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Viseu: Museu Grão Vasco oferece curso de restauro de arte

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Viseu: Museu Grão Vasco oferece curso de restauro de arte

Doze jovens estão a frequentar um curso de restauro de arte sacra, escultura e talha no Museu Grão Vasco, em Viseu, único no país, que visa colmatar a falta de técnicos de nível intermédio nesta área.

O curso, destinado a estudantes que acabaram o ensino secundário (de nível IV), resulta de uma parceria entre o Centro de Formação Profissional do Artesanato (CEARTE) e o Instituto dos Museus e da Conservação e, em Julho, quando terminar, «os alunos serão um misto de artesão e de conservador/restaurador», explica o director, Luís Rocha.

«Por um lado, ficarão a dominar todos os materiais e o saber fazer e, por outro, a conhecer um pouco de história da arte e de técnicas de produção artística», justificou o responsável do CEARTE, para quem, em Portugal, «há excesso de técnicos com formação superior, conservadores/restauradores», em paralelo a «uma falta muito grande de técnicos de nível intermédio» para restauro de arte sacra, escultura e talha.

Na sua opinião, uns e outros «devem trabalhar em equipas integradas: o conservador/restaurador mais virado para a parte da análise e da determinação da intervenção necessária e o técnico de nível intermédio para a sua execução, nomeadamente trabalhos de talha e de douragem».

Em Viseu, desde que começou o curso, em Novembro, começaram a trabalhar em peças que integram o espólio do Museu Grão Vasco, «que não estavam em condições de serem apresentadas ao público», seleccionadas pela conservadora. «Numa fase inicial trabalham em peças o mais simples possível para, gradualmente, ir aumentando o nível de exigência e de responsabilidade», disse Luís Rocha.

O CEARTE - que há dez anos dá formação de restauro de madeiras - tem no Convento de Semide, em Miranda do Corvo (Coimbra), uma oficina e um laboratório de restauro destinados à formação contínua de pessoas já no activo. «Para a formação inicial, optámos pelo Museu Grão Vasco, que é uma grande mais valia para o curso, porque é um dos museus onde o acervo de arte sacra é maior a nível nacional», justificou.

Por outro lado, «os jovens estão todo o dia em contacto permanente com a talha e com os conservadores e restauradores do museu», acrescentou, garantindo que em Julho terão na bagagem «uma formação altamente especializada».
 
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