por isso. O importante é não beber a partir de agora. Medicamentos: Depende de quais foram. é importante dizer ao seu médico todos os medicamentos que tomou desde o dia da concepção. Se tem alguma doença crónica e precisa de tomar medicação diariamente, o mais provável é que precise de continuar o tratamento, mas fale também sobre isso com o médico. Raio-x: Só há risco de anomalia fetal se tivesse feito várias radiografias abdominais ou pélvicas (pelo menos oito) antes da oitava semana de gravidez e, mesmo assim, o risco seria de apenas 0,1 por cento (um caso em mil). Por isso, uma única radiografia feita inadvertidamente durante a gravidez não será nociva para o bebé. Gatos e toxoplasmose: Se tem gatos em casa, provavelmente já é imune à toxoplasmose. Para evitar a doença, que pode ter efeitos graves no bebé, não é preciso deixar de brincar com o gato, mas apenas evitar o contacto com as fezes. Na primeira consulta, será pedida uma análise ao sangue para atestar a imunidade. Actividade física: Só deverá ser iniciada após os três meses de gravidez, altura em que o feto já estará bem implantado no útero. Comer por dois: Não tem obviamente de comer por dois, mas sim manter uma alimentação equilibrada, evitando o excesso de doces, fritos, ou fast-food. O futuro: Manter o optimismo é meio caminho para que tudo corra bem.

quanto tempo vai durar a gravidez?

a resposta parece fácil: Nove meses. Mas isso é uma forma muito generalista de contar o tempo de uma gravidez. O mais correcto é falar em semanas. A média é 40 semanas – 280 dias –, mas o bebé pode nascer entre as 37 e as 42 semanas. Se nascer antes é considerado prematuro. No caso de ser necessário induzir o parto ou fazer uma cesariana electiva, o ideal é que se espere, pelo menos, pelas 39 semanas de gravidez, para diminuir as probabilidades de o bebé ter problemas respiratórios. Para saber a data provável para o parto é preciso fazer algumas contas. Para efeitos médicos, a gravidez começa no primeiro dia da última menstruação, dia em que se inicia o ciclo reprodutivo. Existe uma regra simples para calcular a data provável para o parto, que consiste em somar sete dias à data da última menstruação e, depois, diminuir três meses. Por exemplo, se menstruou no dia 1 de dezembro, a data provável para o parto será dia 8 de setembro. Mas atenção que apenas cinco por cento dos partos ocorrem na data prevista. O bebé poderá nascer entre 15 dias antes e 15 dias depois.

quando devo anunciar a gravidez?

muitas mulheres optam por anunciar a gravidez a familiares e amigos apenas depois de chegarem aos três meses. Isto porque o risco de aborto espontâneo diminui significativamente a partir desta data e, por isso, sentem o bebé mais seguro. Sentem-se, elas próprias, mais seguras e convencidas da ideia de uma gravidez. Outras não conseguem esconder a boa notícia e dizem imediatamente a toda a gente. Em relação à entidade empregadora não há um limite legal para anunciar a gravidez, mas para poder gozar os direitos que a lei lhe atribui, deve informar por escrito o empregador e apresentar o respectivo atestado médico. Para saber todos os seus direitos vá a página inicial - cite. Aqui fica o resumo:


- a trabalhadora grávida tem direito a dispensa do trabalho para comparecer a consultas pré-natais (incluindo a preparação para o parto) pelo tempo e número de vezes necessários e justificados, sem perda de quaisquer direitos, incluindo a retribuição.

- a partir da segunda metade da gravidez, a grávida é dispensada do trabalho nocturno (entre as 20 e as setes horas).

- a legislação laboral protege as trabalhadoras grávidas de actividades com determinados agentes físicos (choques, ruídos, temperaturas extremas, etc), agentes biológicos (vírus da rubéola, transmissão de toxoplasmose) e agentes químicos (mercúrio, chumbo, etc.). é também proibido à trabalhadora grávida a prestação de trabalho subterrâneo em minas.

- a trabalhadora grávida não é obrigada a prestar trabalho suplementar.

- o despedimento da trabalhadora grávida não pode ser efectuado sem parecer prévio da entidade competente na área da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres (actualmente a cite - comissão para a igualdade no trabalho e emprego), solicitado pelo empregador.

tenho de tratar de alguns papéis e burocracias?

deverá dirigir-se ao seu centro de saúde para ter direito à isenção das taxas moderadoras do serviço nacional de saúde. Esta isenção durará até dois meses depois da data prevista para o parto. Na primeira consulta pré-natal ser-lhe-á entregue o boletim da grávida, um livro verde onde todos os factos médicos relevantes serão anotados, que deverá andar sempre consigo.

que problemas podem surgir nesta fase?

nesta fase, em que a felicidade e a ansiedade se misturam, ninguém quer ouvir falar na possibilidade de algo correr mal. Felizmente, na maior parte dos casos corre tudo bem e ponto. Final feliz. Mas é importante saber que sinais devem ser motivo de preocupação. A situação mais alarmante que pode surgir nesta fase são dores abdominais fortes, acompanhadas (ou não) de hemorragia vaginal. Neste caso, o melhor é falar com o seu médico e ir logo para o hospital, pois poderá tratar-se de um aborto espontâneo. Uma situação que afecta entre 10 a 25 por cento das gravidezes. As razões para um aborto são várias e, muitas vezes, não identificáveis. Durante o primeiro trimestre, período em que o risco de aborto espontâneo é maior, a principal causa são anormalidades nos cromossomas do bebé.

o que se está a passar com o bebé?

quando se descobre a gravidez, normalmente já passaram 15 dias da fecundação. O óvulo e o espermatozóide fundiram-se e o ovo caminhou até à cavidade uterina, onde se terá implantado. Na segunda semana o ovo irá fixar-se no útero (nidação). Após cerca de 12 dias, está finalmente instalado e a cada hora que passa há uma constante multiplicação de células. Embora o diâmetro deste ovo não ultrapasse um milímetro, ele já é portador de uma estrutura complexa. Na terceira semana, altura em que se descobre a gravidez, o conjunto de células divide-se em dois: Uma parte transforma-se na placenta e a outra metade virá a ser o bebé. A camada exterior forma o cordão umbilical, as bolsas amnióticas e a membrana protectora. Por volta da quinta semana, o aglomerado de células alonga-se e já se consegue distinguir uma cabeça e uma cauda. O sistema nervoso central começa a desenvolver-se e o cordão espinal e o cérebro começam a ganhar forma. O coração começa a bater a partir da sexta semana, mas só será possível ouvi-lo na consulta das 12 semanas. Muitas mulheres só neste momento, ao ouvir o tum-tum forte e apressado, é que acreditam realmente que vão ser mães.
muitos mas mesmo muitos parabens!!!

Menino ou menina que venha ao mundo com muita saude.

Parabens!
 
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