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Notícias Vida Justa contesta versão da polícia sobre homem baleado na Amadora

Roter.Teufel

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Vida Justa contesta versão da polícia sobre homem baleado na Amadora

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Movimento exige "uma comissão independente para investigar as mortes em circunstâncias estranhas que ocorrem na periferia" de Lisboa.

O movimento Vida Justa contesta a versão da polícia sobre o homem baleado esta segunda-feira na Cova da Moura, Amadora, e exige "uma comissão independente para investigar as mortes em circunstâncias estranhas que ocorrem na periferia" de Lisboa.

Em declarações à Lusa, Flávio Almada, porta-voz do Vida Justa, transmitiu à Lusa que, segundo o relato dos moradores do bairro da Cova da Moura, onde esta madrugada foi morto um homem de 43 anos, baleado por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), "a versão da polícia é totalmente falsa".

A PSP emitiu um comunicado sobre o caso, no qual informa que um homem "em fuga" foi baleado por um agente do Comando Metropolitano de Lisboa, às 05h43, na Cova da Moura, quando alegadamente terá resistido à detenção e agredido os agentes "com recurso a arma branca".

De seguida, "um dos polícias, esgotados outros meios e esforços", recorreu à arma de fogo e atingiu o suspeito, "em circunstâncias a apurar em sede de inquérito criminal e disciplinar", refere a PSP.

Flávio Almada, morador no bairro, onde fica a associação Moinho da Juventude, na qual trabalha, diz que "a história está muito mal contada" e que se assiste à construção de "uma narrativa" que justifique a ação policial.

Segundo os relatos recolhidos no bairro, o que houve foram "dois tiros num trabalhador desarmado", contrapõe.

O homem foi transportado para o Hospital São Francisco Xavier, onde acabou por morrer, pelas 06h20.

Recordando que "não é a primeira vez" que algo semelhante acontece na Cova da Moura, Flávio Almada fala numa "cultura de impunidade" policial e insta a PSP a "assumir a sua responsabilidade" e a desencadear uma investigação "séria e isenta".

No comunicado, titulado "Intervenção policial na Amadora", a PSP adianta que já abriu um inquérito ao caso, do qual foi dado conhecimento ao Ministério Público e à Polícia Judiciária.

Em sequência, o Ministério da Administração Interna determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito "com caráter de urgente" para apurar as "circunstâncias que envolveram agentes da Polícia de Segurança Pública" na morte de um cidadão.

"Uma pessoa foi morta, não é brincadeira", sublinha Flávio Almada, questionando: "Por que acertaram numa parte vital? Por que não deram um tiro no pé?"

Para o Vida Justa, este é "mais um habitante dos bairros" morto pela polícia.

"O que sabemos é que, ao longo de décadas, dizem que investigam, mas depois a vítima é transformada em agressor, julgada e condenada no espaço público, e é o morto que vai parar ao banco dos réus", aponta.

"Os habitantes dos bairros precisam de paz e não de serem assassinados", reclama o movimento, reforçando "o pedido" para ser recebido pela ministra da Administração Interna, "para que se ponha cobro ao assédio e violência policial que sofrem as comunidades".

Correio da Manhã
 
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